quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tripé do sucesso


Há três fatores que precisam ser levados em consideração quando se decide alcançar sucesso numa gestão: tecnologia, pessoas e processos. Se, pelo menos, um destes requisitos for deficiente, o tempo gasto para se atingir um resultado será maior. Vai se conseguir fazer algo, mas muito mais que poderia ser executado deixará de ser feito.

A tecnologia é essencial para que os dados e as informações necessárias estejam disponíveis e possam ser utilizadas a qualquer tempo. As empresas ou órgãos públicos, que não dispõem da ferramenta tecnologia da informação, deixam de cumprir metas maiores e demoram mais tempo para executar metas menores. No mundo do conhecimento e da informação não dispor de sistemas informatizados e atualizados pode ser fatal para o futuro da organização. Com tecnologia pode-se trabalhar em qualquer lugar, a qualquer hora e aumentar consideravelmente a produtividade individual e coletiva.

As pessoas precisam ser suficientemente eficientes no desempenho de suas funções. Fazer certo as coisas deveria ser um dever de todo e qualquer profissional. Mas o diferencial competitivo nos dias atuais é a eficácia pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional que não poderiam deixar de ser praticadas. Isto faz uma enorme diferença. Nisto reside o grande problema dos órgãos públicos no Brasil. Alguns conseguem até ter profissionais eficientes, mas falta a eficácia necessária, para que os maiores e melhores resultados possam ser conquistados. Metas e objetivos não são cumpridos em função das pessoas desconhecerem ou não usarem práticas eficazes.

Por último, os processos precisam ter um fluxo que seja do domínio do ativo humano. O método de gestão deve ser participativo, ágil e que incentive a utilização da criatividade humana.

A história dos sapos fervidos retrata bem o que se acaba de dizer acima: “Estudos biológicos mostraram que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, mesmo que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças de ambiente) e morre quando a água ferve. Inchado e feliz.

Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente com a água já fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Às vezes, somos sapos fervidos. Não percebemos as mudanças. Achamos que está tudo muito bom, ou que aquilo que está mal vai passar, é só questão de tempo. Estamos prestes a morrer, mas ficamos boiando, estáveis e apáticos, na água que se aquece a cada minuto. Acabamos morrendo, inchadinhos e felizes, sem perceber as mudanças à nossa volta.

Sapos fervidos não notam que, além de ser eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E para que isso aconteça, há a necessidade de um contínuo crescimento, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para dividir e planejar, para uma relação adulta.

O desafio ainda maior está na humildade em atuar respeitando o pensamento do próximo. Há sapos fervidos que ainda acreditam que o fundamental é a obediência, e não a competência: “manda quem pode, e obedece quem tem juízo”. E nisso tudo, onde está a vida de verdade? É melhor sair meio chamuscado de uma situação, mas vivos e prontos para agir.”

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor, Mestre em Administração e Consultor

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Falta de tempo?


Um dos males da vida moderna mais reclamado pelas pessoas é a falta de tempo. Alguns eventos que ocupam mais tempo diário são: trabalho, estudo, lar, relações interpessoais – participação em redes sociais, projetos pessoais, administração de bens tangíveis... Mas será que existe realmente falta de tempo, ou o que há é falta de planejamento, preparação, criatividade e disciplina?

Por mais ocupada que uma pessoa ou profissional possa estar não lhe faltará tempo, desde que conheça e aplique um método, que permita sair da zona ocupada para a produtiva. Muitos não conseguem deixar de estar ocupados, porque mantém pontos de vista da era industrial e possuem uma mentalidade, que trabalha contra si mesmos. Alguns paradigmas que deram certo no passado – era industrial, não dão certo no presente – era da velocidade do conhecimento, inovação e tecnologia. Hoje, apesar de se ter mais coisas a fazer, é possível, usando um processo baseado na eficácia, fazer tudo aquilo que for realmente importante.

Existem questões que podem ser delegadas e outras, que somente cada um deve pessoalmente fazer. É necessário escolher uma ferramenta, aquela que convém a cada um, no sentido de facilitar a execução das tarefas diárias e cumprimento de todos os papeis (empresarial, político, profissional, pai ou mãe, relacionamento com amigos...). Pode ser uma agenda de papel ou um meio eletrônico.

As pessoas que não conseguem liderar a própria vida, certamente, não fizeram seu autoconhecimento e não sabem fazer as escolhas certas e mais importantes na vida. Deste modo, não conseguem priorizar o uso do tempo. Ficam a mercê das circunstâncias. Colocam coisas sem importância na frente daquelas que mereceriam ser mais focadas.

O processo de gestão do tempo consiste em identificar sonhos, transformar em metas e colocá-las no papel, a fim de criar o propósito mental, isto é, a vontade de persistir até alcançá-las. Isto deve ser feito a cada ano. Além disso, estabeleça metas semanais e, a cada dia, tire 5 minutos antes de começar a trabalhar, para identificar aquilo que não pode deixar de ser feito.

Albert Einstein, físico e humanista alemão, dizia: "Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de método”. Portanto, se alguém ainda não conhece o método mais completo para administrar o tempo, esse é o passo decisivo na solução do problema. Só depende de preparação e força de vontade para começar a administrar não o tempo, e sim, a própria cabeça.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante
Pós-Graduado em Administração
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Consciência política


Para melhorar as condições de vida de uma sociedade não existe outro caminho mais rápido que o político. Afinal, são as políticas públicas, que quando corretamente implantadas, garantem o atendimento às necessidades da população. Quando há decisão política com responsabilidade e real compromisso para se atingir esse ou aquele objetivo tudo fica muito mais fácil. E, se conseguir alinhar a visão política com a técnica, certamente, os resultados econômicos, sociais e ambientais serão alcançados com maior eficácia.

Por isso é que se deve participar das questões políticas. O processo eleitoral do próximo ano será, mais uma vez, importante para garantir a sustentabilidade da vida nas cidades.

Há aqueles, que contrariados com alguns fatos ocorridos, como por exemplo a escandalosa corrupção, dizem não querer mais saber de política ou votar em algum candidato. Mas, será que esta é a solução? Quer se vote ou não, alguém vencerá o pleito e vai governar. Também tem os vereadores, que serão eleitos e deverão fiscalizar o executivo, além de fazer as leis necessárias para garantir o equilíbrio.

São muitos os desafios que qualquer cidade tem pela frente. É preciso fixar um planejamento estratégico exequível, definir políticas públicas prioritárias que possam ser colocadas em prática. O detalhamento e acompanhamento das metas alcançadas é fundamental para o sucesso da administração.

No serviço público tudo ocorre dentro de um processo e este passa por várias etapas. Aparecem interesses conflitantes e é preciso ter muita persistência, capacidade de liderança, além de capacidade administrativa, para que realmente as ideias saiam do papel e sejam implantadas.

Há vícios que devem ser combatidos na esfera pública. É preciso identificá-los e, se não for possível eliminar todos, pelo menos os principais deverão ser combatidos.

A eleição municipal de 2012 terá uma importância fundamental, pois a vida ocorre nas cidades. Portanto, o prefeito que for escolhido precisará demonstrar visão empreendedora, no sentido de entender a importância da infraestrutura e do apoio a inovações, que promovam aumento de empregos e rendas. Algumas outras habilidades serão também importantes para credenciar alguém para o cargo de prefeito.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió – Parte IV


Pelo menos três viadutos deveriam ser imediatamente priorizados, projetados e posteriormente implantados, para amenizar os conflitos no trânsito de Maceió, garantir um melhor fluxo de veículos sobre a avenida Fernandes Lima – Durval de Góes Monteiro, principal via de acesso. Mas, é preciso ficar claro, que a solução para o caos hoje existente não será atingida apenas com execução de obras físicas – tipo viadutos. Também, se faz necessário, preparar e conscientizar usuários – motoristas, motoqueiros, ciclistas, pedestres e deficientes físicos, para que mudem hábitos.

Um viaduto seria na Polícia Rodoviária Federal para eliminar os engarrafamentos decorrentes do conflito no local, que se forma em decorrência da circulação de tráfego em várias direções. Um segundo na saída da avenida Rotary para a Fernandes Lima, local que vai exigir desapropriação de algumas áreas. Já o terceiro na Cambona – intersecção da rua General Hermes com a avenida Leste-Oeste.

Enquanto não existe um transporte de massa – tipo metrô de superfície, ligando a parte baixa da cidade à alta (até o aeroporto), os usuários não se sentirão motivados em suas mobilidades diárias a substituir o carro por outro tipo de transporte.

Uma alternativa neste momento seria a parceria das pessoas que se deslocam para os mesmos locais de trabalho (ou próximos), a fim de que houvesse um revezamento de carros. Isto é possível com estratégias adequadas de conscientização. Porém, não se conseguirá resultados rápidos, em virtude do fator cultural.

Num planejamento de médio e longo prazos outros viadutos, além dos três já citados, precisariam ser implantados para criar as condições estruturantes necessárias à melhoria contínua do trânsito em Maceió.

O projeto de urbanização do Eixo do Vale do Reginaldo, obra atualmente paralisada e que estava sendo executada numa parceria do Governo do Estado com a Prefeitura de Maceió, precisa voltar ao projeto original concebido em 1990, que previa a construção de vias pavimentadas e, paralelamente, implantação de um transporte de massa sobre trilhos, uma espécie de metrô de superfície. Isto permitiria que as pessoas se deslocassem da parte baixa para a parte alta da cidade, de forma rápida, segura, confortável e econômica, o que criaria condições para mudança de hábitos – optar pelo transporte coletivo.

Esse metrô de superfície poderia ser implantado até o aeroporto, como o projeto original previa, ou ser complementado com transporte rodoviário, num processo de integração de diferentes modais – trem e ônibus. Haveria uma estação de transbordo no Tabuleiro, para promover a interligação dos dois modais de transporte.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Segurança no trânsito


Alguns cruzamentos e entroncamentos das cidades e estradas são historicamente perigosos, em virtude da ocorrência de colisões frequentes, algumas com registros de mortes. Então, por que não identificá-los e promover alterações na superfície dos pavimentos, no sentido de melhorar as condições de frenagem nesses locais? Assim, criar-se-iam situações mais adequadas para evitar batidas laterais e perdas de vidas humanas.

Sobretudo alguns cruzamentos com elevado fluxo de veículos e repetição de acidentes poderiam receber mudanças, servir de protótipo e avaliação, com a instalação de sistemas de alerta aos motoristas e elevação do atrito pneu-pavimento. Quantas pessoas já perderam a vida em cruzamentos? Mesmo quando há acidentes sem mortes, há custos decorrentes da recuperação dos envolvidos e que são assumidos pelo poder público. Mais um motivo de se pensar em implantar essas alterações.

Esse tipo de solução é aplicada em alguns países como o Canadá, Estados Unidos e na Europa. O valor do investimento é mínimo e a vantagem enorme, pois envolve uma alternativa capaz de evitar mortes de pessoas ou sequelas para o resto da vida.

O primeiro passo seria identificar os cruzamentos e entroncamentos, que precisariam receber esse tipo de intervenção. Depois da aplicação das soluções, monitorar as ocorrências de acidentes para avaliar a efetividade dos resultados.

Como tudo começa pela visão e passa por decisão política, espera-se que algum representante da sociedade tenha interesse em iniciar um processo de discussão sobre o tema.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Buraqueira


Os buracos aumentam de modo exponencial nas ruas das cidades brasileiras. Ainda há aqueles que afirmam ser as chuvas a causa de tanta buraqueira. Isto não é verdade! Aliás, a chuva é, tão somente, um fenômeno da natureza. As crateras somente aparecem, durante ou após o período invernoso, em consequência da repetição das cargas provenientes dos veículos e, principalmente, devido a falhas na execução dos pavimentos urbanos. Outro fator que também contribui é a falta de uma conservação eficaz do pavimento, que deveria ser feita preventivamente, antes do período de chuvas, portanto, durante o verão.

Como não são realizados os serviços de conservação na época correta, quando as chuvas chegam, os pavimentos que deveriam estar preparados, se apresentam com fissuras, trincas e outras patologias, o que provoca o agravamento do problema. Buracos se formam, e com eles, os custos de conservação passam a ser bem maiores, ou seja, o volume de dinheiro a ser gasto pelo poder público para restaurar as condições de conforto, segurança e economia dos pavimentos, são mais elevados.

Esta é uma falha de gestão, mais especificamente de prioridade. Se é mais econômico executar conservação preventiva – preparar o pavimento para as chuvas, do que a corretiva – tapar buraco ou restaurar depois que o problema se agrava, por que não é feito?

Situação semelhante ocorre com as pessoas. Se alguém tem um problema de saúde e não dá atenção necessária, não procura logo um médico para a cura, deixa o problema se agravar, depois de algum tempo a solução tende a ficar mais difícil e onerosa, além de correr o risco de já ser tarde demais.

Somente com mudança de mentalidade será possível reduzir os prejuízos, tanto do poder público como dos usuários das vias pavimentadas.

Uma saída técnica e economicamente correta seria a implantação de um sistema de gerenciamento de vias urbanas, que prevê onde, quando e como aplicar, preventivamente, os recursos que garantirão pavimentações mais duráveis e de menor custo. Além de ser, politicamente positivo, para quem governa.

O que não pode é afirmar que “a culpa do aparecimento de buracos é da chuva”. Esta afirmativa, tecnicamente, não é verdadeira.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió – Parte III


Este é um tema que merece permanecer na agenda, ser sistematicamente discutido e focado, tanto pelo poder público como pela sociedade. Afinal, eleva os níveis de estresse, rouba um precioso um tempo das pessoas, afeta o meio-ambiente, causa mortes e, acumulativamente, pode provocar problemas de saúde.

O crescimento populacional e de veículos circulantes não vai parar principalmente nas capitais ou grandes cidades. O que precisa é a criação por parte do poder público municipal de alternativas de qualidade para a mobilidade urbana, que sejam seguras, econômicas e confortáveis, a fim de possibilitar às pessoas uma mudança de hábito – substituir o transporte individual por outro de massa, ou utilizar uma forma individual de transporte que ocupe menos espaço das vias, seja ambientalmente mais sustentável, como por exemplo, as bicicletas.

Medidas fiscalizadoras e eficientes deixam de ser realizadas em Maceió e que contribuiriam para criar uma cultura propícia, aumentando a segurança dos usuários das vias públicas. É comum, principalmente nos finais de semana, aumentarem os índices de acidentes – com ou sem vítimas fatais, devido ao não cumprimento daquilo que determina o Código de Trânsito. Jovens e adultos se deslocam para bares e restaurantes e ingerem bebida alcoólica. Na volta para casa infringem as normas, pois retornam guiando seus veículos.

Por que o poder público não assume a sua responsabilidade e programa fiscalizações constantes a serem feitas, quando da saída dos bares dessas pessoas? Aí, exerceria o seu papel, cumpriria aquilo que determina a lei e ajudaria na formação do hábito de revezamento de veículos. As pessoas passariam a se juntar, a fim de ir ao bar ou restaurante. A intenção da lei do Código de Trânsito é esta. Mas, aqui em Maceió, isto não é feito. Por que razão? Em algumas cidades como São Paulo, as fiscalizações funcionam com maior frequência. Esse é um problema de falha de gestão.

Somente um conjunto de ações, devidamente planejadas e colocadas em prática, de modo contínuo e organizado, poderão modificar o caos hoje verificado e promover um futuro mais seguro, com menos mortes no trânsito, menos perda de tempo e melhor convivência urbana.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tudo é gestão?


Uma amiga do facebook me indagou em um de seus comentários o seguinte: tudo depende de gestão? A resposta é positiva. Começa pela vida pessoal de cada um. Se você deseja transformar seus sonhos em realidade, comece a elaborar seu planejamento e tenha disciplina. Primeiro, transforme sonhos em metas, colocando no papel ou num computador aquilo que deseja alcançar. Mas não esqueça de definir data para início e fim de cada meta. Senão poderá ficar apenas no sonho ou na vontade. O motivo disso é uma pesquisa realizada em Harvard, uma das universidades mais conceituadas do mundo, que constatou a importância de fixar metas e tê-las por escrito, a fim de criar propósito mental e facilitar a concretização.

Imagine agora a sua família com um orçamento mensal a ser aplicado. Se não houver qualidade nos gastos, vai entrar no vermelho, passa a dever cartão de crédito e isto vira uma reação em cadeia difícil de chegar ao equilíbrio. Sempre que possível, poupe alguma coisa, por exemplo, no mínimo 10%. A gestão financeira familiar precisa ser bem executada.

Outra coisa importante: cuidado com seus paradigmas ou pontos de vista. São eles que determinam se seus resultados serão mais positivos ou menos. Então, tudo começa pela visão, que implica numa forma de comportamento e, por conseguinte, aquilo que você obtém.

Outro exemplo: para que se aprenda mais, para sair do conhecimento para a maturidade ou sabedoria, é preciso saber usar, simultaneamente, os dois lados da mente. Isto também é gestão, associada a inteligência emocional, atributo essencial dos grandes líderes.

Há pessoas que sequer administram elas próprias. Mas ocupam altos cargos - complexos e estratégicos, fazem "muito bem" a coisa errada. Essas pessoas não aprenderam ou não querem gerenciar com eficácia, fator decisivo nos dias de hoje.

Lembre-se que antes da gestão, vem a decisão política (a partir da visão e do caráter das pessoas). Os gestores que vocês conhecem nas organizações e empresas, na maioria dos casos, são pseudogestores, pois, em pleno século XXI, aplicam paradigmas do século XIX ou XX em suas decisões. Isto é comum em quase todos os órgãos públicos e algumas empresas privadas, inclusive dentro das universidades. Causa desmotivação crescente junto aos servidores, que passam a fazer apenas coisas rotineiras.

Muitas universidades e faculdades não formam profissionais para o século atual, porque a gestão acadêmica e administrativa é recheada de paradigmas ultrapassados. Com ausência de gestão moderna os resultados deixam de ser ainda melhores.

Seja na vida pessoal, família, bodega, padaria, time de futebol, condomínio, associação, sindicato, município, estado, país e no planeta terra de um modo geral, tudo depende de gestão. Posso garantir uma coisa: quem faz a diferença é a qualidade da gestão, que tem como base o caráter. Quando o gestor, primeiro lidera e depois gerencia, exemplos positivos são absorvidos pelos colaboradores, valores humanos próximos de princípios são postos em prática, formam-se culturas sadias e os resultados são alcançados em menor tempo e menos recursos.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
Pós-Graduado em Administração de Empresas

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eleições de 2012 - Parte I


Faltam 13 meses para as eleições municipais do próximo ano. Maceió, como a maioria das cidades brasileiras, apresenta inúmeras dificuldades a serem enfrentadas pela futura administração. Já chegamos a uma população próxima de um milhão e 200 mil habitantes. Se não forem discutidos, elaborados e executados os planejamentos devidos, quando o número de moradores ultrapassar 1,5 milhão viraremos uma metrópole e, a partir daí, a quantidade de problemas urbanos tenderá a ser ainda maior.

O crescimento desordenado da cidade, os altos índices de extrema pobreza e analfabetismo, a falta de urbanização em várias favelas, a ausência de oportunidades de empregos, o aumento do uso de drogas, a violência urbana crescente, dificuldades no atendimento médico e hospitalar, o atraso na educação são apenas algumas das realidades que desafiarão o futuro governante.

Existem pontos fundamentais a ser enfrentados. Primeiro, a gestão municipal precisará priorizar a educação, promover uma verdadeira revolução, se quiser criar as condições sustentáveis para modificar os atuais resultados. Com a realidade financeira do município e os programas do MEC é possível dar um salto de qualidade na educação em 4 anos, desde que a gestão seja profissional, competente e íntegra.

Segundo, elaborar projetos e trabalhar junto com a bancada federal de deputados e senadores, no sentido de conseguir os recursos para investir em obras, que criem condições favoráveis à mobilidade urbana de um modo geral. Os contínuos engarrafamentos na cidade e as dificuldades enfrentadas por motoristas, ciclistas, motociclistas, pedestres e deficientes físicos deverão merecer uma atenção especial por parte do poder público. Hoje, as pessoas perdem muito tempo em seus deslocamentos de casa para o trabalho e vice-versa.

Terceiro, em parceria com o governo do estado, fixar um planejamento e executar sistemas de monitoramento e postos de presença de policiais espalhados em toda a cidade para melhorar a segurança. Seria conveniente conhecer o sistema de segurança existente na cidade de Buenos Aires e aplicar algo parecido.

Quarto, profissionar os cargos estratégicos do governo municipal. Projetos e ações não saem do papel, recursos federais são devolvidos, em virtude da falta de foco na execução, ausência de proatividade e descompromisso com as reais necessidades da população.

Quinto, implantar um T & D permanente, para que sejam diagnosticadas as reais necessidades dos servidores e inseri-los em programas de treinamento, a fim de aumentar a motivação, comprometimento e desempenho na execução das diversas ações de governo.

Estas, são apenas algumas das futuras decisões administrativas do próximo prefeito de Maceió. Caberá a população entender, que tudo começa com decisão política. E o eleitor tem um grande poder, seu maior poder, que é o da escolha. Temos condições de ter uma qualidade de vida muito melhor do que a atual. A natureza nos é favorável. Só falta governo e sociedade fazerem a sua parte.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conhecimento e maturidade


Os profissionais concluem seus cursos de graduação, pós-graduação – especialização, mestrado, doutorado e passam a atuar no mercado de trabalho, criam seus próprios negócios, ou são contratados para desempenhar funções no mundo corporativo. Alguns escolhem permanecer dentro das universidades na prática do ensino e na elaboração de pesquisas.

Títulos de mestre e doutor dão conhecimentos específicos. Mas não preparam o professor - que é um educador, para ser um facilitador dentro da sala de aula e formar percepções corretas. Muitas vezes os paradigmas do professor estão totalmente ultrapassados e os alunos recebem "conhecimento" juntamente com ideias e percepções equivocadas. Falta a muitos educadores maturidade e sabedoria necessárias, para além do conhecimento específico, colaborar na formação do caráter e nas percepções dos alunos.

Os valores humanos, ou sejam, as práticas de muitos professores caminham na contra-mão dos princípios, que são leis naturais inquestionáveis. Integridade, senso de justiça, respeito, responsabilidade, paciência, encorajamento, são fatores pouco praticados e difundidos.

Formam-se cientistas, pesquisadores e bachareis sem a ética e as competências complementares indispensáveis para devolver a sociedade pessoas e profissionais mais proativos, automotivados, com propósitos claros e bem definidos, conscientes de sua missão.

As universidades, em sua ampla maioria, não preparam os profissionais que o século XXI - da complexidade, incertezas, turbulências, conflitos, tanto precisa. Formam bachareis, mestres, doutores e pós-doutores com os paradigmas do século XIX - era industrial. Essas pessoas passam a exercer posições de decisão e não têm a grandeza humana, que lhes permitam construir caminhos eficazes.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor há 30 anos e Consultor
Pós-Graduado com mestrado em Administração

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió - parte II


As notícias e comentários da população sobre o caos no trânsito de Maceió não saem da pauta. O problema dos engarrafamentos na cidade é complexo, exige visão sistêmica, planejamento de curto, médio e longo prazos. Além disso, é preciso decisão política, coragem para vencer os diversos obstáculos e sem “achismos”.

Maceió foi uma cidade que cresceu sem planejamento. Com algumas raras exceções as avenidas e ruas da cidade são estreitas, o que dificulta a criação de vias exclusivas para a circulação de ônibus. A desordem na ocupação do solo urbano de nossa capital desafia engenheiros, urbanistas e administradores.

É preciso elaborar um planejamento global a partir de agora – hierarquizar investimentos – e que seja executado por sucessivos governos municipais. Não adianta os governos fazerem obras isoladas a cada administração. Pode até, momentaneamente, parecer que resolveu o caos. Mas logo, os engarrafamentos voltam ou são transferidos para outros pontos da cidade.

Os investimentos a serem feitos atualmente são altos e, necessariamente, terá que haver desapropriações. Algumas obras do tipo edifícios-garagem precisam ser projetadas e construídas em locais estratégicos.

Uma coisa é certa: não dá para priorizar o uso do transporte individual em detrimento do coletivo. Para mudar o hábito da população e incentivar o uso do transporte coletivo é preciso aumentar a frota de ônibus, colocar veículos novos, garantir mais conforto, segurança e pavimentos conservados.

Para pequenas distâncias o uso da bicicleta é ótima alternativa. Estas soluções não saem da teoria para a prática da noite para o dia. O importante é começar a pensar a questão de forma estratégica, com responsabilidade e agilidade.

Uma coisa precisa ficar clara: se houver decisão política, os profissionais da área de transportes poderão elaborar o planejamento e executar as obras necessárias para reduzir os engarrafamentos.

A vida é interdependente e, em qualquer sociedade, quando as pessoas pensam apenas no próprio bem estar, não encontram o equilíbrio desejado.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques
http://www.administradores.com.br/

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió


São crescentes as dificuldades enfrentadas pelos usuários do trânsito em Maceió, o que impõe discussões entre poder público e a população. Não são apenas os motoristas, mas também, ciclistas, motociclistas, pedestres e portadores de deficiências físicas, que enfrentam vários problemas diários. As soluções exigem, antes de tudo, mudança de mentalidade, planejamento e ações contínuas. Passam pelos três ativos: 1º) físico – construção de novas vias e viadutos, implantação de faixas exclusivas para ônibus em determinadas avenidas, instalação de ciclovias, colocação de novas passarelas, execução de traffic calming para disciplinar o tráfego em áreas de grande fluxo, implantação de centros de análise e controle de acidentes para reduzir riscos, melhoria na qualidade do transporte coletivo etc; 2º) orçamentário-financeiro – busca de recursos federais para implantação de algumas obras de grande porte, entre elas, novos viadutos e vias; e 3º) humano – mudança de hábitos da população, educação para o trânsito, uso do teletrabalho, fiscalização eficiente por parte dos guardas de trânsito etc.

A consequência do caos ora instalado afeta a qualidade de vida da população. Qualquer intervenção, que vise melhorar a atual situação, necessita que seja levada em conta todos os usuários e não apenas os motoristas.

O crescimento da cidade de Maceió e a instalação de novos pontos comerciais, como shoppings e outros estabelecimentos, trouxeram uma maior movimentação de veículos e pessoas nas proximidades desses locais e nas vias em geral. Por outro lado, não foram adotadas as medidas complementares necessárias para atender à crescente demanda.

A principal via de escoamento de trânsito, av. Fernandes Lima, apresenta uma elevada concentração de casas comerciais, shoppings, supermercados, agências bancárias e hospitais, o que provoca um fluxo diário intenso dos componentes do sistema – veículos, motos, bicicletas e pessoas. Sem uma melhoria efetiva na quantidade e qualidade do transporte coletivo, jamais conseguiremos uma situação, que permita minimizar o atual caos. Paralelamente, vias alternativas, como por exemplo a do Vale do Reginaldo, precisariam ser concluídas até a Polícia Rodoviária Federal, como era o projeto original feito em 1990, com a introdução inclusive de transporte coletivo sobre trilhos, para criar uma opção de deslocamento confortável, segura e permitir o desvio de veículos que seguem da parte baixa da cidade até o Tabuleiro (Cidade Universitária, aeroporto etc).

A adoção de medidas eficazes para minimizar os conflitos no trânsito em geral exigirão decisão política, visão, coragem, planejamento – elaboração constante de projetos e foco na execução. Sem estes fatores sendo postos em prática, jamais chegaremos a uma situação desejável.

Um brainstorm com a população poderia ser promovido para coletar ideias e, posteriormente, aproveitar aquelas que passassem pelo embasamento técnico e econômico.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Consultor e Professor
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Feitores e Administradores


Há enorme diferença entre uma gestão pública, ou privada, comandada por feitores e outra dirigida por administradores. Os resultados nos dois casos são bem diferentes. Feitores sabem chefiar e mandar. Já os verdadeiros administradores utilizam paradigmas, competências, habilidades e ferramentas apropriadas para o momento atual, ou seja, a era do conhecimento e da inovação.

Os administradores sabem que o ponto de partida para obtenção de sucesso nos resultados é o planejamento. Disseminam hábitos e práticas que permitem chegar aos melhores objetivos, em menos tempo e com menores recursos. Tratam as pessoas – servidores e colaboradores, como pessoas completas, que dependem do corpo, mente, coração e espírito para oferecer, voluntariamente, seus maiores esforços e energia. Conseguem obter de seus subordinados um comprometimento sincero e pode chegar a um entusiasmo criativo.

Isto é o que faz a diferença. O conhecimento e a produtividade dos servidores são fatores decisivos na transformação de estratégias e políticas, em objetivos claros e com execução eficaz.

Um time de futebol, empresa, cidade, estado ou país, que queira ter um futuro melhor, sustentável, é dirigido por administradores que conheçam, passo a passo, o processo de mudar culturas destrutivas e de transformar em resultados concretos tudo o que for planejado.

Somos um país dos sem teto, sem terra, de 16 milhões de miseráveis, dos sem emprego, sem educação, sem saúde, sem água, sem segurança, sem transportes, sem vias seguras e confortáveis... Por que será?

Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, dizia: “Não existem países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, mas sim países que sabem administrar a tecnologia existente e seus recursos disponíveis e potenciais e países que ainda não o sabem”.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
Pós-Graduado em Administração
www.twitter.com/edinaldomarques

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Entrevista com Ronaldo Lessa


A corrida para a eleição municipal de 2012 em Maceió começou. Ontem, juntamente com mais 14 profissionais que têm blogs, participei de uma entrevista com o ex-governador Ronaldo Lessa, que é engenheiro civil.

Foi um fato novo e, ao mesmo tempo, uma demonstração de coragem. É pouco comum um provável candidato, com tanta antecedência, aceitar discussões políticas e administrativas. Este é o mesmo caminho adotado por Rafael Greca em Curitiba.

Não foi possível aprofundar as questões, mas acredito que outros encontros existirão. Contribuir para buscar as soluções é um dever de cidadão.

Fiz duas perguntas. A primeira, relativa ao apagão de administração que ocorre no serviço público e que provoca resultados tão lentos e incompletos. A segunda, em relação à falta de um sistema de gerenciamento de vias urbanas que seja eficaz, o que promoveria resultados políticos, econômicos e sociais mais positivos do que os atuais. Além, é claro, de ser a solução técnica correta para o problema dos sucessivos buracos na cidade de Maceió.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Governo e poder


As administrações públicas no Brasil cometem um erro político e estratégico, que prejudica a população e compromete o futuro das cidades, estados e do País. Se verificarmos o que ocorre nas grandes, médias e até em pequenas cidades, vamos concluir que a qualidade de vida está se tornando cada dia mais difícil. São problemas com drogas, falta de assistência médica e hospitalar, segurança precária, educação de baixa qualidade, escassez de novas oportunidades de empregos, infraestrutura deficiente de transportes, calçadas ocupadas indevidamente, ruas sem saneamento básico, coleta de lixo ineficiente e muitas outras dificuldades.

