terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Como planejar seu ano de 2010?


Primeiro, as pessoas não devem planejar apenas o próximo ano de 2010, mas montar um plano pessoal para um ano, dois, cinco, dez, quinze e vinte anos. Se quiserem, ainda podem ir mais além. Lógico que um planejamento de longo prazo poderá ser mudado, mas cria uma direção, para que as escolhas pessoais possam ser pautadas. Afinal, cada um precisa saber aonde quer chegar para aumentar as chances de atingir o que deseja.
Um planejamento pessoal e eficaz começa pela descoberta dos valores, daquilo que cada pessoa considera ser realmente importante. Como disse Elvis Presley: “Valores são como impressões digitais. Ninguém tem os mesmos, mas você os deixa em tudo o que faz”.
Afinal, o que você valoriza? O amor, a compaixão, a consideração, a coragem, a ética, a família, a gratidão, a lealdade, a paciência, o respeito, a responsabilidade, a sabedoria, a saúde ...? O que mais? Ou seus valores são contrários a tudo isso que foi citado? Faça seu autoconhecimento e responda a seguinte questão: o que realmente quer na vida ou da vida: Riqueza? Poder? Tranquilidade e paz de espírito com um mínimo de segurança financeira e profissional? O quê?
Além de descobrir os valores é necessário que se faça uma declaração esclarecedora de cada um deles. Isto aumenta o compromisso pessoal, para que sejam colocados em prática no dia-a-dia. Mas, esta declaração é feita de você para você. É como se cada um conversasse consigo.
Segundo, estabeleça suas metas de pequeno, médio e longo prazos. Escreva-as no papel, e, como se tratam de metas, fixe prazos, divida-as em partes factíveis, use uma estratégia e seja persistente no sentido de alcançá-las. É bom lembrar que: “Persistir é o que torna o impossível em possível... O possível em provável e o provável em definitivo” (Robert Half, escritor americano).
Terceiro, a cada semana a partir de 2010, defina os papéis que irá cumprir e nunca se esqueça de priorizar o papel “eu comigo mesmo”. Vai ser necessário você estar bem nas quatro saúdes – física, mental, emocional e espiritual, para que possa executar os demais papéis, por exemplo, administrador, consultor, presidente, professor, pai, amigo..., com bom desempenho.
O planejamento semanal deve ser feito no início de cada semana (domingo, no final da tarde, ou segunda, no início do trabalho). Nesse momento, identifique aquilo que for mais importante a ser feito naquela semana e faça a sua programação.
Quarto, planeje e aja a cada dia de 2010 e nos demais de toda a vida. No início do dia, antes de começar a fazer algo, revise o que não pode deixar de ser feito naquele dia.
Por último, adote um sistema apropriado, que melhor se adapta ao seu estilo de vida, para auxiliar na execução de suas metas. Pode ser uma agenda, palm top ou um notebook.
Se preferir, use a tecnologia hoje disponível para organizar seus múltiplos compromissos. Mas, lembre-se: “A tecnologia e suas ferramentas são úteis e poderosas quando elas são seus servos e não seus mestres” (Stephen R. Covey).
Agora, não se esqueça: para ter sucesso e alcançar a felicidade é preciso identificar, focar e executar suas maiores prioridades. Feito isto, sobrará tempo para fazer outras coisas menos importantes. “As coisas mais importantes nunca devem ficar à mercê das menos importantes” (Goethe).

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pessoa completa


Boa parte dos gestores somente consegue enxergar seus subordinados pelo que produzem ou deixam de produzir no trabalho, isto é, como um recurso. Tanto que na maioria das empresas os departamentos que cuidam das pessoas se chamam RHs, ou seja, departamentos de recursos humanos, quando, na realidade, poderiam se chamar departamentos de desenvolvimento de talentos.
Os gestores, muitas vezes, não vêem o colaborador ou servidor como uma pessoa completa. Quando as pessoas são tratadas como se fossem coisas não colocam todo o seu potencial, entusiasmo, engenhosidade, lealdade e criatividade à disposição da obtenção dos objetivos da empresa.
Qualquer profissional é, antes de mais nada, um ser humano. Alguém que tem corpo, coração, mente e espírito. Portanto, possui necessidades essenciais como viver, amar, aprender e deixar um legado.
Este é o paradigma da pessoa completa, que reconhece os seres humanos não como coisas que precisam ser motivadas e controladas. Pelo contrário, as pessoas possuem características especiais e exclusivas da natureza humana.
O momento que vivemos é, às vezes, tão focado em resultados, que leva alguns gestores a esquecerem que lidam com pessoas cheias de emoções e de sentimentos. Pensamos, então, não ser necessário procurar entender a alma humana. Achamos que isto é perda de tempo. Ficamos tão estressados e obsecados em alcançar as metas e os objetivos traçados, que nos esquecemos de trabalhar o coração e a mente dos nossos colaboradores.
Poderemos até ter as melhores instalações, equipamentos, softwares, sistemas etc., mas tudo isto não é o principal. O mais importante mesmo são as pessoas que compõem a empresa. Como elas se sentem no desenvolvimento de suas tarefas. Se não houver paixão de verdade pelo que fazem, jamais os resultados serão os melhores que poderiam ser alcançados.
Para aqueles que pensam que isso é “romantismo organizacional”, vejam o que disse Jack Welch, ex-diretor executivo da General Eletric, considerado por muitos como um dos executivos de maior destaque do século XX: “Antes de se tornar um líder, o sucesso resulta de seu desenvolvimento. Quando você se torna um líder, o sucesso resulta do desenvolvimento de outras pessoas”.
Nós estamos na era do conhecimento e do capital humano. Neste momento, o grande diferencial está no ativo humano. Os gestores que não entenderem isso, vão conseguir fazer alguma coisa, porém, jamais conseguirão fazer as melhores ações, que garantam a sustentabilidade de suas empresas.
Uma das decisões mais acertadas dos gestores é perseguir a quebra de paradigmas para si mesmos e para as pessoas que fazem parte de sua organização. Este é um segredo importante para um mundo onde uma das poucas realidades absolutas é a necessidade de mudança. Não adianta mudar apenas atitudes e comportamentos. A verdadeira mudança somente ocorre quando se muda o paradigma.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ideias inovadoras


É raro alguém propor algo novo num órgão público e, até mesmo, em empresas privadas. Em geral, o que vemos é uma repetição de procedimentos administrativos costumeiramente aplicados. Algumas ideias, que poderiam ser fantásticas, são logo abortadas. Quando surge um servidor ou colaborador, que lança uma proposta diferente, logo aparecem aqueles que preferem continuar fazendo o de sempre. E a ideia, por vezes inovadora, morre ainda no seu início.
Precisamos estar preparados para analisar qualquer sugestão que surja, seja ela de um servidor do alto escalão, seja de um outro numa escala hierárquica inferior. A capacidade de ouvir e entender com clareza aquilo que está sendo proposto é uma das características essenciais de um administrador.
A seguir, vejam a seguinte história: “Em uma faculdade de medicina, certo professor propôs à classe a seguinte situação:
– Baseados nas circunstâncias que vou enumerar, que conselho vocês dariam a esta senhora grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis e ela de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego e o segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto é tuberculoso e ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho a aconselhariam tomar?
Com base nesses fatos, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor saída para ela. O professor, então, disse aos alunos:
– Os que disseram sim à ideia do aborto, saibam que acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.
No ambiente dos órgãos públicos e de empresas privadas, também pode acontecer o mesmo. As pessoas raramente acreditam ou apóiam algo que foge a rotina. A turma do contra sempre aparece para dizer que isso ou aquilo não dará certo. Mas, para obtermos um grande resultado, é preciso ouvir, inovar, dedicar tempo, perseverança, tenacidade e entusiasmo.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Por que sonho?


