sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mente impulsiva


Todos nós temos uma mente, que funciona com grande rapidez. Aquela que a qualquer instante nos tira do sério, impulsiona a agir e pode nos levar a cometer muitos erros. Que tende a nos fazer agir envolvidos por fortes emoções.

Para que isto não aconteça, precisamos ter cautela, dar uma de detetive, entender melhor o que realmente acontece, aguardar um pouco, contar até dez, cem ou mil, ouvir mais pessoas. Esperar que a mente racional e mais competente passe a funcionar. O problema é que a mente que nos faz acertar mais em nossas decisões funciona com efeito retardador.

Portanto, quem pretende administrar com precisão não pode deixar de conhecer os perigos da mente emocional. O estresse do dia-a-dia, histórias – algumas mal contadas ou cheias de interesses por pessoas que nos rodeiam, nos levam a conclusões, que podem ser precipitadas, se não processarmos de modo adequado.

Antes de administrar qualquer coisa, é preciso aprender a gerenciar a si mesmo e a vida. Podemos pagar um preço alto por agirmos sob impulso, e até perder a vida, por não conhecer como funciona a mente impulsiva.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração, Palestrante e Consultor
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DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS


Não há países desenvolvidos – “ricos” e subdesenvolvidos – “pobres”. Na realidade, o que existem são países cujos governantes administram com profissionalismo e integridade os recursos econômicos, naturais e humanos, e países, que não escolhem o caminho da meritocracia e do pensamento sistêmico para administrar processos e pessoas. Ou seja, a diferença está na qualidade da gestão e, antes disto, na forma como as diversas lideranças exercem o seu papel.

Essa questão tem sido debatida, quando se reúnem consultores, pessoas de negócios, pensadores, líderes e gestores nos encontros ocorridos anualmente em São Paulo durante as realizações da Expomanagement – evento internacional, que conta com a participação de especialistas de todo o mundo.

Acrescente-se a necessidade de promover um desenvolvimento, que seja realmente sustentável. Isto é possível e indispensável para garantir o futuro da vida no planeta. Caso contrário, as consequências poderão ser as mais desastrosas. Entre outras coisas, a atual geração será condenada pelas civilizações que sucederem.

Existe um processo de gestão – altamente eficaz, que se fosse incorporado a metodologia de governo de qualquer País, estado ou município faria uma enorme diferença. Passa pela formação do maior número possível de líderes verdadeiros.

O ideal seria incluir em toda e qualquer profissão, como exigência curricular, a habilidade mais requisitada nos dias atuais e a menos encontrada: liderança. Em alguns anos teríamos uma sociedade muito melhor.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Liderança no século XXI


Há vários tipos e estilos de líderes. Mas, que características mais interessam na atualidade? Em síntese, dois pontos são essenciais: 1º) caráter – integridade e coragem; 2º) competência – visão clara, pensamento sistêmico, maturidade, comunicação e autocontrole.

Quando num trabalho qualquer de gestão o líder não fixa, ou não diz, com absoluta clareza aquilo que realmente deseja, os seus liderados ficam em dúvida e deixam de fazer as ações na velocidade necessária. É fundamental estabelecer aonde se quer chegar, a fim de que quem estiver hierarquicamente abaixo possa executar, isto é, administrar e estabelecer prioridades, que irão transformar em realidade aquilo que a liderança maior deseja.

É assim que deveria funcionar, seja no serviço público ou na iniciativa privada. O líder verdadeiro define qual a direção a ser adotada e quais os objetivos que serão perseguidos. Ou, pode delegar a outras lideranças essa tarefa. Mas, para que isto ocorra é preciso que haja confiança do líder em seus liderados e que a declaração de valores seja devidamente respeitada por todos.

Sobretudo quando podem haver consequências políticas negativas, em face da adoção de algumas medidas aparentemente impopulares, mais ainda, precisa-se ter convicção de que o caminho a ser adotado é realmente aquele estabelecido. A ausência de definição clara passa insegurança para os líderes menores e para os administradores.

Compete à liderança de topo e as lideranças intermediárias despertarem o apoio de seus liderados, que terão a tarefa de transformar as estratégias fixadas em ações concretas, fazendo com que se obtenham os resultados. E esta competência é uma atribuição direta dos servidores ou colaboradores. Além disso, é indispensável que o líder aprenda a reconhecer as conquistas, mesmo que parciais, alcançadas ao longo de um trabalho.

O grande problema é que as pessoas assumem uma função pública ou privada e, às vezes, nunca tiveram uma experiência anterior. Nem tampouco possuem as competências e habilidades indispensáveis ao exercício da função administrativa. Começam a aprender no dia-a-dia e, erram muito, até compreender como as coisas funcionam – e, às vezes, nunca compreendem.

Estudos internacionais demonstram que o estilo da liderança determina entre 60 a 70% do clima da organização. E o grande impacto que isso tem é nos resultados: de 20 a 30%.

Não basta apenas que os servidores ou colaboradores coloquem o potencial da mente no trabalho. É preciso incluir também o coração. Quando o trabalho não é feito com paixão os resultados não ocorrem na dimensão desejada. O maior desafio do trabalho do líder é formar uma equipe de talentos, com fidelidade e comprometida com o planejamento traçado.

O grande e maior problema do Brasil é a ausência de líderes verdadeiros no trabalho político e administrativo do país, estados e municípios. A qualidade da liderança pode ser desenvolvida, mas para que isto ocorra, é preciso haver interesse.

Como diz o consultor internacional Tom Peters: “A liderança é o atributo que tem a maior demanda e a menor oferta no mercado”. O professor espanhol Santiago Álvarez cita: “O líder verdadeiro é aquele respeitado pelas pessoas, não por mero exercício de poder, mas pelo saber”. Já o brasileiro Oscar Motomura: “O verdadeiro líder é aquele que faz com que todos na empresa sejam líderes no que fazem”.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mitos e crenças


Há na linguagem popular e na cabeça da população alguns mitos e crenças, que prejudicam o futuro das pessoas e do país. Isto funciona como os paradigmas, ou seja, aquilo que cada um acha sobre a política, gestão pública e as coisas em geral. O pior de tudo são as consequências que os mitos causam na vida. Funcionam como um bloqueio sem que percebam. Impedem que cresçam. O pior é que, muitas vezes, nem sabem que existem.

Como a vida poderia ser muito melhor, se tivéssemos a capacidade de refletir um pouco mais e questionar aquilo que achamos ser verdade! Será que ainda acreditamos, que pelo fato de alguém pertencer a esse ou aquele partido político, isto leva a pessoa a ser honesta ou desonesta? Os fatos políticos demonstram que não é verdade.

Se uma família tem um filho que se droga, não necessariamente todos os demais são iguais. Do mesmo modo, pertencer ou não pertencer a um dado partido, não quer dizer que uma pessoa tome decisões iguais àquelas adotadas por outros componentes do mesmo grupo partidário.

A frase “quem com os porcos se mistura, farelo come” não é sempre verdadeira.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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Modernização da gestão


Todo órgão, principalmente do setor público, precisa passar, periodicamente, por um redesenho de seus processos organizacionais críticos. O objetivo é promover a modernização da gestão, reduzir o retrabalho e o tempo necessário de tramitação, diminuir a burocracia, para que os processos sejam executados com maior celeridade.

Com a implantação de um redesenho é possível identificar e corrigir os gargalos, que criam alguma dificuldade para a tramitação dos processos. A partir daí, pode-se fazer a mudança necessária em um dos ativos – físico, orçamentário-financeiro ou humano. Às vezes, há necessidade de interferir em todos os três ativos.

O foco principal de um trabalho desse tipo é a necessidade de rápidas respostas, cada vez mais eficazes e eficientes. A consequência será maior rapidez nos resultados e o reconhecimento da sociedade.

Mas, para que isso seja uma realidade, é necessária a participação de coordenadores, diretores e servidores. O maior número possível de pessoas precisa se engajar no redesenho, para que se possa atingir os resultados desejados.

Um comitê interno estratégico deve ser constituído e organizado, a fim de facilitar, acompanhar a criatividade, mudança de práticas, elevação do comprometimento e o trabalho em equipe nos diversos setores. Caberá ao comitê, após treinado num T & D – Treinamento e Desenvolvimento, pensar e traçar os caminhos que promovam a execução da modernização.

Novos fluxogramas de processos precisarão ser estabelecidos. Mas o sucesso da mudança começa sempre com substituição de paradigmas.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dia Sem Carro


O trânsito brasileiro em algumas cidades está cada dia mais insuportável. O problema de vagas de estacionamento nas ruas é tão sério, que há necessidade de se pensar em colocar no mercado mini veículos. Alguns deslocamentos individuais ou até, no máximo, feito com 3 pessoas poderiam ser realizados ocupando menos espaço.

Por que o governo não incentiva a montagem desses veículos no Brasil? O que você acha?

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Urgência na Educação de Alagoas


A situação de urgência na Educação decretada pelo Governo do Estado de Alagoas, em virtude de problemas físicos nas estruturas e instalações das escolas, significa que, do ponto de vista administrativo, houve falhas anteriores de planejamento, de prevenção e de fiscalização.

As empresas construtoras que fizeram obras de reformas e/ou restaurações em algumas dessas unidades, se tiverem executado os serviços num tempo inferior a 5 anos, podem ser responsabilizadas e obrigadas a refazer a obra, sem ônus para o Estado.

Por outro lado, as fiscalizações de engenharia encarregadas de liberarem as medições e pagamentos precisam aumentar os níveis de controle e de exigência.

Ou seja, um conjunto de fatores devem ser analisados do ponto de vista sistêmico e contribuíram, para se chegasse a essa situação. Com a decisão do governo estadual os processos licitatórios serão dispensados.

Se o modelo de gestão na Educação fosse eficaz, isso não ocorreria.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Insegurança rodoviária


A cada feriado ou final de semana a imprensa destaca novos índices de mortes no trânsito de todo o País. Sem dúvida, um dos componentes que mais contribui para isso é o fator humano. São erros cometidos pelos condutores, que dirigem seus veículos de modo arriscado, ingerem bebidas alcoólicas, ou adotam velocidades incompatíveis com as características das rodovias. Também, as condições de superfície e de traçado de muitas rodovias brasileiras não ajudam.

Alguém já parou para pensar o quanto o País tem de prejuízo com esses acidentes? Sem falar no valor das vidas, que é incalculável, os gastos diretos e indiretos decorrentes desses acidentes são muito elevados. E o que fazer?

Primeiro, os motoristas precisam se conscientizar dos perigos que representam dirigir em altas velocidades efetuando ultrapassagens em locais sem boa visibilidade. Muitas das estradas brasileiras foram projetadas e construídas com excessivo número de curvas, algumas horizontais, outras verticais, e ainda existem aquelas que, ao mesmo tempo, são verticais e horizontais.

Os veículos atuais estão mais potentes. É preciso que o condutor conheça bem os limites de seu automóvel. Além disso, algumas estradas estão muito esburacadas com um baixo índice de serventia.

O Brasil precisa inserir nos currículos das escolas, já nos primeiros anos de educação básica, educação para o trânsito e educação emocional. As crianças de hoje, que serão os adultos no amanhã, têm que aprender como ter autocontrole. Enquanto isso não for levado a sério, sinceramente, não vislumbramos uma solução para reduzir o elevado índice de mortes nas estradas.

Outro ponto importante é que o governo brasileiro precisa ser mais exigente em relação aos itens de segurança existentes já nos modelos básicos dos veículos. Se na Europa e nos Estados Unidos isto é uma realidade, por aqui, somente a partir de 2014, os veículos serão comercializados com air bag de série.

Por outro lado, há ainda o fator geometria das vias a considerar. É possível fazer estradas mais seguras, desde que o DNIT e os Departamentos de Estradas de Rodagem criem programas de eliminação de pontos negros. Aquelas rodovias que apresentam mais acidentes em determinados pontos, precisam passar por uma mudança no traçado. Afinal, se considerarmos os recursos disponíveis na CIDE (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) – imposto embutido no custo dos combustíveis desde a sua criação (2003) até os dias atuais chegaremos a conclusão que a questão não é financeira, mas de decisão política.

Sabemos que eliminar totalmente os acidentes é praticamente impossível. Porém, poderemos reduzir e muito os índices. Agora, isto somente será conseguido, quando fizermos as coisas certas no tempo certo.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
Representante da Associação Brasileira de Pavimentação
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Brasil competitivo


Está marcado para o dia 30 de setembro de 2011, na Fecomércio em São Paulo, a realização do Fórum “A Construção de um Brasil Competitivo”, com uma convidada especial, a presidente Dilma Rousseff. O objetivo será debater como tornar o Brasil um país mais competitivo perante o mundo, contornar os riscos da crise mundial e aproveitar as novas janelas da oportunidade. Alguns eixos do debate serão: o Estado e a Iniciativa Privada; a Educação e a Mão de Obra; a Gestão Pública e a Macroeconomia; e, a Infraestrutura.

A fim de garantir maior competitividade e desenvolvimento sustentável, o Brasil precisaria definir um plano estratégico, que estabeleça a melhor direção a ser seguida e que esteja acima das siglas partidárias, ou seja, possa ter continuidade, independentemente de quem esteja no poder, com a certeza de que as principais prioridades serão executadas.

Todo e qualquer planejamento, como o próprio nome diz, para se transformar em realidade, exige velocidade nas ações e foco na execução. Portanto, é imprescindível comprometer e desenvolver os gestores, pessoas ocupantes de cargos no governo federal, no sentido de que consigam inspirar servidores a se engajarem na execução das ações necessárias. Isto vai exigir foco, maior produtividade, liderança pessoal e intrapessoal.

Um passo importante seria começar a quebrar alguns paradigmas impregnados no serviço público e que dificultam a realização de metas. Uma mudança de cultura poderia ser promovida, a partir de um processo de trabalho eficaz daqueles que chefiam ministérios, setores e projetos. Se estiverem realmente preparados, com percepções, motivações, “ferramentas” e habilidades corretas, conseguirão a participação progressiva dos servidores e da sociedade.

O ideal seria que os gestores de alto, médio e baixo nível hierárquico do governo federal pudessem participar de um programa de T & D, para conhecerem práticas e procedimentos eficazes de gestão de processos e de pessoas. Isto facilitaria no sentido de promover o comprometimento dos demais servidores, fator essencial para a consecução dos objetivos.

Para atingir a competitividade desejada na prática, o Brasil precisa promover uma revolução na educação voltada ao século XXI. Mudar o modelo vencido e errado hoje aplicado – os profissionais terminam seus cursos, assumem cargos estratégicos e não estão aptos, sequer, para administrar eles próprios. Mais do que um técnico, graduado ou pós-graduado, é preciso que as pessoas desenvolvam atributos de liderança e de gestão eficazes, além do conhecimento específico na área.

Nos primeiros anos de escola, ainda no ensino básico/fundamental, deveríamos começar a preparar crianças e adolescentes, para que adquiram o “vírus” do empreendedorismo. Além disso, terem conceito de si, projeto de vida – metas e objetivos, propósito mental, bússola interior, educação para valores elevados, educação emocional, disciplina e liderança intrapessoal.

Do ponto de vista da Infraestrutura do País é necessário reduzir o “Custo Brasil” com uma melhor integração das diversas modalidades de transportes – rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo, fluvial e lacustre, e implantação de sistemas de manutenção preventiva/corretiva das obras já existentes, além da definição de novas obras seguindo uma escala de prioridades.

Em síntese, o Brasil será um país mais competitivo, quando for bem administrado.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Demonizar a política


A presidente Dilma, entrevistada pelo Jornal Nacional da TV Globo, pediu ao povo brasileiro para não “demonizar a política”. Mas, o que provoca esta sensação é a falta de eficácia do governo no combate aos constantes e sucessivos desvios de recursos públicos. Exemplos negativos se sucedem e criam a percepção de que a política deve ser confundida com politicagem.

A tão falada governabilidade é a justificativa usada para incluir no serviço público pessoas que não têm ficha limpa, cujo interesse maior é participar de esquemas, no sentido de extrair recursos.

Na essência a política é uma atividade nobre. Tudo começa a partir dela. As práticas é que têm deixado a população brasileira incrédula.´

O governo, se quiser, pode começar a adotar novos critérios no preenchimento de funções comissionadas e de comando. Se os “chefes” e líderes derem o bom exemplo, os subordinados não se sentirão à vontade para montar e/ou participar de organizações informais de corrupção.

Poder-se-ia, também, dar maior autonomia às secretarias de controle interno e, já na origem, combater com mais precisão qualquer desvio de recursos.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Complexo do Alemão


A guerra não terminou e parece que ainda está longe de acabar. O complexo do Alemão, um dos morros do Rio de Janeiro que recebeu tropas do exército brasileiro para tentar buscar a pacificação, voltou a dar sinais de semelhança com a Líbia. A situação na comunidade ficou novamente muito tensa, o que demonstra ser insuficiente apenas ocupar morros para garantir a paz. É preciso enfrentar todas as causas da marginalidade.

A instabilidade social é também consequência da falta de respostas às necessidades da população. Segurança é somente um dos pontos. Além disso, outros fatores influem nas reações das pessoas como a qualidade de vida, urbanização, saneamento, educação profissional, oportunidades de emprego, áreas de lazer e esportes, saúde...

A busca do equilíbrio sustentável nos morros passa pela identificação de moradores locais, que gozem de credibilidade na comunidade, para que possam servir de multiplicadores. Essas pessoas devem ser treinadas e atuarem como guias ou líderes, no sentido de difundir uma cultura de paz. Se não existirem moradores locais com esse perfil será preciso desenvolvê-los. Neste caso, as igrejas poderão ajudar no processo de formação.

Mudança de cultura e criação de novos hábitos não são tarefas fáceis. Pelo contrário! Vão exigir estratégias, ações e persistência. É um trabalho desafiador, que só conseguirá resultados positivos a médio e longo prazos, se promover uma mudança de mentalidade.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
Pós-Graduado em Administração
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Volta da CPMF?


Está clara a intenção do governo neste momento: aprovar uma nova CPMF ou algo semelhante, com a alegação de que é preciso dispor de mais dinheiro para resolver o problema da saúde no País.

O excesso de "achismos" em termos administrativos faz com que o Brasil seja um País tão rico, mas que se arrasta em termos de resultados, sejam na saúde, educação ou qualquer outra área. Tem-se muitos comandantes ou chefes e faltam gestores eficazes, pessoas que realmente conheçam, saibam como praticar uma Administração moderna de alto desempenho e tenham vontade.

O entrave da gestão pública no Brasil começa pelos paradigmas dos dirigentes. Em geral, acham que qualquer um pode Administrar. Qualquer pessoa faz alguma coisa, mas Administração é uma ciência, que precisa ser usada corretamente.

É comum economistas, engenheiros, médicos e vários outros profissionais estarem envolvidos em gestão. Mas será que estão usando os paradigmas, habilidades, práticas, sistemas e ferramentas atuais disponíveis? Essas pessoas que comandam ou chefiam, fizeram, pelo menos, algum curso específico para Administrar com eficácia? Ou, vão errando e tentando aprender com o erro? Desperdiçam tempo e dinheiro. Haja improvisação!

Além de conhecimento administrativo e de experiência, para Administrar com eficácia é necessário usar não os paradigmas que deram certo no passado, mas novos pontos de vista. Muitos se dizem "experientes", porém cometem repetidos erros por usarem pontos de vista e conhecimentos que não se aplicam mais nos dias atuais.

Este é um dos problemas do serviço público brasileiro: estamos no século XXI - da inovação, da tecnologia e da produtividade, mas os comandantes (ou dirigentes) usam conhecimentos que deram certo na era industrial. É como se estivessem com a mente no século XIX e o corpo no século XXI. Aí, os resultados passam a ser muito lentos. Então, começam a alegar que faltam recursos. Surge a ideia de retornar a CPMF. Um absurdo!

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
Pós-Graduado em Administração
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