terça-feira, 24 de agosto de 2010

Educar para a vida real


A vida real é bem diferente daquela que os estudantes conhecem no ensino fundamental, médio e superior. Enquanto estão na vida escolar, conseguem resultados positivos estudando às vésperas para fazer provas e são levados a acreditar, que isso se aplica também no mundo real. Porém, é aí que muitos se enganam.
Na vida real existe uma lei que determina resultados. E esta, é a lei da colheita. A gente sempre colhe aquilo que planta. Somente fogem à regra aqueles que conseguem apadrinhamento político.
Não há atalhos que possam ser utilizados e dar sempre certo na vida real. É preciso plantar, preparar o solo, adubá-lo, regá-lo, combater ervas daninhas e manter todo esse ciclo durante a vida. Ou seja, quem deseja vencer na vida real, deve se preparar, aprender, aprofundar relacionamentos, trabalhar a comunicação, identificar oportunidades, usar a criatividade, planejar, dominar mais de uma língua – português e inglês, renovar constantemente as quatro saúdes - física, mental, emocional e espiritual, desenvolver a capacidade de liderar a si e outras pessoas.
O profissional do mundo moderno precisa ser um especialista em alguma coisa. Mas, além disso, ter uma visão generalista.

Edinaldo Marques
Professor da Ufal e Consultor

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eleições e resultados


Ideias e propostas não faltam por parte dos candidatos que disputam o mais alto cargo do país. A sociedade, a comunidade técnica e científica – composta por administradores, engenheiros, arquitetos, economistas, jornalistas, advogados, sociólogos, geólogos, psicólogos, geógrafos..., podem e devem opinar na busca das melhores soluções para cada problema brasileiro.

A partir de janeiro de 2011, caberá ao escolhido no pleito de outubro próximo, juntamente com a equipe de governo, coordenar as ações e estabelecer metas e prazos para serem alcançados. Se existir planejamento estratégico, tático e operacional, além de gestores eficazes na execução das ações, tudo ficará mais fácil e os resultados aparecerão mais rapidamente.

O que muitas vezes atrasa a execução de planos é o excesso de burocracia, associada a falta de foco, incompetência gerencial, procrastinação e aos desvios de conduta. Se os gestores forem treinados e colocarem em prática processos, juntamente com ferramentas eficazes de gestão, aumentará a produtividade, menos recursos serão gastos e os resultados aparecerão mais rapidamente. Há duas etapas distintas: primeiro planejamento, depois execução.

Serão necessários planos e projetos detalhados, além de competência, comprometimento e persistência. O exercício da verdadeira liderança, pelo menos por parte dos gestores maiores – presidente, ministros, secretários..., fará toda a diferença. São essas pessoas que terão a imensa responsabilidade de estabelecer as prioridades político-administrativas da futura gestão e cobrar a consecução dos objetivos.

Muitas vezes as pessoas se encontram na posição de líderes, mas não sabem exercer essa liderança. Comandam ou chefiam, mas não lideram, ou têm um estilo de liderança baseado em paradigmas ultrapassados. Isto afeta diretamente nos resultados. O que mais atrapalha o desenvolvimento das ações de um governo é a improvisação no campo administrativo. As pessoas passam a ocupar cargos por indicações políticas, mas não possuem a capacidade administrativa para exercer a função. Podem até ter capacidade técnica, mas esta, apenas, não é suficiente. Além disso, alguns fazem parte do grupo dos “aloprados”, vão com outras intenções, defendem interesses particulares e não coletivos.

Pelo menos seis pontos são fundamentais para um exercício administrativo: eficácia pessoal e interpessoal, capacidade de esclarecer propósitos, dar significado às coisas, inspirar confiança, alinhar sistemas e ter autocontrole. Dessa maneira o gestor-líder aproxima-se da liderança ideal, aquela que vai impulsionar a equipe de trabalho e a sociedade a se engajarem nos caminhos escolhidos. As características pessoais do líder são essenciais para o êxito de um programa de gestão.

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eleições 2010


O Brasil é um país continental com diversidade de raças, sistema de costumes e tradições, as quais correspondem atitudes e sentimentos organizados, que transcendem o mero agrupamento de indivíduos e de conveniências sociais.
A cada eleição renovam-se as esperanças da sociedade. A função da política é promover condições, para que as pessoas possam dispor de educação, saúde, segurança, abastecimento de água, habitações, energia, transportes, comunicações, saneamento básico, emprego e renda. Quando visitamos alguma grota ou andamos pela periferia das cidades, é que podemos medir o quanto falta ao povo brasileiro. São milhões de pessoas vivendo na pobreza e ainda na miséria, sem quaisquer condições higiênicas, convivendo com falta de água e esgoto a céu aberto.
Para que esse quadro seja modificado é necessário que o futuro governo estabeleça como uma das prioridades, a urbanização, pavimentação e drenagem de grotas e favelas. Paralelamente, ampliar a oferta de habitação popular, parar substituir casas de lonas por moradias de alvenaria.
Foi usando a criatividade e com visão de futuro, que duas cidades brasileiras – Belo Horizonte/MG e Ribeirão Preto/SP resolveram vários problemas com a implantação de programas de reciclagem de entulhos (restos da construção civil). Dessa forma, conseguiram solucionar, ao mesmo tempo, três coisas: primeiro - a redução das deposições clandestinas em áreas urbanas, evitando, consequentemente, o aterramento em espaços que poderiam ser utilizados para outras finalidades; segundo - o reaproveitamento, através da implantação de usinas de reciclagem, dos resíduos de construção fornecidos pela população e troca dos mesmos por blocos feitos com o material reciclado; terceiro - aproveitamento do material obtido da reciclagem dos restos de construção civil para a pavimentação de ruas e fabricação de tijolos para habitações populares, a um baixo custo. E, além disso, com geração de emprego e renda para a população.
Esse é um modelo que deve ser implantado em todo país, principalmente nas capitais. Porém, para que haja o sucesso desejado, é indispensável o apoio da sociedade. Trata-se de uma correção ambiental, cujo retorno do investimento, apesar de não ser imediato, é garantido.
A dificuldade de encontrar espaços urbanos que possam acumular os restos de materiais das obras de construção civil e, mais ainda, a degradação que os entulhos provocam ao meio ambiente, justificam a implantação do programa. Só com os ganhos ambientais que um programa desse possibilita, já mostra a sua importância.
A tendência mundial pela reciclagem de todo e qualquer material é notória. Diante das dificuldades econômica, social e ambiental vividas atualmente, essa é uma atividade em plena expansão, que oferece resultados altamente favoráveis. Preserva o meio ambiente e possibilita o reaproveitamento de materiais sem prejuízo da qualidade. Trata-se de um velho princípio da química, do conhecimento de todos: “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.
Para que essas ideias venham realmente a funcionar é preciso colocar em prática a proatividade dos dirigentes públicos e desenvolver ações levando em consideração a interdependência das coisas. Por exemplo, não se pode promover o turismo interno, sem cuidar paralelamente do saneamento básico, dos transportes, segurança etc.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro civil e Professor da UFAL
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Promessas e realizações


Uma das maiores dificuldades dos candidatos a governador e presidente que vencerem as eleições de outubro será transformar ideias e propostas em realidade. Na fase atual do processo eleitoral os postulantes tentarão demonstrar no rádio, na televisão e nos comícios, vontade em promover mudanças, para que melhorem os índices na educação, saúde, segurança, emprego, renda, transportes... É isto o que a população deseja.

Mas, como transformar promessas em ações concretas? O que é mais difícil: planejar ou executar aquilo que foi traçado? Basta apenas ter vontade política para melhorar a qualidade de vida da população?

Já vimos vários exemplos de dirigentes que são eleitos, prometeram muita coisa e, depois não conseguiram transformar em realização.

Para os futuros governadores e o presidente transformarem aquilo que for prometido em realidade alguns pontos são essenciais. Primeiro, é preciso que tenham em mente, de forma clara, os objetivos a serem alcançados. Segundo, a equipe de trabalho precisa estar engajada e comprometida com as metas traçadas. É exatamente nesse ponto que a coisa complica. Em face dos compromissos políticos assumidos para ganhar a eleição, muitas vezes, o ocupante do cargo é levado a nomear pessoas, simplesmente, porque fazem parte da coligação, do partido político que deu sustentação, ou, até mesmo, por amizade. Se tiver curso superior, então, a indicação, segundo alguns afirmam, já atende ao critério da competência. Mas que competência? Na verdade as pessoas que são indicadas, mesmo tendo curso superior, nem sempre têm habilidades gerenciais, como liderança, capacidade de comunicação, visão empreendedora, sistêmica e holística, capacidade de criar ambientes motivadores.

O que queremos dizer é o seguinte: não basta ser engenheiro, médico, jornalista, advogado, professor ou qualquer outra coisa. Para ser um bom gestor e realizador é preciso possuir aptidões complementares, como foco, saber trabalhar em equipe, ouvir as pessoas, ter transparência, autocontrole, eficácia pessoal e interpessoal.

Um dos graves problemas do país não é a falta de dinheiro para investimento, mas sim, a falta de gestões éticas, eficazes e eficientes. Ser eficaz é fazer as coisas que precisam ser feitas, para que os resultados sejam positivos. Ser eficiente é fazer as coisas certas. E para ter eficácia é necessário, entre outras coisas, gerenciar bem o tempo. Caso contrário, ao final de quatro anos, veem as colocações: “o tempo foi curto para realizar tudo aquilo que planejamos, não houve recursos suficientes para fazermos tudo que planejamos”. E será que o tempo foi realmente curto ou faltou uma melhor gestão?

Os especialistas que conhecem bem os problemas brasileiros no serviço público dizem que a dificuldade maior não é a falta de recursos, mas a falta de competência administrativa para transformar planejamento em algo atingível. Quando focamos o poder e nos esquecemos das necessidades do povo, os resultados são apenas parciais. O contrário, sim, promove as condições para pleitear a continuação no poder.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro civil, Professor da UFAL e Consultor

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Prioridade de governo


Uma das prioridades de governo dos três candidatos mais cotados nas pesquisas para presidente do país – Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, é o investimento em infraestrutura de transportes. São obras caras e que, após a implantação, necessitam de manutenção preventiva e corretiva, para garantir uma maior vida útil e assegurar máxima viabilidade econômica.

É neste aspecto, que historicamente têm errado as administrações federais. Para cada estrada pavimentada é preciso criar um sistema de acompanhamento e manutenção, instalar postos de pesagem para evitar o excesso de cargas que danificam precocemente a estrutura dos pavimentos construídos, interrompem a passagem de veículos em épocas de chuva e ceifam milhares de vidas.

Recursos financeiros para serem aplicados nas estradas não faltam. Entre 2003 e 2009 o Brasil arrecadou, somente na CIDE – que é um imposto recolhido quando cada pessoa abastece seu veículo, um montante de 65 bilhões de reais, dos quais, apenas um terço retornou para ser reaplicado na melhoria das estradas federais.

Portanto, não faltam recursos. O governo brasileiro dispõe de dinheiro em caixa, que se for corretamente aplicado, mudará a atual realidade da malha pavimentada federal. Para reverter as péssimas condições de várias estradas só depende de decisão política, que deve vir acompanhada do estado da arte em engenharia rodoviária, controle tecnológico e de um sistema de gerenciamento eficaz.

Há uma frase que diz: “nós somos do tamanho do nosso sonho”. Todo brasileiro, que já teve a oportunidade de dirigir numa estrada americana, europeia, ou mesmo, do estado de São Paulo, sonha em um dia viajar de norte a sul do Brasil em rodovias confortáveis, seguras e com economia de operação. Isto pode ser uma realidade já nos próximos quatro anos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro civil e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Foco no eleitor


Estamos ainda na fase inicial de caça ao voto para a eleição de 03 de outubro de 2010. As campanhas vão se tornar mais visíveis a partir de 17 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Muitas vezes os políticos ignoram o clamor das ruas, não consideram as queixas que vem da população porque existem “filtros” constituídos por alguns “assessores”, que os impedem de escutar as ruas. É preciso dedicar tempo suficiente para entender o país, seu orgulho, sua história. Há uma frase que diz: “O país possui cidades que brilham, mas fedem. A vitrine que convida, repulsa, e o espelho que traduz a beleza demonstra a podridão; muitas vezes se vê, no centro das ruas, correntes humanas bradando, exigindo, propondo rupturas… a bela face de sanduíche é um engano, um engano para quem tem outras fomes".

Qual deve ser o alvo principal dos candidatos que disputam a eleição para presidente? Sem dúvida, a resposta é a população. É junto ao povo que os políticos vão buscar os votos que poderão levá-los à vitória nas urnas. Quem conseguir trabalhar melhor a percepção do eleitor e conquistar a confiança no sentido de responder às necessidades da população, provavelmente, terá mais chances de êxito.

As pessoas agem motivadas por alguma coisa. Todos nós temos necessidades e, a partir destas, damos nossas respostas, tomamos decisões. A combinação de necessidades e respostas é um direito inato do ser humano. Está embutida em nosso cérebro, assim como em nosso espírito.

Na escala de hierarquia das necessidades humanas, a sobrevivência é a mais importante. E como andam as condições de sobrevivência da maioria da população? Quando uma pessoa não consegue alimentar a si e a sua família todas as demais necessidades passam a ser relegadas. A solução desse problema passa pela educação profissional e geração de emprego e renda que permitam a compra de alimentos e condições dignas para morar e viver. Como disse Bertold Brecht, “não me fale de minha alma antes de ter enchido meu estômago”.

Atendida a primeira necessidade, a segunda é a segurança. Quando os moradores se sentem inseguros há duas alternativas: ou eles enfrentam as condições de insegurança ou fogem, isto é, saem para outro lugar. Portanto, essa deve ser uma das prioridades dos postulantes ao cargo.

A terceira necessidade é a realização. Todos nós precisamos sentir realização naquilo que estamos fazendo. Isto faz parte do ego das pessoas.

O sentido de pertencer representa a quarta necessidade. Pertencer a uma família, a uma associação, a uma religião, empresa ou instituição, ao Brasil. Isso garante a direção interna de cada pessoa.

A quinta necessidade é a vontade de expressão. Todos nós precisamos nos comunicar, sermos ouvidos, demonstrar nosso conhecimento e intuição. Quando um político abre canais para ouvir as pessoas ou propõe uma gestão participativa, provoca motivação e se aproxima do eleitorado.

Como sexta necessidade podemos destacar a elevação da auto-estima, que é consequência do conhecimento e intuição que a pessoa possui.

A não observância a todas essas necessidades e mais algumas explica o porquê de políticos vitoriosos em eleições anteriores sofrerem queda em eleições subsequentes.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eleição presidencial II


O que se espera do(a) futuro(a) presidente do Brasil? Qual o perfil ideal da pessoa que deve governar o país a partir de 2011? Como melhorar a qualidade de vida da população? Como promover o desenvolvimento sustentável? Como tratar a violência em suas manifestações? Quais as prioridades que devem ser consideradas e como colocá-las em prática?
Essas são questões que o eleitorado deve estar atento durante os dias que faltam para o pleito que escolherá o futuro presidente. É preciso saber o que cada candidato pensa dos principais problemas da população e, a partir daí, usar a consciência, a imaginação e o maior poder que cada ser humano possui: a liberdade de escolha ou livre arbítrio. Assim, dar-se-á uma contribuição responsável para o futuro da sociedade brasileira.
Mas todo o cuidado é necessário. As pessoas vivem no mundo, porém não operam diretamente no mundo. As ações ou decisões são consequência da percepção que se tem sobre alguém ou sobre alguma coisa. Por isso é que é importante ficar atento ao que pode ser produzido pelos “marqueteiros” com o intuito apenas de confundir a cabeça do eleitor.
Vive-se um momento de grande complexidade. Para se chegar à solução dos diversos problemas que afligem a população não é tarefa fácil. O volume de recursos disponível nunca será suficiente para atender todas as necessidades. Qualquer que seja o(a) vencedor(a) do pleito, para ter sucesso na gestão, precisará definir prioridades, ter coragem, visão sistêmica, holística e empreendedora, pois há uma interdependência entre todos os fenômenos que se relacionam com a vida humana.
Algumas regras de qualquer administração pública são básicas: é preciso planejar bem, priorizar e racionalizar a alocação e aplicação dos recursos públicos. E, além disso, é preciso que o(a) presidente e sua equipe tenham um conjunto de hábitos eficazes, que possam levar o país a alcançar os objetivos desejados. Quando os hábitos são bons os resultados positivos aparecem mais rapidamente. Caso contrário ...
O Brasil cresce economicamente, mas em termos sociais ainda está muito longe do ideal. Somente com algumas reformas será possível reduzir desigualdades e mudar os atuais indicadores.
Um dos grandes problemas continua sendo a geração de emprego e renda para a população. Muito se discute como gerar emprego. Antes de tudo é preciso saber que se o emprego está escasso e a cada dia mais difícil, o trabalho sempre existiu e vai continuar existindo. Porém, faltam pessoas qualificadas para as diversas tarefas. É preciso profissionalizar o maior número possível de brasileiros e disponibilizar programas de educação continuada para formação de mão-de-obra mais qualificada que atenda aos dias modernos.
A continuação do PAC 1 e o início do PAC 2 são importantes para o garantir a infraestrutura necessária ao desenvolvimento, movimentar a indústria da construção civil e gerar milhões de empregos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eleição presidencial


Nesta quinta-feira (05) ocorre na TV Band o 1º debate entre os candidatos à Presidência da República. É uma oportunidade para o povo brasileiro prestar atenção as propostas e, como implementá-las, a fim de decidir quem está mais preparado(a) para governar o país.

O Brasil necessita de uma revolução de eficácia. Se pudermos entender, por completo, o que significa eficácia aplicada na gestão do país, chegaremos à conclusão, que esse é o único caminho. Não há outro que permita melhorar a realidade atual.

Jamais haverá uma verdadeira transformação, se antes de tudo não colocarmos em prática a ética e os princípios corretos. Dentre estes podemos citar, a integridade, honestidade, imparcialidade, justiça, responsabilidade, iniciativa, respeito, crescimento, servir, paciência, educação e encorajamento. E a eficácia passa por tudo isso.

No dia em que nossos políticos e administradores resolverem refletir e incorporar o caminho da eficácia na gestão pública, dentro de quatro anos, no máximo, o Brasil será outro país. Reduziremos substancialmente as desigualdades sociais, deixaremos de ser a nação dos sem terra, sem teto, sem comida, sem educação, sem saúde etc.

A proposta de priorizar a educação, aumentar o número de cursos profissionalizantes e, a partir daí, fazer uma revolução “doce” é uma prioridade máxima. Sem educação não chegaremos a nenhum lugar e isso faz parte do processo de eficácia.

Também é preciso manter e até melhorar o desenvolvimento, como forma de continuar crescendo de modo sustentável e reduzir o custo-brasil. Novamente, passa pela eficácia das ações políticas e gerenciais.

Edinaldo Marques
Engenheiro Civil e Consultor

Marketing pessoal


Num mundo de tanta competitividade, onde existem mais profissionais do que empregos disponíveis, é preciso saber como se diferenciar, a fim de poder aumentar as chances de sucesso. Daí, a importância do marketing pessoal.

Trata-se de um conjunto de ferramentas, habilidades ou técnicas, que uma pessoa pode usar, para fazer com que seja reconhecida, apreciada e procurada.
As principais habilidades, que fazem o marketing pessoal, são as seguintes: 1ª) liderança, resumida através de cinco atributos – coragem, autocontrole, comunicação, foco e energia; 2ª) confiança, que é a colheita da confiabilidade – caráter e competência; 3ª) visão, entender o que e o por que algo precisa ser feito e sugerir ideias; 4ª) espírito de equipe, oferecer ajuda sem ser solicitado; 5ª) maturidade, associação de conhecimento com experiência; 6ª) integridade, prometer e cumprir; 7ª) visibilidade, ser o primeiro a levantar a mão quando alguém precisa; 8ª) empatia, significa saber ouvir e compreender o outro; 9ª) otimismo, ter pensamentos positivos; 10ª) paciência.

Quando o marketing pessoal é feito dentro de uma empresa séria, os “profissionais diferenciados” recebem a atenção da chefia e o apoio dos colegas. Porém, se for numa empresa medíocre, a chefia e os colegas podem ver como uma ameaça e passarem a perseguir.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal e Palestrante

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Revolução na educação


Existe apenas uma única maneira de darmos um salto de qualidade para formarmos uma nova geração de pessoas conscientes de suas responsabilidades, cidadãos e cidadãs, com conhecimentos de geografia, matemática, filosofia, história, sabendo usar computadores, lendo e escrevendo o bom português, falando idiomas estrangeiros, conversando sobre literatura, capacidade empreendedora, líderes de si mesmas e emocionalmente educadas: através de uma revolução na Educação. Isto é possível? Como?

Para que o trabalho seja bem desempenhado, é preciso, primeiro, que haja eficácia nos três aspectos administrativos voltados à Educação: físico – infraestrutura e equipamentos; orçamentário-financeiro; e, principalmente, eficácia na gestão de pessoal. Segundo, as ações devem ser executadas com eficiência.

Podemos garantir que recursos financeiros não faltam nos governos federal, estaduais e municipais para serem investidos em Educação. O que precisa mesmo existir são gestões sérias, com planejamento a curto, médio e longo prazos, execução eficiente de projetos, pessoas motivadas, trabalho em equipe, relações interpessoais saudáveis e avaliação objetiva dos resultados alcançados. Do mesmo modo que em áreas da medicina existem os exames de alta complexidade, na gestão pública também há pastas que são mais complexas. A Educação é uma delas. Neste caso, a presença do profissional certo no lugar certo promoverá os resultados tão desejados pela população.

Não basta apenas o caráter do gestor, sua integridade é fundamental. Mas, além disso, outros aspectos deveriam ser considerados como a capacidade de gestão. É evidente que cada Secretaria de Educação tem as suas limitações orçamentárias e financeiras. Mas, se o gestor principal comandar exercendo corretamente a liderança e a gestão, por piores que sejam as dificuldades, as soluções ocorrerão e num prazo de tempo mínimo. Ao contrário, se o gestor se limitar a simplesmente chefiar, vamos amargar resultados insuficientes. E ficamos sem saber o porquê de não funcionar a contento.

Isto não é fácil de fazer na política. A escolha correta do gestor exige verificação de conhecimentos e práticas de planejamento, organização, direção, controle e, fundamentalmente, de gestão de pessoas. Há uma idéia no Brasil que qualquer um pode administrar. Não é assim. Quando uma pessoa é indicada para um cargo, muitas vezes é por amizade ou ligação política. Dependendo da complexidade do cargo, dificilmente conseguirá grandes resultados, se a pessoa escolhida não for um profissional em gestão. O fato de ser formado(a), ter curso superior, mestrado ou doutorado em alguma área, pode até ajudar. Mas, o principal mesmo, são as habilidades inerentes ao administrador.

Outros dois ativos do processo educacional precisam ser eficazmente focados: o físico e o humano. Uma revolução na Educação não será feita sem todos os equipamentos necessários, laboratórios, computadores, televisões, DVDs, antenas parabólicas, quadras esportivas, bibliotecas e, em alguns casos, salas de projeção com projetores multimídia. É preciso dar condições de trabalho aos profissionais da Educação.

Do mesmo modo, os professores e demais servidores da Educação, devem ser constantemente atualizados, inseridos num programa de educação continuada, avaliados e terem um plano de cargo e salários compatível com a importância da função que exercem.

Todos os países, estados ou cidades, que têm economia potente e moderna, priorizaram a Educação da população. A distribuição de riquezas passa a ser mais equânime, melhoram as condições de segurança, meio-ambiente, criam-se melhores condições de convivência urbana.

As metas que deveriam ser perseguidas obstinadamente são: nenhuma criança entre três e onze anos fora da escola; as crianças e adolescentes somente sairão da escola depois de concluírem o ensino médio.

Isto é um sonho? Sim. E nós sempre seremos do tamanho dos nossos sonhos. Portanto, sonhar grande é uma decisão sábia. Será difícil atingir as metas? Não. Apenas aquilo que não criamos propósito mental, que não nos comprometemos como uma missão, poderemos tornar inatingível.

Com isso, disporemos de um celeiro de cientistas, escritores, filósofos, intelectuais, advogados, doutores, economistas, administradores, jornalistas, engenheiros, professores e uma gama de técnicos em várias áreas, com visão moderna e capacidade de criarem seus próprios empregos.

Essa decisão depende da presença de líderes visionários à frente dos governos, que tenham real compromisso com o futuro de suas populações.

Enquanto permanecermos na discussão de cotas, bolsas e meia-entrada em nossa sociedade não chegaremos a lugar algum. Não podemos aceitar que migalhas se perpetuem. São até necessárias, mas não poderão ser eternas. Temos que reagir e encontrar caminhos sustentáveis.

A melhor forma de promover a justiça social é trabalhar para termos uma Educação de qualidade. Enquanto vivermos, vamos lutar por esse sonho.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Engenheiro Civil, Mestre em Administração, Palestrante, Consultor e Membro da Academia Maceioense de Letras

Importância do debate

Apesar de estarmos comemorando resultados positivos oriundos do avanço econômico do país, é necessário prestar atenção e conhecer a opinião dos postulantes ao maior cargo do Brasil nas eleições deste ano. Várias questões precisam ser discutidas, para que continuemos a crescer com a sustentabilidade desejada.
O primeiro debate para a Presidência da República, organizado pela Rede Bandeirantes de Televisão, vai ocorrer no próximo dia 05 de agosto, a partir das 22 horas. Será uma oportunidade para começarmos a identificar as reais diferenças. De corpo inteiro os candidatos responderão a algumas perguntas formuladas pelos jornalistas e, também, debaterão entre si. Conheceremos as propostas que ajudarão os eleitores a decidir em quem votar de modo consciente.
Ainda há pessoas que discutem se os candidatos são de esquerda ou de direita. Esta é uma questão muito subjetiva. Hoje, é difícil identificar, com clareza, quem realmente é uma coisa ou outra. Na realidade, as alianças políticas impedem uma separação entre direitistas e esquerdistas. Para a população o principal é saber as ideias e propostas, e que cada candidato diga quando e como vai implementá-las.
O que realmente o povo brasileiro precisa é de educação, saúde, segurança, geração de emprego, infraestrutura, transportes... Estes são pontos essenciais para a vida das pessoas.

Edinaldo Marques
Engenheiro Civil e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques