quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pavimentos e desperdícios



Tanto para o erário público, como para os usuários, há desperdício de dinheiro no uso dos pavimentos “doentes” de Maceió.

Quem dirige nas ruas e avenidas da capital precisa redobrar a atenção com os buracos e armadilhas existentes nos asfaltos. São muitas irregularidades e patologias, que se manifestam bem antes do tempo previsto (no mínimo, 15 anos). Para os motoristas os defeitos provocam desconforto, aumentam a possibilidade de colisões e danificam os veículos.

Pavimento é uma estrutura projetada e construída para resistir aos esforços do tráfego. Há um período do ano – verão, que deve ser aproveitado para fazer conservação preventiva e corretiva, a fim de preparar as vias para as chuvas.

A falta das ações necessárias com adoção dos “remédios” corretos e de mínimos investimentos durante o verão encarecem as soluções após o inverno. Quem paga a conta da falta de planejamento, organização, decisão e proatividade no poder público é a população com impostos que poderiam ser investidos em outros serviços.

Essa é uma questão que se arrasta à décadas. Quando haverá mudança de mentalidade?

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
@EdinaldoMarques
edinaldo_melo50@hotmail.com

Trânsito em Maceió



O crescente caos no trânsito de Maceió não deve ser tratado com amadorismos, “achismos” ou improvisações. Exige profissionalismo técnico, administrativo, integridade e soluções, que para serem corretas precisarão partir de paradigmas também corretos. Caso contrário, jamais chegar-se-á a uma condição satisfatória.


Alguns dados são essenciais para um planejamento de transportes e trânsito, como por exemplo, o número diário de viagens e suas origens-destinos. Outro ponto muito importante é considerar como prioridade o transporte público de massa e os meios não motorizados de mobilidade – deslocamentos a pé e de ciclistas.

Sem visão sistêmica e sem buscar integração das modalidades de transportes, obras isoladas não atenderão ao objetivo. O planejamento precisa ser para toda a cidade. A partir daí, elaborar projetos, sequenciar as obras, ações e intervenções necessárias de acordo com prioridades e orçamentos disponíveis.

Pode-se fazer um brainstorm e/ou audiências públicas para ouvir a população em geral, coletar ideias e/ou propostas, envolver as pessoas e permitir que participem das soluções. Mas as definições ou decisões finais precisam ser técnicas, administrativas e eficazes, para que atendam ao esperado.

Não é só com uma licitação pública de linhas de ônibus ou implantação de VLT na avenida Fernandes Lima que se vão resolver os problemas. Fatores como educação, fiscalização eficiente, semáforos interligados com ondas verdes, melhoria nos pavimentos das vias, intervenção em pontos críticos com soluções específicas, sinalização constante em pontos de passagem de pedestre, uso da tecnologia, redes de comunicação etc, são fundamentais para um bom funcionamento do trânsito.

Com interesses não confessáveis, visão distorcida, desvios de conduta, falta de confiança da população nos dirigentes, coragem para adotar o caminho certo, jamais haverá as respostas esperadas pela população em geral – motoristas, pedestres, ciclistas, motociclistas e deficientes físicos.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
@EdinaldoMarques
edinaldo_melo50@hotmail.com  

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Gestão pública moderna


Um dos motivos das gestões públicas enfrentarem inúmeros problemas, que se acumulam ao longo do tempo, é o não uso de paradigmas modernos. A maioria dos estados e municípios continua adotando métodos administrativos utilizados no século XIX até metade do século XX.


Na atualidade – século XXI, diante da complexidade e das turbulências constantes na economia, é indispensável adotar um método eficaz em todos os níveis: pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional.

Alguns acham que a redução dos repasses feitos pelo governo federal – FPE ou FPM são a única causa das deficiências atuais. Sem dúvida, isso afeta estados e municípios. Porém, é preciso criar sistemas e subsistemas administrativos, que permitam fazer o dever de casa, isto é, comprometer servidores efetivos e comissionados, ter foco, usar visão sistêmica, empreender, definir com clareza objetivos, segmentar as ações, estabelecer prioridades de curto, médio e longo prazos etc.

O primeiro passo de uma gestão que pretenda alcançar no final do governo os melhores resultados é a elaboração de um plano de administração estratégico. Paralelamente, ações devem ser implementadas buscando sempre uma maior produtividade e atendimento aos anseios da população.

Projetos executivos de pequeno, médio e grande porte deverão ser desenvolvidos para buscar recursos a nível do governo federal e/ou internacionais.

Nos diagnósticos administrativos realizados em diversas áreas dos governos notam-se que as carências de funcionamento têm várias causas e uma delas consiste na falta de confiança entre o gestor principal e seus auxiliares ou subordinados. Quando o gestor apenas gerencia, mas não lidera, formam-se organizações informais dentro das pastas, que dificultam o andamento dos processos.

Estados e municípios poderiam atender às necessidades essenciais e dar melhores respostas à sociedade, se começassem a administrar com métodos voltados ao mundo moderno. Sem isto, drogas, insegurança, educação de baixa qualidade, estradas e ruas esburacadas, caos no trânsito e tantas outras mazelas continuarão sendo uma realidade.


Edinaldo Marques
Professor e Consultor
@EdinaldoMarques
edinaldo_melo50@hotmail.com