
Em Maceió a realidade é essa. Quando chove tende a piorar. A causa principal não é a chuva, nem é técnica – de engenharia, e sim, administrativa. Não existe mentalidade de manutenção. As ruas são asfaltadas, porém não é feita avaliação periódica das condições das superfícies, não há um sistema de gerenciamento de pavimentos, para que sejam adotadas soluções de conservação preventiva, ou mesmo rotineira, que são bem mais econômicas e devem ser feitas preferencialmente no verão.
Com isso, aumenta o custo de recuperação dos pavimentos para o município e os usuários acumulam cada dia mais prejuízos.
Alguns buracos têm origem nos vazamentos que ocorrem em tubulações de água e esgoto, que passam abaixo dos pavimentos. Nestes casos, é mais difícil identificar e corrigir a tempo.
Mas, no restante dos ocorrências – que são a grande maioria, só depende de avaliação técnica e decisão política, para evitar que se transformem em uma sucessão de crateras.
Pequenos defeitos como trincas e irregularidades superficiais, não corrigidos no tempo certo, geram grandes buracos e passam a exigir mais recursos para os consertos.
Outro problema a ser corrigido é que alguns asfaltos já vão envelhecidos para as ruas, por falhas no controle tecnológico. Isto também acelera o processo de degradação dos pavimentos e formação de buracos.
Edinaldo Marques
Engº Civil, Consultor e Professor de Pavimentação
@EdinaldoMarques
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