quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pessoa completa


Boa parte dos gestores somente consegue enxergar seus subordinados pelo que produzem ou deixam de produzir no trabalho, isto é, como um recurso. Tanto que na maioria das empresas os departamentos que cuidam das pessoas se chamam RHs, ou seja, departamentos de recursos humanos, quando, na realidade, poderiam se chamar departamentos de desenvolvimento de talentos.
Os gestores, muitas vezes, não vêem o colaborador ou servidor como uma pessoa completa. Quando as pessoas são tratadas como se fossem coisas não colocam todo o seu potencial, entusiasmo, engenhosidade, lealdade e criatividade à disposição da obtenção dos objetivos da empresa.
Qualquer profissional é, antes de mais nada, um ser humano. Alguém que tem corpo, coração, mente e espírito. Portanto, possui necessidades essenciais como viver, amar, aprender e deixar um legado.
Este é o paradigma da pessoa completa, que reconhece os seres humanos não como coisas que precisam ser motivadas e controladas. Pelo contrário, as pessoas possuem características especiais e exclusivas da natureza humana.
O momento que vivemos é, às vezes, tão focado em resultados, que leva alguns gestores a esquecerem que lidam com pessoas cheias de emoções e de sentimentos. Pensamos, então, não ser necessário procurar entender a alma humana. Achamos que isto é perda de tempo. Ficamos tão estressados e obsecados em alcançar as metas e os objetivos traçados, que nos esquecemos de trabalhar o coração e a mente dos nossos colaboradores.
Poderemos até ter as melhores instalações, equipamentos, softwares, sistemas etc., mas tudo isto não é o principal. O mais importante mesmo são as pessoas que compõem a empresa. Como elas se sentem no desenvolvimento de suas tarefas. Se não houver paixão de verdade pelo que fazem, jamais os resultados serão os melhores que poderiam ser alcançados.
Para aqueles que pensam que isso é “romantismo organizacional”, vejam o que disse Jack Welch, ex-diretor executivo da General Eletric, considerado por muitos como um dos executivos de maior destaque do século XX: “Antes de se tornar um líder, o sucesso resulta de seu desenvolvimento. Quando você se torna um líder, o sucesso resulta do desenvolvimento de outras pessoas”.
Nós estamos na era do conhecimento e do capital humano. Neste momento, o grande diferencial está no ativo humano. Os gestores que não entenderem isso, vão conseguir fazer alguma coisa, porém, jamais conseguirão fazer as melhores ações, que garantam a sustentabilidade de suas empresas.
Uma das decisões mais acertadas dos gestores é perseguir a quebra de paradigmas para si mesmos e para as pessoas que fazem parte de sua organização. Este é um segredo importante para um mundo onde uma das poucas realidades absolutas é a necessidade de mudança. Não adianta mudar apenas atitudes e comportamentos. A verdadeira mudança somente ocorre quando se muda o paradigma.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor, Consultor e Palestrante

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ideias inovadoras


É raro alguém propor algo novo num órgão público e, até mesmo, em empresas privadas. Em geral, o que vemos é uma repetição de procedimentos administrativos costumeiramente aplicados. Algumas ideias, que poderiam ser fantásticas, são logo abortadas. Quando surge um servidor ou colaborador, que lança uma proposta diferente, logo aparecem aqueles que preferem continuar fazendo o de sempre. E a ideia, por vezes inovadora, morre ainda no seu início.
Precisamos estar preparados para analisar qualquer sugestão que surja, seja ela de um servidor do alto escalão, seja de um outro numa escala hierárquica inferior. A capacidade de ouvir e entender com clareza aquilo que está sendo proposto é uma das características essenciais de um administrador.
A seguir, vejam a seguinte história: “Em uma faculdade de medicina, certo professor propôs à classe a seguinte situação:
– Baseados nas circunstâncias que vou enumerar, que conselho vocês dariam a esta senhora grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis e ela de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego e o segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto é tuberculoso e ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho a aconselhariam tomar?
Com base nesses fatos, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor saída para ela. O professor, então, disse aos alunos:
– Os que disseram sim à ideia do aborto, saibam que acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.
No ambiente dos órgãos públicos e de empresas privadas, também pode acontecer o mesmo. As pessoas raramente acreditam ou apóiam algo que foge a rotina. A turma do contra sempre aparece para dizer que isso ou aquilo não dará certo. Mas, para obtermos um grande resultado, é preciso ouvir, inovar, dedicar tempo, perseverança, tenacidade e entusiasmo.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Por que sonho?