Enquanto eu viver vou sonhar. E mais do que isto: vou procurar realizar, fazer o bem. Entendo que desta forma cumpro com a missão que Deus me confiou.
Jamais hesitarei em dar opinião sobre qualquer coisa. Porém, antes, faço uma reflexão consciente, procuro entender melhor a questão, ouvir pessoas, e chegar a uma dada conclusão. Se me torno vulnerável por emitir opiniões, como alguns acham, respeito, mas tenho uma opinião diferente. Entendo que, como cidadão e profissional, é necessário ter a coragem de expor o que penso e tentar contribuir com a mudança de paradigmas, com um Brasil melhor, mais justo, mais humano, ético, com igualdade social.
Cada pessoa tem seus chips mentais. Eu tenho os meus. Mas é preciso questioná-los sempre. Será que não posso substituir um chip por outro melhor? Claro que sim. Não só posso, como qualquer pessoa também pode. O chip é uma espécie de mapa ou modelo mental. Isto pode garantir o seu sucesso ou torná-lo uma pessoa derrotada. As conseqüências de um ou muitos chips estragados na mente, leva qualquer pessoa a tirar conclusões equivocadas, fazer escolhas erradas.
Fico indignado em ver o meu país com um solo tão agricultável, ter um alto contingente de pessoas passando fome. Pessoas que vivem numa miséria inaceitável.
Ouço falar em cultura de paz, segurança...! Mas como? Com tanta concentração de riquezas em poder de uma minoria, com milhões de brasileiros à margem das condições mínimas de vida, parece impossível!
Por que isso acontece? Será que faltam políticas públicas que possam mudar esse quadro? Claro que sim. Mas, além disso, falta uma execução eficaz das mesmas. O que mais falta?
A resposta é simples e, ao mesmo tempo, difícil de ser encontrada no país. É muito raro identificar um líder verdadeiro ocupando uma posição de decisão. Alguém que lidere pelo caráter e pelos valores que coloca em prática, servindo de exemplos. Não adianta apenas falar. O principal mesmo é o fazer.
Para isto, não precisa de títulos. Não é com cursos de graduação, pós-graduação em nível de mestrado, doutorado ou pós-doutorado, que se aprende a liderar de verdade. É sendo mais humano.
A liderança é exercida pela energia do coração. Ou melhor, o coração é apenas uma bomba para entrada e saída do sangue. Vou ser mais preciso: a gente lidera com a energia da mente, usando, simultaneamente, as duas mentes: emocional e racional.
A história registra alguns líderes autênticos. O maior deles é Jesus Cristo. Posso citar outros, como Benjamim Franklin, Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Gandhi etc. Na relação citada, todos lideraram pelo caráter, pelo exemplo.
O que é lamentável é “ter pessoas que não dão certo como gente” (Francisco de Assis). Afinal, de que é feito o ser humano?

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL, Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante

Busque sua motivação


A motivação é uma energia que utilizamos para atingir nossos sonhos, metas, objetivos, desafios e necessidades individuais.
Para usar toda essa energia, tanto na vida pessoal como no trabalho, é preciso saber buscar diariamente.
Os motivos que impulsionam as pessoas a agir de determinada forma variam de acordo com o pensamento. Logo, o maior segredo para encontrar a motivação, ter uma vida mais produtiva, feliz e de mais sucesso, é cuidar daquilo que pensamos e sentimos, melhorar a qualidade do “combustível” intelectual, focar o que nos deixa alegres e realizados, descobrir aquilo que damos mais valor em nossas vidas.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sinergia nas organizações


Nem sempre o gestor tem à disposição a quantidade necessária de pessoal para executar um determinado projeto ou objetivo. Então, como executá-lo dispondo de menos pessoas? Esta situação é comum, tanto em empresas privadas, como no serviço público. Porém, mesmo nessas condições, é possível atingir os resultados desejados desde que a estratégia seja correta.
Esse tipo de desafio pode ser vencido com um plano de gestão eficaz do comportamento pessoal e da equipe de trabalho. Se pararmos para pensar verificaremos que no dia-a-dia de nosso trabalho fazemos muitas coisas que não precisariam ser executadas. Portanto, temos que descobrir o que não fazer. Quando partimos para fazer tudo ao mesmo tempo, deixamos de cumprir aquilo que é extremamente importante.
Alguns fatores são essenciais para o sucesso de uma gestão que tem carência de pessoal: equilíbrio, concentração, comunicação eficaz, dinamismo e sinergia.
Se conseguirmos manter o foco, executar o que está na agenda diária e semanal de trabalho, teremos dado o primeiro passo. O segundo passa pela valorização das pequenas coisas como fator motivacional. Isto depende essencialmente do gestor. Uma equipe motivada pode render muitas vezes mais do que uma outra numericamente maior.
Quantas vezes em jogos de futebol equipes que possuíam menos jogadores em campo conseguiram vencer outras que estavam completas? E por que isto ocorreu? Três coisas: estratégia, motivação e trabalho em equipe. Em síntese, sinergia.
O problema é que alguns gestores não conseguem criar um ambiente de trabalho de confiança, motivado e com boas relações interpessoais. Ficam simplesmente sentados aguardando os resultados, limitando-se única e exclusivamente a assinar documentos elaborados por outros.

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL, Mestre em Administração, Consultor, Palestrante e Membro da Academia Maceioense de Letras

Pessoa completa


Boa parte dos gestores somente consegue enxergar seus subordinados pelo que produzem ou deixam de produzir no trabalho, isto é, como um recurso. Tanto que na maioria das empresas os departamentos que cuidam das pessoas se chamam RHs, ou seja, departamentos de recursos humanos, quando, na realidade, deveriam se chamar departamentos de desenvolvimento de talentos.
Os gestores, muitas vezes, não vêem o colaborador ou servidor como uma pessoa completa. Quando as pessoas são tratadas como se fossem coisas não colocam todo o seu potencial, entusiasmo, engenhosidade, lealdade e criatividade à disposição da obtenção dos objetivos da empresa.
Qualquer profissional é, antes de mais nada, um ser humano. Alguém que tem corpo, coração, mente e espírito. Portanto, possui necessidades essenciais como viver, amar, aprender e deixar um legado.
Este é o paradigma da pessoa completa, que reconhece os seres humanos não como coisas que precisam ser motivadas e controladas. Pelo contrário, as pessoas possuem características especiais e exclusivas da natureza humana.
O momento que vivemos é, às vezes, tão focado em resultados, que leva alguns gestores a esquecerem que lidam com pessoas cheias de emoções e de sentimentos. Pensamos, então, não ser necessário procurar entender a alma humana. Achamos que isto é perda de tempo. Ficamos tão estressados e obsecados em alcançar as metas e os objetivos traçados, que nos esquecemos de trabalhar o coração e a mente dos nossos colaboradores.
Poderemos até ter as melhores instalações, equipamentos, softwares, sistemas etc., mas tudo isto não é o principal. O mais importante mesmo são as pessoas que compõem a empresa. Como elas se sentem no desenvolvimento de suas tarefas. Se não houver paixão de verdade pelo que fazem, jamais os resultados serão os melhores que poderiam ser alcançados.
Para aqueles que pensam que isso é “romantismo organizacional”, vejam o que disse Jack Welch, ex-diretor executivo da GE – General Eletric, considerado por muitos como um dos executivos de maior destaque do século XX: “Antes de se tornar um líder, o sucesso resulta de seu desenvolvimento. Quando você se torna um líder, o sucesso resulta do desenvolvimento de outras pessoas”.
Nós estamos na era do conhecimento e do capital humano. Neste momento, o grande diferencial está no ativo humano. Os gestores que não entenderem isso, vão conseguir fazer alguma coisa, porém, jamais conseguirão fazer as melhores ações que garantam a sustentabilidade de suas empresas.
Uma das decisões mais acertadas dos gestores é perseguir a quebra de paradigmas para si mesmos e para as pessoas que fazem parte de sua organização. Este é um segredo importante para um mundo onde uma das poucas realidades absolutas é a necessidade de mudança. Não adianta mudar apenas atitudes e comportamentos. A verdadeira mudança somente ocorre quando se muda o paradigma.

EDINALDO MARQUES

Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As melhores sementes


A vida é realmente abundante, isto é, o que existe na terra dá para todo mundo viver, há comida, riquezas suficientes ou não?
A história abaixo, que recebi pela internet, permite que se reflita sobre isso:
“Um empresário agricultor, de pouco estudo, participava todos os anos da principal feira de agricultura da sua cidade. O que acontecia de mais extraordinário é que ele sempre ganhava, ano após ano, o troféu “milho do ano”. Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito. O seu milho era cada vez melhor.
Em uma ocasião dessas, um repórter do jornal abordou o empresário após tradicional colocação da faixa de campeão! Ele ficara muito intrigado com a revelação do empresário de como ele costumava cultivar seu qualificado e valioso produto. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava boa parte das melhores sementes da sua plantação de milho com os seus vizinhos.
- Como pode o senhor compartilhar suas melhores sementes com seus vizinhos, quando eles estão competindo diretamente com o senhor?
O fazendeiro respondeu: - Você não sabe? É simples.
O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior ao meu, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudá-los a cultivar o melhor milho, cedendo a eles as melhores sementes.
Moral da história: aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz. Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem. Aqueles que querem ser felizes têm de ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
Você já parou para pensar que todos nós somos importantes uns para os outros e que para vivermos bem nós dependemos uns dos outros?
Espero que você também consiga ajudar a seus vizinhos a cultivar cada vez mais as melhores sementes, os melhores milhos, as melhores amizades.”
Tudo o que se faz nessa vida depende dos paradigmas que estão nas cabeças das pessoas. Se a gente quer aumentar a paz, segurança, conhecimento e a qualidade de vida, é preciso pensar em proporcionar isso para todos.
O equilíbrio tão procurado pela maioria da população, somente vai acontecer, quando a atitude for a de que todos podem ganhar.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração, Palestrante e Consultor

Proatividade


Essa é uma palavra usada nos dias atuais com bastante freqüência, sobretudo nos ambientes dos negócios e nas empresas. Ao recrutar e selecionar pessoas é a característica mais procurada pelos departamentos de pessoal.
Mas o que significa a proatividade? Qual a importância de uma postura proativa para o profissional seja ele de empresa pública ou privada?
O caráter do ser humano é determinado pelos hábitos que desenvolvemos. Podemos definir um hábito como sendo a interseção entre o conhecimento, a habilidade e o desejo. Quando dominamos o conhecimento, sabemos o que fazer e por que fazer determinada coisa. Já a habilidade nos leva ao como fazer, a nossa capacidade de fazer, ao passo que o desejo é a motivação, isto é, o querer fazer. Logo, para tornar algo um hábito em nossas vidas precisamos reunir esses três elementos. Os hábitos humanos determinam a excelência ou a baixa qualidade de tudo o que fazemos no dia-a-dia, seja no trabalho, na família ou na convivência em sociedade. Como disse certa vez Aristóteles: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.
Qualquer um pode decidir entre o hábito reativo ou proativo. No primeiro caso, a ideia básica é que somos condicionados a reagir de determinada maneira a um estímulo em particular, isto é, o ser humano é impulsionado a dar respostas a partir do estímulo, dos sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente. Já no proativo as pessoas continuam sendo influenciadas pelos estímulos externos, sejam eles sociais, físicos ou psicológicos, porém detém a liberdade de escolha, isto é, a resposta aos estímulos, consciente ou inconsciente, é uma escolha baseada em valores.
O que diferencia os seres humanos dos outros animais é exatamente a autoconsciência, a capacidade ilimitada. Entre o estímulo e a resposta encontra-se o nosso maior poder – a liberdade de escolha.
Temos, pois, a capacidade de subordinar um impulso a um valor humano. Portanto, a proatividade é o principal hábito de uma pessoa supereficaz em qualquer ambiente. E isso é o que mais agrega valor hoje para as empresas.
Logo, ter o maior número possível de profissionais proativos passa a ser uma necessidade das empresas públicas e privadas num ambiente altamente complexo, veloz e incerto, onde as mudanças e a inovação devem ser constantes.
A liberdade de escolha de uma pessoa proativa é conseqüência de sua autoconsciência, imaginação, consciência e vontade independente.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor da Ufal, Palestrante e Consultor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Excelência no serviço público


Por onde começa e como promover a excelência no serviço público? Esta é uma pergunta que não pode ser respondida apenas em um artigo, face a enorme profundidade do tema. Mas vamos fazer algumas observações.
Numa gestão tudo começa pela definição das prioridades, no sentido de transformar os objetivos principais em realidade.
Se os administradores públicos entenderem a necessidade de investir no capital humano de uma forma planejada, com elaboração do diagnóstico de necessidades, programação, plano de execução e avaliação de resultados encontrarão o caminho para chegar a excelência.
Portanto, a decisão de investir no ativo humano deverá estar associada a um plano de ação operacional de treinamento e desenvolvimento. Tanto servidores de carreira como funcionários comissionados precisam estar alinhados com os propósitos do serviço público.

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Sistematização


A vida moderna exige que as pessoas e os profissionais façam cada vez mais com o mesmo tempo de que dispõem. As vinte e quatro horas diárias precisam ser utilizadas num nível de sistematização sempre crescente. O processo que foi utilizado no passado não serve para o presente.
O sucesso depende fundamentalmente da forma como usamos o tempo disponível. Ao subtrair as oito horas de sono, em média, sobram 16 horas. Se considerarmos oito horas de trabalho por dia, restarão oito horas, ou seja, 50% do nosso tempo.
Portanto, este é o tempo de que dispomos para cuidar de nós mesmos, da família, amigos, leitura, aprendizagem, planejamento, diversão etc.
Quando estamos estacionados, sem condições de fazer mais com o mesmo tempo, é porque atingimos o nível de sistematização. Logo, é um indício de que precisamos melhorar, passar a usar o tempo com maior eficácia. Caso contrário, não conseguiremos progredir e o estresse aumenta.
Na verdade as oito horas diárias, em média disponíveis são suficientes para fazer aquilo que é mais importante e que não poderemos delegar.
Há um ditado que diz: “se você quiser que uma coisa ocorra, entregue a alguém ocupado”. Porque se pedir a uma pessoa desocupada, que não faz nada, provavelmente colocará dificuldades, pois tende a considerar complicado.
Hoje, nesse mundo complexo, veloz e incerto, a metáfora é a seguinte: “quem corre anda, quem anda está parado e quem está parado é como se estivesse caminhando para trás”.
O maior problema é que as escolas não ensinam aos estudantes para essa nova realidade. Continuam usando o paradigma da era industrial. Estamos na era do conhecimento. Coisas que funcionavam antes, não funcionam mais. Por isso é essencial atualizar o processo de sistematização.
É preciso questionar como usar o tempo de um modo cada vez mais eficaz.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Quanto vale a eficácia?


É comum ouvirmos falar na palavra eficácia. É ainda mais frequente as pessoas pronunciarem a palavra eficiência. Existe diferença entre as duas.
Quando uma pessoa ou profissional age com eficácia faz aquilo que precisava ser feito, faz as coisas certas. Já eficiência significa fazer da forma certa, fazer bem feito.
No mundo corporativo ou na gestão de órgãos públicos a eficácia deveria vir sempre antes da eficiência. Infelizmente não é assim o que ocorre.
De que adianta fazer bem feito aquilo que não precisaria ser feito?
Esta é uma reflexão que os gestores devem fazer no sentido de buscar os melhores e maiores resultados.
A história seguinte explica bem a diferença entre eficácia e eficiência. Um navio carregado de ouro, prioridade máxima, sofreu uma pane na casa de máquina. O dono determinou que fosse contratado um mecânico para resolver o problema. Ele foi até o navio, trabalhou um dia e no final não funcionou.
Então, o dono do navio pediu que fosse contratado um engenheiro mecânico. Este, por sua vez, trabalhou três dias e novamente o problema persistia.
Ordenou o proprietário, que fosse trazido de helicóptero o projetista daquela máquina para tentar solucionar o defeito. O homem chegou, foi à casa de máquina, ouviu o barulho do motor e deu uma martelada numa chave que estava solta. Em seguida, solicitou que ligassem a máquina e tudo voltou a funcionar.
Os três mandaram as contas. O primeiro, que havia trabalhado um dia, cobrou 200 dólares. O segundo, mais graduado, trabalhara três dias e pediu 1200 dólares. Já o último, que resolveu o problema em um minuto mandou uma conta de 10 mil dólares.
O dono do navio, mesmo achando caro, disse que pagaria, desde que o técnico que resolveu o problema, explicasse o porquê dos 10 mil dólares. Então, ele mandou a explicação: “para dar a martelada, eu cobrei um dólar. Para saber aonde dar a martelada 9.999 dólares”.
Aquilo que pode alguém pensar ser caro, ficará ainda mais caro, se o problema não for solucionado no menor tempo.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Fome versus paz


Já conseguimos enviar o primeiro astronauta ao espaço – Marcos Cesar Pontes para participar como tripulante de uma missão, vencemos cinco copas do mundo, avançamos na urbanização, modernização, industrialização e conseguimos a autosuficiência no petróleo com perspectivas extraordinárias em face da descoberta da camada do pré-sal. Porém, a fome no Brasil persiste. Por quê?
Com a fome que assola a população brasileira jamais conseguiremos a tão almejada paz. São 54 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza em situação de insegurança alimentar.
Existem vários tipos e níveis de fome no país, os mais graves decorrentes de deficiências de micronutrientes, como a falta de vitamina A, ferro e iodo. A questão não está apenas em reduzir a fome, mas avaliar a qualidade da comida que chega à mesa. E quais as saídas?
É preciso vontade e coragem política. Não bastam medidas paleativas, que têm sido colocadas em prática, mas que não combatem a verdadeira causa do problema.
É do conhecimento geral a necessidade de promover uma distribuição de renda corajosa, avançar mais rapidamente na reforma agrária e garantir o acesso aos recursos produtivos: água, sementes, créditos rurais de produção, créditos urbanos, melhorar o acesso e a qualidade da educação, investir no programa de atenção básica à saúde etc. Enquanto as reformas tão faladas – tributária, agrária e fiscal não saírem da oratória, vamos avançar, mas de modo insuficiente.
A execução das políticas públicas necessita ser mais eficaz, a fim de conseguirmos reduzir o atual índice de pobreza na velocidade máxima possível.
Existe um processo de gestão altamente eficaz, que se fosse colocado em prática faria com que os resultados acontecessem mais rapidamente. Afinal, quem tem fome não pode esperar.
A questão é complexa e a solução depende dos governos federal, estaduais, municipais e de toda a sociedade. Não é aceitável um país rico como o nosso conviver com tamanha pobreza.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Custo da desmotivação


Quanto custa a desmotivação de uma pessoa no trabalho? E dos componentes de um departamento ou setor? É possível um líder de equipe conseguir motivar seus assessores ou liderados?
Além do talento e da criatividade, um fator é essencial para aumentar a produtividade do trabalhador do conhecimento: a força de vontade.
Para demonstrar a importância da motivação é bom lembrar de que o ser humano é o único animal capaz de fazer greve de fome. O bom senso diz: não faça greve de fome, pois isto afeta a saúde e pode causar até a morte. Mesmo assim, algumas pessoas correm o risco e colocam o motivo de passar fome acima daquilo que a inteligência indica.
Sabemos que a principal e verdadeira motivação reside dentro das pessoas. E somente cada um pode abrir a sua “porta” da motivação. A eficácia de um líder está na sua competência de liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si.
Uma teoria fundamental no campo da motivação humana é aquela que mostra que a motivação é proveniente de nossas necessidades e não daquilo que satisfaz às mesmas necessidades.
O melhor caminho para motivar servidores públicos ou colaboradores é promover um processo de T & D – Treinamento e Desenvolvimento constantes, que aprimore competências e permita a substituição de modelos mentais ou paradigmas destrutivos.
A motivação no trabalho depende de algumas condições: compromisso com o objetivo, expectativa de crescimento por parte do servidor/colaborador, forma de atuação do líder, recompensas adequadas às necessidades pessoais e adequação entre a atividade exercida e o perfil individual.
A utilização dessa energia poderosa chamada motivação também depende de reconhecimento, relacionamento interpessoal e empatia – necessidade de ser ouvido e compreendido.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A matéria-prima da vida


A principal matéria-prima da vida é o tempo. Se fizermos alguma coisa ou ficarmos parado o tempo passará.
Quanto custa uma hora de nosso dia? Em geral, as pessoas não dão o real valor que o tempo possui. Porque simplesmente não conhecem a matriz de gerenciamento eficaz do tempo, juntamente com a pirâmide da produtividade, que lhes permitam transformar em hábito diário a correta utilização do recurso tempo, a partir do uso de uma ferramenta auxiliar para facilitar a aplicação.
Se quizermos ampliar a nossa capacidade de fazer mais coisas nas mesmas 24 horas de que dispomos, é preciso aumentar o nível de sistematização. Por isso é essencial conhecer e utilizar um processo completo, que nos permita fazer mais, sem desprezar a vida pessoal ou familiar.
Além do trabalho, temos vários outros papeis que precisam ser cumpridos com eficácia. Há pessoas que chegam a exercer de oito a dez papeis por semana: líder, pai ou mãe, marido ou esposo, amigo(a), consultor(a), palestrante, escritor(a), motivador(a) e o papel “eu” – cuidar da saúde física, mental, emocional/social e espiritual. Na relação estão empresários, executivos, diretores de empresas, engenheiros, médicos, assessores administrativos e vários outros profisssionais.
O fundamental é garantir o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Isto é possível e somente depende da sistematização.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestrado em Administração
Consultor e Palestrante

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Motivações positivas


Em tempos modernos, de turbulências, correria diária, engarrafamentos no trânsito, falta de empregos, rápidas mudanças e estresse constante, as pessoas precisam desenvolver as inteligências intrapessoal (conviver bem consigo) e interpessoal (estabelecer relações adequadas com outras pessoas), para que motivações positivas possam estar sempre presentes na família, no trabalho e na convivência social. Isto exige autoconhecimento, desenvolvimento do autocontrole, da persistência, zelo, entusiasmo, bondade nas relações com outras pessoas, empatia e piedade.
É comum empresas privadas e órgãos públicos promoverem palestras motivacionais, que fazem as pessoas rirem bastante, mas, nos dias seguintes, o ambiente entre os colaboradores ou servidores continua o mesmo. Isso significa que a palestra funcionou apenas como terapia ocupacional. Não resta dúvida que a terapia é importante, porém, além disso, é necessário oferecer às pessoas um processo, que se for incorporado na vida de cada uma delas, fará uma enorme diferença na motivação individual, coletiva e, consequentemente, na produtividade. Afinal, pessoas motivadas reclamam menos, produzem mais e alcançam melhores resultados.
A motivação humana é uma energia, diretamente associada às emoções e sentimentos, que estão dentro de cada um de nós. Se uma determinada pessoa é mal humorada, tímida e tem dificuldades de relacionamento com os colegas, saiba que seus circuitos neurais são maleáveis. Portanto, temperamento não é destino, podemos desenvolver características diferentes.
O cérebro humano tem, em média, 1,5 quilos de peso. É aí que as pessoas pensam, raciocinam, lembram, processam as emoções, enxergam, ouvem, aprendem e onde se originam muitas doenças.
Além da motivação interna, o ser humano também é influenciado por motivos externos. Aqueles onde a proatividade já é uma realidade, incentivos externos causam menor efeito.
Um dos maiores segredos para uma motivação positiva é ter consciência do poder do sistema límbico (ou inteligência límbica). Esse órgão de nosso cérebro, com formato de uma amêndoa, funciona como um vulcão de emoções, por exemplo, comanda a raiva, liberando adrenalina que anula a função racional e produz reação violenta.
Se quisermos ser pessoas motivadas precisamos aprender a buscar forças poderosas dentro de nós, mesmo nas adversidades. O principal atributo ou virtude para a automotivação é começar a liderar a nós mesmos. Se cada pessoa pode ser melhor por que não mudar?
Alguns executivos e chefes ainda acreditam que é possível gerar motivação condicionando o comportamento por meio de prêmios e punições. Este foi o paradigma que vigorou nos séculos XIX e XX, durante o período industrial. Atualmente, vivemos a era do conhecimento.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante

domingo, 18 de outubro de 2009

Fome e violência


Dados estatísticos da ONU indicam que existe atualmente um bilhão de pessoas passando fome no planeta. Isto corresponde a um sexto da população mundial.
Além disso, 100 milhões vivem sem teto, há um bilhão de analfabetos, um bilhão e meio sem água potável, 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo), 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes de completar 5 anos de vida.
Em pleno mundo do conhecimento, da tecnologia, riquezas abundantes, o que falta para acabarmos ou reduzirmos ao máximo a quantidade de pessoas que passam fome? Será que esse problema não tem solução? É possível, com muita gente morrendo de fome, alcançar a tão sonhada paz? O que fazer para mudar essa triste realidade?
Em 1974, uma Conferência das Nações Unidas concluiu que todo homem, mulher ou criança teria o direito de ser livre da fome e da desnutrição. O dado publicado no relatório da ONU de quarta-feira (14 de outubro de 2009) revela um quadro diferente. Na prática, a decisão da ONU tomada em 1974, continua não sendo válida.
O alimento é uma das necessidades básicas mais importantes do ser humano. No planeta terra possuímos áreas cultiváveis para produzimos alimento para toda a humanidade e de forma abundante.
Pesquisadores dessa questão são unânimes em afirmar que somente resolveremos o problema da fome no mundo, e por consequência promoveremos a paz, quando mudarmos o ponto de vista: deixar de achar que há escassez de recursos na terra e passar a considerar a abundância.
As grandes transformações sempre foram realizadas com mudanças de paradigmas. Nenhum ser humano muda verdadeiramente, quando muda apenas o comportamento e a atitude. A mudança real somente ocorre quando mudamos o ponto de vista.
Se quisermos paz o início do processo começa pela mudança do “mapa” mental ou da forma como vemos essa questão da fome e da violência. Uma das etapas do processo de paz passa pela educação completa, que inclui a educação emocional – aprender a lidar com as emoções e a educação para os valores humanos – amor, ética, generosidade, tolerância, compaixão, liderança etc. Em síntese, o que precisa é fazer com que o maior número possível de pessoas encontre sentido para a vida.
Há um ciclo determinante na vida: ver – fazer – obter. O que fazemos e os resultados que obtemos dependem fundamentalmente de como vemos ou percebemos. Por isso é que precisamos trabalhar a visão, missão e valores das pessoas.
Outro ponto fundamental é o modelo econômico existente no mundo. Está provado que com o sistema capitalista atualmente dominante, não teremos solução para o problema. Já o socialismo, que é o inverso do capitalismo, também não se apresenta como uma saída. Seria importante buscarmos um novo modelo, uma nova forma de ver e ter êxito econômico, financeiro e político, que incluisse as boas relações de convivência.
Com egoísmos e individualismos jamais encontraremos a tão sonhada paz.


EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O tempo passa


O tempo nunca pára, quer estejamos fazendo algo ou não. E quando menos esperamos já é noite, nos deitamos, amanhece o dia seguinte e, assim, sucessivamente.
As pessoas nascem, crescem e morrem, muitas vezes não descobrem o caminho do viver, de tal modo que suas ideias, sonhos, vontades e, o principal - que é a essência de cada um, sejam realmente consideradas. A vida passa diante de nossos olhos sem percebermos. Enquanto houver tempo, antes que seja tarde, que tal fazer a sua vida valer a pena?
Sobretudo no mundo atual, de tantas possibilidades de escolhas, veloz, é indispensável conhecer e aplicar um processo de sistematização, que nos permita fazer realizar o que for mais importante.
A decisão mais correta que alguém pode tomar é utilizar um processo completo de como alcançar suas escolhas a cada dia e fazer aquilo que realmente é o mais importante para si. O uso desse processo ficará facilitado se forem dadas as opções de ferramentas, que podem ser utilizadas por cada um de acordo com a conveniência.
Uma coisa é certa: quem decide usar o processo faz a escolha mais importante de sua vida. Passa a focar a matéria-prima básica de toda e qualquer atividade – o tempo, com a importância que ele merece.
A decisão mais acertada que uma pessoa, empresa ou órgão público pode tomar, é tentar obter os melhores e maiores resultados, tanto na vida pessoal como profissional.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Equipe vencedora


Todos sabem que grandes resultados não se conquista individualmente. Então, como montar uma equipe vencedora? Esta é uma pergunta, cuja resposta deve interessar a empresários, empreendedores, políticos e dirigentes públicos.
Primeiro, é preciso juntar, em torno dos objetivos e metas, pessoas talentosas, criativas e que tenham práticas proativas, ou seja, com iniciativa e responsabilidade. Se, no início, isso não for possível, um consultor poderá criar as condições para implantar a semente nessa direção.
Segundo, características como autoconfiança, foco e persistência não podem faltar em equipes vencedoras. Portanto, é necessário que os membros do “time” sejam pessoas motivadas, ou seja, com força de vontade.
Terceiro, é estratégico desenvolver a liderança pessoal e interpessoal entre os componentes, fazendo com que incorporem o maior número possível de atributos da verdadeira liderança.
O mundo atual é complexo, incerto, veloz e cheio de turbulências. Neste ambiente, cada integrante da equipe deve estar preparado para agir sem ter que ouvir o “faça assim”. A metáfora é a seguinte: no passado, era como se todos trabalhassem num lago calmo. Hoje, é como se estivéssemos praticando o rafting.
Quando os níveis de confiança de uma equipe são elevados, o trabalho passa a ser executado com mais facilidade, os resultados aparecem numa maior velocidade e com menores custos.
Portanto, o maior segredo de uma equipe vencedora e que sustente bons resultados é atrair, reter e criar condições para uma motivação duradoura, a partir da elevação da confiança.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Atraso social e cultural



O editorial da Gazeta de Alagoas de quarta-feira (07 de outubro), intitulado “Avanços e atraso”, merece uma profunda reflexão por parte da população brasileira.
Se por um lado estamos com a economia estabilizada, o que levou o País a decidir emprestar dinheiro ao FMI, por outro, continuamos com um IDH – Índice de Desenvolvimento Humano vergonhoso. Ocupamos a 75ª posição no ranking mundial. Continuamos mal em relação à expectativa de vida do brasileiro, acesso à educação e padrão de vida. Praticamente, não houve alteração nesse índice de 2006 até agora.
Comemoramos a realização da Copa do Mundo em 2014 e, sobretudo, as Olimpíadas de 2016, que pela primeira vez serão realizadas no Rio de Janeiro. Não resta dúvida de que esses dois eventos são importantes. O valor estimado a ser gasto até 2016, somente para as Olimpíadas, é de R$ 11,2 bilhões. E se todo esse dinheiro fosse investido em educação e saúde? Como estará o povo brasileiro após as Olimpíadas?

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

Por que, o que e como?


Podemos passar pela vida – nascer, crescer, envelhecer e não adquirir a maturidade necessária. Viver, ou simplesmente sobreviver, sem entender o “o porquê”, “o que” e “o como” das coisas. Nestas condições não conquistamos o crescimento como pessoa, seremos facilmente influenciados e ficaremos na condição de dependentes, ou seja, não conseguiremos adquirir a nossa confiabilidade para, em seguida, conquistar a confiança de outras pessoas.
Se quisermos enxergar as coisas como elas realmente são, precisamos criar o hábito de perguntar. Por exemplo: será que sabemos respirar como deveríamos? Por simples que isto possa parecer muitos não conseguem sequer respirar corretamente. Não sabem encher todo o pulmão de ar para depois deixá-lo sair. É preciso inspirar e expirar de modo adequado para melhorar o desempenho físico, mental e emocional.
Viemos ao mundo para observar, aprender, crescer, amar e morrer. Há uma frase que diz: “nem com milhões de moedas de ouro podemos recuperar um só instante da vida. Que maior perda, então, do que a do tempo desperdiçado?” Por que e como mudar isto?
Se quisermos ter uma vida sã o segredo está em não lamentar o passado, não se “pré-ocupar” com o futuro, mas viver sábia e seriamente o presente, descobrindo o “porquê” e o “como” de tudo.
Algumas reflexões: por que a beleza não é um atributo das coisas em si e só existe na mente de quem as contempla? Por que sonhar é preciso? Por que o Brasil, apesar de crescer economicamente, não consegue ter o mesmo nível de crescimento em outras áreas? Por que a insegurança aumenta a cada dia? Por que saúde e a educação no País não apresentam os resultados desejados? Por que a cada dia mais jovens caminham para o mundo das drogas? O que fazer? Como mudar tudo isso? É possível?

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Foque o tempo


Ninguém gerencia ou controla o tempo. Então, por que nos dias atuais fala-se tanto sobre esse tema?
Na era da informação, do conhecimento e da tecnologia, você tem à sua disposição a internet, twitters, blogs, livros, jornais, revistas e inúmeros outros acontecimentos. São tantas coisas a fazer, que as 24 horas ou 1440 minutos do dia podem parecer que não são suficientes.
Na realidade, o máximo que cada um de nós pode fazer é controlar os eventos que marcam a passagem do tempo. Reuniões, um programa de TV, uma festa, o nascer do sol etc., são eventos. E é aí, que a maioria das pessoas se perde, exatamente no gerenciamento dos eventos, ou seja, na escolha do que fazer, daquilo que é realmente mais importante para si e que não pode deixar de ser feito.
Você quer produzir mais hoje, ter mais tempo para você e a família, encontrar o sucesso, a felicidade e ter mais equilíbrio entre a vida profissional e pessoal? Então, arrume o seu dia como você arrumaria uma mala de viagem. Comece colocando o que é essencial. Depois, se sobrar espaço, coloque as pequenas coisas, menos necessárias e que poderiam ficar de fora.
Aprenda a liderar a si, agir com proatividade, conheça um processo completo de planejamento e execução, use a ferramenta que melhor lhe convém e que facilite a aplicação diária – agenda, palm top ou notebook, para poder transformar seus sonhos, ideias e desafios em realidade.
Viva a vida como deve ser vivida, podendo influenciá-la, sabendo aonde deseja chegar, ao invés de ser sempre influenciado.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal e Consultor

sábado, 3 de outubro de 2009

Fiscalização do TCU



A Gazeta de Alagoas de sábado passado (03 de outubro) trouxe o editorial – “Parou por (para) quê?”, que merece uma análise profunda.
O TCU recomendou a paralisação imediata de 41 obras, que estão sendo tocadas com recursos federais, das quais 13 são do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e totalizam R$ 7,38 bilhões.
Em 2009, já foram investigadas 410 obras federais (99 são do PAC). Destas 99 obras, 17, deverão ter o repasse de verbas retido até a conclusão dos trabalhos de investigação. Isso é apenas um relatório a ser apreciado pelo Congresso Nacional, a quem cabe a decisão final.
Segundo o TCU, essas obras apresentaram fortes indícios de irregularidades na aplicação dos recursos públicos a elas destinados. Os problemas mais citados foram superfaturamento, licitação irregular, sobrepreço e questões ambientais.
A melhor saída para a questão não é a paralisação das obras, e sim, a punição dos possíveis corruptos e corruptores. Entretanto, todos sabem que esse é um longo caminho, em face da lentidão na justiça e dos inúmeros recursos, que poderão ser solicitados pelos advogados dos indiciados ou acusados.
Talvez, por não haver ferramentas ágeis de punição dos responsáveis, a saída sugerida pelo TCU passou a ser essa: paralisação e bloqueio de recursos.
Essa questão merece um debate amplo, para que se chegue a uma conclusão. Fica a pergunta: e se existisse uma lei de aplicação eficaz, que determinasse o bloqueio dos bens dos envolvidos até que fossem apuradas todas as irregularidades?
Infelizmente, no Brasil, uma obra quando é licitada e executada, raramente deixa de apresentar um superfaturamento. O valor embutido varia de caso a caso. Além disso, no processo de execução das obras, há várias formas de aumentar o valor a ser medido e pago.
A solução para minimizar o problema seria a realização, pelo TCU, de uma auditoria técnica, que acompanhasse passo a passo cada medição realizada pelos órgãos. O pagamento somente seria feito quando tivesse o aval da comissão técnica, constituída de profissionais muito bem remunerados, de alta competência e, acima de tudo, com autoridade moral.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Trajetória de sucesso


Todos os anos milhares de jovens concluem seus cursos de graduação ou de pós-graduação, deixam as universidades ou faculdades e vão para o mercado de trabalho exercer diversas profissões. A partir desse instante, além dos conhecimentos técnicos adquiridos, é necessário, também, o domínio de algumas habilidades importantes para o sucesso profissional.
O ambiente a ser enfrentado é de alta competitividade, cheio de turbulências, incertezas e de escassez de empregos. Vencerão com mais facilidade aqueles, que junto com a competência técnica, tiverem conseguido incorporar virtudes e hábitos eficazes. Isto pode acontecer durante a vida, mas, quanto mais cedo for uma realidade, mais fácil será encontrar o caminho do sucesso.
Um ponto fundamental e que precisa ser entendido por todos, é a criação de percepções corretas da vida e do mundo atual.
É comum confundirmos percepção com realidade. Porém, nem sempre isso acontece. Os pontos de vista que possuímos, às vezes, não coincidem com a verdade. Este é um fator importantíssimo, para que resultados positivos possam vir com maior rapidez.
Outro aspecto que deve merecer a máxima atenção dos estudantes ao concluírem seus cursos é a fixação de metas, que devem ser colocadas no papel, para que possam facilitar o comprometimento. Isto cria direção, propósito na vida das pessoas e facilita a pautar as escolhas corretas.
Além disso, duas virtudes que devem ser desenvolvidas e praticadas pelos estudantes são a proatividade e a liderança. Entender a importância que devemos dedicar ao tempo, ou seja, a cada novo dia. Focar, sobretudo no agora, com o objetivo de identificar oportunidades, vencer o medo, encontrar o sucesso e a felicidade. Afinal, foi para isto que nascemos.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Como construir a paz


Como e quando Alagoas começará a construir um ambiente de paz com resultados sustentáveis e duradouros? Diagnósticos estão sendo realizados, políticas públicas são apresentadas, discutidas ou propostas na tentativa de promover a tão falada paz, ou seja, melhores condições de convivência social e segurança. Reuniões frequentes acontecem em vários locais para debater essa questão.
Não faltam planejamento, ideias, projetos e programas. Faltam os resultados positivos que todos desejam. Falta a execução das ações corretas, dando as respostas esperadas pela população. Falta um processo, de preferência já testado em outros países, e que, se for aplicado aqui ou em qualquer outro lugar, produzirá os resultados desejados, pois se baseia em princípios.
Um ambiente de paz somente será construído a partir das pessoas, ajudando-as a descobrir que existem caminhos melhores de vida. A paz começa dentro de cada um com a incorporação de hábitos pessoais e eficazes. Por isso, o primeiro passo é levar o maior número possível de pessoas a conhecer e praticar hábitos que levem a paz. Isto depende, fundamentalmente, de desenvolver e cultivar a eficácia pessoal, isto é, trabalhar o caráter, a educação para os valores humanos e fazer com que cada um descubra ou desenvolva suas competências e potenciais. Daí, surgirão artistas, atletas, músicos e centenas de outros profissionais.
Essa experiência já foi testada e aprovada em outros países. Porém, os frutos não acontecem imediatamente. Quanto tempo será preciso para obter resultados visíveis? Isto vai depender da execução integrada das ações. Podemos afirmar que em quatro anos a situação será outra bem diferente, portanto, um período de governo. Para isto, é necessário agir com rapidez e buscar alinhamento nas três esferas de governo.
Não há um caminho mágico, que permita resolver de imediato os problemas. Existe uma direção sustentável, que será trilhada quando o processo de gestão dos governos federal, estaduais e municipais for realmente eficaz. Mas é necessário que haja continuidade, pois o trabalho deve ser constante.
É preciso preparar os administradores públicos e técnicos em geral para seguir esse processo. Mudar a cultura hoje adotada nos diversos níveis da administração. O sucesso exige eficácia nos três ativos: físico, orçamentário-financeiro e humano.
Sobretudo os gestores públicos precisam conhecer e aplicar métodos novos. Mudar hábitos que hoje são utilizados e não deram certo.
A escolha do caminho sustentável não deve ser apenas do governo, mas de toda a sociedade. Se não houver alinhamento de propósitos, ficará difícil chegar à condição desejada.
Algumas prioridades merecem destaque, dentre elas a educação. Neste aspecto, é preciso incorporar novos projetos pedagógicos às escolas e em todos os níveis – ensino básico, fundamental e superior. Além disso, identificar lideranças locais – multiplicadores em cada comunidade, para que sejam preparadas e treinadas, a fim de que possam compartilhar o processo de eficácia junto aos seus pares.
Políticas sociais de incentivo a prática de esportes, lazer e cultura complementarão as prioridades.
Um detalhe: somente haverá sucesso nas ações, se a prática de hábitos eficazes for semeada. Este é, sem dúvida, o maior desafio.
A paz duradoura depende do comprometimento do governo e da sociedade com a responsabilidade, respeito, paciência e integridade. Os exemplos que vêm de cima nem sempre são positivos. O que prevalece na vida é a lei da colheita: “sempre se colhe aquilo que se planta”.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Chuvas e buracos


Não é verdade afirmar que os buracos formados nas vias e avenidas brasileiras acontecem devido à chuva. Aliás, a chuva é, tão somente, um fenômeno da natureza. As crateras somente aparecem durante ou após o período invernoso, em consequência da falta de uma conservação eficaz do pavimento, que deveria ter sido feita preventivamente, antes do período de chuvas.
Portanto, como não são realizados os serviços de conservação na época correta, investimentos mínimos deixam de ser feitos. Quando vem a chuva, a pavimentação, que deveria estar preparada, se apresenta com fissuras, trincas e outras patologias, o que provoca o agravamento do problema. Buracos se formam, e com eles, os custos de conservação passam a ser bem maiores, ou seja, o volume de dinheiro a ser gasto pelo poder público para restaurar as condições do pavimento são mais elevados.
Essa é uma falha de gestão, mais especificamente de prioridade. É muito mais econômico executar a conservação preventiva – preparar o pavimento para as chuvas, do que a corretiva – tapar buraco ou restaurar depois que o problema se agrava.
A mesma coisa ocorre com as pessoas. Se alguém tem um problema de saúde e não dá a atenção necessária, não procura logo a cura, depois de algum tempo a solução fica mais difícil e onerosa, além de correr o risco de já ser tarde demais.
Somente com uma mudança de mentalidade e de visão será possível reduzir os prejuízos, tanto do poder público como dos usuários das vias pavimentadas.
Uma saída técnica e economicamente correta é a implantação de um sistema de gerenciamento de vias urbanas, que prevê onde, quando e como aplicar, preventivamente, os recursos que garantirão pavimentações mais duráveis e de menor custo.
O que não pode é afirmar que “a culpa é da chuva”. Esta afirmativa, tecnicamente, não é verdadeira.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Banheiros na orla


São frequentes as reclamações de turistas que visitam Maceió quando, ao desfrutarem das belezas inconfundíveis do nosso litoral, procuram banheiros na orla para atender as suas necessidades. O projeto de revitalização implantado pela prefeitura de Maceió nas orlas de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca executou vários mixes – locais reservados para comercialização de diversos produtos e inseriu nesses blocos alguns banheiros.
Na prática, temos que reconhecer a não funcionalidade desses equipamentos. Não há comunicação visual que facilite a identificação de banheiros na orla por parte dos visitantes e, além disso, o número é reduzido.
Houve uma falha na concepção do projeto. Os banheiros deveriam ter sido projetados e construídos em equipamentos separados e de modo subterrâneo, para que não tirassem a vista para o mar. Iria encarecer um pouco o projeto, mas o acréscimo era plenamente justificável pela beleza do local e pela quantidade de frequentadores - turistas e a própria população.
Em alguns pontos ao longo de toda a orla, deveriam ser anexados mapas com a localização dos diversos equipamentos encontrados na área. Isto é muito comum em qualquer cidade que tenha potencial turístico.
Já que temos vocação para o turismo é preciso agir com eficácia e criatividade em todos os aspectos: sinalização, comunicação visual, manutenção da área, limpeza, fiscalização na ocupação do solo etc.
Outro ponto que deveria constar no planejamento e ações voltadas ao turismo é a preparação constante dos ambulantes que atuam no local. Não basta realizar apenas uma palestra ou treinamento isolado. O trabalho de educação e conscientização não consegue gerar resultados positivos com eventos isolados. Há necessidade de compartilhar reflexões, usar um processo pedagógico que apresente resultados, criar uma cultura favorável e melhorar a qualidade do atendimento, principalmente daqueles que têm o contato mais direto com os turistas.
Por fim, uma sugestão: na volta dos turistas a sua cidade de origem, por exemplo, no aeroporto, seria muito importante coletar sugestões e avaliação das pessoas que nos visitam. Através de questionários preenchidos os dados seriam analisados e as decisões tomadas. É assim que iremos atender cada vez melhor aos visitantes.
O difícil não é trazer o turista uma vez para visitar Maceió. O objetivo maior é que esse mesmo turista possa voltar mais vezes e fazer o marketing boca-a-boca sobre nossa cidade.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

Tem jeito?


Como o interesse pessoal e os valores humanos são fortes! Uma pesquisa do Ibope constatou que 70% das pessoas entrevistadas admitem já ter cometido algum tipo de prática antiética e 75% afirmaram que cometeriam algum tipo de corrupção política caso tivessem oportunidade.
Essa é a causa de muitas mazelas brasileiras. É por isso que a educação é precária, são milhares nas filas de atendimento do SUS, não existe segurança, estradas esburacadas, transporte precário, fome, miséria, drogas, desemprego etc.
Daí surgem as queixas da população e as afirmativas de integrantes do governo de que falta dinheiro. Não é verdade! Pelo contrário! Falta mesmo é mudar os valores humanos e estancar a impunidade que campeia no País. Sem isto, o sonho do País de futuro ficará somente no sonho. Jamais será uma realidade.
Enquanto o governo não julgar importante educar as pessoas para os valores humanos e der os próprios exemplos nessa direção não encontrará equlíbrio social. Esta é a principal tarefa de uma nação.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Popularidade em queda


A popularidade do presidente Lula caiu neste mês de setembro, de acordo com a última pesquisa realizada pela CNT/Sensus.
Os motivos citados foram a crise no Senado Federal, a gripe Influenza A – gripe suína e as dúvidas que pairam sobre o envolvimento da ministra Dilma Rousseff no episódio da reunião com a ex-secretária da Receita Federal, a sra Lina.
A avaliação positiva do presidente, que era de 81% em maio, agora é 77%. Já a avaliação do governo federal desceu de 70% para 65%.
Essa pesquisa foi realizada no período de 31 de agosto a 04 de setembro em 136 municípios de 24 estados das cinco regiões do país. A amostra utilizada foi 2 mil pessoas e a principal queda foi registrada nas regiões sul e sudeste, entre mulheres da área urbana com alta escolaridade e entre as pessoas mais jovens e as mais velhas.
Ainda é prematura qualquer análise para 2010, mas o especialista e diretor do Ibope – Carlos Augusto Montenegro aposta que Lula não conseguirá fazer o seu sucessor na corrida presidencial, apesar de ainda ter grande popularidade. Prevê, também, que o PT está em decomposição.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

Transporte de alto risco


A previsão do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, de que somente este ano deverão morrer cerca de 18 mil motoqueiros no trânsito brasileiro, é aterrorizante. Sem falar nos milhares de casos de pessoas, que, após o acidente continuam vivas, porém, com as mais diversas deficiências físicas.
Hoje, em boa parte dos estados brasileiros (14), as mortes de motociclistas já superam as mortes de pedestres no trânsito. As autoridades acreditam que, no máximo, dentro de dois ou três anos, as vítimas de acidentes de motocicletas serão parte do principal grupo de morte dentro dos acidentes de trânsito.
O tempo de recuperação de vítimas nesse tipo de acidente dura, em média, 3 a 4 meses de internação hospitalar. Além do importante custo social, tem o alto custo financeiro para o País, pois são usados materiais caros nas cirurgias como orteses e próteses.
O País tem pela frente o desafio de reduzir esse número. Em 2008, os acidentes de moto causaram 10 mil mortos, mais de 500 mil feridos e um gasto de 8 bilhões de reais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Segurança do Trânsito.
Se considerarmos os últimos 10 anos, o número de mortes aumentou 1.000%. É como se a cada minuto uma pessoa morresse ou ficasse ferida por causa de acidentes com motocicletas.
Como reduzir os casos diários de acidentes, muitos fatais, envolvendo motos nas ruas e avenidas de todo o país?
São vários os fatores que contribuem para isso. Boa parte das vítimas não utilizam equipamentos de segurança – capacetes e roupas apropriadas, e nem têm ideia dos estragos que um acidente pode causar. O excesso de velocidade e a imprudência são uma constante. A luta pela sobrevivência e a necessidade de rapidez torna esse tipo de transporte quase suicida.
Para complicar ainda mais a situação, o presidente Lula sancionou a lei que regulamenta profissão de motoboy e mototaxista.
O que vale mais, a velocidade ou a vida? A maioria das pessoas vitimadas em acidentes com motos não conseguem superar o trauma e jamais retornam a utilizar esse meio de transporte.
Não há solução para curto e médio prazos. Vamos continuar assistindo pessoas se vitimarem todos os dias. A longo prazo é necessário desenvolver uma postura proativa, em todos os níveis de ensino, tanto para os condutores de motos como para os motoristas de veículos. Ou seja, é preciso mudar a cultura e isto depende da educação.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Causa do atraso


Uma das causas de setores vitais da sociedade, como educação, saúde, segurança e finanças/fazenda, não terem um desempenho, pelo menos, dentro do mínimo desejável pela população, é o processo administrativo utilizado pelas gestões.
Como o Brasil é considerado o país do futebol, vamos usar o exemplo do São Paulo Futebol Clube. Por que neste time os resultados positivos sempre aparecem? Se examinarmos como funciona o clube paulista, encontraremos a resposta. No São Paulo, o método de gestão utilizado é 100% profissional, ou seja, existe visão empreendedora, além de planejamento e execução eficazes. Os três ativos – físico, financeiro e humano são geridos com a melhor técnica disponível e com a seriedade necessária.
Não quer dizer que o São Paulo ganhe todos os campeonatos que disputa, mas, em quase todos, sempre está presente disputando as primeiras colocações.
O mesmo poderia ocorrer dentro do serviço público, se áreas consideradas vitais fossem administradas da forma profissionalmente correta.
Isto implicaria em escolher especialistas para as funções, mas que dominassem habilidades de liderança e de gestão. É, exatamente aí, que a coisa emperra, pois as indicações têm quase sempre um viés meramente político.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Diagnóstico e solução


Há uma distância entre os diversos diagnósticos realizados pelo serviço público e a efetivação das soluções. Mais e mais estudos, debates, no sentido de elaborar políticas públicas, na prática, não saem do papel ou não têm a eficácia desejada. As ações provenientes dos diagnósticos não acontecem na mesma intensidade. Por que é tão difícil implantar as soluções e resolver as diversas questões que afligem poder público e a população?
Vamos citar, como exemplo, a segurança urbana. Muitas reuniões têm ocorrido para discutir e elaborar as políticas que deverão ser postas em prática. Algumas empresas já foram assaltadas várias vezes e o risco de novos assaltos é diário. Escolas públicas têm sido invadidas e perdem equipamentos em função da ação de marginais.
Tanto o governo estadual como o municipal criaram recentemente novas secretarias com o objetivo de minimizar os problemas na área.
Temos que reconhecer a complexidade e entender os muitos fatores envolvidos. Mas, o ponto principal não é esse. Na realidade o que emperra a implantação da política pública, na prática, é a ausência de um processo de gestão capaz de garantir a eficácia das soluções. As secretarias e toda a cúpula de dirigentes deveria conhecer os métodos atuais de eficácia pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional. Sem isto, as soluções poderão acontecer, mas o tempo e os recursos necessários para tal serão muito maiores.
As políticas públicas fazem parte da etapa de planejamento. A execução das ações é o resultado. Exatamente aí, a coisa emperra.
A questão a ser discutida é a seguinte: como garantir políticas públicas eficazes e execução também eficaz?

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Planejar o futuro


Que futuro queremos para o País e para os brasileiros? As perspectivas de crescimento econômico são muito positivas. Pelo menos, é o que dizem vários economistas.
Com a descoberta do pré-sal, gigantesco reservatório de petróleo e gás natural localizado nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, o otimismo cresceu. Mas, ainda falta a tecnologia necessária para extrair esse petróleo, que se encontra abaixo de uma imensa camada de sal, a 7 mil metros de profundidade, podendo alcançar até 2 quilômetros de espessura. As pesquisas estão em andamento e, caso tudo ocorra dentro do previsto, somente vamos ter petróleo a partir de 2016.
Mas, será que iremos conseguir sustentabilidade na economia sem trabalhar a base da pirâmide? O que fazer para garantir resultados positivos daqui a 5, 10, 20 anos e 50 anos?
Além de dedicar tempo ao planejamento, é essencial também focar a pesquisa, aprendizagem, prevenção, criatividade, identificação de oportunidades, aprofundar relacionamentos, parcerias, definição de valores e implantar empowerment (processo de liderança baseada em princípios). Isto, sim, criaria as condições necessárias para um crescimento real e sustentável.
Precisamos pensar estrategicamente na direção correta, a fim de que o crescimento econômico seja acompanhado de uma cultura propícia. E a base da cultura é a educação do povo. A sustentação do crescimento brasileiro depende da escolha de um processo de gestão que seja eficaz. Não podemos ser eficazes apenas na área econômica. Isto deve ser estendido aos outros setores estratégicos.
Será que estamos fazendo as coisas certas? Quando discutiremos isso? Como iniciar o processo de mudança na direção da sustentabilidade social e econômica? Quem no congresso nacional ou no próprio governo pode ser o porta-voz?

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

sábado, 29 de agosto de 2009

Educação


Se o Brasil deseja ser um país de futuro e sustentável precisa mudar imediatamente as suas prioridades. Uma pesquisa do Ibope constatou que a educação ocupa o 6º lugar na lista de prioridades nacionais.
A situação econômica atual, apesar da crise mundial, pode até ser considerada boa. O problema é o futuro do país. Quando, no presente, não tomamos as decisões corretas, com certeza, o futuro estará comprometido.
Enfrentamos atualmente graves dificuldades na segurança pública, na saúde, nas questões sociais, no emprego. Tudo tem como causa principal a falta de uma educação completa e de qualidade.
Não se trata apenas de ensinar a ler e escrever. Muito mais do que isto. É necessário oferecer uma educação integral, que prepare as pessoas para enfrentar o mercado de trabalho e em condições de empregabilidade.
Países como o Japão, com economia mais forte do que o Brasil, já apresenta um índice de desemprego de 5,7% (de acordo com o Bom Dia Brasil, Tv Globo). Este é um fenômeno mundial, que tende a se agravar. A saída é usar a criatividade aplicada para transformar em negócios que gerem emprego e renda.
Para isto, torna-se imprescindível disseminar a absorção de um vírus: o do empreendedorismo. Preparar os atuais estudantes e trazer de volta as pessoas que já deixaram a escola, a fim de que possam aprender novos ensinamentos.
Preparar professores e multiplicadores para aprenderem a identificar potencialidades individuais e trabalhar com questões como liderança pessoal, inteligência emocional, eficácia pessoal e interpessoal, motivação etc.
Se não é possível acabar com a corrupção endêmica que destrói o país, pelo menos, que se acabe com a corrupção no erro da prioridade.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Bolsa Família


Ninguém foi nem é contra o Bolsa Família, um programa aperfeiçoado no governo do presidente Lula, porém iniciado ainda no governo do ex-presidente FHC.
Está claro que é preciso criar algumas condições, para evitar o comodismo das pessoas beneficiadas pelo programa. Para um país que se diz de futuro, não é estratégico permanecerem sempre as mesmas regras.
Apenas dar o peixe, sem ensinar a pescar, é uma forma de fidelizar eleitores.
O estado do Ceará já está sentindo as consequências do mau vício. Lá, quinhentas costureiras, após serem treinadas e preparadas para trabalhar na indústria têxtil, preferem permanecer na informalidade, para não perderem o benefício do Bolsa Família.
As empresas cearenses têm vagas, querem contratar, mas não conseguem uma só costureira que queira assinar a carteira profissional. Aonde vamos parar? Esse não é o país de um futuro sustentável.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Políticas e ações públicas



A escalada do tráfico é um tema que merece todo o foco por parte do governo e da sociedade.
Apesar de serem necessárias ações repressivas no combate às drogas, isoladamente, não conseguirão resolver o problema. É preciso combater as causas, que levam à expansão do tráfico de drogas e da onda de insegurança.
Crianças e jovens sem orientação familiar e escolar adequadas, sem conhecerem o seu “norte-magnético”, sem as condições sociais e de vida mínimas, tornam-se presas fáceis dos traficantes.
Três coisas são essenciais no sentido de implantar políticas públicas permanentes, que possam combater as causas. Primeiro, preparar pais, mães, professores e multiplicadores, para que cumpram um papel pedagógico no sentido de orientar crianças e adolescentes. Neste caso, é preciso conhecer um projeto de educação emocional, liderança pessoal e autodomínio, a fim de que a orientação repassada seja eficaz. Conversas de reflexão compartilhada, filmes pedagógicos, exemplos de outros jovens que estão em caminhos de sucesso, são peças fundamentais para permitir a revolução mental positiva e afastar a escolha por um caminho perigoso. Especialmente os professores devem estar preparados para identificar potencialidades individuais nos jovens, encaminhar e motivar.
Segundo, a criação de alternativas esportivas, culturais e de lazer nas diversas regiões da cidade.
Terceiro, a geração de emprego e renda para as famílias menos favorecidas, a fim de que necessidades básicas passem a ser atendidas.
Do ponto de vista da gestão pública é fundamental que o planejamento e a execução sejam simultaneamente eficazes. Seria muito importante que os gestores públicos conhecessem um processo de gestão, que permite os quatro níveis de eficácia: pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional. É exatamente este o fator mais difícil de ser alcançado. O foco da gestão pública nem sempre é o atendimento às necessidades.
Sem essas condições jamais encontraremos o caminho sustentável para esse problema que cresce a cada dia.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Diplomas têm prazo de validade


Antigamente, quando se terminava um curso de graduação, acreditava-se não ser necessário voltar imediatamente a fazer novos cursos. Hoje, sabe-se que idade e experiência não são necessariamente a receita para a competência.
No mundo atual da velocidade do conhecimento, se alguém passar alguns meses sem se atualizar, dificilmente, conseguirá recuperar o tempo perdido. É preciso, o tempo todo, aprender, desaprender e reaprender. Caso contrário, não se conseguirá ter a produtividade profissional desejada. Hoje, os diplomas têm prazo de validade.
Portanto, torna-se necessário criar o hábito de aprender continuamente e utilizar um método adequado que facilite a aprendizagem. Comece organizando a sua agenda semanal e depois diária, incluindo todas as atividades que desempenha. Lembre-se que a motivação – ou força do querer está dentro de cada um.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista