terça-feira, 29 de outubro de 2013

RECAPEAR NÃO É O ÚNICO REMÉDIO


Saiu nos telejornais de hoje a notícia de que Maceió passará por um recapeamento de suas ruas e avenidas. A estimativa inicial é de 50 km de vias.

Apesar de ser uma solução técnica para muitos casos, não é a única solução que deveria ser adotada. Há ruas que precisam de um “remédio” mais profundo. Senão, o novo recapeamento reproduzirá os mesmos defeitos do pavimento antigo.

A fresagem, ou corte e retirada do revestimento antigo a ser feita antes do recapeamento é correta, pois evitará que o greide se eleve e venha prejudicar a drenagem superficial e segurança dos pedestres. O ideal seria fresar e reciclar o material resultante. Assim, tornaria a solução sustentável e ecologicamente correta.

Um dos problemas do recapeamento e de qualquer investimento é garantir o retorno do que será gasto. O tempo de vida útil não deve ser inferior a 10 anos. Se o recapeamento apresentar defeitos prematuros é uma prova de que a solução técnica não foi correta.

Antes de recapear é preciso interagir com órgãos que fazem obras enterradas – Casal, Eletrobras, Algás etc para não ocorrer de se fazer um recapeamento e, logo depois, precisar cortar o revestimento novo, a fim de executar alguma obra enterrada.


A interferência de serviços públicos e privados nos pavimentos é algo que merece um planejamento integrado, para não causar prejuízos ao poder público e à população.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor e Consultor
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edinaldo_melo50@hotmail.com