Um dos motivos de tudo isso é o desvio de foco por parte dos governos. Ao invés de focarem nas necessidades da população e se anteciparem aos problemas com soluções eficazes, com visão e estratégias empreendedoras, a atenção dos governantes está voltada para o poder. Governam com o olhar na eleição seguinte e na permanência no poder.

Há uma pesquisa, que mostra justamente o inverso. Quando o governante governa no sentido de dar as respostas que a população precisa, tem como consequência, poder e vitória. Basta criar sistemas de comunicação, que façam com que aquilo que é realizado, chegue ao conhecimento da ampla maioria. Vai depender da estratégia e execução da publicidade, que deve ser posta em prática por todos os integrantes do primeiro escalão do governo e não apenas pela secretaria de comunicação.

Um segundo motivo, que faz com que as realizações sejam lentas e incompletas, é o excesso de “feitores” e a ausência de verdadeiros administradores. Os planejamentos governamentais não conseguem ser transformados em ações concretas. Há muita perda de tempo, de recursos financeiros e nunca ocorre antecipação para evitar os problemas. Os governos vivem sempre “correndo atrás” e, muitas vezes, não sabem para que direção. O excesso de emergências é uma prova da ineficiência.

Um terceiro motivo é a falta de vontade, coragem e de exemplos dos governantes para combater e punir, como deveriam, as falhas de conduta. Desvios comportamentais são varridos para debaixo do tapete.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Como combater a corrupção?


Li uma reportagem que foi publicada no jornal Gazeta de Alagoas de domingo (31 de julho), página A5, de autoria do Editor Geral Celio Gomes, intitulada “Cargo de confiança sob suspeita”.

A nomeação de milhares de servidores para cargos de confiança sob critério exclusivamente partidário e, até mesmo critério técnico, a fim de ocupar posições estratégicas dentro do governo, não é impedimento para a corrupção. Para isto, há necessidade de criar auditorias internas confiáveis e sistemas de análise, que possam identificar e corrigir logo no início qualquer irregularidade. Os órgãos de controle interno devem ser constituídos por profissionais de elevada competência e postura ilibada. Quando os órgãos de controle externo detectam as irregularidades e cobram responsabilidades, os desvios já ocorreram e em grande quantidade. Aí, passa a depender de ações judiciais recheadas por recursos protelatórios.

O que mais alimenta a onda de corrupção, seja no Dnit/MT ou em qualquer outro órgão da administração, é a impunidade. A moralização da máquina pública exige visão, decisão política, coragem e gestão eficaz – profissionalismo competente e ético.

As sociedades são administradas por pessoas que não usam paradigmas, práticas, habilidades, métodos e ferramentas apropriados ao momento em que estamos vivendo. Isto pode ser comprovado pela lentidão em encontrar saídas, que solucionem os problemas existentes. Alegações de que faltam recursos financeiros e de que a burocracia emperra a obtenção de resultados positivos não são as principais causas do atraso na solução das diversas questões.

Não basta ter numa equipe de trabalho profissionais tecnicamente muito preparados e com títulos de graduação ou de pós-graduação, sejam eles concursados ou indicados sem concurso. É lógico que no caso dos concursados, a tendência maior é que pensem duas vezes antes de cometer algum delito. Mas, somente isso, não resolve. É preciso mais.

Os gestores, dirigentes públicos e assessores técnicos necessitam conhecer processos de gestão que lhes permitam criar uma cultura de integridade e competência dentro dos órgãos públicos, que possam comprometer e extrair o máximo do potencial criativo dos servidores. Para isso, é preciso dominar e praticar duas coisas indispensáveis: primeiro, fazer o precisa ser feito, combater a causa dos problemas e não apenas as suas consequências; segundo, utilizar métodos apropriados, alinhar sistemas e fazer as coisas da forma certa.

Os escândalos são sucessivos e não pararão. Hoje, para muitos, vale a pena arriscar e participar de correntes de desvios de recursos públicos. Sai um grupo e entra outro disposto a continuar a fazer o mesmo. Somente com uma forte pressão da imprensa e da sociedade pode ser que comece algo na direção contrária.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques