terça-feira, 27 de outubro de 2009

Fome versus paz


Já conseguimos enviar o primeiro astronauta ao espaço – Marcos Cesar Pontes para participar como tripulante de uma missão, vencemos cinco copas do mundo, avançamos na urbanização, modernização, industrialização e conseguimos a autosuficiência no petróleo com perspectivas extraordinárias em face da descoberta da camada do pré-sal. Porém, a fome no Brasil persiste. Por quê?
Com a fome que assola a população brasileira jamais conseguiremos a tão almejada paz. São 54 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza em situação de insegurança alimentar.
Existem vários tipos e níveis de fome no país, os mais graves decorrentes de deficiências de micronutrientes, como a falta de vitamina A, ferro e iodo. A questão não está apenas em reduzir a fome, mas avaliar a qualidade da comida que chega à mesa. E quais as saídas?
É preciso vontade e coragem política. Não bastam medidas paleativas, que têm sido colocadas em prática, mas que não combatem a verdadeira causa do problema.
É do conhecimento geral a necessidade de promover uma distribuição de renda corajosa, avançar mais rapidamente na reforma agrária e garantir o acesso aos recursos produtivos: água, sementes, créditos rurais de produção, créditos urbanos, melhorar o acesso e a qualidade da educação, investir no programa de atenção básica à saúde etc. Enquanto as reformas tão faladas – tributária, agrária e fiscal não saírem da oratória, vamos avançar, mas de modo insuficiente.
A execução das políticas públicas necessita ser mais eficaz, a fim de conseguirmos reduzir o atual índice de pobreza na velocidade máxima possível.
Existe um processo de gestão altamente eficaz, que se fosse colocado em prática faria com que os resultados acontecessem mais rapidamente. Afinal, quem tem fome não pode esperar.
A questão é complexa e a solução depende dos governos federal, estaduais, municipais e de toda a sociedade. Não é aceitável um país rico como o nosso conviver com tamanha pobreza.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Custo da desmotivação


Quanto custa a desmotivação de uma pessoa no trabalho? E dos componentes de um departamento ou setor? É possível um líder de equipe conseguir motivar seus assessores ou liderados?
Além do talento e da criatividade, um fator é essencial para aumentar a produtividade do trabalhador do conhecimento: a força de vontade.
Para demonstrar a importância da motivação é bom lembrar de que o ser humano é o único animal capaz de fazer greve de fome. O bom senso diz: não faça greve de fome, pois isto afeta a saúde e pode causar até a morte. Mesmo assim, algumas pessoas correm o risco e colocam o motivo de passar fome acima daquilo que a inteligência indica.
Sabemos que a principal e verdadeira motivação reside dentro das pessoas. E somente cada um pode abrir a sua “porta” da motivação. A eficácia de um líder está na sua competência de liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si.
Uma teoria fundamental no campo da motivação humana é aquela que mostra que a motivação é proveniente de nossas necessidades e não daquilo que satisfaz às mesmas necessidades.
O melhor caminho para motivar servidores públicos ou colaboradores é promover um processo de T & D – Treinamento e Desenvolvimento constantes, que aprimore competências e permita a substituição de modelos mentais ou paradigmas destrutivos.
A motivação no trabalho depende de algumas condições: compromisso com o objetivo, expectativa de crescimento por parte do servidor/colaborador, forma de atuação do líder, recompensas adequadas às necessidades pessoais e adequação entre a atividade exercida e o perfil individual.
A utilização dessa energia poderosa chamada motivação também depende de reconhecimento, relacionamento interpessoal e empatia – necessidade de ser ouvido e compreendido.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A matéria-prima da vida


A principal matéria-prima da vida é o tempo. Se fizermos alguma coisa ou ficarmos parado o tempo passará.
Quanto custa uma hora de nosso dia? Em geral, as pessoas não dão o real valor que o tempo possui. Porque simplesmente não conhecem a matriz de gerenciamento eficaz do tempo, juntamente com a pirâmide da produtividade, que lhes permitam transformar em hábito diário a correta utilização do recurso tempo, a partir do uso de uma ferramenta auxiliar para facilitar a aplicação.
Se quizermos ampliar a nossa capacidade de fazer mais coisas nas mesmas 24 horas de que dispomos, é preciso aumentar o nível de sistematização. Por isso é essencial conhecer e utilizar um processo completo, que nos permita fazer mais, sem desprezar a vida pessoal ou familiar.
Além do trabalho, temos vários outros papeis que precisam ser cumpridos com eficácia. Há pessoas que chegam a exercer de oito a dez papeis por semana: líder, pai ou mãe, marido ou esposo, amigo(a), consultor(a), palestrante, escritor(a), motivador(a) e o papel “eu” – cuidar da saúde física, mental, emocional/social e espiritual. Na relação estão empresários, executivos, diretores de empresas, engenheiros, médicos, assessores administrativos e vários outros profisssionais.
O fundamental é garantir o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Isto é possível e somente depende da sistematização.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestrado em Administração
Consultor e Palestrante

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Motivações positivas


Em tempos modernos, de turbulências, correria diária, engarrafamentos no trânsito, falta de empregos, rápidas mudanças e estresse constante, as pessoas precisam desenvolver as inteligências intrapessoal (conviver bem consigo) e interpessoal (estabelecer relações adequadas com outras pessoas), para que motivações positivas possam estar sempre presentes na família, no trabalho e na convivência social. Isto exige autoconhecimento, desenvolvimento do autocontrole, da persistência, zelo, entusiasmo, bondade nas relações com outras pessoas, empatia e piedade.
É comum empresas privadas e órgãos públicos promoverem palestras motivacionais, que fazem as pessoas rirem bastante, mas, nos dias seguintes, o ambiente entre os colaboradores ou servidores continua o mesmo. Isso significa que a palestra funcionou apenas como terapia ocupacional. Não resta dúvida que a terapia é importante, porém, além disso, é necessário oferecer às pessoas um processo, que se for incorporado na vida de cada uma delas, fará uma enorme diferença na motivação individual, coletiva e, consequentemente, na produtividade. Afinal, pessoas motivadas reclamam menos, produzem mais e alcançam melhores resultados.
A motivação humana é uma energia, diretamente associada às emoções e sentimentos, que estão dentro de cada um de nós. Se uma determinada pessoa é mal humorada, tímida e tem dificuldades de relacionamento com os colegas, saiba que seus circuitos neurais são maleáveis. Portanto, temperamento não é destino, podemos desenvolver características diferentes.
O cérebro humano tem, em média, 1,5 quilos de peso. É aí que as pessoas pensam, raciocinam, lembram, processam as emoções, enxergam, ouvem, aprendem e onde se originam muitas doenças.
Além da motivação interna, o ser humano também é influenciado por motivos externos. Aqueles onde a proatividade já é uma realidade, incentivos externos causam menor efeito.
Um dos maiores segredos para uma motivação positiva é ter consciência do poder do sistema límbico (ou inteligência límbica). Esse órgão de nosso cérebro, com formato de uma amêndoa, funciona como um vulcão de emoções, por exemplo, comanda a raiva, liberando adrenalina que anula a função racional e produz reação violenta.
Se quisermos ser pessoas motivadas precisamos aprender a buscar forças poderosas dentro de nós, mesmo nas adversidades. O principal atributo ou virtude para a automotivação é começar a liderar a nós mesmos. Se cada pessoa pode ser melhor por que não mudar?
Alguns executivos e chefes ainda acreditam que é possível gerar motivação condicionando o comportamento por meio de prêmios e punições. Este foi o paradigma que vigorou nos séculos XIX e XX, durante o período industrial. Atualmente, vivemos a era do conhecimento.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante

domingo, 18 de outubro de 2009

Fome e violência


Dados estatísticos da ONU indicam que existe atualmente um bilhão de pessoas passando fome no planeta. Isto corresponde a um sexto da população mundial.
Além disso, 100 milhões vivem sem teto, há um bilhão de analfabetos, um bilhão e meio sem água potável, 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo), 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes de completar 5 anos de vida.
Em pleno mundo do conhecimento, da tecnologia, riquezas abundantes, o que falta para acabarmos ou reduzirmos ao máximo a quantidade de pessoas que passam fome? Será que esse problema não tem solução? É possível, com muita gente morrendo de fome, alcançar a tão sonhada paz? O que fazer para mudar essa triste realidade?
Em 1974, uma Conferência das Nações Unidas concluiu que todo homem, mulher ou criança teria o direito de ser livre da fome e da desnutrição. O dado publicado no relatório da ONU de quarta-feira (14 de outubro de 2009) revela um quadro diferente. Na prática, a decisão da ONU tomada em 1974, continua não sendo válida.
O alimento é uma das necessidades básicas mais importantes do ser humano. No planeta terra possuímos áreas cultiváveis para produzimos alimento para toda a humanidade e de forma abundante.
Pesquisadores dessa questão são unânimes em afirmar que somente resolveremos o problema da fome no mundo, e por consequência promoveremos a paz, quando mudarmos o ponto de vista: deixar de achar que há escassez de recursos na terra e passar a considerar a abundância.
As grandes transformações sempre foram realizadas com mudanças de paradigmas. Nenhum ser humano muda verdadeiramente, quando muda apenas o comportamento e a atitude. A mudança real somente ocorre quando mudamos o ponto de vista.
Se quisermos paz o início do processo começa pela mudança do “mapa” mental ou da forma como vemos essa questão da fome e da violência. Uma das etapas do processo de paz passa pela educação completa, que inclui a educação emocional – aprender a lidar com as emoções e a educação para os valores humanos – amor, ética, generosidade, tolerância, compaixão, liderança etc. Em síntese, o que precisa é fazer com que o maior número possível de pessoas encontre sentido para a vida.
Há um ciclo determinante na vida: ver – fazer – obter. O que fazemos e os resultados que obtemos dependem fundamentalmente de como vemos ou percebemos. Por isso é que precisamos trabalhar a visão, missão e valores das pessoas.
Outro ponto fundamental é o modelo econômico existente no mundo. Está provado que com o sistema capitalista atualmente dominante, não teremos solução para o problema. Já o socialismo, que é o inverso do capitalismo, também não se apresenta como uma saída. Seria importante buscarmos um novo modelo, uma nova forma de ver e ter êxito econômico, financeiro e político, que incluisse as boas relações de convivência.
Com egoísmos e individualismos jamais encontraremos a tão sonhada paz.


EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O tempo passa


O tempo nunca pára, quer estejamos fazendo algo ou não. E quando menos esperamos já é noite, nos deitamos, amanhece o dia seguinte e, assim, sucessivamente.
As pessoas nascem, crescem e morrem, muitas vezes não descobrem o caminho do viver, de tal modo que suas ideias, sonhos, vontades e, o principal - que é a essência de cada um, sejam realmente consideradas. A vida passa diante de nossos olhos sem percebermos. Enquanto houver tempo, antes que seja tarde, que tal fazer a sua vida valer a pena?
Sobretudo no mundo atual, de tantas possibilidades de escolhas, veloz, é indispensável conhecer e aplicar um processo de sistematização, que nos permita fazer realizar o que for mais importante.
A decisão mais correta que alguém pode tomar é utilizar um processo completo de como alcançar suas escolhas a cada dia e fazer aquilo que realmente é o mais importante para si. O uso desse processo ficará facilitado se forem dadas as opções de ferramentas, que podem ser utilizadas por cada um de acordo com a conveniência.
Uma coisa é certa: quem decide usar o processo faz a escolha mais importante de sua vida. Passa a focar a matéria-prima básica de toda e qualquer atividade – o tempo, com a importância que ele merece.
A decisão mais acertada que uma pessoa, empresa ou órgão público pode tomar, é tentar obter os melhores e maiores resultados, tanto na vida pessoal como profissional.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Equipe vencedora


Todos sabem que grandes resultados não se conquista individualmente. Então, como montar uma equipe vencedora? Esta é uma pergunta, cuja resposta deve interessar a empresários, empreendedores, políticos e dirigentes públicos.
Primeiro, é preciso juntar, em torno dos objetivos e metas, pessoas talentosas, criativas e que tenham práticas proativas, ou seja, com iniciativa e responsabilidade. Se, no início, isso não for possível, um consultor poderá criar as condições para implantar a semente nessa direção.
Segundo, características como autoconfiança, foco e persistência não podem faltar em equipes vencedoras. Portanto, é necessário que os membros do “time” sejam pessoas motivadas, ou seja, com força de vontade.
Terceiro, é estratégico desenvolver a liderança pessoal e interpessoal entre os componentes, fazendo com que incorporem o maior número possível de atributos da verdadeira liderança.
O mundo atual é complexo, incerto, veloz e cheio de turbulências. Neste ambiente, cada integrante da equipe deve estar preparado para agir sem ter que ouvir o “faça assim”. A metáfora é a seguinte: no passado, era como se todos trabalhassem num lago calmo. Hoje, é como se estivéssemos praticando o rafting.
Quando os níveis de confiança de uma equipe são elevados, o trabalho passa a ser executado com mais facilidade, os resultados aparecem numa maior velocidade e com menores custos.
Portanto, o maior segredo de uma equipe vencedora e que sustente bons resultados é atrair, reter e criar condições para uma motivação duradoura, a partir da elevação da confiança.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Atraso social e cultural



O editorial da Gazeta de Alagoas de quarta-feira (07 de outubro), intitulado “Avanços e atraso”, merece uma profunda reflexão por parte da população brasileira.
Se por um lado estamos com a economia estabilizada, o que levou o País a decidir emprestar dinheiro ao FMI, por outro, continuamos com um IDH – Índice de Desenvolvimento Humano vergonhoso. Ocupamos a 75ª posição no ranking mundial. Continuamos mal em relação à expectativa de vida do brasileiro, acesso à educação e padrão de vida. Praticamente, não houve alteração nesse índice de 2006 até agora.
Comemoramos a realização da Copa do Mundo em 2014 e, sobretudo, as Olimpíadas de 2016, que pela primeira vez serão realizadas no Rio de Janeiro. Não resta dúvida de que esses dois eventos são importantes. O valor estimado a ser gasto até 2016, somente para as Olimpíadas, é de R$ 11,2 bilhões. E se todo esse dinheiro fosse investido em educação e saúde? Como estará o povo brasileiro após as Olimpíadas?

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

Por que, o que e como?


Podemos passar pela vida – nascer, crescer, envelhecer e não adquirir a maturidade necessária. Viver, ou simplesmente sobreviver, sem entender o “o porquê”, “o que” e “o como” das coisas. Nestas condições não conquistamos o crescimento como pessoa, seremos facilmente influenciados e ficaremos na condição de dependentes, ou seja, não conseguiremos adquirir a nossa confiabilidade para, em seguida, conquistar a confiança de outras pessoas.
Se quisermos enxergar as coisas como elas realmente são, precisamos criar o hábito de perguntar. Por exemplo: será que sabemos respirar como deveríamos? Por simples que isto possa parecer muitos não conseguem sequer respirar corretamente. Não sabem encher todo o pulmão de ar para depois deixá-lo sair. É preciso inspirar e expirar de modo adequado para melhorar o desempenho físico, mental e emocional.
Viemos ao mundo para observar, aprender, crescer, amar e morrer. Há uma frase que diz: “nem com milhões de moedas de ouro podemos recuperar um só instante da vida. Que maior perda, então, do que a do tempo desperdiçado?” Por que e como mudar isto?
Se quisermos ter uma vida sã o segredo está em não lamentar o passado, não se “pré-ocupar” com o futuro, mas viver sábia e seriamente o presente, descobrindo o “porquê” e o “como” de tudo.
Algumas reflexões: por que a beleza não é um atributo das coisas em si e só existe na mente de quem as contempla? Por que sonhar é preciso? Por que o Brasil, apesar de crescer economicamente, não consegue ter o mesmo nível de crescimento em outras áreas? Por que a insegurança aumenta a cada dia? Por que saúde e a educação no País não apresentam os resultados desejados? Por que a cada dia mais jovens caminham para o mundo das drogas? O que fazer? Como mudar tudo isso? É possível?

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Foque o tempo


Ninguém gerencia ou controla o tempo. Então, por que nos dias atuais fala-se tanto sobre esse tema?
Na era da informação, do conhecimento e da tecnologia, você tem à sua disposição a internet, twitters, blogs, livros, jornais, revistas e inúmeros outros acontecimentos. São tantas coisas a fazer, que as 24 horas ou 1440 minutos do dia podem parecer que não são suficientes.
Na realidade, o máximo que cada um de nós pode fazer é controlar os eventos que marcam a passagem do tempo. Reuniões, um programa de TV, uma festa, o nascer do sol etc., são eventos. E é aí, que a maioria das pessoas se perde, exatamente no gerenciamento dos eventos, ou seja, na escolha do que fazer, daquilo que é realmente mais importante para si e que não pode deixar de ser feito.
Você quer produzir mais hoje, ter mais tempo para você e a família, encontrar o sucesso, a felicidade e ter mais equilíbrio entre a vida profissional e pessoal? Então, arrume o seu dia como você arrumaria uma mala de viagem. Comece colocando o que é essencial. Depois, se sobrar espaço, coloque as pequenas coisas, menos necessárias e que poderiam ficar de fora.
Aprenda a liderar a si, agir com proatividade, conheça um processo completo de planejamento e execução, use a ferramenta que melhor lhe convém e que facilite a aplicação diária – agenda, palm top ou notebook, para poder transformar seus sonhos, ideias e desafios em realidade.
Viva a vida como deve ser vivida, podendo influenciá-la, sabendo aonde deseja chegar, ao invés de ser sempre influenciado.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal e Consultor

sábado, 3 de outubro de 2009

Fiscalização do TCU



A Gazeta de Alagoas de sábado passado (03 de outubro) trouxe o editorial – “Parou por (para) quê?”, que merece uma análise profunda.
O TCU recomendou a paralisação imediata de 41 obras, que estão sendo tocadas com recursos federais, das quais 13 são do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e totalizam R$ 7,38 bilhões.
Em 2009, já foram investigadas 410 obras federais (99 são do PAC). Destas 99 obras, 17, deverão ter o repasse de verbas retido até a conclusão dos trabalhos de investigação. Isso é apenas um relatório a ser apreciado pelo Congresso Nacional, a quem cabe a decisão final.
Segundo o TCU, essas obras apresentaram fortes indícios de irregularidades na aplicação dos recursos públicos a elas destinados. Os problemas mais citados foram superfaturamento, licitação irregular, sobrepreço e questões ambientais.
A melhor saída para a questão não é a paralisação das obras, e sim, a punição dos possíveis corruptos e corruptores. Entretanto, todos sabem que esse é um longo caminho, em face da lentidão na justiça e dos inúmeros recursos, que poderão ser solicitados pelos advogados dos indiciados ou acusados.
Talvez, por não haver ferramentas ágeis de punição dos responsáveis, a saída sugerida pelo TCU passou a ser essa: paralisação e bloqueio de recursos.
Essa questão merece um debate amplo, para que se chegue a uma conclusão. Fica a pergunta: e se existisse uma lei de aplicação eficaz, que determinasse o bloqueio dos bens dos envolvidos até que fossem apuradas todas as irregularidades?
Infelizmente, no Brasil, uma obra quando é licitada e executada, raramente deixa de apresentar um superfaturamento. O valor embutido varia de caso a caso. Além disso, no processo de execução das obras, há várias formas de aumentar o valor a ser medido e pago.
A solução para minimizar o problema seria a realização, pelo TCU, de uma auditoria técnica, que acompanhasse passo a passo cada medição realizada pelos órgãos. O pagamento somente seria feito quando tivesse o aval da comissão técnica, constituída de profissionais muito bem remunerados, de alta competência e, acima de tudo, com autoridade moral.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Trajetória de sucesso


Todos os anos milhares de jovens concluem seus cursos de graduação ou de pós-graduação, deixam as universidades ou faculdades e vão para o mercado de trabalho exercer diversas profissões. A partir desse instante, além dos conhecimentos técnicos adquiridos, é necessário, também, o domínio de algumas habilidades importantes para o sucesso profissional.
O ambiente a ser enfrentado é de alta competitividade, cheio de turbulências, incertezas e de escassez de empregos. Vencerão com mais facilidade aqueles, que junto com a competência técnica, tiverem conseguido incorporar virtudes e hábitos eficazes. Isto pode acontecer durante a vida, mas, quanto mais cedo for uma realidade, mais fácil será encontrar o caminho do sucesso.
Um ponto fundamental e que precisa ser entendido por todos, é a criação de percepções corretas da vida e do mundo atual.
É comum confundirmos percepção com realidade. Porém, nem sempre isso acontece. Os pontos de vista que possuímos, às vezes, não coincidem com a verdade. Este é um fator importantíssimo, para que resultados positivos possam vir com maior rapidez.
Outro aspecto que deve merecer a máxima atenção dos estudantes ao concluírem seus cursos é a fixação de metas, que devem ser colocadas no papel, para que possam facilitar o comprometimento. Isto cria direção, propósito na vida das pessoas e facilita a pautar as escolhas corretas.
Além disso, duas virtudes que devem ser desenvolvidas e praticadas pelos estudantes são a proatividade e a liderança. Entender a importância que devemos dedicar ao tempo, ou seja, a cada novo dia. Focar, sobretudo no agora, com o objetivo de identificar oportunidades, vencer o medo, encontrar o sucesso e a felicidade. Afinal, foi para isto que nascemos.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista