quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Crateras nas estradas


A BR-060, que liga Brasília a Goiânia, encontra-se interditada em virtude da abertura de uma cratera de mais de 50 metros de extensão e 40 de profundidade. O tráfego foi interrompido e será desviado para a BR-070 com um acréscimo de 45 km no percurso.

Próximo a virada do ano, quando o volume de tráfego aumenta, ocorre o fechamento da rodovia. Diversas rachaduras que surgiram no local demonstram que o problema está relacionado à falta de estabilidade do talude e serviços de drenagem na área.

São várias as consequências dessa interdição. Primeiro, perda de tempo, maior consumo de combustíveis, prejuízos para o turismo, interrupção do transporte de pessoas e de cargas. Segundo, a BR-070 que vai servir de desvio, enquanto o outro lado da pista não puder ser utilizado, terá um acréscimo no volume de tráfego, o que pode provocar uma redução no tempo de vida dessa rodovia.

É incrível como o Brasil, através do DNIT e dos Departamentos de Estradas de Rodagem dos Estados, não consegue implantar um sistema de gerenciamento de estradas, que possa prever e corrigir a tempo possíveis ocorrências. Seria muito mais econômico para o país, estados e municípios.

Agora, com a interrupção da BR-060, os gastos com a reconstrução serão bem maiores. Em virtude da emergência haverá uma dispensa de licitação e ordem de serviço, para que uma empresa execute a obra e resolva o problema.

Em pleno século XXI, com o país precisando aumentar os níveis de competitividade, reduzir o “custo-brasil”, fatos como esse são uma constante. Desde 1950 os norte-americanos identificaram que é mais econômico implantar sistemas de gerenciamento e manutenção do que proceder restauração e reconstrução.

O Brasil, até hoje, apesar de ser um país que priorizou o transporte rodoviário, nunca colocou em prática um sistema de gerenciamento eficaz de rodovias. E não falta dinheiro para tal. Falta visão, decisão política e competência gerencial.
Tecnicamente, profissionais e empresas estão preparados para criar e executar os sistemas com os recursos tecnológicos e de informática disponíveis.
Edinaldo Marques
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quanto vale o tempo?


O tempo é uma das coisas mais importantes da nossa vida, mas pouca atenção nós damos a ele. Jamais conseguiremos gerenciá-lo, pois se fizermos algo ou deixarmos de fazer, ele passará. Porém, é possível nos organizarmos para fazermos aquilo que julgamos ser prioridade. Isto é fator decisivo para o sucesso de todo e qualquer profissional.

Os executivos, por exemplo, vivem mergulhados em problemas que precisam de decisão e o tempo para eles passa a ser um fator essencial para o crescimento de seus negócios.

Porém, há outra coisa que não podemos desprezar, pois é tão importante quanto o tempo. Trata-se de nossa "bússola interior", que precisa ser consultada e analisada a todo instante, para verificarmos se estamos realmente certos da direção escolhida.

Os compromissos, as reuniões, os horários, as metas e as atividades são fatores que dependem do relógio. Já a "bússola interior" representa a nossa visão, valores, princípios, missão, consciência e direção.

De que adianta estarmos numa estrada dirigindo muito bem e vencendo distâncias, se ao chegarmos ao final do caminho, verificarmos que não é aquele local que pretendíamos chegar? Ou seja, podemos dirigir com uma velocidade maior, gastar menos tempo, mas ainda assim não alcançaremos o objetivo principal.

Portanto, na luta diária entre a "bússola interior" e o relógio precisamos focar os dois, simultaneamente. A cada instante, verificar, primeiro se o caminho que estamos percorrendo é a direção que realmente queremos. Segundo, se a direção estiver correta, quanto mais rápido cumprirmos com as nossas metas melhor para as nossas vidas.

Edinaldo Marques
Engenheiro Civil, Professor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques

Como preparar a geração do futuro?


Precisamos refletir com muita responsabilidade sobre o Brasil do futuro, projetar nossa visão e adotar as ações necessárias, que modificarão os resultados sociais, culturais e econômicos hoje identificados.

Com esse foco, as gerações Y – pessoas nascidas entre os anos 80 e 90, cujos mais velhos estão chegando aos 25 anos, e Z – nascidos a partir de 91, deveriam ser mais bem educadas.

Atualmente, a vida dos adolescentes não é um parque de diversões. Muito pelo contrário! O que vemos é uma espécie de selva, com decisões difíceis, pressões dos colegas, insegurança pessoal, maus exemplos e falta de orientação correta dos pais e mães, ansiedade em relação ao que os outros irão pensar. Além disso, sentimentos diversos se manifestam como depressão, inferioridade, comparações e outras atitudes autodestrutivas, como pornografia, vandalismo, drogas e gangues. Como mudar isso?

Primeiro, é necessário preparar os educadores em nível do ensino fundamental, médio e superior, para que mostrem a relação de causa e efeito que existe sobre o pensamento. Quando as crenças destrutivas das pessoas são mudadas, mudam-se as expectativas. Quando mudamos a atitude, mudam-se os comportamentos. Em consequência, mudam os desempenhos e a vida.

É preciso que jovens e adolescentes aprendam como aplicar princípios comportamentais de sucesso em situação difíceis e em tomadas de decisão. Existem hábitos eficazes que necessitam ser incorporados pelas pessoas, para que elas possam conseguir maior controle de suas vidas, melhorar seus relacionamentos com amigos e família, aumentar a autoconfiança e autoestima, tomar decisões mais inteligentes, conhecer seus valores, e o que mais importa, reconhecer e priorizar metas, encontrar equilíbrio entre a escola, trabalho e amigos.

Sete princípios deveriam ser conhecidos e praticados: ser responsável pela própria vida, definir missão e metas na vida, priorizar e fazer primeiro o mais importante, ter a atitude de que “todos podem ganhar”, ouvir as pessoas atentamente, trabalhar junto com outras pessoas para conseguir mais, renovar-se regularmente – cuidar do corpo (saúde física), mente (saúde mental), coração (saúde emocional/social) e espírito (saúde espiritual).

A saúde física é garantida através de uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares, tempo correto de descanso. A saúde mental é cultivada com muita leitura, visualização, planejamento e escrita. A saúde emocional/social é conquistada através dos relacionamentos corretos, empatia, ajuda. A saúde espiritual é aquela em que cada um deve buscar a clareza de valores, através de estudo e meditação.

Na vida real existe uma lei que explica os resultados geralmente alcançados. É a chamada lei da colheita - o ser humano colhe o que planta.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
Membro da Academia Maceioense de Letras

Cultura


Entende-se por cultura de um povo a combinação de valores, crenças, comportamentos, símbolos e rituais incorporados ao longo do tempo. É essa combinação que forma a identidade e o modo de convivência entre as pessoas, aglutina-as e influi no desempenho.

Quem faz a cultura de uma comunidade, cidade, estado ou país são seus habitantes. As empresas não que têm cultura. Na realidade, elas possuem um CNPJ. A cultura é determinada pelas pessoas, a partir do processo de educação de um povo e da maneira como pais, mães e dirigentes governamentais dão os exemplos.

Uma cultura poderosa, que consiga sair ilesa de possíveis crises mundiais ou nacionais, garantindo o desenvolvimento sustentável de uma região, seria aquela na qual a virtude da liderança moderna - e que interessa ao mundo atual, fosse difundida nas escolas, famílias e demais organizações.

Evidentemente nem todos conseguirão ser líderes verdadeiros, mas alguns atributos que fazem toda uma diferença influenciariam os comportamentos e as atitudes das pessoas. Hábitos que garantem o equilíbrio pessoal, coletivo, clareza das missões, iniciativa, responsabilidade, negociação eficaz e a valorização das diferenças individuais.

Edinaldo Marques
Engenheiro civil, Professor, Consultor e Palestrante
Membro da Academia Maceioense de Letras
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Balanço de 2010


O ano de 2010 está chegando ao seu final. Esse é o momento ideal para as pessoas refletirem sobre o que conseguiram realizar durante o ano e renovar sonhos, transformando-os em novas metas para 2011.

Somos movidos por aspirações, vontades e necessidades que precisam ficar bem nítidas, a fim de aumentarmos a possibilidade de transformar em realidades. A maneira mais eficaz para alcançarmos aquilo que desejamos é tirar da mente e colocar no papel. Isto ajuda a formar propósito mental, fator decisivo para que alcancemos desafios.

Às vezes ficamos tão acostumados com a rotina do trabalho, familiar, tão descrentes com a realidade atual, que esquecemos a capacidade de sonhar, a possibilidade de ter um projeto de vida com objetivos de curto, médio e longo prazos, criar uma direção – espécie de “bússola interior”, que nos leve ao encontro daquilo que mais desejamos.

Precisamos sair da condição de coadjuvantes ou expectadores para a de protagonistas de nossas vidas. Descobrir nossa missão, valores e diversos papeis ou funções, para que possamos ter plena consciência daquilo que iremos fazer.

Que tenhamos todos um Feliz Natal e um Ano de 2011 cheio de muitas realizações com sonhos concretizados.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Transportes e trânsito


Os comentários sobre a mudança de comando na superintendência municipal de transportes e trânsito de Maceió são os mais diversos. Como de costume há opiniões a favor e contra.

A substituição do titular da pasta é um ato político-administrativo comum dentro do serviço público. Do ponto de vista da escolha pelo ex-delegado da polícia federal Pinto de Luna, é uma questão do que motivou a decisão. Administrativamente é sempre melhor colocar a pessoa certa no lugar certo.

Na realidade o que interessa à população são melhorias na área. Aqueles que usam o transporte coletivo urbano reclamam de muitos obstáculos: demora nos pontos de ônibus, veículos superlotados, trânsito engarrafado, insegurança, ruas estreitas, ausência de sinalização horizontal... Já os condutores de carros particulares se queixam das dificuldades, tanto de infraestrutura, como no trânsito em geral. Ainda existem os ciclistas, motociclistas e pedestres que argumentam a falta de segurança e os conflitos com os demais componentes do trânsito.

Tres fatores são indispensáveis, para que melhorem as condições de transporte e trânsito de nossa capital: decisão política, competência técnica e capacidade gerencial. É também essencial discutir e aprovar um Planejamento Integrado de Transportes para Maceió, ferramenta que poderá nortear futuras ações e evitar improvisações.

A gestão do trânsito em qualquer capital é um sistema complexo que exige interferência constante do poder público. Somente chegaremos a uma condição satisfatória, se a SMTT implantar um sistema de gerenciamento eficaz em todos os sentidos – físico, orçamentário-financeiro e humano. Caso contrário, as queixas continuarão.

Edinaldo Marques
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Gestão de resultados


Há três coisas que precisam ser levadas em consideração quando se decide alcançar sucesso numa gestão: tecnologia, pessoas e processos. Se, pelo menos, um destes requisitos for deficiente, o tempo gasto para se atingir um resultado é maior. Vai se conseguir fazer alguma coisa. Mas muito mais deixará de ser feito.

A tecnologia é essencial para que os dados e as informações necessárias estejam disponíveis e possam ser utilizadas a qualquer tempo. As empresas ou órgãos públicos, que não dispõem da ferramenta tecnologia da informação, deixam de cumprir metas maiores e demoram mais tempo para executar metas menores. No mundo do conhecimento e da informação não dispor de sistemas informatizados e atualizados é fatal para o futuro da organização. Com tecnologia pode-se trabalhar em qualquer lugar, a qualquer hora e aumentar consideravelmente a produtividade individual e coletiva.

As pessoas precisam ser suficientemente eficientes no desempenho de suas funções. Fazer certo as coisas deveria ser um dever de todo e qualquer profissional. Mas o diferencial competitivo nos dias atuais é a eficácia pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional que não poderiam deixar de ser praticadas. Isto faz uma enorme diferença. Nisto reside o grande problema dos órgãos públicos no Brasil. Alguns conseguem até ter profissionais eficientes, mas falta a eficácia necessária para que os maiores e melhores resultados possam ser conquistados. Metas e objetivos não são cumpridos em função das pessoas desconhecerem ou não usarem práticas eficazes.

Por último, os processos precisam ter um fluxo que seja do domínio do ativo humano. O método de gestão deve ser participativo, ágil e que incentive a utilização da criatividade humana.

A história dos sapos fervidos retrata bem o que se acaba de dizer acima: “Estudos biológicos mostraram que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, mesmo que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças de ambiente) e morre quando a água ferve. Inchado e feliz.

Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente com a água já fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!

Às vezes, somos sapos fervidos. Não percebemos as mudanças. Achamos que está tudo muito bom, ou que aquilo que está mal vai passar, é só questão de tempo. Estamos prestes a morrer, mas ficamos boiando, estáveis e apáticos, na água que se aquece a cada minuto. Acabamos morrendo, inchadinhos e felizes, sem perceber as mudanças à nossa volta.

Sapos fervidos não notam que, além de ser eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E para que isso aconteça, há a necessidade de um contínuo crescimento, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para dividir e planejar, para uma relação adulta.

O desafio ainda maior está na humildade em atuar respeitando o pensamento do próximo. Há sapos fervidos que ainda acreditam que o fundamental é a obediência, e não a competência: “manda quem pode, e obedece quem tem juízo”. E nisso tudo, onde está a vida de verdade? É melhor sair meio chamuscado de uma situação, mas vivos e prontos para agir.”

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Combate à corrupção


9 de dezembro é o Dia Internacional de Combate à Corrupção. Diversas palestras e debates ocorreram em todo o país para discutir a questão e buscar alternativas de combate, tanto preventivas como punitivas.

Uma pesquisa publicada no site msn.com indicou que 64% do povo brasileiro tem a percepção do aumento da corrupção em nosso país.

Na verdade a corrupção no Brasil pode ser comparada a um iceberg – o que não está à vista, ou não é percebido pela população, é bem maior do que aquilo que está à vista.

A corrupção em nosso país é endêmica e para combatê-la é preciso atuar em duas frentes: preventiva e repressiva (ou punitiva). A forma preventiva de combate à corrupção, e mais eficaz, deve ser feita, prioritariamente, através da formação do caráter. Isto leva tempo. As teorias do comportamento humano mostram que dependem muito de exemplos positivos dos pais, dos governantes e do ambiente social.

As pessoas têm várias necessidades e, uma delas, é seguir alguém em quem confie para adotar como ídolo. Pode ser pai, mãe, jogador, cantor, músico, professor... Por isso é importante que bons exemplos sejam dados por aqueles, que lidam diretamente com crianças/adolescentes e tendem a ser escolhidos para serem seguidos.

No Brasil, uma causa do excesso de corrupção, é a quase certeza da impunidade. Poucos são punidos e, o que é mais importante, não devolvem o que foi desviado. Se pessoas que estão no topo das organizações (dirigentes públicos dos três poderes) dessem mais exemplos positivos, os índices de corrupção baixariam e muito.

O que inspira a corrupção e cria essa cultura destrutiva é que pessoas em cargos elevados apenas chefiam ou comandam e não lideram como deveriam. Países com índices bem menores de corrupção são aqueles que têm maior número de verdadeiros líderes dentro do governo e na sociedade.

Não precisa ser super herói ou super homem para reduzir a corrupção. Basta escolher a liderança e praticar princípios. Dar exemplos positivos. Resultados aparecerão no médio e longo prazos. Criar a disciplina liderança (centrada em princípios) em todos os níveis, a partir da escola básica/fundamental até o ensino superior. A base de um verdadeiro líder – aquele que interessa ao mundo atual, é o caráter.

Os maiores efeitos da elevada corrupção no Brasil vão contra a classe pobre. Faltam recursos para educação, saúde, assistência social, saneamento, segurança e tudo mais.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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sábado, 4 de dezembro de 2010

Pavimento escorregadio


Após a frezagem e recapeamento da avenida Fernandes Lima/Durval de Góes Monteiro, os motoristas que utilizam essas vias pavimentadas deverão ter mais atenção com a distância para o veículo que for na frente. O novo pavimento apresenta algumas exsudações - presença de excesso de ligante na superfície, o que irá dificultar a frenagem, principalmente em períodos de chuva. As colisões traseiras podem ser mais frequentes, a partir de agora.
As áreas mais visíveis podem ser vistas defronte ao 59º BIMTz - Batalhão de Infantaria Motorizada do exército, sentido Taboleiro/Praça do Centenário.
A exsudação é um defeito construtivo, que tem um lado positivo: o processo de envelhecimento, ou oxidação do concreto asfáltico, se torna mais lento. Por outro lado, diminui o atrito pneu-pavimento e, portanto, reduz a segurança viária.
Outro fator técnico também identificado no recapeamento foi o não tratamento de áreas aonde a deformação plástica - ou deformação permanente, é mais intensa. Isto vai provocar a reflexão de trincas do tipo couro de crocodilo - trincas interligadas formando quadriláteros, que permitem a entrada da água e diminuem o tempo de vida útil do pavimento.
Esse mesmo fenômeno - propagação de trincas já pode ser notado no recapeamento da Av. Álvaro Otacílio (orla de Maceió). Nas trilhas de rodas são visíveis a presença de trincas, apesar do pavimento ainda não ter completado um ano de vida. Isto faz com que uma obra de pavimentação, que deveria durar de 10 a 20 anos, passe a ter uma vida útil inferior, exigindo do poder público novos investimentos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Novos governos


Já no primeiro dia de janeiro de 2011 tomarão posse os novos governantes estaduais. Alguns são conhecidos, pois conseguiram renovar o mandato. Mas a maioria enfrentará desafios nunca antes experimentados. Com o aumento das necessidades da população e a limitação orçamentária-financeira, cada vez mais será preciso dar eficácia e eficiência as ações. Isto garantirá a sustentabilidade da gestão a curto, médio e longo prazos.

Alguns gestores aprenderão com o erro. Este não é o melhor caminho. É necessário sair do amadorismo e se aproximar do profissionalismo. Existem prazos, normas, leis – como a lei de responsabilidade fiscal, que não podem ser desconsideradas, sob pena de inviabilizar a administração estadual.

Políticas públicas precisarão ser implementadas para garantir o equilíbrio econômico, social e ambiental nos estados.

A primeira coisa a fazer é checar a realidade estadual. Inúmeros dados, projetos e propostas feitas durante a campanha passarão por uma revisão. Porém, ao sentarem na cadeira de governador, haverá uma fase de transição, que deve ser aproveitada para atualizar os dados e verificar a real possibilidade de investimentos, financiamentos, captação de recursos federais e a capacidade de endividamento.

Uma coisa é o que se pretende fazer. Outra coisa é o realmente pode ser feito. Quando o administrador assume a função, passa a ter conhecimento exato das limitações orçamentárias, financeiras e dificuldades que o impedirão de promover todas as mudanças necessárias. Este é um fato real.

Geralmente, o primeiro ano de governo é o mais difícil. Inicia-se aí a fase de adaptação dos governadores e de seus assessores. No início, reuniões coletivas e em grupos menores são mais necessárias, para que haja uma definição do alinhamento a ser seguido.

O orçamento do primeiro ano de um governo é aprovado pelo antecessor. Esta é mais uma dificuldade para colocar em ação um plano de governo, cuja implementação depende de disponibilidade orçamentária e financeira. Além disso, geralmente, os orçamentos anuais são peças fictícias. Por vezes, a arrecadação é menor do que aquilo previsto no orçamento.

Caso o governante não possua o conhecimento das ferramentas de liderança e de gestão, tão necessárias ao sucesso da administração, é fundamental escolher algum assessor, conselheiro ou consultor, que possa ser ouvido para facilitar as decisões a serem tomadas.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL e Consultor
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Morros do Rio e favelas


Para que a situação em alguns morros do Rio de Janeiro, que já estão sob controle da segurança pública, tenha o equilíbrio desejado é preciso uma ação integrada e contínua do poder público. Serviços de saneamento básico – esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e coleta de lixo, além de urbanização, educação e profissionalização, geração de empregos e renda, saúde... são essenciais para garantir a paz nessas comunidades.

O que assistimos nos últimos dias é reflexo ainda do período escravagista ocorrido no Brasil no final do século XIX. Outros fatores responsáveis foram o déficit habitacional do país, a má distribuição de renda e a falta de políticas públicas que mantenham o homem no campo.

A consequência é a assustadora transferência do homem do campo, que sem a posse da terra e sem trabalho, desloca-se para as cidades na tentativa de garantir a sua sobrevivência. A crise social faz com que pessoas, sobretudo oriundas das áreas rurais, venham para a cidade à procura de oportunidades, de uma vida mais digna.

Os estudos sobre motivação humana demonstram que o que mais motiva o homem é a sua necessidade de sobrevivência. Quando isto está em jogo, o ser humano luta ou foge.

Essas regiões urbanas apresentam baixa qualidade de vida e moradores com um poder aquisitivo muito limitado – menos de um salário mínimo, onde as edificações são feitas sem a técnica adequada e sem levar em conta aspectos urbanísticos.

Geralmente são nos morros e nas grotas os locais escolhidos pelas pessoas para construir favelas ou comunidades precárias. São áreas de topografia acidentada, onde as construções ocorrem em terrenos invadidos e sem regularização fundiária.

Por ser uma região em geral caracterizada por uma ocupação desordenada do solo, faz-se necessária a intervenção do poder público e, de preferência, logo no início, quando a favela começa a se instalar. Esta foi a grande falha administrativa que provocou a guerrilha urbana nos morros do Rio – a omissão da autoridade pública.

O grande problema é que as favelas se instalam sem a orientação ou fiscalização. Habitações, às vezes, sub-humanas, são construídas sem as instalações de água e energia, esgoto, coleta de lixo, drenagem de águas pluviais e sem mínimos critérios urbanísticos.

As soluções para os problemas de favelas no Brasil passam necessariamente pela urbanização das já existentes e pela implantação de programas de engenharia pública, associados a projetos específicos de melhoria da qualidade de vida.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil e Professor da UFAL

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Guerra no Rio


A cidade do Rio de Janeiro volta a ser manchete mundial, de forma negativa, em virtude da guerra permanente instalada há alguns anos e que se intensificou nos últimos dias. Com os eventos internacionais marcados para 2014 – Copa do Mundo, quando o Rio será uma das sedes dos jogos e 2016 – Jogos Olímpicos, quando a cidade vai sediar as Olimpíadas, os holofotes se voltam para o caso. Polícia militar, polícia federal, marinha e exército, com o uso de equipamentos de guerra, formaram uma parceria para combater os traficantes, a criminalidade, tentar controlar a situação e garantir a segurança.

Sem dúvida neste momento essa foi a melhor estratégia encontrada. Porém, as causas principais do problema são antigas e, usando as ciências da administração e da antropologia, foram geradas por necessidades humanas não atendidas. Faltaram educação, estrutura familiar, urbanização e melhores condições de vida às pessoas atraídas pelo tráfico e a criminalidade.

Alguns escolhem o caminho da bandidagem, mesmo tendo uma condição financeira familiar adequada. Nesses casos ocorrem desvios de personalidade, falhas de caráter, questões psíquicas ou psicológicas, que explicam a situação.

Porém, de um modo geral, crianças, adolescentes e adultos, são levados ao mundo do crime, em face de não descobrirem sua “bússola interior”, que possa conduzi-los em caminhos dignos, de sucesso e felicidade. Não conseguem enxergar oportunidades na vida e passam a ser presas fáceis para os traficantes. Vivem entregues à própria sorte, sem orientação adequada, convivendo em ambientes onde a cena principal é o crime.

Além disso, o governo brasileiro peca em não fazer uma fiscalização eficaz nas fronteiras. É por aí que ocorre a maior entrada de drogas.

Estamos pagando um preço alto por não terem sido adotadas medidas corretas há muito tempo. A situação atual é mais difícil de ser revertida, porque no passado não foi feito aquilo que deveria ter sido. É preciso traçar estratégias planejadas e integradas, executar políticas e ações públicas, que permitam sair de um estado de violência – ou guerra para não-violência.

Não vamos conseguir isso da noite para o dia. Mas, um trabalho feito com visão, responsabilidade com o futuro, planejamento, integração de políticas/ações, treinamento/valorização de servidores e, tendo como foco principal a educação, formando cidadãos e profissionais em condições de serem absorvidos pelo mercado, modificará o quadro atual.

Em síntese, é possível resolver situações como essa com o exercício da verdadeira liderança e gestão eficazes. Este é um grande débito atual, tanto no Brasil como no mundo: há um apagão de líderes.

EDINALDO MARQUES
Professor, Palestrante e Consultor
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fazer mais com menos


A nova equipe econômica de governo da presidente Dilma Rousseff – Guido Mantega (Fazenda), que será mantido no cargo, Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), que vai tomar posse a partir de 1º de janeiro, já anunciou uma redução de despesas de custeio e de pagamento de pessoal para 2011, a fim de aumentar a poupança pública e o investimento.

Fazer isto no executivo é uma tarefa da competência exclusiva do governo. Porém, com o Judiciário e o Legislativo já fica mais complicado, pois esses poderes têm independência administrativa prevista na Constituição Federal.

A futura ministra do planejamento Miriam Belchior anunciou ainda a intenção de “fazer mais com menos dinheiro”. Isto é possível, desde que melhorem a produtividade do governo e a qualidade dos gastos públicos, o que implica no aumento de eficácia – fazer o que precisa ser feito e de eficiência – fazer certo.

Tudo vai depender e muito do processo de gestão, que será implementado por cada ministério e demais órgãos no próximo governo. Se houver visão de futuro e profissionalismo, é possível sim fazer mais com menos.

Politicamente, o melhor momento para uma tomada de decisão como a anunciada é no início do governo. Já em 2012 haverá eleições municipais, que dificultarão a contenção de gastos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Educação em foco


Duzentas e cinquenta novas disciplinas estão em análise no Congresso Nacional para serem inseridas nos currículos escolares. Algumas já foram aprovadas, como música e xadrez. A tendência é que outras, talvez, sejam incluídas: educação no trânsito, educação moral e cívica e cultura cigana.

Na minha forma de ver a questão a verdadeira educação deve conduzir, prioritariamente, ao caráter do estudante e a integração do homem à sociedade. Isto, em geral, não é focado por aqueles que têm a missão de aprovar as mudanças necessárias, nem tampouco pelos planejadores educacionais.

Sou favorável a uma educação que trabalhe, acima de tudo, a compreensão dos alunos, a capacidade de refletir sobre si e entender o atual mundo que se vive.

O ponto de partida deve ser o autoconhecimento – missão, papeis a serem exercidos, a identificação de sonhos e possíveis potencialidades, e a preparação dos alunos para escolha de valores elevados – amor, liderança pessoal (autodomínio), família, coragem, paz, generosidade, integridade, lealdade, paciência, profissionalismo... Como administrar pensamentos, fazer escolhas corretas, ser proativo, respirar da forma adequada, gerenciar o tempo, os desejos e selecionar companhias?

Aí sim, se começaria a fazer uma revolução na educação, desde que professores, pais e administradores estivessem engajados no projeto. Um futuro sustentável estaria mais próximo de se tornar realidade.

Para adotar esse caminho os professores teriam que mudar a maneira de lecionar, o que implica em atualização, para colocar em prática um novo projeto pedagógico. Precisariam usar as cinco técnicas fundamentais de ensino: sentar-se em silêncio – para encorajar os alunos a terem o hábito de permanecer em silêncio por uns poucos minutos; fazer uso de citações – refletir sobre experiências de grandes homens da humanidade; canto em grupo – para que o sistema humano entre em harmonia e ritmo; contar histórias – faz com que os estudantes prestem a atenção e não se esqueçam do principal; atividades em grupo – jogos de motivação, dramatizações, desenvolvimento de atitudes.

A excelência na educação será alcançada quando houver integração entre a parte acadêmica – professores bem preparados, estudantes receptivos e qualidade do ensino; ambiental – ambiente escolar, hábitos, costumes e trabalho coletivo; e humana – cultivar desde a infância, metodologia prática e os cinco valores básicos no desenvolvimento do caráter (verdade, amor, paz, ação correta e não violência).

Aquilo que os professores ensinam com prazer e os alunos aprendem, também com prazer, dificilmente será esquecido. É preciso atuar no campo intelectual, físico, emocional, psíquico e espiritual.

Mas, se querem excelência na educação, não podem esquecer de valorizar a profissão dos professores com salários dignos e justos.

Edinaldo Marques
Professor há 35 anos, Consultor e Palestrante

Perigos para motoristas


Buracos de diversos tamanhos aparecem com frequência nas estradas federais, estaduais e municipais de todo o país. Os trabalhos de manutenção não têm a velocidade e a eficácia necessárias. Falta um sistema de gerenciamento, que permita prever e executar as obras de conservação, a fim de garantir a funcionalidade das rodovias – conforto, segurança e economia de operação.

O número de acidentes, que já é elevado, tende a aumentar com a proximidade das festas de final de ano e das férias de janeiro. Os indicadores de mortes em rodovias no Brasil são dez vezes maiores do que os registrados nos Estados Unidos.

Ano a ano milhares de pessoas são vítimas de problemas nas estradas. São pneus cortados em face de irregularidades nas superfícies dos pavimentos, suspensões danificadas, excessivo número de quebra-molas – alguns com sinalização deficiente, fiscalização da polícia rodoviária insuficiente devido a falta de pessoal, ausência de sinalização específica para caminhões – os dispositivos existentes são para os veículos leves. Além disso, declives e aclives acentuados, traçados antigos mal planejados e cheios de curvas fechadas.

A maioria dos acidentes tem falha humana, mas há uma parcela de contribuição das deficiências estruturais e de sinalização existentes nas rodovias. Os gestores responsáveis nunca são citados e nem punidos. São quase sempre os motoristas acusados de imprudência ou excessiva carga de trabalho no volante.

A causa de falhas estruturais nas estradas não é a falta de recursos orçamentários e financeiros, mas a ineficácia. Uma obra rodoviária é projetada e construída para um período de vida útil. A depender do crescimento do volume de tráfego precisa passar por melhorias, duplicações e serviços constantes de manutenção. Após inauguração e entregue ao tráfego, necessita de cuidados permanentes, avaliações periódicas, de medidas preventivas e corretivas, que devem ser preferencialmente realizadas no verão.

Infelizmente, o poder público não faz o que precisa ser feito. Executa obras que são entregues à população, mas se esquece de efetuar uma manutenção correta. Despreza um elevado patrimônio, que fica enterrado nessas obras e entregue ao tempo. Bilhões de reais que deveriam merecer a atenção dos governos. Isso sem contar com as vítimas fatais e os que ficam meses em recuperação nos hospitais públicos.

Precisamos mudar o quadro atual. É inadmissível, que em pleno século XXI, isso se repita de governo a governo, mesmo dispondo a engenharia de soluções técnicas eficientes e econômicas para serem aplicadas.

A CIDE – Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico, criada no final do segundo governo FHC, para tentar substituir o extinto Fundo Rodoviário Nacional (1986), apesar de já ter arrecadado cerca de 70 bilhões de reais, apenas um terço foi até hoje aplicado.

Se o problema fosse falta de recursos financeiros, até poderíamos aceitar. Só que não é o caso. Recursos existem. O que não existe é a visão clara da necessidade de priorizar o problema.

Vamos continuar sendo o país dos buracos, da falta de eficácia e do desperdício de dinheiro?

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil e Professor da UFAL
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A cultura dentro do serviço público


Para mudar resultados dentro do serviço público – melhorar a educação, saúde, segurança pública, assistência social e demais serviços, é preciso substituir paradigmas que estão nas cabeças dos dirigentes, trocar interesses particulares por coletivos, aumentar os níveis de comprometimento, mudar hábitos, preparar os chefes e servidores em geral para que aprendam a trabalhar com sinergia positiva. Em síntese, significa mudar a cultura dentro das organizações.

Não consta dos valores políticos hoje existentes a importância que tem a cultura organizacional, para que as ações públicas aconteçam em maior velocidade, mais eficiência e com menos desperdício de recursos públicos. Também não constam, com raríssimas exceções, a valorização da meritocracia, presença de sistemas de avaliação de servidores e a existência de planos de cargos e salários, que contemplem aqueles funcionários mais talentosos e dedicados. Em geral, há um nivelamento salarial entre os ocupantes de funções públicas correlatas.

Proliferam culturas de desconfiança, desvios de caráter e fofocas que não contribuem para atender às necessidades da população. Há um excessivo número de funções comissionadas, que muitas vezes são preenchidas para atender a interesses políticos, sem levar em conta, simultaneamente, a competência técnica e a capacidade de gestão da pessoa escolhida.

Os planejamentos elaborados se restringem ao período de um determinado governo. Não há um planejamento estratégico, de médio e longo prazos, que seja executado por governos sucessivos, independentemente da sigla partidária ou ideologia.

A população em geral não sabe o porquê das intermináveis filas para atendimento nos postos de saúde, das deficiências nas áreas de transportes, dos baixos indicadores da educação básica – IDEB, das falhas na segurança pública, do crescente número de crianças e adolescentes que se drogam... Tudo isso é consequência de uma cultura negativa no serviço público, que impede o Brasil, estados e municípios de se desenvolverem numa velocidade compatível com a realidade.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não deixo de sonhar


Não deixo de sonhar. E gostaria de compartilhar com mais pessoas, para que reflitam e, se julgarem positivo, possam se associar, no sentido de tornar uma realidade.

Sonho com um país, onde se viva com mais igualdade e dignidade. Sonho com um Brasil justo, onde as leis se apliquem com a mesma força, seja para ricos, pobres, brancos, negros ou índios.

Sonho com uma educação integral de excelência que, antes de tudo, forme cidadãos possuidores de valores humanos elevados: amor, solidariedade, responsabilidade, integridade, paciência, gratidão, saúde, respeito, consideração e fé, que saibam utilizar, simultaneamente, os dois lados da mente, que conheçam o processo de utilização da bússola interior e com isso possam escolher caminhos mais seguros e de maior sucesso.

Sonho com um país melhor, cuja população passe a enxergar a diferença que faz uma gestão feita com profissionalismo – liderança e administração verdadeiramente eficazes. É exatamente aí, que reside toda a diferença. Não são os recursos tão citados. Lógico, que o dinheiro é importante para os investimentos, mas a capacidade real de gestão faz enorme diferença. No dia em que o profissionalismo na gestão fizer parte dos valores políticos dos governantes, o Brasil encontrará com rapidez as soluções para os diversos problemas na educação, saúde, segurança pública...

Não posso aceitar que, em pleno século XXI, o Brasil ainda seja o país dos sem terra, sem teto, sem segurança, sem saneamento, sem água, sem luz, sem educação, sem saúde, sem justiça social... Vive-se numa nação com recursos naturais abundantes, recursos econômicos e financeiros suficientes, clima favorável, solo fértil. Tem tudo para dar certo. Só a arrecadação tributária deste ano já registra um trilhão de reais. E ainda faltam dois meses para concluir 2010.

O povo brasileiro tem criatividade, vontade de empreender. Mas, faltam oportunidades. Nem sempre consegue o microcrédito necessário para impulsionar um dado empreendimento. E, quando consegue, falta o treinamento voltado para a gestão do negócio.

Sonho com um país onde não haja tanta desigualdade e ainda muita pobreza. E aqui fica um alerta: caso não se consiga transformar a realidade atual, caso os índices sociais não sejam mais favoráveis, caminha-se para uma situação onde a vida se tornará muito difícil. É preciso pensar e agir rápido, no sentido de garantir o futuro dos filhos, netos e demais descendentes.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Planeje a sua vida - parte III


É comum as pessoas alegarem não ter tempo para fazer tudo o que gostariam ou precisariam realizar. Este é um problema quase geral na atualidade. É preciso cuidar de si, da casa, do trabalho, dos relacionamentos, da carreira... Como fazer tanta coisa se são apenas 24 horas por dia?

Podemos garantir e provar que, por mais ocupada que seja uma pessoa, ainda assim sobrará tempo, desde que saiba como utilizá-lo e tenha disciplina, coragem para externar um não, quando necessário.

O que facilita e muito a vida é a escolha de um planejamento semanal e diário das atividades a serem executadas. Isto consome por dia, apenas cerca de 5 a 10 minutos. Pode ser feito no início de cada expediente de trabalho.

Porém antes, é preciso fazer um planejamento de curto, médio e longo prazos, escolher um processo que contemple tanto a vida pessoal como profissional e utilizar a “ferramenta” mais conveniente a cada pessoa, a fim de criar propósito mental sobre as metas a serem alcançadas.

Num treinamento de 10 horas poderemos detalhar todos os passos do processo de planejamento e organização, como utilizar as “ferramentas” etc. O objetivo é fazer com que os profissionais aprendam a identificar, focar e executar suas maiores prioridades, liderem a própria vida, saibam e tenham clareza de onde desejam chegar.

Há quem chame isso de administração do tempo. Na verdade, ninguém administra o tempo. O tempo passa independentemente de fazermos algo ou não. Mas podemos administrar nós mesmos, para que façamos mais coisas e não nos esqueçamos de fazer o principal.

Existem aqueles que são muito ocupados, mas não conseguem ser produtivos. Com esse processo a produtividade aumentará, pois os níveis de sistematização serão maiores.

O maior segredo do processo é a disciplina que precisamos ter para focar nosso tempo diário nas coisas, que são importantes e que não são urgentes. Evidentemente, aquilo que é importante e urgente nõs impõe atenção e obriga a gerenciar.

Depois que as pessoas criam o hábito de usar o método não deixam mais. Os resultados são surpreendentes e garantem melhor qualidade de vida.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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edinaldo_melo50@hotmail.com

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Planeje a sua vida - parte II


Os últimos dias de cada ano que se finda são momentos, que as pessoas também devem utilizar para avaliação e planejamento de suas vidas – pessoal e profissional. Sonhos, viagens, investimentos, projetos pessoais ou empresariais, que ainda não foram concretizados, precisam passar por uma reavaliação e, a partir daí, serem ou não, transformados em novas metas para 2011 e os anos seguintes.

A vida é feita de sonhos. Alguns são conquistados mais rapidamente e outros denotam mais tempo. Existem aqueles que são importantes e precisamos estar refletindo sobre a possibilidade de renová-los, caso não consigamos realizá-los até o final de 2010. Para isto, é estratégico transformar aquilo que não foi possível ser concluído, em novas metas, com prazo para recomeçar e terminar. Se, mais adiante, notarmos a necessidade de ainda mais tempo, é só replanejar.

Esse processo de planejar e transformar em metas deve ser feito seguindo etapas bem definidas. O primeiro passo consiste em refletir, sobre que princípios estamos dispostos a assumir e transformar em valores pessoais. É o instante do autoconhecimento, base de todo e qualquer processo de controle da vida.

O segundo passo é a definição de metas e objetivos. Por último, virão as ações, que irão permitir a concretização daquilo que julgamos importante.

Para facilitar o acompanhamento e a execução de um processo de organização pessoal/profissional, é fundamental a escolha de uma “ferramenta” – agenda, palm top ou notebook, que nos auxilie.

Por exemplo, se uma dada pessoa exerce vários papeis semanalmente – médico, administrador de hospital, professor, pai, amigo, marido..., terá a necessidade de hierarquizar e focar, no máximo, sete papeis a cada semana. Assim, sobrará tempo para encaixar na agenda alguma emergência que venha a surgir e evitará excessivo estresse.

É possível realizar todos os papeis, desde que estejam devidamente planejados. Até situações não planejadas, que fogem do normal e que podem surgir, tornam-se mais fáceis de serem focadas, quando há planejamento e disciplina.

A maior vantagem das pessoas e dos profissionais adotarem um processo de planejamento na vida é saírem da condição de coadjuvantes para passarem a de protagonistas. Esta é uma escolha que ninguém deve desprezar.
EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Planeje a sua vida


O ano de 2010 está chegando ao seu final e um novo ano surgirá. É hora de avaliarmos o que foi feito durante este ano, aquilo que não conseguimos realizar e renovar nossos sonhos, transformando-os em metas para 2011 e para os anos seguintes.

Essa decisão é fundamental para que possamos ter um norte-magnético em nossas vidas, uma direção a ser seguida, a fim de que as coisas que julgamos mais importantes não deixem de ser concretizadas.

Aqueles que não planejam o que devem fazer, não assumem o completo comando de suas próprias vidas, não conseguem perceber o quanto o tempo é uma matéria-prima importante, não fazem as melhores escolhas, caminham no dia-a-dia sem a convicção de que estão na estrada certa.

Vamos usar uma metáfora, que facilitará a compreensão do que dissemos. Quando viajamos para algum lugar, começamos a arrumar a mala introduzindo as coisas que não podemos deixar de levar, aquilo que consideramos ser mais importante. Coisas triviais, somente são colocadas na mala, se sobrar espaço. O mesmo precisamos fazer com nossas vidas a cada dia, semana e ano.

Por não perceberem a importância de um planejamento pessoal/profissional integrado e não saberem como planejar a vida, as pessoas podem se lamentar em algum instante por não terem feito as coisas importantes, que precisariam ter sido descobertas e focadas há mais tempo.

Nos dias atuais com tantas alternativas para buscar o conhecimento, horas de trabalho, opções de lazer, participação em redes sociais através do twitter, leituras de revistas e jornais, televisão..., é fundamental que conheçamos um processo e as diversas ferramentas, que nos facilitem a identificar, focar e executar nossas maiores prioridades, fazendo com que passemos a liderar nossas vidas com maestria pessoal.

Temos que cuidar das nossas qualidades, família, bens tangíveis, saúde, relações interpessoais, trabalho, projetos pessoais e comunidade, fazendo a cada momento aquilo que é mais prioritário. Isto é possível com as 24 horas de que dispomos a cada dia.

Os resultados do uso de um processo correto de planejamento são a redução do estresse diário, maior organização, mais motivação positiva, aumento da qualidade e expectativa de vida e faz com que saiamos da condição de ocupados para produtivos.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A metáfora do freio de mão no serviço público


Quem já procurou o serviço público no Brasil para resolver alguma coisa sabe das dificuldades enfrentadas para chegar à solução do problema. Em geral, há uma lentidão nas respostas ou soluções e o atendimento deixa a desejar. Nota-se que o nível de engajamento do servidor público ainda está longe do entusiasmo criativo. Pode, em alguns casos, até haver satisfação em cooperar, ou demonstração de algum comprometimento. Porém, entusiasmo é mais difícil, para não dizer quase impossível de ser identificado. Por que isso acontece?


As pessoas que dirigem o país, estados e municípios chegam aos postos de comando por eleição popular – através do voto. A partir daí, as indicações para ocupação dos diversos cargos se dá por amizade ou indicação política. Parte-se da ideia de que qualquer um, independentemente de ter ou não curso superior, está apto a exercer determinada função. Mesmo que as pessoas escolhidas possuam algum curso de graduação ou pós-graduação, seria importante preparar os dirigentes para a habilidade de liderar e administrar com eficácia pessoas e processos.


Na prática isso não acontece. A pessoa indicada inicia seu trabalho e vai tomando decisões, calcadas em paradigmas que não se aplicam mais na era do trabalhador do conhecimento. O processo de gestão na maioria dos órgãos públicos ainda tem por base paradigmas da era industrial. Isto não dá mais certo nos dias atuais. Criam-se barreiras – não percebidas, que dificultam a dedicação do servidor público.


Quando os servidores são tratados como pessoas completas – com necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais simultâneas, passam a oferecer, voluntariamente, seus maiores esforços e energia. Ao contrário, quando as pessoas são tratadas como coisas – por exemplo, para motivar basta pagar o salário em dia, deixam de se comprometer, ou então, até se comprometem, mas não com a criatividade, entusiasmo e potencial que possuem.


A diferença entre as diversas formas de envolvimento das pessoas dentro do serviço público depende, fundamentalmente, da maneira como as chefias se comportem. Se, além de chefiar, os comandantes também liderarem, criarão as condições necessárias, para que os servidores comecem a agir com mais entusiasmo e criatividade.


Outro fator determinante é o nível de confiança entre servidores e chefias. São três os níveis de confiança. O primeiro é a confiança pessoal ou confiabilidade, que é medida pela integridade mais a competência. Em segundo, vem a confiança interpessoal determinada pelo comportamento da chefia em relação a equipe. Terceiro, a confiança na organização, que pode levar ao alinhamento nos propósitos.


Enquanto houver improvisação e a escolha para ocupação de cargos estratégicos não levar em conta a capacidade de liderar e administrar, a metáfora aplicada ao serviço público é a de um veículo em movimento com o freio de mão ativado – anda, mas não consegue desenvolver a velocidade ideal. Esta é uma realidade brasileira.


O apagão de liderança eficaz com uso de paradigmas corretos e voltados ao trabalhador do conhecimento é uma realidade atual que precisa ser mudada. Não há obediência ao princípio da meritocracia e as gestões ocorrem de modo improvisado. Mais recursos são gastos e o tempo de duração para atingir metas é maior.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Pós-Graduado em Administração
Professor e Consultor

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Por que voto em Serra - parte II


Alguns fatores são essenciais para que acertemos na escolha consciente em quem votar no próximo dia 31 de outubro. Mais do que ter escolaridade, é preciso ampliar a visão política e procurar entender as coisas realmente como elas são e não como pensamos que são.

A maioria do povo brasileiro tem dificuldades em compreender a realidade dos fatos por falta de educação, cultura ou leitura reflexiva. Há ainda aqueles que são sindicalizados, militantes políticos ou ideológicos e, como tal, ficam bloqueados na possibilidade de refletir sobre o que pensam (não são todos). Somente admitem um único caminho e não aceitam opiniões divergentes, que poderiam permitir um novo olhar sobre as questões.

Se fôssemos um povo, que ainda no ensino fundamental, tivéssemos acesso aos princípios da liderança pessoal (ou intrapessoal), certamente, veríamos a nós e ao mundo em geral de uma maneira mais ampla. Sairíamos da condição de coadjuvantes para protagonistas.

Precisamos ter muito cuidado com as percepções formadas a partir das fontes que a gente lê, ouve ou assiste. Tem muito "lixo", e, às vezes, o que sai na mídia, o que lemos em revistas, sai na TV ou é inserido na internet (youtube, por exemplo), e que consta até em livros, não corresponde à realidade. Opiniões e até pesquisas técnicas ou científicas podem apresentar erros motivados por paradigmas equivocados ou por falhas de caráter. Existem diversos interesses, que afastam os resultados da realidade verdadeira e confundem a cabeça das pessoas.

Quando dizemos que o José Serra é o melhor para o Brasil, levamos em conta duas coisas fundamentais para quem vai governar: liderança e capacidade de gestão. São essas duas habilidades, que permitem um maior atendimento às necessidades da população. Fazemos questão de deixar claro: não pertencemos ao PSDB nem ao PT.

Quanto a ser esse ou aquele partido que está por trás de um projeto de governo, isso não é o mais importante. O que mais importa é a visão clara, obediência aos princípios, caráter do governante, foco nas necessidades do povo e não no poder.

Vejamos, por exemplo, o PT tem o PMDB como partido aliado e o vice-presidente na sua chapa. Essa composição foi uma maneira para ter mais tempo de televisão durante o programa eleitoral e ganhar a eleição, ter maioria no congresso para governar com mais facilidade.

Porém, para fazer mais em benefício da população, o que vale mesmo é a capacidade de liderar e administrar com efícácia. E isto o Serra já demonstrou e vem apresentando claramente nos debates e nas entrevistas. Se prestarmos atenção, deixando as paixões de lado, chegaremos a essa conclusão.

Sem dúvida, o governo Lula recuperou o poder de compra mais do que os governos anteriores. Mas é preciso entender, de forma ampla, com visão sistêmica e holística, como se deu isso. O Lula deu continuidade aos fundamentos do Plano Real e consegue, hoje, colher os frutos. Todos se recordam que o 1º mandato do Lula não conseguiu os avanços que agora acontecem. Por que? Porque a economia continuava se solidificando.

Isto é semelhante à história do bambu chinês. Quando alguém planta um bambu chinês, nos primeiros anos, a impressão que dá é que nada acontece - parece que a planta morreu. É justamente nesta fase, que o bambu cresce para baixo, suas raízes vão se estendendo sob o terreno. Quando atinge o 5º ano de vida, o bambu sobe e alcança uma altura de até 26 metros. Aquilo que, no início, parecia haver morrido, somente após 5 anos de plantado, mostra o resultado numa velocidade que impressiona.

Semelhantemente é a economia. O Itamar criou o Plano Real. FHC deu continuidade e aprimorou, tanto que foi reeleito no 1º turno com aprovação popular. Lula assumiu em 2003 e fez diferente daquilo que pregava - dizia que era contra o Plano Real e iria criar um novo plano econômico. Para a sorte de Lula e do país, ele manteve o Plano Real, e hoje colhe os frutos, que são repassados em salários e investimentos diversos.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante
Pós-Graduado em Administração
www.twitter.com/edinaldomarques

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por que voto em José Serra?


A maioria do povo brasileiro é coadjuvante e não protagonista. Não sabe como liderar a si. Também não desenvolve o PENSAMENTO SISTÊMICO nem o HOLÍSTICO para entender melhor o mundo e as coisas em geral, inclusive a política.

Fico impressionado como tem gente alienada, sem visão clara, pessoas que até terminaram o curso superior e, mesmo assim, não têm os PARADIGMAS que lhes permitam escolher melhores caminhos.

Sem dúvida, o candidato José Serra vem demonstrando nos debates e entrevistas, que é mais preparado do que a Dilma, possui mais experiência e enfatiza a necessidade de seguir valores que sejam próximos aos princípios.

As pessoas, às vezes, não sabem sequer o que isso significa. Muitos votam na candidata Dilma pela militância, interesse pessoal, questões de foro íntimo. Tudo isso deve ser respeitado, mas em termos de alcançar as necessidades do povo e considerando a importância da alternância do poder, principalmente quando há sinais de elevados níveis de corrupção, estou convicto de que Serra é o melhor para o Brasil.


Edinaldo Marques

Engº Civil, Professor e Consultor

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O perfil ideal de um presidente


Os ânimos andam muito acirrados nessa reta final da campanha, que vai escolher o(a) futuro(a) presidente(a) do Brasil. O que tem de declaração em redes sociais e na mídia, que nada contribui para o país, é inacreditável. São muitas fofocas, comentários “apaixonados”, ideologias, interesses pessoais, empresariais e políticos. Excetuando-se alguns extremos cometidos por cabos eleitoriais, o restante faz parte da democracia e do jogo para chegar ao poder. Mas, em que isso contribui para o povo brasileiro?

O que de fato pode melhorar a vida de uma população e garantir as respostas tão solicitadas serão as políticas e ações a partir de janeiro de 2011. Para isto, é necessário que haja alinhamento no processo de gestão do próximo governo, foco e execução das políticas mais importantes.

Principalmente, em funções consideradas estratégicas, deverá existir comprometimento com a causa pública e com a linha de pensamento do governo. Caberá ao futuro(a) presidente(a) eleito(a) a missão de conduzir o país nesse século XXI, em plena era do conhecimento, da inovação e na busca da sustentabilidade.

Algumas características individuais deveriam fazer parte do perfil de um presidente: integridade, coragem, visão clara do mundo atual, autocontrole, capacidade de comunicação, foco, utilização do poder de maneira responsável e justa, mudança, perseverança, energia (no sentido de motivação), grandeza e impulsão por valores elevados – ética, solidariedade, liberdade, saúde, responsabilidade, profissionalismo, liderança...

O que vai garantir a credibilidade do comandante eleito na condução do país junto aos assessores internos e toda a população, é a sua confiabilidade, uma associação do caráter com a competência. Isto sim, leva a um alto nível de confiança ou credibilidade, fator fundamental para quem chefia uma nação.

Se todos esses requisitos forem uma realidade, podemos garantir, que além de comandar o País, o futuro presidente também exercerá uma liderança verdadeira, aquela que interessa ao Brasil e ao mundo.

O próximo presidente também vai precisar de apoio político no congresso nacional. É aí que deverá entrar mais uma característica: estrategista.

EDINALDO MARQUES
Professor e Consultor
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Para reflexão

NESSA CAMPANHA POLÍTICA SÃO MILHARES DE FOFOCAS E COMENTÁRIOS. É BOM LER ALGUNS E REFLETIR. AFINAL, NOSSA RESPONSABILIDADE NESSE PROCESSO É GRANDE. ABAIXO, REPRODUZO COMENTÁRIO DE ARNALDO JABOR. VALE A PENA SER LIDO.
SE PREFERIR UTILIZE O LINK:
Comentário Arnaldo Jabor, 18/10/2010:
Amigos ouvintes, uma coisa que não entendo é porque os candidatos a presidência tem tanto pavor de falarem PRIVATIZAÇÕES. Ou atacam ou defendem com timidez. No entanto amigos, as privatizações que foram feitas no Brasil não são os que chamam de VENDA de patrimônio do patrimônio do povo não. Ao contrário, foi a defesa do patrimônio do país, medido por sua eficiência, renda para o tesouro em detrimento do empreguismo e corrupção. É impressionante que muita gente acha que venderam o país. Eu não vou argumentar a favor das privatizações com palavras não, mas com números, com estatísticas encontráveis nos dados do governo. Vejamos, por exemplo, a telefonia: O amigo ouvinte tem celular? Se for contra a Privatização jogue fora tudo pela janela e compre de novo um velho aparelho preto, que não dava linha, Lembram? Foi há pouco tempo, O Brasil abriu espaço para telefonia móvel e fixa, e só para começar teve um lucro de 21 bilhão de DÓLARES, que foram para o patrimônio do Povo, .... Vendemos apenas o direito de se fazer telefonia fixa e móvel no país, Isso foi um lucro imenso. Em 1990 tinham no Brasil 10 milhões fixas, Hoje temos 70 milhões. Em 1990 tínhamos uns celularezinhos, 660 mil, hoje temos 190 milhões de celulares, um aumento de 2500%. Vejamos EMBRAER, em 1997 quando foi Privatizada, A Embraer vendia 4 aviões por ano, e em 2010 vendeu 227 já, Em 2007 tinha 6000 funcionários, hoje tem 17000, sabe quanto faturavam em 97? 764 milhões de reais. Hoje fatura 5 Bilhões, o aumento foi de 550%. Agora a mais cobiçada pelos cabides de emprego publico, A vale do Rio doce, hoje chamada Vale. Em 1997 o valor da Vale era de 8 bilhões de reais, Hoje com atividade em 35 países, ela vale 272 bilhões de reais, O lucro da Vale era de 750 milhões de reais hoje é de 10 bilhões de reais. Empregava 11.000 pessoas em 97; muitos cabidinhos de emprego é Claro, e hoje emprega 40.000. O número final, produzia em 97, 110 milhões de toneladas de ferro, hoje produz 300 milhões. É isso, um pouco de pessoas mal informadas ainda acham que o estado é o nosso patrimônio popular, Não é! É patrimônio de grupos que o dominam e usam e corrompem. Por isso o orçamento do governo, só tem cerca de 1% para investimentos em obras publicas, ou financiamento de empresas, porque gastam 90% do dinheiro arrecadado para pagar, funcionários, aparelhos do estado falidos, empresas públicas fracassadas, financiamento de uma máquina gigantesca, que só se consegue manter porque vive com o dinheiro da sociedade. Nós emprestamos a juros de 10% ao ano. Quem rouba o patrimônio do povo é um estado gigantesco e falido.

domingo, 17 de outubro de 2010

A lição do resgate dos mineiros no Chile


O sucesso do resgate de 33 mineiros no Chile, que ficaram presos na mina San José durante 69 dias – quando o último foi retirado, emocionou o mundo e deixou várias lições. A principal é a importância do trabalho de um líder, a fim de que o objetivo possa ser alcançado.
Há uma teoria de liderança situacional, que demonstra ser o líder ideal uma função do indivíduo, do grupo e da situação. No caso do líder Luis Urzúa (54 anos), que foi o último mineiro a ser resgatado, suas revelações para superar todos os obstáculos merecem reflexão: calma – autocontrole (uso da inteligência emocional), persistência, fé em Deus, meditação, trabalho em equipe... A decisão de Urzúa de ser o último a deixar a mina foi uma demonstração de grandeza e é digna de um líder.
Há os que apenas comandam equipes, pessoas ou nações. Mas, há ainda, os que comandam e lideram baseados em princípios. Isto faz uma enorme diferença.
Como o Brasil poderia ser um país muito melhor se seus dirigentes agissem como líderes verdadeiros! Recursos para melhoria em todos os sentidos – educação, saúde, segurança, transportes..., não faltam. Basta ver os números do impostômetro instalado na Federação do Comércio em São Paulo. Faltam apenas 12 dias para atingirmos a impressionante cifra de 1 trilhão de reais. Estamos em outubro de 2010 e daqui a 12 dias essa montanha de dinheiro fará parte da arrecadação tributária deste ano. Imaginem se esses recursos fossem aplicados com eficácia e com menos corrupção!
Temos recursos para resolver todos os problemas. Só nos faltam verdadeiros líderes, pessoas com clareza de visão, missão, valores elevados e grandeza.

Edinaldo Marques
Professor e Consultor
Especialista na formação de líderes
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Por que votar em Serra

REPRODUZO ABAIXO, TEXTO DO DR. EDUARDO LYRA JUNIOR, EXPLICANDO SUA OPÇÃO POR JOSÉ SERRA:
Não voto em partido que tem desapreço às liberdades que conquistamos a duras penas: liberdade de manifestação de pensamento, liberdade de imprensa, liberdade religiosa etc.;

Não voto em partido que tem, dentre os seus líderes, pessoa a quem o STF se refere como chefe de quadrilha;

Não voto em partido que se acha ungido pela graça divina, pelo espírito santo, pelas forças históricas das massas ou qualquer coisa que o valha, execrando todos aqueles que não concordam com suas diretrizes programáticas;

Não voto em partido que "esquece" a continuidade das conquistas históricas de cidadania e defesa dos direitos fundamentais, reafirmados ao longo dos últimos vinte (20) anos por todos os presidentes eleitos após o fim da ditadura, pretendendo dividir a história do Brasil em A.L. (antes de Lula) e D.L. (depois de Lula);

Não voto em partido que pretende incluir o racialismo entre as políticas públicas, dividindo o País em negros e brancos, pobres e ricos (a diversidade cultural, étnica, econômica e religiosa do nosso Brasil é infinitamente superior a tais dicotomias).

Não voto em partido que se alia a agremiação partidária à qual o atual assessor da campanha da candidata se referia, num passado bastante próximo, como "ajuntamento de assaltantes", e ao candidato a vice-presidente da mesma candidata, como "chefe do ajuntamento de assaltantes";

Não voto em partido que não respeita a divergência política como um corolário do princípio democrático, fundante de nossa Constituição Federal;

Não voto em partido cuja candidata é incapaz de sustentar suas afirmações com convicção, estando mais preocupada em jogar para a platéia, na busca incessante de angariar eleitores a qualquer custo;

Não voto em partido que joga o jogo político da forma mais sórdida possível, destruindo a biografia dos opositores, utilizando-se da máquina administrativa para investigar seus parentes e amigos, tudo com a finalidade de construir dossiês e congêneres;

Não voto em partido que não respeita as decisões judiciais, nomeadamente eleitorais, esperando, quem sabe, uma eventual crise institucional no País;

Não voto em partido que no cenário internacional privilegia ditadores, caudilhos e líderes populistas (Irã, China, Cuba, Venezuela, Bolívia etc.), desprezando nações que têm tradição democrática e de defesa irrestrita da liberdade, potencial econômico e condições de trazer muito mais divisas para os cofres de nossa nação;

Enfim, não voto no PT de jeito nenhum.

Embora a política do Presidente Lula tenha tido os seus acertos ao longo de seus dois (02) mandatos, os fatos acima observados, devidamente considerados, obrigam-nos a uma mudança de rumo. Chega, portanto, de dominação carismática, messiânica. A liderança do Presidente deve ser construída em bases racionais, pautada pela absoluta legalidade, com respeito irrestrito aos princípios fundamentais de nossa Carta Política.

O Presidente deve ser, antes de tudo REPUBLICANO.

Por tais razões, voto em SERRA.

Eduardo Lyra Junior

Momento de reflexão


Quinta-feira, 7 de outubro de 2010, vejam o que revela Hélio Bicudo, jurista, um petista histórico e fundador do PT:


"O presidente Lula governa em benefício do seu poder, não do país".


Esse é um momento de MUITA ATENÇÃO e REFLEXÃO para todos os brasileiros. Vamos escolher quem vai governar o Brasil pelos próximos 4 anos. Precisamos estar atentos aos debates para chegar a uma conclusão acertada.


Sabemos que PAIXÕES, IDEOLOGIAS, INTERESSES PESSOAIS e PERCEPÇÕES são componentes de uma ESCOLHA. Mas, é preciso refletir, usar a nossa consciência, pensar no futuro dos filhos, netos e do País.


Um governo que diz ter COMPROMISSO com os pobres, NÃO PERMITE tanta CORRUPÇÃO e tantos "ALOPRADOS" ocupando funções estratégicas. Nunca a BANALIZAÇÃO da CORRUPÇÃO esteve tão alta como agora no Brasil. Isto subtrae BILHÕES DE REAIS todos os anos. Até agora, somente no ano de 2010, o IMPOSTÔMETRO acusa quase 1 TRILHÃO DE REAIS ARRECADADOS (e ainda estamos em outubro). Desse total, a CORRUPÇÃO leva cerca de 40%. É uma grana MUITO ALTA...


Por isso, faltam EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, INFRAESTRUTURA...


Que Deus possa iluminar nossas mentes, para que escolhamos realmente o(a) melhor.


Edinaldo Marques

Engº Civil, Professor e Consultor