quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Por que voto em Serra - parte II


Alguns fatores são essenciais para que acertemos na escolha consciente em quem votar no próximo dia 31 de outubro. Mais do que ter escolaridade, é preciso ampliar a visão política e procurar entender as coisas realmente como elas são e não como pensamos que são.

A maioria do povo brasileiro tem dificuldades em compreender a realidade dos fatos por falta de educação, cultura ou leitura reflexiva. Há ainda aqueles que são sindicalizados, militantes políticos ou ideológicos e, como tal, ficam bloqueados na possibilidade de refletir sobre o que pensam (não são todos). Somente admitem um único caminho e não aceitam opiniões divergentes, que poderiam permitir um novo olhar sobre as questões.

Se fôssemos um povo, que ainda no ensino fundamental, tivéssemos acesso aos princípios da liderança pessoal (ou intrapessoal), certamente, veríamos a nós e ao mundo em geral de uma maneira mais ampla. Sairíamos da condição de coadjuvantes para protagonistas.

Precisamos ter muito cuidado com as percepções formadas a partir das fontes que a gente lê, ouve ou assiste. Tem muito "lixo", e, às vezes, o que sai na mídia, o que lemos em revistas, sai na TV ou é inserido na internet (youtube, por exemplo), e que consta até em livros, não corresponde à realidade. Opiniões e até pesquisas técnicas ou científicas podem apresentar erros motivados por paradigmas equivocados ou por falhas de caráter. Existem diversos interesses, que afastam os resultados da realidade verdadeira e confundem a cabeça das pessoas.

Quando dizemos que o José Serra é o melhor para o Brasil, levamos em conta duas coisas fundamentais para quem vai governar: liderança e capacidade de gestão. São essas duas habilidades, que permitem um maior atendimento às necessidades da população. Fazemos questão de deixar claro: não pertencemos ao PSDB nem ao PT.

Quanto a ser esse ou aquele partido que está por trás de um projeto de governo, isso não é o mais importante. O que mais importa é a visão clara, obediência aos princípios, caráter do governante, foco nas necessidades do povo e não no poder.

Vejamos, por exemplo, o PT tem o PMDB como partido aliado e o vice-presidente na sua chapa. Essa composição foi uma maneira para ter mais tempo de televisão durante o programa eleitoral e ganhar a eleição, ter maioria no congresso para governar com mais facilidade.

Porém, para fazer mais em benefício da população, o que vale mesmo é a capacidade de liderar e administrar com efícácia. E isto o Serra já demonstrou e vem apresentando claramente nos debates e nas entrevistas. Se prestarmos atenção, deixando as paixões de lado, chegaremos a essa conclusão.

Sem dúvida, o governo Lula recuperou o poder de compra mais do que os governos anteriores. Mas é preciso entender, de forma ampla, com visão sistêmica e holística, como se deu isso. O Lula deu continuidade aos fundamentos do Plano Real e consegue, hoje, colher os frutos. Todos se recordam que o 1º mandato do Lula não conseguiu os avanços que agora acontecem. Por que? Porque a economia continuava se solidificando.

Isto é semelhante à história do bambu chinês. Quando alguém planta um bambu chinês, nos primeiros anos, a impressão que dá é que nada acontece - parece que a planta morreu. É justamente nesta fase, que o bambu cresce para baixo, suas raízes vão se estendendo sob o terreno. Quando atinge o 5º ano de vida, o bambu sobe e alcança uma altura de até 26 metros. Aquilo que, no início, parecia haver morrido, somente após 5 anos de plantado, mostra o resultado numa velocidade que impressiona.

Semelhantemente é a economia. O Itamar criou o Plano Real. FHC deu continuidade e aprimorou, tanto que foi reeleito no 1º turno com aprovação popular. Lula assumiu em 2003 e fez diferente daquilo que pregava - dizia que era contra o Plano Real e iria criar um novo plano econômico. Para a sorte de Lula e do país, ele manteve o Plano Real, e hoje colhe os frutos, que são repassados em salários e investimentos diversos.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante
Pós-Graduado em Administração
www.twitter.com/edinaldomarques

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por que voto em José Serra?


A maioria do povo brasileiro é coadjuvante e não protagonista. Não sabe como liderar a si. Também não desenvolve o PENSAMENTO SISTÊMICO nem o HOLÍSTICO para entender melhor o mundo e as coisas em geral, inclusive a política.

Fico impressionado como tem gente alienada, sem visão clara, pessoas que até terminaram o curso superior e, mesmo assim, não têm os PARADIGMAS que lhes permitam escolher melhores caminhos.

Sem dúvida, o candidato José Serra vem demonstrando nos debates e entrevistas, que é mais preparado do que a Dilma, possui mais experiência e enfatiza a necessidade de seguir valores que sejam próximos aos princípios.

As pessoas, às vezes, não sabem sequer o que isso significa. Muitos votam na candidata Dilma pela militância, interesse pessoal, questões de foro íntimo. Tudo isso deve ser respeitado, mas em termos de alcançar as necessidades do povo e considerando a importância da alternância do poder, principalmente quando há sinais de elevados níveis de corrupção, estou convicto de que Serra é o melhor para o Brasil.


Edinaldo Marques

Engº Civil, Professor e Consultor

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O perfil ideal de um presidente


Os ânimos andam muito acirrados nessa reta final da campanha, que vai escolher o(a) futuro(a) presidente(a) do Brasil. O que tem de declaração em redes sociais e na mídia, que nada contribui para o país, é inacreditável. São muitas fofocas, comentários “apaixonados”, ideologias, interesses pessoais, empresariais e políticos. Excetuando-se alguns extremos cometidos por cabos eleitoriais, o restante faz parte da democracia e do jogo para chegar ao poder. Mas, em que isso contribui para o povo brasileiro?

O que de fato pode melhorar a vida de uma população e garantir as respostas tão solicitadas serão as políticas e ações a partir de janeiro de 2011. Para isto, é necessário que haja alinhamento no processo de gestão do próximo governo, foco e execução das políticas mais importantes.

Principalmente, em funções consideradas estratégicas, deverá existir comprometimento com a causa pública e com a linha de pensamento do governo. Caberá ao futuro(a) presidente(a) eleito(a) a missão de conduzir o país nesse século XXI, em plena era do conhecimento, da inovação e na busca da sustentabilidade.

Algumas características individuais deveriam fazer parte do perfil de um presidente: integridade, coragem, visão clara do mundo atual, autocontrole, capacidade de comunicação, foco, utilização do poder de maneira responsável e justa, mudança, perseverança, energia (no sentido de motivação), grandeza e impulsão por valores elevados – ética, solidariedade, liberdade, saúde, responsabilidade, profissionalismo, liderança...

O que vai garantir a credibilidade do comandante eleito na condução do país junto aos assessores internos e toda a população, é a sua confiabilidade, uma associação do caráter com a competência. Isto sim, leva a um alto nível de confiança ou credibilidade, fator fundamental para quem chefia uma nação.

Se todos esses requisitos forem uma realidade, podemos garantir, que além de comandar o País, o futuro presidente também exercerá uma liderança verdadeira, aquela que interessa ao Brasil e ao mundo.

O próximo presidente também vai precisar de apoio político no congresso nacional. É aí que deverá entrar mais uma característica: estrategista.

EDINALDO MARQUES
Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

Para reflexão

NESSA CAMPANHA POLÍTICA SÃO MILHARES DE FOFOCAS E COMENTÁRIOS. É BOM LER ALGUNS E REFLETIR. AFINAL, NOSSA RESPONSABILIDADE NESSE PROCESSO É GRANDE. ABAIXO, REPRODUZO COMENTÁRIO DE ARNALDO JABOR. VALE A PENA SER LIDO.
SE PREFERIR UTILIZE O LINK:
Comentário Arnaldo Jabor, 18/10/2010:
Amigos ouvintes, uma coisa que não entendo é porque os candidatos a presidência tem tanto pavor de falarem PRIVATIZAÇÕES. Ou atacam ou defendem com timidez. No entanto amigos, as privatizações que foram feitas no Brasil não são os que chamam de VENDA de patrimônio do patrimônio do povo não. Ao contrário, foi a defesa do patrimônio do país, medido por sua eficiência, renda para o tesouro em detrimento do empreguismo e corrupção. É impressionante que muita gente acha que venderam o país. Eu não vou argumentar a favor das privatizações com palavras não, mas com números, com estatísticas encontráveis nos dados do governo. Vejamos, por exemplo, a telefonia: O amigo ouvinte tem celular? Se for contra a Privatização jogue fora tudo pela janela e compre de novo um velho aparelho preto, que não dava linha, Lembram? Foi há pouco tempo, O Brasil abriu espaço para telefonia móvel e fixa, e só para começar teve um lucro de 21 bilhão de DÓLARES, que foram para o patrimônio do Povo, .... Vendemos apenas o direito de se fazer telefonia fixa e móvel no país, Isso foi um lucro imenso. Em 1990 tinham no Brasil 10 milhões fixas, Hoje temos 70 milhões. Em 1990 tínhamos uns celularezinhos, 660 mil, hoje temos 190 milhões de celulares, um aumento de 2500%. Vejamos EMBRAER, em 1997 quando foi Privatizada, A Embraer vendia 4 aviões por ano, e em 2010 vendeu 227 já, Em 2007 tinha 6000 funcionários, hoje tem 17000, sabe quanto faturavam em 97? 764 milhões de reais. Hoje fatura 5 Bilhões, o aumento foi de 550%. Agora a mais cobiçada pelos cabides de emprego publico, A vale do Rio doce, hoje chamada Vale. Em 1997 o valor da Vale era de 8 bilhões de reais, Hoje com atividade em 35 países, ela vale 272 bilhões de reais, O lucro da Vale era de 750 milhões de reais hoje é de 10 bilhões de reais. Empregava 11.000 pessoas em 97; muitos cabidinhos de emprego é Claro, e hoje emprega 40.000. O número final, produzia em 97, 110 milhões de toneladas de ferro, hoje produz 300 milhões. É isso, um pouco de pessoas mal informadas ainda acham que o estado é o nosso patrimônio popular, Não é! É patrimônio de grupos que o dominam e usam e corrompem. Por isso o orçamento do governo, só tem cerca de 1% para investimentos em obras publicas, ou financiamento de empresas, porque gastam 90% do dinheiro arrecadado para pagar, funcionários, aparelhos do estado falidos, empresas públicas fracassadas, financiamento de uma máquina gigantesca, que só se consegue manter porque vive com o dinheiro da sociedade. Nós emprestamos a juros de 10% ao ano. Quem rouba o patrimônio do povo é um estado gigantesco e falido.

domingo, 17 de outubro de 2010

A lição do resgate dos mineiros no Chile


O sucesso do resgate de 33 mineiros no Chile, que ficaram presos na mina San José durante 69 dias – quando o último foi retirado, emocionou o mundo e deixou várias lições. A principal é a importância do trabalho de um líder, a fim de que o objetivo possa ser alcançado.
Há uma teoria de liderança situacional, que demonstra ser o líder ideal uma função do indivíduo, do grupo e da situação. No caso do líder Luis Urzúa (54 anos), que foi o último mineiro a ser resgatado, suas revelações para superar todos os obstáculos merecem reflexão: calma – autocontrole (uso da inteligência emocional), persistência, fé em Deus, meditação, trabalho em equipe... A decisão de Urzúa de ser o último a deixar a mina foi uma demonstração de grandeza e é digna de um líder.
Há os que apenas comandam equipes, pessoas ou nações. Mas, há ainda, os que comandam e lideram baseados em princípios. Isto faz uma enorme diferença.
Como o Brasil poderia ser um país muito melhor se seus dirigentes agissem como líderes verdadeiros! Recursos para melhoria em todos os sentidos – educação, saúde, segurança, transportes..., não faltam. Basta ver os números do impostômetro instalado na Federação do Comércio em São Paulo. Faltam apenas 12 dias para atingirmos a impressionante cifra de 1 trilhão de reais. Estamos em outubro de 2010 e daqui a 12 dias essa montanha de dinheiro fará parte da arrecadação tributária deste ano. Imaginem se esses recursos fossem aplicados com eficácia e com menos corrupção!
Temos recursos para resolver todos os problemas. Só nos faltam verdadeiros líderes, pessoas com clareza de visão, missão, valores elevados e grandeza.

Edinaldo Marques
Professor e Consultor
Especialista na formação de líderes
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Por que votar em Serra

REPRODUZO ABAIXO, TEXTO DO DR. EDUARDO LYRA JUNIOR, EXPLICANDO SUA OPÇÃO POR JOSÉ SERRA:
Não voto em partido que tem desapreço às liberdades que conquistamos a duras penas: liberdade de manifestação de pensamento, liberdade de imprensa, liberdade religiosa etc.;

Não voto em partido que tem, dentre os seus líderes, pessoa a quem o STF se refere como chefe de quadrilha;

Não voto em partido que se acha ungido pela graça divina, pelo espírito santo, pelas forças históricas das massas ou qualquer coisa que o valha, execrando todos aqueles que não concordam com suas diretrizes programáticas;

Não voto em partido que "esquece" a continuidade das conquistas históricas de cidadania e defesa dos direitos fundamentais, reafirmados ao longo dos últimos vinte (20) anos por todos os presidentes eleitos após o fim da ditadura, pretendendo dividir a história do Brasil em A.L. (antes de Lula) e D.L. (depois de Lula);

Não voto em partido que pretende incluir o racialismo entre as políticas públicas, dividindo o País em negros e brancos, pobres e ricos (a diversidade cultural, étnica, econômica e religiosa do nosso Brasil é infinitamente superior a tais dicotomias).

Não voto em partido que se alia a agremiação partidária à qual o atual assessor da campanha da candidata se referia, num passado bastante próximo, como "ajuntamento de assaltantes", e ao candidato a vice-presidente da mesma candidata, como "chefe do ajuntamento de assaltantes";

Não voto em partido que não respeita a divergência política como um corolário do princípio democrático, fundante de nossa Constituição Federal;

Não voto em partido cuja candidata é incapaz de sustentar suas afirmações com convicção, estando mais preocupada em jogar para a platéia, na busca incessante de angariar eleitores a qualquer custo;

Não voto em partido que joga o jogo político da forma mais sórdida possível, destruindo a biografia dos opositores, utilizando-se da máquina administrativa para investigar seus parentes e amigos, tudo com a finalidade de construir dossiês e congêneres;

Não voto em partido que não respeita as decisões judiciais, nomeadamente eleitorais, esperando, quem sabe, uma eventual crise institucional no País;

Não voto em partido que no cenário internacional privilegia ditadores, caudilhos e líderes populistas (Irã, China, Cuba, Venezuela, Bolívia etc.), desprezando nações que têm tradição democrática e de defesa irrestrita da liberdade, potencial econômico e condições de trazer muito mais divisas para os cofres de nossa nação;

Enfim, não voto no PT de jeito nenhum.

Embora a política do Presidente Lula tenha tido os seus acertos ao longo de seus dois (02) mandatos, os fatos acima observados, devidamente considerados, obrigam-nos a uma mudança de rumo. Chega, portanto, de dominação carismática, messiânica. A liderança do Presidente deve ser construída em bases racionais, pautada pela absoluta legalidade, com respeito irrestrito aos princípios fundamentais de nossa Carta Política.

O Presidente deve ser, antes de tudo REPUBLICANO.

Por tais razões, voto em SERRA.

Eduardo Lyra Junior

Momento de reflexão


Quinta-feira, 7 de outubro de 2010, vejam o que revela Hélio Bicudo, jurista, um petista histórico e fundador do PT:


"O presidente Lula governa em benefício do seu poder, não do país".


Esse é um momento de MUITA ATENÇÃO e REFLEXÃO para todos os brasileiros. Vamos escolher quem vai governar o Brasil pelos próximos 4 anos. Precisamos estar atentos aos debates para chegar a uma conclusão acertada.


Sabemos que PAIXÕES, IDEOLOGIAS, INTERESSES PESSOAIS e PERCEPÇÕES são componentes de uma ESCOLHA. Mas, é preciso refletir, usar a nossa consciência, pensar no futuro dos filhos, netos e do País.


Um governo que diz ter COMPROMISSO com os pobres, NÃO PERMITE tanta CORRUPÇÃO e tantos "ALOPRADOS" ocupando funções estratégicas. Nunca a BANALIZAÇÃO da CORRUPÇÃO esteve tão alta como agora no Brasil. Isto subtrae BILHÕES DE REAIS todos os anos. Até agora, somente no ano de 2010, o IMPOSTÔMETRO acusa quase 1 TRILHÃO DE REAIS ARRECADADOS (e ainda estamos em outubro). Desse total, a CORRUPÇÃO leva cerca de 40%. É uma grana MUITO ALTA...


Por isso, faltam EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, INFRAESTRUTURA...


Que Deus possa iluminar nossas mentes, para que escolhamos realmente o(a) melhor.


Edinaldo Marques

Engº Civil, Professor e Consultor

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"O mal a evitar" - Editorial do Jornal O Estado de São Paulo

Reproduzo neste blog o Editorial do Jornal O Estado de São Paulo. A leitura abaixo merece profunda REFLEXÃO, pois está em jogo nessa eleição O FUTURO DO BRASIL:
"A acusação do presidente da República de que a Imprensa “se comporta como um partido político” é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre “se comportar como um partido político” e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país. Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País. Efetivamente, não bastasse o embuste do “nunca antes”, agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção. Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa – iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique – de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto. Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia – a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o “cara”. Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: “Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?” "ESTE É O MAL A EVITAR".

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Como alcançar sustentabilidade


A sustentabilidade é uma meta que deve ser perseguida por todo e qualquer governo. Não é apenas uma obrigação do setor público. As empresas privadas e toda a sociedade precisam assumir esse compromisso e contribuir com esse caminho.

Thomas Kuhn, físico que popularizou a palavra paradigma, dizia: “todo progresso significativo é um rompimento com velhas maneiras de pensar”.

Há uma diferença entre crescimento e desenvolvimento: o crescimento é apenas um incremento quantitativo. Já o desenvolvimento é qualitativo.

O Brasil cresce. Mas, além disso, precisa se desenvolver de forma sustentada. Para isto, precisamos começar a promover uma inovação humana em todos os níveis, inclusive dentro das famílias. Conhecemos pessoas de diferentes graus de instrução, mas que se comportam sem a consciência ecológica, que garantirá o futuro da vida no planeta.

Para mudar a realidade atual precisamos mudar o pensamento ou ponto de vista. Somente assim, mudaremos comportamentos e hábitos, que irão contribuir para alcançarmos mais rapidamente a sustentabilidade.

Algumas questões são dificultadoras e merecem muita atenção. Vivemos num mundo dividido entre pobres e ricos. Ninguém conseguirá sozinho vencer os enormes desafios da atualidade. Precisamos melhorar a qualidade da educação básica, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a AIDS e outras doenças, melhorar a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente...

Esse é um longo processo a ser percorrido. Ficaria mais fácil com a presença de líderes verdadeiros, que conduzissem mais rapidamente a um Brasil sustentável. Isso exigirá entendermos a interação entre a atividade econômica, ambiental e o bem estar social.

É necessário que a iniciativa privada se comprometa com um capitalismo mais solidário, gestões que promovam responsabilidade interna – com os colaboradores, e externa – com a sociedade em geral.

“O futuro dependerá do que agora fizermos. E, certamente, há muito por se fazer...”

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Segundo turno


Se deixarmos de lado interesses pessoais e ideológicos, o segundo turno das eleições presidenciais foi a melhor coisa que poderia acontecer para o Brasil. Será uma oportunidade de confrontar ideias dos dois candidatos mais votados no primeiro turno – Dilma Rousseff e José Serra. Esse é o momento para o eleitor que deseja escolher, quem realmente está mais preparado, possui compromissos claros, tem melhores propostas e consegue dizer como implementá-las.

Já a partir do primeiro debate no segundo turno, marcado para domingo (10 de outubro), às 22 horas na TV Bandeirantes, vamos poder identificar princípios, compromissos assumidos, políticas públicas e como será o processo de gestão, para que as políticas sejam executadas.

Não basta apenas dizer que vai fazer isso ou aquilo. É preciso deixar claro como e quando pretende fazer. Das reformas tão necessárias ao país – política, fiscal, tributária, previdenciária, trabalhista, agrária..., quais cada candidato julga prioritárias e que estratégia política pretende usar para tê-las aprovadas no Congresso Nacional? Sem isso, não conseguiremos evoluir na velocidade que o país e sua população necessitam.

Sem interferência da “maquiagem” e dos efeitos pirotécnicos do guia eleitoral, os debates são esclarecedores e permitem que os candidatos se apresentem mais próximos daquilo, que realmente eles são. As questões poderão ser mais detalhadas, pois haverá mais tempo.

Lógico que o passado e o portfólio de cada um são importantes. Mas, precisamos olhar para frente e discutir, que Brasil queremos a partir de agora? Essa coisa que alguns falam de direita ou esquerda é uma bobagem. Hoje, na política brasileira, há uma mistura de ideologias. O principal mesmo é a capacidade de liderança e de execução de cada um. Isto sim, irá garantir que as políticas mais importantes saiam do papel, do campo das ideias e sejam colocadas em prática. Como consequência, a população terá as respostas que precisa.

Um tema, que também deverá ser alvo de discussão nos debates, é a corrupção. Até o momento, somente nos dois governos do presidente Lula, 9 ministros já caíram por causa da corrupção. Recursos públicos oriundos da alta carga tributária brasileira e que poderiam ir para investimentos na educação, saúde, segurança pública, assistência social, infraestrutura..., tomaram destinos particulares.

Outros temas relevantes são o combate às drogas – políticas e ações de prevenção, política educacional, segurança pública, saúde, preenchimento de cargos estratégicos e de confiança no governo federal.

Uma discussão que não pode ficar fora nesse segundo turno é qual o projeto que cada um propõe para garantir um Brasil Sustentável?

Como o(a) futuro(a) presidente(a) pretende gerenciar a malha pavimentada federal, responsável pelo sustentáculo da economia e pelo elevado Custo-Brasil? Que política de transportes, de mobilidade urbana, será implementada caso seja eleito(a)?

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleição


Neste domingo (03 de outubro) os brasileiros irão às urnas para escolher seis candidatos: presidente, governador, dois senadores, deputado federal e deputado estadual. É o exercício da democracia e do maior poder de que dispomos – o da escolha.

Os que forem eleitos, principalmente para os cargos executivos, terão a missão de colocar em prática propostas assumidas durante o processo eleitoral.

Quatro anos de governo será tempo suficiente para realizar muitas ações, até mais do que o prometido. Mas, para isto, é preciso ter estratégia, planejamento e execução eficaz. Este último passo é o mais difícil, pois depende de um maior número de pessoas envolvidas.

Para aqueles que desejarem obter os melhores resultados políticos nas próximas eleições, fica a observação feita pelo consultor Deepak Chopra: foquem, prioritariamente, nas necessidades e nas respostas que as pessoas dão, quando suas necessidades são atendidas. Com isto, ficarão mais próximos de novas vitórias e do poder.

Decisão política associada a um processo de gestão pública baseada em empowerment produzirá resultados econômicos, sociais e políticos que ficarão no portfólio do governante e na memória dos eleitores.

Edinaldo Marques
Professor e Consultor
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