segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os dias seguintes


Quando participamos de palestras ou congressos, investimos em nosso desenvolvimento pessoal, ampliamos ideias, ficamos emocionalmente envolvidos durante o evento, nos divertimos, trocamos cartões de apresentação, melhoramos nossa rede de relacionamentos, saímos com uma sensação muito positiva. Mas será que nos dias seguintes conseguimos pôr em prática aquilo que foi exposto? Por que temos tanta dificuldade de mudar? O que poderia ser feito para facilitar a implementação das mudanças?
É fundamental que os palestrantes possam expor conteúdos acompanhados de um processo ou método com as “ferramentas” necessárias, a fim de que novos hábitos passem a fazer parte do dia-a-dia das pessoas e das empresas. Esta é uma estratégia que visa aproximar teoria da realidade.
Na vida e no trabalho 99% das coisas que fazemos dependem de nossos hábitos. Como substituir um hábito por outro mais eficaz?
Um hábito é o resultado da intersecção de três coisas: conhecimento, habilidade e motivação. Primeiro, precisamos saber o que fazer, por que fazer. Em seguida, como fazer. Por último, ter vontade de fazer. No encontro dessas coisas, formam-se os hábitos.
Aristóteles dizia: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.
Uma grande dificuldade no processo de mudança é o querer fazer. Isto pode ser superado, quando conseguimos identificar como aquela mudança pode nos ser útil.
As pessoas precisam aprender a se manter focadas naquilo que é importante. Por isso é que conhecer o processo passa a ser indispensável. Sem um trajeto claro em mente, sem conhecer como planejar a semana, o dia e executar as coisas mais importantes, sem as “ferramentas” apropriadas, ficará mais difícil implementar mudanças. É por isso que em muitos casos a palestra funciona apenas como terapia ocupacional.

EDINALDO MARQUES
Professor, Palestrante e Consultor

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como obter sucesso?


Uma das necessidades das pessoas em geral é ter sucesso, conquistar objetivos, buscar a auto-realização, tanto na vida pessoal como na profissional. Para isto, é fundamental entender que processo deverá ser vencido por cada um para atingir o desejado. Qual o verdadeiro segredo do sucesso?


Primeiro, temos que voltar a sonhar e transformar sonhos em metas para nos aproximarmos dos resultados. As metas precisam ter dia e horário para começar e terminar. Deverão ser escritas no papel e examinadas diariamente. Isto é uma estratégia importante para facilitar a criação do propósito mental. Quando uma pessoa tem um propósito, faz tudo o que pode para alcançá-lo. O propósito é o que chamamos de motivação duradoura.


Segundo, é necessário cuidarmos da qualidade de nossos sonhos. Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos. As nossas células processam experiências e as metabolizam de acordo com os pontos de vista pessoais. Portanto, temos que cuidar das percepções, inclusive sobre nós mesmos. Fazer o auto-conhecimento e descobrir nossos valores faz parte da estratégia.


Terceiro, precisamos treinar, repetir várias vezes. Quanto mais fazemos mais chances teremos de nos aproximar de um objetivo maior. A palavra chave é disciplina.


Einstein dizia que o ser humano é 1% inspiração e 99% transpiração. Logo, a força de vontade é um fator determinante para o sucesso.
Se formos relacionar pessoas que em algum momento tiveram sucesso – Pelé, (no esporte), Zezé di Camargo & Luciano (na música), Einstein (na ciência), chegaremos à conclusão que a marca principal de todos eles foi o esforço repetido.


O sucesso estará sempre disponível para qualquer pessoa. Depende do esforço, estratégia e tática de cada um. Quando conseguimos permanecer a maior parte do tempo em estado de equilíbrio entre emoções e razão, criamos condições ainda maiores para o sucesso.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Conflitos


Por que há tantos conflitos no Brasil e no mundo? Neste século XXI temos avançado com grande rapidez no aspecto tecnológico, mas em relação à inovação humana caminhamos a passos de tartaruga.

Crises e conflitos começam dentro das famílias e ocorrem no âmbito das sociedades. É comum em empresas privadas e no serviço público verificarmos a existência de ambientes carregados onde os relacionamentos humanos se encontram bastante deteriorados, com baixos níveis de confiança.

O editorial da Gazeta de Alagoas de quarta-feira (26 de maio) – “De volta ao passado”, comenta que a Coreia do Norte anunciou o corte de “todas as relações, inclusive de meios de comunicação, com a Coreia do Sul”.

Enquanto não entendermos que a vida é interdependente e que o mundo é abundante, agiremos como egoístas e nos afastaremos da tão cobiçada paz. Temos que ser emocionalmente independentes, separar as pessoas dos problemas, perseguir opções de ganho mútuo.

Precisamos desenvolver simultaneamente os dois lados da mente, para que possamos evoluir como seres humanos e melhorar a convivência.

Alguém já viu um pássaro voando com uma só asa? Com certeza a resposta é não. Então, como podem as pessoas usar somente uma parte do cérebro?

Se analisarmos colegas com os quais lidamos vamos verificar que alguns utilizam mais o lado esquerdo da mente, enquanto outros mais o lado direito. Mas há um grupo menor, que usa ao mesmo tempo os dois lados. Estes, conseguem tomar decisões mais acertadas e desenvolver relacionamentos mais duradouros.

Há um princípio que diz: “relacionamentos eficazes e duradouros requerem respeito e benefícios mútuos”. George Eliot, pseudônimo de Mary Ann Evans – novelista inglesa, disse: “Para que vivemos, senão para tornar a vida menos difícil uns para os outros?”

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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terça-feira, 25 de maio de 2010

Investimentos nas estradas


Cento e oitenta e três bilhões de reais. Este é o montante de dinheiro que o Brasil necessita para recuperar, reconstruir e melhorar as estradas, de acordo com um levantamento do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Desse total, somente 13% está previsto no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Dos 61 mil quilômetros de rodovias federais, 65% se encontram em estado deficiente a péssimo. 58% do transporte de cargas no país é feito através da malha pavimentada. Portanto, mais da metade de tudo que é produzido e que forma o PIB – Produto Interno Bruto, escoa pela malha rodoviária. Isto significa que o maior sustentáculo da economia nacional são as estradas.
Ao longo do tempo um dos graves erros estratégicos dos governos decorre da falta de um sistema de manutenção eficaz das rodovias brasileiras. Se isto ocorresse, o volume de dinheiro a ser investido na recuperação seria de três a quatro vezes menor.
Essa questão passa de governo a governo sem a visão e decisão corretas. Os americanos, ainda na década de 1950, identificaram esse erro e adotaram uma mudança de mentalidade.
Aqui, em que pese todo o esforço das entidades ligadas ao setor, entre elas, a ABPv – Associação Brasileira de Pavimentação, as rodovias se acabam ou ficam numa situação que exige reconstrução, para que se adotem as providências técnicas e econômicas necessárias.
Isso é um grande ralo econômico por onde bilhões de reais são desperdiçados.
Quando haverá mudança na forma de pensar? Por que não criar um sistema de gerenciamento eficaz, que identifique os problemas no início e sejam adotadas soluções com custos menores? Por que muitas rodovias são projetadas e construídas como se fossem papel, logo na primeira chuva imensas crateras são abertas e as estradas cortadas?
Do ponto de vista da engenharia podemos garantir que a tecnologia existe. Os recursos tecnológicos hoje disponíveis permitem a elaboração de projetos, que se bem executados permitirão uma durabilidade de 10 a 25 anos.
Algumas falhas detectadas são decorrentes de projetos mal elaborados ou da falta de um controle tecnológico adequado durante o processo construtivo.
A maior deficiência está no sistema de manutenção, que se não é feito no momento necessário, agrava as condições superficiais e estruturais dos pavimentos, levando a investimentos mais vultosos para a recuperação.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante
Pós-Graduado com Mestrado em Administração de Empresas

O maior gol de Tostão jogador campeão na copa de 1970


REPRODUZO O TEXTO ABAIXO QUE RECEBI POR EMAIL:



Tostão, ex-jogador de futebol, marca seu maior gol.

O gol que o Tostão acabou de marcar foi o maior da sua carreira. Parabéns. Presidente Lula define prêmio para jogadores que venceram a Copa do Mundo; valor pode chegar a 465 mil reais.O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo. O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. Inicialmente, o valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria. A expectativa é que o anúncio da nova medida seja feito pelo governo na próxima semana.


O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foi publicado em vários jornais do Brasil: Tostão escreveu:

"Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas. Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia. O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época. O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias. É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades. A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda. Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo . Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria. Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem. Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros. Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação".

Tostão

Se todos fossem iguais à você - Tostão, que maravilha viver...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eleição de governador

Este ano a população de Alagoas elegerá o seu futuro governador, que vai administrar o estado por um período de quatro anos, de 2011 até 2014.

São muitas as prioridades a serem colocadas no plano de ação governamental, mas dentre tantas necessidades, há aquelas consideradas cruciais.

Ainda durante a campanha uma das estratégias a serem utilizadas pelos candidatos será a divulgação do plano de governo, para que os eleitores tomem conhecimento das prioridades a serem executadas numa possível gestão.

São várias as áreas administrativas de um estado. Numa visão sistêmica e holística todas cumprem um papel relevante e devem merecer atenção: educação; saúde; segurança (ou defesa social); assistência e desenvolvimento social; infraestrutura; desenvolvimento econômico; trabalho, emprego e renda; planejamento etc.

Porém, as mais importantes são educação, saúde, segurança e infraestrutura. São estas que deverão consumir a maior parte do orçamento estadual.

Em cada área de uma administração pública existem três ativos: físico – instalações, materiais, equipamentos, tecnologia; orçamentário-financeiro – parcela do orçamento destinada a cada pasta; e humano – pessoas ou servidores efetivos e comissionados.

Se o futuro governante deseja realizar uma gestão de resultados e com sustentabilidade em todos os pontos vai precisar que em cada secretaria/setor haja eficácia nos três ativos.

Este é um enorme desafio que poderá ser vencido, se o processo de gestão escolhido for verdadeiramente eficaz – gestores e servidores proativos, objetivos claros, foco, melhores relacionamentos, decisões eficazes, sinergia etc.

Para que haja promoção de um desenvolvimento econômico sustentável, superação do ciclo de analfabetismo e miséria, inclusão social, elevação da qualidade de vida, é necessário que o processo a ser implantado leve em conta os quatro níveis da eficácia: pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional.

O atual planejamento estratégico do estado deverá ser atualizado e detalhado. Mas, não bastará apenas planejar bem. Além disso, é preciso também realizar.

Se o processo de gestão for precedido pela prática da liderança eficaz haverá comprometimento dos servidores e entusiasmo criativo. Dessa maneira, estará criada a base para um governo de resultados.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante

terça-feira, 11 de maio de 2010

Redução da burocracia


Na linguagem comum a burocracia assume o sinônimo de excesso de normas e regulamentos, limitação da iniciativa, desperdício de recursos e ineficiência generalizada dos organismos estatais e privados.
Na evolução da administração como ciência a teoria da burocracia foi idealizada por Max Weber - sociólogo alemão, com o objetivo de representar o tipo ideal de organização. A ideia era propor um modelo organizacional mais bem definido, racional, eficiente, rápido, com homogeneidade na interpretação das normas e que os objetivos pudessem ser alcançados através da competência, mérito, capacidade, sem considerações pessoais. Na prática, porém, não é assim.
A burocracia é importante. O que atrapalha é o apego exagerado às normas e regulamentos, o excesso de formalismo e a resistência às mudanças. Isto sim dificulta o cumprimento do papel do administrador e precisa ser combatido. Será que o excesso de burocracia é uma forma de defesa das pessoas para justificarem uma demora na tramitação de processos?
É verdade que na esfera pública existem muitas normas e leis a serem seguidas. Mas, jamais isto justifica o excesso de tempo decorrido para tramitação de um determinado processo administrativo. O excesso de burocracia pode ser explicada pela falha na forma de pensar, falta de vontade, falta de coragem de correr riscos, medo ou insegurança de algumas pessoas que militam dentro de órgãos públicos, procrastinação e outros interesses.
Para combater esse mal é preciso aproveitar mais o potencial das pessoas que compõem os diversos órgãos, exercer uma liderança inspiradora, quebrar paradigmas, dar maior atenção às pessoas para que experimentem e usem toda a criatividade. É dessa forma que se promove uma verdadeira desburocratização.
Na verdade, quando se quer realmente, mesmo no serviço público, as coisas acontecem em tempo recorde. E podem ser feitas obedecendo às leis ou normas, que regulam a coisa pública. Pode dar um pouco mais de trabalho do que na iniciativa privada, porém, nada que justifique tanto desperdício de tempo.
O melhor antídoto para a burocracia é a eficácia pessoal e interpessoal, sinergia nos processos, proatividade – responsabilidade e iniciativa dos servidores.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
Mestrado em Administração de Empresas
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terça-feira, 4 de maio de 2010

Futuro imprevisível


Há nas empresas e, principalmente, no serviço público brasileiro uma grande escassez de líderes verdadeiros. Estamos nos referindo ao estilo de liderança que realmente interessa ao mundo atual: líderes centrados em princípios, que inspirem confiança a partir da integridade e dos exemplos colocados em prática, esclareçam propósitos, liberem talentos e alinhem sistemas.


É preciso ficar claro o seguinte: temos muitos chefes, comandantes, dirigentes ocupando altos cargos dentro do serviço público e da iniciativa privada. Porém, liderar verdadeiramente e com eficácia é outra coisa.


Tudo começa pelo paradigma. Grandes líderes vêem as pessoas como um todo, com corpo, coração, mente e espírito. Entendem que nesse mundo atual de grande complexidade, rapidez e incertezas as coisas funcionam como se estivéssemos num esporte do tipo rafting – não há como exercer controle e todos devem estar preparados, motivados para agir.


Também nas famílias – menor organização que existe, a falta da virtude de liderança nos pais e mães dificulta a formação do caráter dos filhos, fator essencial para que possam ser futuros líderes. É por isso que os resultados não são os melhores, apesar de muita gente nem perceber isso.


Segunda pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers o Brasil será a 5ª economia do mundo em 2025, na frente de países como a Alemanha, França e Reino Unido. A China deverá ocupar a 1ª posição, seguida dos Estados Unidos, Índia e Japão. Em 2009 o Brasil terminou na 8ª posição.


Em que pese as bases econômicas atuais serem sólidas, o País está na 75ª posição no mundo em IDH – Índice de Desenvolvimento Humano e na 56ª em competitividade, abaixo do Azerbajão, Barbados, Chipre, Indonésia, Jordânia, Malásia e Tunísia.


Alguns dados demonstram com clareza a falta de verdadeiros líderes no País: 70% da população brasileira é analfabeta funcional, 80% não sabe calcular uma porcentagem.


Como conseguiremos superar os grandes desafios nacionais sem priorizar uma educação de qualidade com metas bem definidas, treinamento dos professores, melhores salários, cultura de planejamento e sistemas de avaliação objetivos?


Precisamos fazer com que as crianças, adolescentes e as pessoas em geral aprendam a pensar. Os conteúdos programáticos das escolas e até das universidades devem ser modificados para melhorar o pensamento lógico e o uso de várias habilidades.


Um dado para reflexão: um concurso público para preenchimento de 1,4 mil vagas de gari da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro recebeu, entre os inscritos, 45 com doutorado, 22 mestrado e 80 com pós-graduação.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Qualidade do serviço público


Em qualquer congresso, seminário, workshop ou evento que participamos, quando o tema abordado é o serviço público, sempre surgem opiniões negativas e críticas a sua qualidade no país. Algumas palavras que ouvimos são as seguintes: burocratizado, ineficiente, desorganizado, pessoas desmotivadas e descomprometidas etc.


O que pode ser feito pelos dirigentes públicos para melhorar o desempenho e os resultados nas diversas esferas da administração – federal, estadual e municipal?


A resposta para essa questão está na implantação de T & D – Treinamento e Desenvolvimento para os diversos integrantes da administração pública, do mais alto posto aos níveis mais baixos.


Um programa de T & D, se for implantado corretamente, seguindo os passos necessários – diagnóstico das necessidades, programação (planejamento), execução e avaliação de resultados, possibilitará uma mudança positiva no desempenho dos servidores públicos.


Porém, é preciso que sejam apresentados os processos e as ferramentas que facilitarão a implantação das mudanças por parte dos funcionários. Caso contrário, o treinamento servirá apenas para terapia ocupacional.


Quatro práticas devem ser disseminadas dentro do serviço público: proatividade, planejamento, execução e foco.


Se fizermos um levantamento para saber quanto recurso público é gasto anualmente no envio de pessoas para participar dos mais diversos eventos, tanto locais como em outros estados, verificaremos que essa não é a melhor forma de investimento. Quando os funcionários retornam aos órgãos de origem continuam produzindo os mesmos erros. Ou seja, o investimento é feito, mas não há o retorno desejado.


Os americanos, ainda na década de 1990, descobriram que estavam desperdiçando bilhões de dólares em palestras, mas na prática os resultados obtidos não eram compatíveis com o volume de investimento. Resolveram mudar a forma de promover desenvolvimento humano. Passaram a priorizar o T & D.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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