Enquanto eu viver vou sonhar. E mais do que isto: vou procurar realizar, fazer o bem. Entendo que desta forma cumpro com a missão que Deus me confiou.
Jamais hesitarei em dar opinião sobre qualquer coisa. Porém, antes, faço uma reflexão consciente, procuro entender melhor a questão, ouvir pessoas, e chegar a uma dada conclusão. Se me torno vulnerável por emitir opiniões, como alguns acham, respeito, mas tenho uma opinião diferente. Entendo que, como cidadão e profissional, é necessário ter a coragem de expor o que penso e tentar contribuir com a mudança de paradigmas, com um Brasil melhor, mais justo, mais humano, ético, com igualdade social.
Cada pessoa tem seus chips mentais. Eu tenho os meus. Mas é preciso questioná-los sempre. Será que não posso substituir um chip por outro melhor? Claro que sim. Não só posso, como qualquer pessoa também pode. O chip é uma espécie de mapa ou modelo mental. Isto pode garantir o seu sucesso ou torná-lo uma pessoa derrotada. As conseqüências de um ou muitos chips estragados na mente, leva qualquer pessoa a tirar conclusões equivocadas, fazer escolhas erradas.
Fico indignado em ver o meu país com um solo tão agricultável, ter um alto contingente de pessoas passando fome. Pessoas que vivem numa miséria inaceitável.
Ouço falar em cultura de paz, segurança...! Mas como? Com tanta concentração de riquezas em poder de uma minoria, com milhões de brasileiros à margem das condições mínimas de vida, parece impossível!
Por que isso acontece? Será que faltam políticas públicas que possam mudar esse quadro? Claro que sim. Mas, além disso, falta uma execução eficaz das mesmas. O que mais falta?
A resposta é simples e, ao mesmo tempo, difícil de ser encontrada no país. É muito raro identificar um líder verdadeiro ocupando uma posição de decisão. Alguém que lidere pelo caráter e pelos valores que coloca em prática, servindo de exemplos. Não adianta apenas falar. O principal mesmo é o fazer.
Para isto, não precisa de títulos. Não é com cursos de graduação, pós-graduação em nível de mestrado, doutorado ou pós-doutorado, que se aprende a liderar de verdade. É sendo mais humano.
A liderança é exercida pela energia do coração. Ou melhor, o coração é apenas uma bomba para entrada e saída do sangue. Vou ser mais preciso: a gente lidera com a energia da mente, usando, simultaneamente, as duas mentes: emocional e racional.
A história registra alguns líderes autênticos. O maior deles é Jesus Cristo. Posso citar outros, como Benjamim Franklin, Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Gandhi etc. Na relação citada, todos lideraram pelo caráter, pelo exemplo.
O que é lamentável é “ter pessoas que não dão certo como gente” (Francisco de Assis). Afinal, de que é feito o ser humano?

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL, Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante

Busque sua motivação


A motivação é uma energia que utilizamos para atingir nossos sonhos, metas, objetivos, desafios e necessidades individuais.
Para usar toda essa energia, tanto na vida pessoal como no trabalho, é preciso saber buscar diariamente.
Os motivos que impulsionam as pessoas a agir de determinada forma variam de acordo com o pensamento. Logo, o maior segredo para encontrar a motivação, ter uma vida mais produtiva, feliz e de mais sucesso, é cuidar daquilo que pensamos e sentimos, melhorar a qualidade do “combustível” intelectual, focar o que nos deixa alegres e realizados, descobrir aquilo que damos mais valor em nossas vidas.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sinergia nas organizações


Nem sempre o gestor tem à disposição a quantidade necessária de pessoal para executar um determinado projeto ou objetivo. Então, como executá-lo dispondo de menos pessoas? Esta situação é comum, tanto em empresas privadas, como no serviço público. Porém, mesmo nessas condições, é possível atingir os resultados desejados desde que a estratégia seja correta.
Esse tipo de desafio pode ser vencido com um plano de gestão eficaz do comportamento pessoal e da equipe de trabalho. Se pararmos para pensar verificaremos que no dia-a-dia de nosso trabalho fazemos muitas coisas que não precisariam ser executadas. Portanto, temos que descobrir o que não fazer. Quando partimos para fazer tudo ao mesmo tempo, deixamos de cumprir aquilo que é extremamente importante.
Alguns fatores são essenciais para o sucesso de uma gestão que tem carência de pessoal: equilíbrio, concentração, comunicação eficaz, dinamismo e sinergia.
Se conseguirmos manter o foco, executar o que está na agenda diária e semanal de trabalho, teremos dado o primeiro passo. O segundo passa pela valorização das pequenas coisas como fator motivacional. Isto depende essencialmente do gestor. Uma equipe motivada pode render muitas vezes mais do que uma outra numericamente maior.
Quantas vezes em jogos de futebol equipes que possuíam menos jogadores em campo conseguiram vencer outras que estavam completas? E por que isto ocorreu? Três coisas: estratégia, motivação e trabalho em equipe. Em síntese, sinergia.
O problema é que alguns gestores não conseguem criar um ambiente de trabalho de confiança, motivado e com boas relações interpessoais. Ficam simplesmente sentados aguardando os resultados, limitando-se única e exclusivamente a assinar documentos elaborados por outros.

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL, Mestre em Administração, Consultor, Palestrante e Membro da Academia Maceioense de Letras

Pessoa completa


Boa parte dos gestores somente consegue enxergar seus subordinados pelo que produzem ou deixam de produzir no trabalho, isto é, como um recurso. Tanto que na maioria das empresas os departamentos que cuidam das pessoas se chamam RHs, ou seja, departamentos de recursos humanos, quando, na realidade, deveriam se chamar departamentos de desenvolvimento de talentos.
Os gestores, muitas vezes, não vêem o colaborador ou servidor como uma pessoa completa. Quando as pessoas são tratadas como se fossem coisas não colocam todo o seu potencial, entusiasmo, engenhosidade, lealdade e criatividade à disposição da obtenção dos objetivos da empresa.
Qualquer profissional é, antes de mais nada, um ser humano. Alguém que tem corpo, coração, mente e espírito. Portanto, possui necessidades essenciais como viver, amar, aprender e deixar um legado.
Este é o paradigma da pessoa completa, que reconhece os seres humanos não como coisas que precisam ser motivadas e controladas. Pelo contrário, as pessoas possuem características especiais e exclusivas da natureza humana.
O momento que vivemos é, às vezes, tão focado em resultados, que leva alguns gestores a esquecerem que lidam com pessoas cheias de emoções e de sentimentos. Pensamos, então, não ser necessário procurar entender a alma humana. Achamos que isto é perda de tempo. Ficamos tão estressados e obsecados em alcançar as metas e os objetivos traçados, que nos esquecemos de trabalhar o coração e a mente dos nossos colaboradores.
Poderemos até ter as melhores instalações, equipamentos, softwares, sistemas etc., mas tudo isto não é o principal. O mais importante mesmo são as pessoas que compõem a empresa. Como elas se sentem no desenvolvimento de suas tarefas. Se não houver paixão de verdade pelo que fazem, jamais os resultados serão os melhores que poderiam ser alcançados.
Para aqueles que pensam que isso é “romantismo organizacional”, vejam o que disse Jack Welch, ex-diretor executivo da GE – General Eletric, considerado por muitos como um dos executivos de maior destaque do século XX: “Antes de se tornar um líder, o sucesso resulta de seu desenvolvimento. Quando você se torna um líder, o sucesso resulta do desenvolvimento de outras pessoas”.
Nós estamos na era do conhecimento e do capital humano. Neste momento, o grande diferencial está no ativo humano. Os gestores que não entenderem isso, vão conseguir fazer alguma coisa, porém, jamais conseguirão fazer as melhores ações que garantam a sustentabilidade de suas empresas.
Uma das decisões mais acertadas dos gestores é perseguir a quebra de paradigmas para si mesmos e para as pessoas que fazem parte de sua organização. Este é um segredo importante para um mundo onde uma das poucas realidades absolutas é a necessidade de mudança. Não adianta mudar apenas atitudes e comportamentos. A verdadeira mudança somente ocorre quando se muda o paradigma.

EDINALDO MARQUES

Professor da Ufal, Consultor e Palestrante

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As melhores sementes


A vida é realmente abundante, isto é, o que existe na terra dá para todo mundo viver, há comida, riquezas suficientes ou não?
A história abaixo, que recebi pela internet, permite que se reflita sobre isso:
“Um empresário agricultor, de pouco estudo, participava todos os anos da principal feira de agricultura da sua cidade. O que acontecia de mais extraordinário é que ele sempre ganhava, ano após ano, o troféu “milho do ano”. Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito. O seu milho era cada vez melhor.
Em uma ocasião dessas, um repórter do jornal abordou o empresário após tradicional colocação da faixa de campeão! Ele ficara muito intrigado com a revelação do empresário de como ele costumava cultivar seu qualificado e valioso produto. O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava boa parte das melhores sementes da sua plantação de milho com os seus vizinhos.
- Como pode o senhor compartilhar suas melhores sementes com seus vizinhos, quando eles estão competindo diretamente com o senhor?
O fazendeiro respondeu: - Você não sabe? É simples.
O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior ao meu, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudá-los a cultivar o melhor milho, cedendo a eles as melhores sementes.
Moral da história: aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz. Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem. Aqueles que querem ser felizes têm de ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
Você já parou para pensar que todos nós somos importantes uns para os outros e que para vivermos bem nós dependemos uns dos outros?
Espero que você também consiga ajudar a seus vizinhos a cultivar cada vez mais as melhores sementes, os melhores milhos, as melhores amizades.”
Tudo o que se faz nessa vida depende dos paradigmas que estão nas cabeças das pessoas. Se a gente quer aumentar a paz, segurança, conhecimento e a qualidade de vida, é preciso pensar em proporcionar isso para todos.
O equilíbrio tão procurado pela maioria da população, somente vai acontecer, quando a atitude for a de que todos podem ganhar.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração, Palestrante e Consultor

Proatividade


Essa é uma palavra usada nos dias atuais com bastante freqüência, sobretudo nos ambientes dos negócios e nas empresas. Ao recrutar e selecionar pessoas é a característica mais procurada pelos departamentos de pessoal.
Mas o que significa a proatividade? Qual a importância de uma postura proativa para o profissional seja ele de empresa pública ou privada?
O caráter do ser humano é determinado pelos hábitos que desenvolvemos. Podemos definir um hábito como sendo a interseção entre o conhecimento, a habilidade e o desejo. Quando dominamos o conhecimento, sabemos o que fazer e por que fazer determinada coisa. Já a habilidade nos leva ao como fazer, a nossa capacidade de fazer, ao passo que o desejo é a motivação, isto é, o querer fazer. Logo, para tornar algo um hábito em nossas vidas precisamos reunir esses três elementos. Os hábitos humanos determinam a excelência ou a baixa qualidade de tudo o que fazemos no dia-a-dia, seja no trabalho, na família ou na convivência em sociedade. Como disse certa vez Aristóteles: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.
Qualquer um pode decidir entre o hábito reativo ou proativo. No primeiro caso, a ideia básica é que somos condicionados a reagir de determinada maneira a um estímulo em particular, isto é, o ser humano é impulsionado a dar respostas a partir do estímulo, dos sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente. Já no proativo as pessoas continuam sendo influenciadas pelos estímulos externos, sejam eles sociais, físicos ou psicológicos, porém detém a liberdade de escolha, isto é, a resposta aos estímulos, consciente ou inconsciente, é uma escolha baseada em valores.
O que diferencia os seres humanos dos outros animais é exatamente a autoconsciência, a capacidade ilimitada. Entre o estímulo e a resposta encontra-se o nosso maior poder – a liberdade de escolha.
Temos, pois, a capacidade de subordinar um impulso a um valor humano. Portanto, a proatividade é o principal hábito de uma pessoa supereficaz em qualquer ambiente. E isso é o que mais agrega valor hoje para as empresas.
Logo, ter o maior número possível de profissionais proativos passa a ser uma necessidade das empresas públicas e privadas num ambiente altamente complexo, veloz e incerto, onde as mudanças e a inovação devem ser constantes.
A liberdade de escolha de uma pessoa proativa é conseqüência de sua autoconsciência, imaginação, consciência e vontade independente.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor da Ufal, Palestrante e Consultor

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Excelência no serviço público


Por onde começa e como promover a excelência no serviço público? Esta é uma pergunta que não pode ser respondida apenas em um artigo, face a enorme profundidade do tema. Mas vamos fazer algumas observações.
Numa gestão tudo começa pela definição das prioridades, no sentido de transformar os objetivos principais em realidade.
Se os administradores públicos entenderem a necessidade de investir no capital humano de uma forma planejada, com elaboração do diagnóstico de necessidades, programação, plano de execução e avaliação de resultados encontrarão o caminho para chegar a excelência.
Portanto, a decisão de investir no ativo humano deverá estar associada a um plano de ação operacional de treinamento e desenvolvimento. Tanto servidores de carreira como funcionários comissionados precisam estar alinhados com os propósitos do serviço público.

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Sistematização


A vida moderna exige que as pessoas e os profissionais façam cada vez mais com o mesmo tempo de que dispõem. As vinte e quatro horas diárias precisam ser utilizadas num nível de sistematização sempre crescente. O processo que foi utilizado no passado não serve para o presente.
O sucesso depende fundamentalmente da forma como usamos o tempo disponível. Ao subtrair as oito horas de sono, em média, sobram 16 horas. Se considerarmos oito horas de trabalho por dia, restarão oito horas, ou seja, 50% do nosso tempo.
Portanto, este é o tempo de que dispomos para cuidar de nós mesmos, da família, amigos, leitura, aprendizagem, planejamento, diversão etc.
Quando estamos estacionados, sem condições de fazer mais com o mesmo tempo, é porque atingimos o nível de sistematização. Logo, é um indício de que precisamos melhorar, passar a usar o tempo com maior eficácia. Caso contrário, não conseguiremos progredir e o estresse aumenta.
Na verdade as oito horas diárias, em média disponíveis são suficientes para fazer aquilo que é mais importante e que não poderemos delegar.
Há um ditado que diz: “se você quiser que uma coisa ocorra, entregue a alguém ocupado”. Porque se pedir a uma pessoa desocupada, que não faz nada, provavelmente colocará dificuldades, pois tende a considerar complicado.
Hoje, nesse mundo complexo, veloz e incerto, a metáfora é a seguinte: “quem corre anda, quem anda está parado e quem está parado é como se estivesse caminhando para trás”.
O maior problema é que as escolas não ensinam aos estudantes para essa nova realidade. Continuam usando o paradigma da era industrial. Estamos na era do conhecimento. Coisas que funcionavam antes, não funcionam mais. Por isso é essencial atualizar o processo de sistematização.
É preciso questionar como usar o tempo de um modo cada vez mais eficaz.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor, Consultor e Palestrante

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Quanto vale a eficácia?


É comum ouvirmos falar na palavra eficácia. É ainda mais frequente as pessoas pronunciarem a palavra eficiência. Existe diferença entre as duas.
Quando uma pessoa ou profissional age com eficácia faz aquilo que precisava ser feito, faz as coisas certas. Já eficiência significa fazer da forma certa, fazer bem feito.
No mundo corporativo ou na gestão de órgãos públicos a eficácia deveria vir sempre antes da eficiência. Infelizmente não é assim o que ocorre.
De que adianta fazer bem feito aquilo que não precisaria ser feito?
Esta é uma reflexão que os gestores devem fazer no sentido de buscar os melhores e maiores resultados.
A história seguinte explica bem a diferença entre eficácia e eficiência. Um navio carregado de ouro, prioridade máxima, sofreu uma pane na casa de máquina. O dono determinou que fosse contratado um mecânico para resolver o problema. Ele foi até o navio, trabalhou um dia e no final não funcionou.
Então, o dono do navio pediu que fosse contratado um engenheiro mecânico. Este, por sua vez, trabalhou três dias e novamente o problema persistia.
Ordenou o proprietário, que fosse trazido de helicóptero o projetista daquela máquina para tentar solucionar o defeito. O homem chegou, foi à casa de máquina, ouviu o barulho do motor e deu uma martelada numa chave que estava solta. Em seguida, solicitou que ligassem a máquina e tudo voltou a funcionar.
Os três mandaram as contas. O primeiro, que havia trabalhado um dia, cobrou 200 dólares. O segundo, mais graduado, trabalhara três dias e pediu 1200 dólares. Já o último, que resolveu o problema em um minuto mandou uma conta de 10 mil dólares.
O dono do navio, mesmo achando caro, disse que pagaria, desde que o técnico que resolveu o problema, explicasse o porquê dos 10 mil dólares. Então, ele mandou a explicação: “para dar a martelada, eu cobrei um dólar. Para saber aonde dar a martelada 9.999 dólares”.
Aquilo que pode alguém pensar ser caro, ficará ainda mais caro, se o problema não for solucionado no menor tempo.

EDINALDO MARQUES
Professor da Ufal, Consultor e Conferencista