quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Aposte na inovação


É raro alguém propor algo novo num órgão público e, até mesmo, em algumas empresas privadas. Em geral, o que vemos é uma repetição de procedimentos administrativos costumeiramente aplicados. Algumas ideias, que poderiam ser fantásticas, são logo abortadas. Quando surge um servidor ou colaborador, que lança uma proposta diferente, logo aparecem aqueles que preferem continuar fazendo o de sempre. E a ideia, por vezes inovadora, morre ainda no seu início.

Precisamos estar preparados para analisar qualquer sugestão que surja, seja ela de um servidor do alto escalão, seja de um outro numa escala hierárquica inferior. A capacidade de ouvir e entender com clareza aquilo que está sendo proposto é uma das características essenciais de um administrador.

A seguir, vejam a seguinte história: “Em uma faculdade de medicina, certo professor propôs à classe a seguinte situação:

– Baseados nas circunstâncias que vou enumerar, que conselho vocês dariam a esta senhora grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis e ela de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego e o segundo morreu. O terceiro nasceu surdo. O quarto é tuberculoso e ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho a aconselhariam tomar?

Com base nesses fatos, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor saída para ela. O professor, então, disse aos alunos:

– Os que disseram sim à ideia do aborto, saibam que acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven”.

No ambiente dos órgãos públicos e de empresas privadas, também pode acontecer o mesmo. As pessoas raramente acreditam ou apóiam algo que foge a rotina. A turma do contra sempre aparece para dizer que isso ou aquilo não dará certo. Mas, para obtermos um grande resultado, é preciso ouvir, inovar, dedicar tempo, perseverança, tenacidade e entusiasmo.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012 e as eleições


Uma pequena minoria da população acompanha o trabalho efetuado pelos políticos e fará novo julgamento em 2012 com mais chances de realizar uma escolha consciente. Já a grande maioria não percebe a importância do processo e age apenas como coadjuvante ou fica no grupo das massas de manobra.

Em quase todos os lares existe alguma TV e a mídia tem feito um papel importante na informação e esclarecimento dos fatos. Em 2012, haverá eleição para as prefeituras e as câmaras de vereadores de todo o País. Será uma nova oportunidade para pensar na escolha dos nomes que receberão o voto.

O povo tem um imenso poder, que precisa exercê-lo com toda a responsabilidade, consciência e atenção. Sabe-se que na decisão em quem votar, pesa muito o interesse particular. Às vezes, por conhecer esse ou aquele candidato, ou ter recebido algum favor por menor que seja, esquece-se de focar a qualidade do voto. Com isto, compromete-se o futuro em todos os aspectos.

Em consequência dos altos índices de pobreza e de miséria da população, da falta de educação e de conscientização do povo, da crise de valores que se alastra no país, ainda continua a prática condenável da compra e venda do voto. Isto é muito lamentável e reduz a possibilidade de se ter uma vida melhor.

Algumas pessoas não acreditam mais nos políticos. Como consequência, não acompanham os fatos, anulam o voto ou votam em branco. Para mudar a realidade atual é necessário votar, escolher os melhores candidatos. Somente através da política são definidas as prioridades de ação postas em prática e que podem melhorar a vida nas cidades, locais onde as pessoas residem e criam seus filhos.

A educação, saúde, segurança pública, geração de oportunidades de emprego e renda, transportes e trânsito, quase tudo, depende da forma como é conduzida a política.

O futuro depende do poder de decisão de cada um. Quando alguns dizem que todo político é igual, não é verdade. É sempre possível identificar diferenças. Para isto, precisa-se ampliar os níveis de politização.

Portanto, inicie 2012 antenado. Anote os acontecimentos. Antes de votar reflita bastante e não se deixe enganar por maus políticos, que somente enxergam os seus interesses pessoais e esquecem que foram eleitos para trabalhar pelo bem coletivo.

Um Feliz Ano Novo a todos!

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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Arrogância


Nos textos judaicos encontra-se a seguinte frase: “A arrogância é o reino – sem a coroa”. Já nos textos bíblicos, “A arrogância precede a ruína, e o espírito altivo, a queda".

Na vida convive-se com pessoas que insistem em fazer críticas destrutivas aos outros, mas não sabem ouvir, reformular o pensamento, nem conseguem ter a capacidade de mudar a si mesmas. Partem do princípio que somente elas estão certas. Ora, ninguém é o dono da verdade. Excentuando-se a morte, a necessidade de mudar para garantir adaptação ao ambiente e o respeito aos princípios, todo o restante, é relativo.

Apenas ter popularidade, conhecimento ou dominar a tecnologia não é suficiente. Precisa-se evoluir como ser humano, melhorar competências duráveis – comportamentos e atitudes, mudar paradigmas, a fim de não criar abismos entre as pessoas.

A história a seguir retrata um fato verídico: “Em 1995, houve o seguinte diálogo entre um navio da Marinha americana e as autoridades costeiras do Canadá. Os americanos começaram educadamente: – Favor alterar seu curso 15 graus para o norte, para evitar colisão com nossa embarcação. Os canadenses responderam de pronto: – recomendo mudar seu curso 15 graus para o sul. O americano ficou mordido: – aqui é o capitão de um navio da Marinha americana! Repito, mude seu curso. Mas o canadense insistiu: – impossível. Mude seu curso atual. O negócio começou a ficar feio. O capitão americano berrou ao microfone: – este é o porta-aviões USS Lincoln, o segundo maior da frota americana no Atlântico! Estamos acompanhados de três destroyers, três fragatas e numerosos navios de suporte. Eu exijo que vocês mudem imediatamente seu curso 15 graus para o norte, do contrário tomaremos contramedidas para garantir a segurança do navio. E o canadense, respondeu: – Impossível, repito: aqui é um farol... Câmbio!”

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Viagens de férias


Aproximam-se as férias de janeiro e, certamente, aumentará o número de veículos circulantes nas estradas. O que isto significa? Perigo à vista! As estatísticas demonstram que aumenta o número de acidentes nessa época.

Alguém já parou para pensar o quanto o País tem de prejuízo com esses acidentes? Sem falar no valor das vidas, que é incalculável, os gastos diretos e indiretos decorrentes são muito elevados. O que fazer, então?

Primeiro, os motoristas precisam se conscientizar dos perigos de dirigir em altas velocidades efetuando ultrapassagens em locais sem boa visibilidade. Muitas das estradas brasileiras foram projetadas e construídas com excessivo número de curvas, algumas horizontais, outras verticais, e ainda existem aquelas que, ao mesmo tempo, são verticais e horizontais.

Os veículos atuais estão, a cada ano, mais potentes. É preciso que o condutor conheça bem os limites de seu automóvel. Além disso, não podemos desprezar as condições de superfícies das rodovias pavimentadas, algumas esburacadas com um baixo índice de serventia.

O Brasil precisa inserir nos currículos das escolas, já nos primeiros anos de educação básica, a educação emocional. As crianças de hoje, que serão os adultos no amanhã, têm que aprender como ter autocontrole. Enquanto isso não for levado a sério, não vislumbramos uma solução para o elevado índice de mortes nas estradas.

Outro ponto importante é que o governo brasileiro precisa ser mais exigente em relação aos itens de segurança existentes já nos modelos básicos dos veículos. Se na Europa e nos Estados Unidos isso é levado em consideração, aqui, somente a partir de 2014, será obrigatória a presença de equipamentos de série, como airbags. A presença desses equipamentos, com certeza, reduzirá a quantidade de mortes em colisões.

Por outro lado, há ainda o fator geometria da via a considerar. É possível fazer estradas mais seguras desde que o DNIT e os Departamentos de Estradas de Rodagem criem programas de eliminação de pontos negros. Aquelas rodovias que apresentam mais acidentes em determinados pontos, precisam passar por uma mudança no traçado. Afinal, se considerarmos os recursos disponíveis na Cide (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) – imposto embutido no custo dos combustíveis desde a sua criação até os dias atuais, chegaremos a conclusão que a questão não é financeira, mas de decisão política.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Show de bola


O Brasil já algum tempo não é mais o melhor futebol do mundo. Na decisão do mundial de clubes a Espanha, representada pelo Barcelona, deu um passeio no Santos. Uma verdadeira aula de como jogar futebol com objetividade e resultado.

O Barcelona tem jogadores brasileiros, argentinos. Porém, a base é espanhola e vai estar presente em 2014. Os quatro a zero não representaram a superioridade do campeão, que poderia ter ganho por um placar bem mais elástico. Toques de primeira, triangulações, movimentações constantes, precisão nos passes, posse de bola. Não é apenas qualidade individual. Mais que isto, jogo coletivo e em equipe, talento associado a excelente condicionamento físico e muito treino com esquema tático definido.

Não me lembro de ter visto um domínio tão grande em um jogo de decisão. Neymar, Ganso e companhia foram anulados. Fica a lição para a Copa do Mundo de 2014. Ou muda a visão, filosofia, planejamento, esquema tático, ou, será mais uma decepção, semelhante ou pior do que a de 1950 no Maracanã, quando a seleção brasileira perdeu de 2 a 1 para o Uruguai. É preciso mudar a forma de pensar, treinar e jogar futebol.

Todos sabiam que seria um jogo muito difícil, porém não uma humilhação. Ao ser entrevistado após a partida, Neymar disse que aprendeu a jogar futebol. Na verdade, ainda não aprendeu. Apenas viu um futebol arte, uma revolução tática que pode ser copiada e até melhorada.

O que faz a excelência, seja no futebol ou qualquer outra área, é o treino e a repetição.

Edinaldo Marques
EngºCivil e Consultor

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Qualidade das obras


Cinco fatores determinam a qualidade de uma obra de engenharia: a tecnologia adotada, qualidade dos recursos humanos, procedimentos construtivos, tipo de controle tecnológico realizado e, por fim, a responsabilidade social e ética dos dirigentes da empresa. De todos os itens citados, o que mais comumente afeta a qualidade das obras é a falta de um controle tecnológico adequado. Os serviços durante a sua execução nem sempre recebem a análise devida por um profissional competente e idôneo, que ateste a qualidade daquilo executado pela empresa. No caso de uma obra pública, este é o trabalho da fiscalização, uma missão quase sempre necessária, mas pouco levada a sério.

Há construtoras que nem precisam de fiscalização. Já possuem uma cultura empresarial voltada a um processo construtivo de excelência, que segue os melhores padrões de qualidade. Mas, infelizmente, há aquelas empresas, que por melhor que seja a fiscalização, ainda assim, não atingem um padrão construtivo aceitável e deixam a desejar.

No caso de obras do governo, cabe aos órgãos públicos acionarem seus procuradores no sentido de exigir que o Código Civil Brasileiro seja respeitado. A responsabilidade de uma empresa construtora com uma obra ou serviço realizado, de acordo com o Código Civil Brasileiro, só prescreve com 20 anos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil e Consultor

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Prevenção ao vício


Recentemente, a presidente Dilma Rousseff apresentou um programa de prevenção e combate ao uso de drogas. Este é um enorme desafio do governo e de toda a sociedade, que para ser enfrentado e vencido exige uma série de fatores: estratégia, tática, execução eficaz e decisão política.

Milhões de crianças, jovens e adultos são viciados em drogas e caminham para a autodestruição. Para tentar mudar a realidade várias iniciativas precisam ser colocadas em prática e ao mesmo tempo.

Do lado do governo é necessário um maior combate nas fronteiras do país para impedir a entrada de novas drogas. Esta é uma missão de responsabilidade da polícia federal. As polícias estaduais e guardas municipais devem estar unidas no combate aos pontos de venda e distribuição. É preciso também priorizar a instalação de hospitais especializados, que possibilitem internação para o tratamento daqueles que já estão no vício.

Mas, tem ainda os que não são usuários. Para estes, a melhor alternativa é a prevenção. Os fatores mais eficazes de proteção contra o envolvimento com as drogas são a estabilidade do ambiente familiar, automotivação, descoberta do “norte-magnético” – bússola interior, forte vínculo pais-filhos, disciplina e monitoramento do pais, vínculos com instituições sociais – igreja, grupos de jovens etc., amizades que não usem drogas e campanhas anti-drogas.

A prevenção mais eficaz é aquela que permite às pessoas, o mais cedo possível da vida, descobrirem seus sonhos e saberem com torná-los uma realidade. Afinal, todos são feitos da mesma matéria de seus sonhos. É importante aprender a elaborar o projeto de vida e conhecer como criar propósito para alcançar metas, objetivos pessoais e profissionais. Essa direção é alcançada através de uma educação completa para a vida, envolvendo valores humanos, autocontrole – inteligência emocional e liderança pessoal.

EDINALDO MARQUES
Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mundo de ficção?


A imensa maioria da população vive no mundo da ficção e sequer imagina que isto acontece. Entende a si, e tudo mais ao redor, de uma maneira que pode não ser a correta. Quem tem clareza disto e procura questionar o que acha ser real?

As mídias jogam diariamente dados e informações de todos os tipos. O que é verdade e o que não é? A gigantesca onda de informações deixa as pessoas confusas e pode influenciá-las, seja de modo positivo ou negativo.

Nas escolas, do ensino fundamental ao superior - até na pós-graduação, ouvem-se opiniões e crenças, que podem não corresponder a realidade. Nas famílias e no meio social não é diferente.

Então, como criar maturidade, sabedoria e começar a pensar sobre o que se pensa? Se substituir paradigmas é tão importante para os resultados tanto individuais como coletivos, por que não é trabalhado nas escolas já a partir do ensino fundamental até o superior?

Na verdade a ausência de grandeza humana e de visão clara impedem que se construa uma sociedade muito melhor para se viver. Somente com leitura e muita reflexão, desenvolvendo a capacidade de questionar o que se ouve, com discussões compartilhadas, será possível sair do mundo da ficção e entrar no mundo real.

Edinaldo Marques
Engº Civil e Consultor
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Polêmica SEE x PGE


A Secretaria Estadual de Educação de Alagoas tomou a decisão de dispensar licitação pública e assinar um contrato de consultoria com a ABR Engenharia, de 5,5 milhões de reais, antes de receber o parecer final da Procuradoria Geral do Estado quanto à legalidade do ato. Essa questão vem sendo alvo de várias polêmicas. O objetivo da SEE foi a realização de um levantamento completo de necessidades técnicas de recuperação e/ou reforma em várias escolas do Estado, que causam risco de segurança aos alunos, professores e demais servidores. O trabalho de engenharia deverá ser feito com mais precisão e grau de detalhamento. Na escolha da ABR, como executora do serviço, deve ter sido levado em consideração o acervo técnico da empresa.

Do ponto de vista da administração pública qualquer secretário pode assumir a responsabilidade exclusiva por seus atos sem ouvir a Procuradoria. No caso específico foi o deve ter sido feito pelo secretário Adriano Soares, provavelmente motivado pela urgência na realização do serviço, demora no parecer da PGE e convicção na legalidade do ato.

Após conclusão das planilhas contendo os serviços que serão realizados, as obras de recuperação deverão ser executadas por 23 construtoras, previamente sugeridas pelo Sindicato dos Engenheiros de Alagoas. Mas, somente isto não garantirá a qualidade dos trabalhos. Para tal, caberá a Secretaria de Educação montar uma fiscalização de engenharia eficiente, que proceda acompanhamento e promova controle, no sentido de atestar se os materiais de construção e procedimentos construtivos serão aqueles previstos nas especificações e no memorial descritivo de cada obra.

Além disso, deve ficar claro, que existe responsabilidade civil das construtoras no tocante aos serviços que serão executados. Qualquer falha que venha a ocorrer em relação à durabilidade das reformas, poderá ser cobrada de acordo com a lei, mesmo depois da entrega das obras, a depender da SEE.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Desafios das cidades


2012 será mais um ano de eleição e desafios. 5.565 municípios brasileiros escolherão seus futuros prefeitos, que terão a imensa responsabilidade de conduzir os destinos de suas cidades, planejar e executar ações que possam promover a melhoria da qualidade de vida.

Não será uma tarefa fácil. Primeiro, é preciso que os postulantes aos cargos passem na convenção partidária e se tornem candidatos. Por enquanto, todos os pretendentes são apenas pré-candidatos. Segundo, virá a campanha política recheada – vamos torcer, de projetos e planos a serem propostos à população. Porém, é preciso que digam como implantar cada um.

Mas, em linhas gerais, quais são os principais desafios das cidades? Lógico que cada município tem suas potencialidades e necessidades. Vamos citar apenas 12 pontos para começar a refletir:

1- Fazer uma revolução na Educação. Este é o ponto principal de todo e qualquer governo, que tenha real compromisso com o futuro de sua cidade e do País;

2 – Elaborar políticas para o combate a violência e promoção da paz, em parceria com o Estado, que é o responsável principal;

3 – Definir um plano diretor de desenvolvimento urbano (caso ainda não exista) e montar um planejamento integrado para resolver a questão da mobilidade urbana e do trânsito, fixando ações de acordo com as prioridades. Esse é um problema crônico, sobretudo nas capitais;

4 – Fixar uma política de proteção de morros e/ou grotas e definir ações que promovam a prevenção, a fim de que novas tragédias não se repitam;

5 – Garantir saúde para a população, a partir da ampliação da cobertura do PSF;

6 – Priorizar a elaboração de projetos para melhorar a infraestrutura não só viária como de saneamento básico;

7 – Implementar um programa de urbanização de favelas, a partir da elaboração de projetos como escadarias, pavimentos de baixo custo, coleta de lixo, abastecimento, esgotamento sanitário, iluminação pública;

8 – Implantar um projeto de aproveitamento de resíduos sólidos da construção civil para reutilização na fabricação de tijolos, pavimentação de ruas e na geração de empregos e renda;

9 – Desenvolver e apoiar a implantação de núcleos ou cooperativas de produção - artesanato, agrícola e outros, incentivando a cultura empreendedora;

10 – Estabelecer políticas e ações de prevenção ao uso de drogas;

11 – Implantar um processo de manutenção das praças e monumentos, que preservem o patrimônio, a cultura e criem áreas de lazer;

12 – Executar um processo de gestão pública com profissionalismo e competência, que seja eficaz, a fim de garantir que as principais necessidades da população possam ser atendidas e que as propostas sejam efetivadas.

Edinaldo Marques
Engº Civil e Consultor
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Desnivelamento das caixas


A prefeitura de Maceió tem feito fresagem e recapeamento em algumas ruas da cidade, mas deixa as caixas de passagem dos serviços públicos da Casal - bueiros, na maioria dos casos, desniveladas, ou seja, abaixo ou acima da cota final do asfalto. Isto obriga aos motoristas a estarem sempre desviando dessas "armadilhas", para evitar problemas na suspensão, avarias no balanceamento, alinhamento, jantes e pneus.

Além de provocar desconforto para motoristas e usuários, ainda há o aumento da possibilidade de colisões, em face dos desvios repentinos que podem ocorrer nas trilhas de rodas. Outro problema é que o motorista reduz para passar no bueiro desnivelado e quem vem atrás pode não conseguir parar e bater.

Há tampas que ficaram mais profundas do que antes da nova cobertura asfáltica, algumas com diferença de até 8 cm. O prejuízo de um motorista, que tem o azar de cair nas "armadilhas", pode ser grande. Além do conjunto da suspensão, pneu e aro de roda, é possível quebrar a caixa de marcha. O total do conserto pode chegar a R$ 2 mil.

Essa é uma questão simples de ser resolvida. Depende, tão somente, da vontade do gestor e das equipes de fiscalização em propiciarem um serviço de melhor qualidade à comunidade. Depois da camada asfáltica concluída é só corrigir a altura das tampas.

Por outro lado, as operações de tapa-buracos não conseguem garantir melhores condições de superfície nas vias, em virtude do excessivo número de deformações permanentes, que se formam diariamente. A idade do pavimento e a falta de uma manutenção mais eficaz são algumas das causas.

Edinaldo Marques
Engº Civil e Consultor
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Prioridade


Em geral, por que as administrações municipais tendem a priorizar a infraestrutura – obras de pavimentação, viadutos e deixam outras áreas de governo, até mais importantes, ou tão importantes quanto, como educação, saúde, mobilidade urbana, sem a mesma atenção?

Primeiro, é mais fácil conseguir visibilidade política ao executar determinados tipos de obras de infraestrutura do que ao realizar ações no âmbito da educação, da saúde e dos transportes. Nestes casos, as respostas somente virão depois de um algum tempo, ou seja, não há visibilidade imediata. Como os governos são de quatro ou oito anos – se conseguirem a reeleição, passam a focar mais naquilo cujos resultados são rápidos.

O segundo ponto da questão é a visão, competência, qualidade dos valores pessoais e o grau de responsabilidade do governante. São fatores fundamentais, que fazem enorme diferença.

Terceiro, do ponto de vista de gestão é mais fácil licitar e contratar empresas para fazer obras do que montar sistemas e subsistemas eficazes de gestão, que promovam resultados positivos na educação, saúde e mobilidade urbana. Ou seja, a complexidade da gestão nestas áreas é maior.

Edinaldo Marques
Engº Civil e Consultor

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Via Expressa


A Via Expressa de Maceió, hoje batizada com o nome de avenida Menino Marcelo, foi concebida originalmente em 1978 para escoar a produção agrícola do interior de Alagoas até o Porto no bairro de Jaraguá. A extensão prevista era de 17,9 quilômetros, duas faixas com uma largura final de 7,20 metros de pista de rolamento e 3 metros de acostamento para cada lado. A ideia era ligar o transporte rodoviário ao portuário e garantir fluidez.

A obra foi executada numa parceria entre a União e o Estado de Alagoas – obra delegada. A fiscalização direta foi do Estado, através do DER-AL, enquanto a supervisão coube ao antigo DNER, hoje DNIT.

Tecnicamente, desde a implantação do primeiro trecho da rodovia – cerca de 15 quilômetros, em 1981, até o presente, nunca teve características de uma Via Expressa. Ou seja, na realidade, a Via Expressa não saiu do papel. O segundo trecho que compreendia, além das pistas de rolamento mais cinco viadutos, nunca foi implantado.

A ideia inicial do projeto era a de que não haveria semáforos nem lombadas. O fluxo de veículos leves e pesados seria contínuo, sem interferências laterais de tráfego e de pedestres. Isto significa que a Via Expressa deveria ser a via mais rápida e segura de Maceió.

Deveria, mas não é! Hoje, aquela via está cheia de interferências laterais, saturada, registrando longos engarrafamentos, os acostamentos foram transformados em pista de rolamento e em muitos locais não há acostamento. Bicicletas e motos disputam a vez com veículos de todo tipo. Muita gente já foi atropelada e/ou morta. A situação se agravará ainda mais, quando forem concluídas várias das obras imobiliárias em andamento.

Chegou a essa situação, porque não houve fiscalização para preservação do patrimônio público. Quando da construção foi desapropriada e indenizada uma faixa de domínio de 80 metros, ou seja, 40 metros para cada lado e colocadas cercas de concreto com arame farpado para garantir futuros melhoramentos, como a duplicação da via, construção de vias locais e de ciclovias. Áreas que passaram a ser do Estado a partir das indenizações realizadas entre 1978 e 1980 foram invadidas ao longo desses anos por particulares e surgiram construções, algumas a menos de dois metros do asfalto, o que dificulta melhorias.

Apesar de ser agora mais difícil, se o Estado ou União desejar, poderá indenizar novamente as áreas que já lhes pertenciam, ou brigar na Justiça, para que seja reconhecido o direito de utilizá-las.

A verdade é que algo precisa ser feito e já, porque se caminha para um caos total naquela avenida.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Consultor e Palestrante
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Infraestrutura - parte II


Vamos colocar de uma forma geral, didática e sequencial alguns passos para melhorar, de modo sustentado, o trânsito e a mobilidade urbana em Maceió:

1º) Que cidade se deseja?
2º) Qual cidade é possível?
3º) Realização de brainstorms e sessões públicas, a fim de coletar ideias ou sugestões da sociedade em geral;
4º) Promover mudança de mentalidade - elaboração de um planejamento de curto, médio e longo prazos, levando-se em conta os 3 ativos: físico, orçamentário-financeiro e humano. Deverá ser executado ao longo de diversos governos. Será preciso cumprir o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e as metas de Mobilidade Urbana, que forem definidas no plano;
5º) Visão sistêmica e responsabilidade para definir a sequência de prioridades a serem implantadas, levando-se em conta a integração e/ou intermodalidade de transportes viáveis para Maceió;
6º) Definição e priorização de implantação de novos equipamentos tipo viadutos, passarelas, estações de transbordo etc.;
7º) Eliminação de gargalos com desapropriações para implantação de projetos específicos em várias áreas da cidade;
8º) Implantar um processo de gestão que seja eficaz do ponto de vista pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional, a fim de no longo prazo conseguir uma melhor convivência urbana entre todos os integrantes do sistema: pedestres, ciclistas, motociclistas e veículos.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques

Infraestrutura - parte I


São muitas as necessidades de investimento da cidade de Maceió. Uma capital que deseja crescer de forma organizada e sustentada, receber mais turistas, gerar empregos e renda, não pode deixar de priorizar ações que visem à melhoria de sua infraestrutura urbana. As carências principais estão nos transportes, habitação, saneamento e abastecimento d’água. Vamos concentrar nossa análise no setor de transportes.

Maceió, como toda cidade, é composta por um sistema viário e modalidades de transporte. O sistema viário é compreendido pelas vias – ruas e avenidas, pontes, viadutos, travessias, veículos, ciclistas, motociclistas e pedestres. Dois pontos, logo de partida, que precisam ser debatidos: 1º) que cidade queremos?; e, 2º) qual podemos construir?

Praticamente, a única modalidade de transporte aqui existente é o rodoviário – carros, ônibus e caminhões, ao contrário de outras cidades que utilizam o trem, metrô de superfície ou de subsuperfície, além da navegação costeira, fluvial ou lagunar.

Outro ponto a ser considerado é o uso cada vez maior de bicicletas e motos, que são meios de transportes alternativos e econômicos. O crescimento de acidentes com perdas de vidas humanas e/ou deficiências físicas permanentes envolvendo esses tipos de transporte exigem a busca de soluções.

É preciso pensar, discutir e planejar o sistema viário da Maceió do futuro. Se hoje o caos já é uma realidade em vários pontos da cidade, a tendência é um agravamento da situação com engarrafamentos quilométricos sem opções de escoamento.

Sem dúvida, o traçado pelo Vale do Reginaldo é uma opção viável, mas a lentidão da obra ora realizada é grande, além de não contemplar metrô de superfície, como originalmente (1990) o projeto foi concebido. Se fosse incluído seria um transporte de massa seguro, econômico e confortável, que promoveria mudança de hábito da população, que passaria a deixar seu veículo individual em casa e utilizar o coletivo.

Qualquer proposta exequível e econômica para melhorar o sistema viário de Maceió deve passar também pela classificação funcional de cada via – expressas, arteriais, coletoras e locais. Não há em nossa capital nenhuma via que se enquadre na condição de uma via expressa. Até mesmo a batizada pelo nome de “Via Expressa”, nunca teve características técnicas que justificassem o seu nome.

A avenida Fernandes Lima – nossa principal via de acesso, pode ser classificada como uma via arterial, pois serve a um grande volume de tráfego (da ordem de 40 mil veículos por dia, em média). Possui características geométricas que permitem velocidades entre 60 e 80 km/h. As demais ruas e avenidas são todas vias coletoras ou locais e têm como característica muitos conflitos viários.

Feita a classificação devemos passar a levantar as condições de superfície ou de pavimento de cada via: sua idade, tipo de tráfego, base do pavimento, microdrenagem existente etc., condições de serventia – conforto e segurança, para poder depois diagnosticar a solução precisa para cada rua ou avenida. Se assim procedermos, iremos buscar a melhor solução técnica e economicamente viável. Isto é importante ser feito para garantir a boa gestão dos recursos públicos.

Além disso, é necessário considerar as particularidades dos pavimentos das vias urbanas. Nos pontos de paradas de ônibus, manter um pavimento asfáltico, não é correto. O aparecimento de deformações permanentes e buracos será muito rápido. Nesses casos é melhor mudar o material para concreto de cimento.

Para reduzir os acidentes e preservar o que há de mais importante – a vida dos usuários do sistema viário (motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres), além de perdas materiais, é fundamental pensar na implantação de um Centro de Análise e Controle de Acidentes – CACA. Pesquisas indicam que o número de acidentes de trânsito em nossas vias aumenta com a precipitação pluviométrica média mensal e com o número de dias chuvosos em cada mês. Podemos determinar os pontos mais críticos das vias em termos de acidentes, o que geralmente ocorre em alguns cruzamentos e entroncamentos. Mesmo em dias secos é comum ocorrerem acidentes em semáforos e cruzamentos. Melhorando-se as condições das superfícies e da sinalização, a partir de intervenções nos pontos críticos, é possível aumentar a atenção dos motoristas e a possibilidade de frenagem.

A interação motorista – veículo – passageiro – via – meio ambiente, no dia-a-dia, é muito grande. É necessário buscarmos as melhores condições de conforto, segurança e economia de operação para toda a comunidade, inclusive turistas que nos visitam. Somente assim, conseguiremos, em relação ao sistema viário, uma efetiva melhoria da qualidade de vida. Estimam que os desperdícios anuais assumidos pelos usuários, em função da falta de conservação adequada das vias – excesso de buracos e outros defeitos, estão acima dos 100 milhões de reais.

A melhoria da segurança urbana deve ser encarada sob todos os aspectos, principalmente nos dias atuais, aonde se verifica que as cidades impõem um elevado “stress” aos usuários do sistema viário, em geral saturado. Este problema se agrava dia após dia com o crescimento da população urbana, desorganização urbana, falta de planejamento e o aumento do número de veículos circulantes nas ruas e avenidas de Maceió.

Portanto, as soluções exigem uma sequência de governos, que trabalhem seguindo um planejamento e sequência de prioridades concebidos com profissionalismo e competência, levando em conta, simultaneamente, os 3 ativos: físico, orçamentário-financeiro e humano.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Asfalto ou cimento?


Esta é uma discussão comum em congressos de pavimentação de estradas e no meio técnico em geral.

A pavimentação de estradas feita com concreto de cimento é, seguramente, a melhor escolha para estradas com tráfego intenso e pesado, como as principais rodovias de escoamento da produção nacional. Já o custo inicial de implantação tende a ser sempre maior do que o asfalto.

Porém, é preciso esclarecer que os pavimentos feitos com asfalto, também são muito bons. Se há excessivos buracos nas estradas asfaltadas é porque houve falhas, principalmente durante a execução das mesmas ou na manutenção. Isto é, os procedimentos construtivos não receberam o controle tecnológico devido. Outro aspecto a considerar é que, quando se constrói com asfalto, as camadas internas do pavimento e o subleito (ou terreno de fundação) precisam ser melhor analisados.

Portanto, a decisão quanto ao uso de asfalto ou de concreto deve levar em conta o volume médio diário de tráfego e os valores das cargas transportadas.

Outro ponto a ser considerado é a qualidade da manutenção rodoviária adotada por aqueles que deveriam cuidar da operação das vias pavimentadas: na maioria das vezes inexistente ou ineficaz. Ao contrário do concreto de cimento, a pavimentação em asfalto exige uma manutenção preventiva e corretiva mais constante.

Em rodovias de tráfego muito pesado e intenso a pavimentação asfáltica pode até atingir a vida de 25 anos, se for devidamente projetada, construída e receber as manutenções preventivas e corretivas necessárias.

O que precisa ao Brasil é uma maior responsabilidade com esse imenso patrimônio constituído pelas estradas, além de visão política-administrativa séria e eficaz.

Enquanto a percepção não mudar, persistirão o elevado “Custo Brasil” e o desperdício de recursos públicos.

Edinaldo Marques
Engenheiro civil, Professor , Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Estudantes da USP


O que levaram alguns estudantes da USP a invadir a reitoria daquela universidade e depredar o patrimônio público? O caso somente foi resolvido depois que houve intervenção da polícia militar. Alguns ainda estão presos.

Esse foi um fato que repercutiu em todo o país. Há sempre um ou alguns motivos por trás de uma determinada ação.

Como pensam os estudantes que participaram desse movimento? Será que têm clareza de visão e conhecem suas missões pessoais? Quais são seus valores?

Há uma equação que diz: a missão pessoal está para o indivíduo, assim como a Constituição de um país está para seu povo. Imaginem um país sem Constituição? Vira uma baderna! O mesmo pode ocorrer com pessoas, que não têm bússola interior.

Sabe-se das teorias comportamentais, que as pessoas sempre se motivam por necessidades não atendidas. Que necessidades não estão sendo atendidas para os estudantes?

Cada pessoa tem suas crenças e algumas podem ser destrutivas. A qualidade das crenças é o determina o sucesso.

Edinaldo Marques
Professor, Consultor e Palestrante
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A força do querer


Qual o único animal capaz de fazer greve de fome? Sem dúvida, é o homem. Apesar de saber que isso causa riscos à saúde e pode levar até a morte, alguns já passaram vários dias sem se alimentar para protestar por algo que não concordavam.

Esse exemplo mostra o quanto é poderosa a força do querer. Dá para concluir, que a vontade humana é decisiva, ou seja, está acima da razão. Jamais será lógico alguém passar fome por iniciativa própria, mas mesmo assim já fizeram isso.

Que energia tão forte pode vencer a capacidade de decidir com a razão? Trata-se da automotivação. É uma energia interior, concentrada na mente humana e que somente pode ser resgatada por cada um. Influências externas produzidas na família, escola ou no trabalho podem ajudar, tanto positiva como negativamente no uso dessa energia. Porém, o acesso é propriedade exclusiva das pessoas.

Este raciocínio leva a deduzir que a verdadeira motivação não é promovida por tapinhas nas costas, incentivos e prêmios. Isto ajuda, mas não é o principal. Cabe àqueles que comandam outras pessoas terem essa visão e procurarem criar as condições, que permitam aos subordinados maior facilidade no uso de sua principal energia – a motivação.

No passado (início do século XX), por exemplo, na época de Henry Ford - empreendedor da Ford Company, pensava-se que para motivar era preciso pagar em dia, dar incentivos. Ou seja, imaginava-se que o homem podia ter seu comportamento condicionado. Hoje, pesquisas mais recentes demonstram, que o homem não é uma coisa, ou um golfinho, que pode ter o comportamento motivado por meio de algum prêmio. A verdadeira motivação nasce de necessidades interiores e não de influências externas. Esta é uma mudança de paradigma, mas que em pleno século XXI, não é percebida por alguns dirigentes.

O Brasil se prepara para disputar a Copa do Mundo em 2014. Apesar de na atualidade não ser considerado o número um no ranking da Fifa, se alinhar talento com vontade, criar nos jogadores uma visualização e propósito mental, que permitam com que cada integrante do time veja o quanto importante será levantar o caneco de campeão, não se tem dúvida de que essa equação – talento mais motivação, será decisiva para o sucesso. Este, depende 99% de transpiração e somente 1% de inspiração. Dois cientistas disseram isso, Einstein e Benjamin Franklin.

Para se sagrar hexacampeão não bastará apenas treinamento com bola e talento. Será preciso, também, um trabalho psicológico e de compreensão de resgate da energia diferencial na vida e nos resultados: automotivação. O processo de utilização dessa energia precisa ser do conhecimento de todo e qualquer profissional. É possível deixar de lado uma energia tão poderosa?

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Descompromisso


Principalmente dirigentes públicos reclamam do descompromisso de alguns servidores para com as metas estabelecidas nos órgãos. Isso faz com que haja lentidão nas ações e, consequentemente, as respostas que a sociedade espera passam a ser muito lentas. Há os que tentam justificar a falta de agilidade com a alegação de que a burocracia atrapalha. Na verdade a burocracia é necessária, porém o excesso, este sim, é que atrapalha. As causas principais da lentidão nos processos e ações dentro do serviço público são falhas do tipo de gestão, de planejamento, procrastinação ou necessidade de melhor treinamento do pessoal.

Como seria possível substituir descompromisso por compromisso? Com um processo de gestão do tipo empowerment. Na prática isto é difícil de ocorrer, em virtude da falta de vontade política.

Então, a alternativa é implantar um T & D no órgão com o objetivo de mudar paradigmas e práticas. Se a metodologia aplicada for correta, não resolverá todos os casos de descompromisso, mas os resultados, no todo, serão positivos. A maioria do pessoal tende a mudar, quando substitui seus pontos de vista bloqueadores. Esse trabalho precisa ser feito acompanhado de um processo que vise fazer com que os servidores entendam como funciona sua automotivação.

Sem dúvida a insatisfação salarial pode atrapalhar, mas no processo de automotivação há outros fatores a serem levados em consideração, como por exemplo, realização pessoal, reconhecimento, perspectivas futuras e clima organizacional.

Uma parte essencial do treinamento é aquela que promove mudança de hábito, começando com a prática da proatividade. Com 3 meses de dinâmicas de grupos e trabalho de coaching os resultados positivos começarão a ser visíveis.

É preciso deixar claro o seguinte: se os dirigentes públicos, ao invés de apenas agirem como chefes em seus órgãos, passarem a ser também líderes eficazes e derem bons exemplos, criar-se-ão as condições mais favoráveis para agilização das ações públicas.

Edinaldo Marques
Professor, Consultor e Palestrante
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Inovação na Educação


Além do sólido conhecimento que deve ser obtido durante o ensino fundamental, profissional e/ou superior, duas competências precisam ser desenvolvidas pelos estudantes, pois melhorarão a qualidade de suas decisões e aumentarão a produtividade no trabalho e na vida. São elas, liderança e motivação. Ambas fazem parte de uma das teorias de Administração - Comportamental. Sabemos que o comportamento é um fator decisivo nos resultados obtidos.

Como conseguir buscar automotivação e superar momentos de baixa energia motivacional? O que motiva as pessoas? Como conseguir inspirar outras pessoas no ambiente de trabalho? Que capacidades mais importam para os líderes? Quais as etapas necessárias para a formação de um grande líder? Qual a importância da prática da liderança eficaz nos dias atuais?

Estas são apenas algumas das questões, que precisam ser do conhecimento dos estudantes, no sentido de dotá-los de competências duráveis para o futuro exercício da profissão e, também, para a vida.

Segundo Peter Drucker, um dos desafios que as corporações têm enfrentado é a melhoria da produtividade incrivelmente baixa dos trabalhadores do conhecimento. Como mudar essa realidade? É preciso agregar outras inteligências aquelas que já são normalmente desenvolvidas pelos estudantes, como por exemplo, a lógica-matemática.

Howard Gardner trata dessa questão em seu livro Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Agregar capacidade e habilidades mentais aos talentos é fundamental para os resultados. Trabalhar, simultaneamente, a inteligência lógica, emocional e operacional significa um passo adiante na formação de pessoas mais equilibradas e de grandes profissionais.

Por que o MEC e as secretarias de Educação não criam um programa de desenvolvimento contínuo da capacidade de liderar e automotivar já a partir dos primeiros anos de aprendizagem? Esta seria uma grande inovação, que se fosse analisada, discutida e implantada melhorariam os resultados e permitiriam que o Brasil avançasse mais rapidamente na direção da competitividade.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

84ª posição no IDH


O Brasil parece um avião moderno, mas com motor de ultraleve pilotado por amadores. Esta é a metáfora apropriada para a posição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País. Apesar de ter subido uma posição no ranking de 187 nações avaliadas do mundo, ainda estamos muito longe do ideal. Continuamos atrás de vários países aqui da América Latina: Argentina, Venezuela, Peru, Jamaica, Costa Rica, Venezuela e Peru.

Como sempre a educação é o nosso principal entrave. Que paradoxo! Se economicamente somos a 7ª potência no mundo, em termos de desenvolvimento deixamos a desejar. Crescimento e desenvolvimento não são a mesma coisa. O primeiro é quantitativo. Já o segundo é mais qualitativo, ou seja, depende de índices sociais.

O resultado tem uma causa: a baixa qualidade dos líderes e administradores. Se não faltam recursos, pois a economia mostra isto, então o que falta? Sem dúvida, a falha está na visão, definição de prioridades, compromisso real com o futuro, foco e execução. A mudança passa necessariamente por uma educação integral e de melhor qualidade, que prepare o jovem para o século XXI.

Não adianta melhorar a educação, a partir de paradigmas ultrapassados. Os resultados avançarão, mas ainda muito lentamente. Estamos num mundo veloz e competitivo. A tão falada revolução na educação, por aqui, não sai do sonho. Porque, simplemente, não é uma real prioridade do governo. Voltamos toda a atenção e investimentos para a Copa do Mundo de 2014. E por que não fazemos, paralelamente, o mesmo em relação à educação?

7,2 anos em média dentro de uma sala de aula ainda é pouco para superar as desigualdades do País. As crianças no Brasil estudam menos do que na China, África do Sul e no Chile.

Um dos vilões do IDH brasileiro não é o capitalismo selvagem, mas o sistema tributário do País, que precisaria ser modificado. Quem se interessa por isto?

A Noruega, que ocupa o 1º lugar no ranking mundial, tem uma renda nacional bruta quatro vezes melhor que a nossa e o dobro do tempo de escola.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Corrupto e corruptor


Um dos temas mais comentados na atualidade é a corrupção no relacionamento entre atores públicos e privados. No Brasil a corrupção pode ser comparada a um iceberg – o que não está à vista ou não é percebido pela população, é bem maior do que aquilo que está à vista. Anualmente, só de recursos federais, 50 a 84 bilhões de reais são desviados dos cofres públicos e alimentam esquemas de corrupção. São sistemas de organizações informais dentro do governo espalhados em diversos órgãos.

A principal causa desse mal é a quase certeza da impunidade por parte dos infratores. De um lado, corruptos e, do outro, corruptores. A sociedade geralmente está mais preocupada com os corruptos e esquece os corruptores. Que fique bem claro: somente há corruptos, porque também existem corruptores. Alguns alegam, que se não entrarem no esquema ficam fora do processo. Então, se submetem a embutir nos preços e repassar uma porcentagem daquilo que é recebido. Para isto, utilizam-se de “caixa dois”. Ou seja, o caminho da corrupção ocorre através de repasses em dinheiro para ocupantes de cargos públicos por parte das empresas que executam serviços, fornecem materiais ou assinam convênios. Fornecedores ou prestadores de serviços, quando decidem participar de uma licitação pública, já sabem, de antemão, que haverá uma taxa a ser paga. Dirigentes públicos que se beneficiam desses esquemas conseguem transferir o dinheiro não declarado para bancos no exterior, compram imóveis e colocam em nome de “laranjas”, usam em campanhas políticas...

Outra forma encontrada por dirigentes para se beneficiarem das verbas públicas é a criação de empresas, que passam a prestar serviços, onde seus integrantes são apenas “testas de ferro”.

Uma verba federal repassada a estados ou municípios pode ter uma taxa de desvio ainda maior, em face das diversas etapas de “intermediação”. Em cada liberação de recursos há alguém cobrando participação ou “custo político”.

Apesar dos fortes indícios nos diversos casos sob investigação em todo o país, poucos foram punidos e, o que é mais importante, não devolveram o que foi desviado. Geralmente o motivo alegado é a falta de provas e a lentidão da justiça. As provas passam a ser mais evidentes quando um dos lados – corruptor, se sente prejudicado.

Se as pessoas que estão no topo das organizações, dirigentes públicos dos três poderes – executivo, legislativo e judiciário, tivessem vontade política, coragem, dessem exemplos positivos e adotassem as medidas administrativas e/ou jurídicas necessárias, os índices de corrupção baixariam e muito. Portanto, além da impunidade, o que também inspira a corrupção e cria essa cultura destrutiva é a falta de grandeza humana – de caráter e a incapacidade de liderança e de gestão.

O que impressiona é saber que muitas pessoas são escolhidas para ocupar postos estratégicos, que mexem com grandes orçamentos, em virtude da “flexibilidade” de atuação em esquemas de corrupção. Não é a competência técnica nem administrativa o fator dominante, mas sim, a “experiência” e “discrição” no trato com o esquema.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bússola e tempo


O tempo é uma das coisas mais importantes da nossa vida, mas pouca atenção nós damos a ele. Aprender a gerenciá-lo corretamente é fator decisivo para o sucesso de todo e qualquer profissional.

Os executivos vivem mergulhados em problemas que precisam de decisão e o tempo para eles passa a ser um fator essencial para o crescimento de seus negócios.

Porém, há outra coisa que não podemos desprezar, pois é tão importante quanto o tempo. Trata-se de nossa bússola, que precisa ser consultada e analisada a todo instante, para verificarmos se estamos realmente certos da direção escolhida.

Os compromissos, as reuniões, os horários, as metas e as atividades são fatores que dependem do relógio. Já a bússola representa a visão, valores, princípios, missão, consciência e direção.

De nada adianta estarmos numa estrada dirigindo muito bem e vencendo distâncias, se ao chegarmos ao final do caminho, verificarmos que não é aquele local que pretendíamos alcançar. Ou seja, podemos dirigir com uma velocidade maior, gastar menos tempo, mas ainda assim não alcançamos o objetivo principal.

Portanto, na luta diária entre a bússola e o relógio precisamos focar os dois, simultaneamente. A cada instante, verificar primeiro se o caminho que estamos percorrendo é a direção que realmente queremos. Segundo, se a direção estiver correta, quanto mais rápido cumprirmos com as nossas metas melhor para as nossas vidas.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Educação de alto desempenho


O mundo corporativo questiona a qualidade dos profissionais que saem hoje das universidades e são inseridos nas diversas formas de produção. Há vagas nas empresas, que deixam de ser preenchidas, em virtude da ausência de técnicos aptos a ocupá-las. A saída encontrada por algumas organizações é criar universidades corporativas ou encaminhar colaboradores, para que façam novos cursos e possam adquirir maiores competências.

Em plena era do trabalhador do conhecimento a produtividade deixa a desejar. E por que isto acontece? O que falta ao ensino brasileiro para melhorar a sua qualidade?

As falhas na Educação começam já nos primeiros anos de escolaridade e se estendem até os níveis superiores. Os estudantes não são preparados para utilizar, simultaneamente, as três inteligências: lógica, emocional e operacional. Isto faz com que os resultados, tanto na vida pessoal como profissional, sejam menores. Seria necessário mudar o projeto pedagógico – grade curricular, metodologia do ensino, e aproveitar todo o capital intelectual dos estudantes.

Cada profissional precisaria concluir seu curso com o domínio de um conhecimento sólido específico em determinada área, mas, além disso, com o desenvolvimento de outras inteligências, como a intrapessoal, interpessoal, autocontrole, operacional – estratégica e administrativa.

Dessa maneira, daríamos um salto de qualidade na formação de profissionais com competências e inteligências voltadas ao século XXI, num mundo complexo, veloz, cheio de incertezas e de turbulências.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor, Consultor e Palestrante
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Como planejar 2012?


Faltam poucos dias para encerrar o ano de 2011. Já é tempo das pessoas e empresas começarem a pensar em planejar 2012. Lógico que um planejamento de médio e longo prazos poderá ser mudado, mas mesmo assim é importante ser elaborado, pois cria uma direção, a fim de que as escolhas pessoais possam ser as mais importantes. Afinal, qualquer pessoa ou empresa precisa saber aonde quer chegar para aumentar as chances de atingir o que deseja.

Um planejamento eficaz começa, primeiro, pela identificação dos valores que cada um considera ser realmente importante. É fundamental ter clareza em relação a missão e a visão, seja no campo pessoal ou empresarial.

Que valores você escolhe? Consideração, coragem, família, respeito, responsabilidade, sabedoria, qualidade, saúde ...? O que mais? É importante fazer o autoconhecimento e responder a seguinte questão: o que realmente você quer na vida: riqueza? poder? tranquilidade? O quê mais?

Além de descobrir os valores é necessário que faça uma declaração esclarecedora de cada um deles. Coloque tudo isto no papel. Esta simples decisão aumenta seu compromisso pessoal, cria propósito mental e facilita o foco no dia-a-dia.

Segundo, estabeleça metas de pequeno, médio e longo prazos. Escreva-as, também, no papel, e, como se tratam de metas, fixe os prazos para o início e fim. Divida-as em partes factíveis e seja persistente no sentido de alcançá-las. É bom lembrar que: “Persistir é o que torna o impossível em possível... O possível em provável e o provável em definitivo” (Robert Half, escritor americano).

Terceiro, a cada semana a partir de 2012, defina os papeis que irá cumprir – suas diversas funções (por exemplo, médico, empresário, professor, palestrante...), e nunca se esqueça de priorizar o papel “eu” – corpo, mente, coração e espírito, ou seja, cuidar de você mesmo. O planejamento semanal pode ser feito no início de cada semana. Nesse momento, identifique aquilo que for mais importante a ser feito na semana e faça a sua programação.

Quarto, planeje e aja a cada dia de 2012. No início do dia, antes de começar a fazer algo, revise o que não pode deixar de ser feito naquele dia. Para isto, você vai gastar entre 5 e 10 minutos.

Por último, adote uma ferramenta apropriada, que melhor se adapta ao seu estilo de vida, a fim de facilitar na execução de suas metas. Pode ser, por exemplo, uma agenda, tablet, palm top, notebook...

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como mudar na prática?


Quando participamos de palestras, treinamentos ou congressos, investimos em nosso desenvolvimento pessoal, ampliamos ideias, ficamos emocionalmente envolvidos durante o evento, nos divertimos, trocamos cartões de apresentação, melhoramos nossa rede de relacionamentos, saímos com uma sensação muito positiva.

Mas, será que nos dias seguintes, conseguiremos pôr em prática aquilo que foi exposto? Por que temos tanta dificuldade de mudar e implementar aquilo que aprendemos? O que poderia ser feito para facilitar a implementação das mudanças?

É fundamental que os palestrantes possam expor conteúdos acompanhados de um processo ou método com as “ferramentas” necessárias, a fim de que novos hábitos passem a fazer parte do dia-a-dia das pessoas e das empresas. Esta é uma estratégia que visa aproximar teoria da realidade.

Por outro lado, em geral, quem participa de um treinamento são pessoas que não têm poder de decisão e detém pouca influência. Ou seja, os comandantes, que deveriam desenvolver características modernas de liderar e administrar, raramente, estão presentes nesses eventos.

Na vida e no trabalho 99% das coisas que fazemos dependem de nossos hábitos. Como substituir um hábito por outro mais eficaz?

Um hábito é o resultado da intersecção de três coisas: conhecimento, habilidade e motivação. Primeiro, precisamos saber o que fazer, por que fazer. Em seguida, como fazer. Por último, ter vontade de fazer. No encontro dessas coisas, formam-se os hábitos.

Aristóteles dizia: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.

Uma grande dificuldade no processo de mudança é o querer fazer. Isto pode ser superado, quando conseguimos identificar como aquela mudança pode nos ser útil.

As pessoas precisam aprender a se manter focadas naquilo que é importante. Por isso é que conhecer o processo passa a ser indispensável. Sem um trajeto claro em mente, sem conhecer como planejar a semana, o dia e executar as coisas mais importantes, sem as “ferramentas” apropriadas, ficará mais difícil implementar mudanças. É por isso que em muitos casos os treinamentos e/ou palestras funcionam apenas como terapia ocupacional.

EDINALDO MARQUES
Professor, Palestrante e Consultor
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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Condições das estradas


Turistas estrangeiros que visitam o Brasil reclamam, principalmente, das péssimas condições das estradas e dos aeroportos. Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o País se prepara para receber milhares de pessoas, que aqui virão participar desses eventos.

Para ampliar os aeroportos o tempo até a Copa será suficiente. Já em relação às estradas a situação é diferente. Em menos de três anos, tempo que falta para a Copa de 2014, não haverá condições de recuperar e/ou melhorar as atuais estradas existentes.

Essa é uma área que exige trabalho permanente. Não dá para construir uma rodovia e, paralelamente, não criar um sistema que permita o acompanhamento e identificação de manutenções preventivas, corretivas e novas intervenções.

Quem tem a responsabilidade de administrar as estradas não enxerga essa necessidade, ou não consegue, junto à classe política, priorizar recursos que permitam um investimento mínimo e constante, a fim de que pequenos defeitos identificados após a construção, sejam eliminados durante a operação, antes de provocar a destruição total da estrutura dos pavimentos.

Deixar uma estrutura rodoviária se deteriorar por completo significa desperdiçar recursos, reduzir conforto e segurança para os usuários, aumentar o custo de deslocamento das pessoas. Quando uma estrada passa a exigir uma reconstrução ou restauração pesada, fica mais oneroso para o País e toda a sociedade.

Quando o governo perceberá isso e agirá na direção correta, no sentido de corrigir esse erro estratégico que aumenta o Custo Brasil?

Edinaldo Marques
Engº Civil, Representante da Associação Brasileira de Pavimentação
Consultor e Palestrante
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dia das crianças


Outubro se comemora o dia das crianças. São elas que poderão transformar, no futuro, a realidade atual. Esperar que a geração de adultos de hoje faça a sua parte, está difícil de acontecer. As evidências mostram que as práticas e os exemplos não ajudam na construção de um mundo melhor. Então, como imaginar que as crianças possam, no amanhã, construir um mundo muito melhor para as gerações ainda mais futuras?

O futuro depende daquilo que hoje for feito no presente. Se pudesse dar um conselho a cada criança brasileira, diria o seguinte: descubra seus sonhos, transforme-os em metas e coloque no papel. Certamente, apenas uma pequena minoria teria condições de fazer isso. Mas, será que uma maior parte poderia entender e colocar em prática o que digo? Sim, desde que tivesse uma orientação adequada e fosse ajudada a executar esse processo.

Isto é resultante de uma pesquisa feita numa das mais conceituadas universidades do mundo: Harvard. A conclusão indicou a importância de descobrir sonhos, transformar em metas e escrever no papel, a fim de que se crie propósito mental, ou seja, motivação duradoura para transformar em realidade.

É preciso fazer com que as crianças trabalhem, simultaneamente, mente, corpo, coração e espírito. Fazer com que incorporem o hábito da leitura e da reflexão. Que possam se preparar para serem protagonistas e não coadjuvantes. Conheçam e coloquem em ação estratégias mentais positivas, no sentido de garantirem melhor autocontrole e sucesso profissional. Longe das drogas e conscientes da necessidade de criar projeto de vida, com visão mais clara, missão e valores elevados baseados em princípios.

Esse é o caminho de um futuro sustentável, que pode ser detalhado com diversos projetos pedagógicos e metodologias eficazes.

Coitado de um povo que não respeita, não educa como deve, nem valoriza as crianças. Que legado deixará para o futuro?

Minhas homenagens a todas as crianças do País.

Edinaldo Marques
Professor, Consultor e Palestrante
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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Banheiros na orla


São comuns as reclamações de turistas que visitam Maceió quando, ao desfrutarem das belezas inconfundíveis do nosso litoral, procuram banheiros na orla para atender às suas necessidades.

Banheiros deveriam ser projetados e construídos em equipamentos subterrâneos, para não tirarem a vista para o mar. Poderiam encarecer um pouco o valor das obras, mas o acréscimo era plenamente justificável pela beleza do local e pela quantidade de frequentadores - turistas e a própria população.

Em alguns pontos ao longo de toda a orla, deveriam ser anexados mapas com a localização dos diversos equipamentos encontrados na área. Isto é muito comum em qualquer cidade que tenha potencial turístico.

Já que temos vocação para o turismo é preciso agir com eficácia e criatividade em todos os aspectos: sinalização, comunicação visual, manutenção da área, segurança, limpeza, fiscalização na ocupação do solo etc.

Outro ponto, que deveria constar no planejamento e ações voltadas ao turismo, é a preparação constante dos ambulantes que atuam no local. Trabalhos de educação e conscientização precisam ser repetidos, para que gerem resultados positivos.

Por fim, uma sugestão: na volta dos turistas às suas cidades de origem, por exemplo, no aeroporto, seria muito importante coletar sugestões e avaliação das pessoas que nos visitam. Através de questionários preenchidos os dados seriam analisados e subsidiariam futuras decisões. É assim que iremos atender cada vez melhor aos visitantes.

O difícil não é trazer o turista uma vez para visitar Maceió. O objetivo maior é que esse mesmo turista possa voltar mais vezes e fazer o marketing boca-a-boca da nossa cidade.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Consultor e Conferencista
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Desafio educacional


O maior desafio do Brasil não é apenas erradicar o analfabetismo e educar as crianças. Os adultos, pais e mães, também precisam ser alfabetizados. Mas, além disso, educados e preparados para darem os exemplos tão importantes à educação dos filhos.

A meta de erradicação do analfabetismo prevista para ser cumprida até 2020, deve ser ampliada para os adultos.

Sabemos que 60% da educação depende das famílias. Não podemos ficar satisfeitos apenas ensinando a ler e escrever. É preciso formar cidadãos, futuros profissionais preparados para enfrentar a realidade da vida nos dias atuais.

Enquanto no projeto pedagógico não forem incluídas as disciplinas educação para valores humanos e educação emocional, estaremos longe do ideal.

Somente mudaremos os resultados para valores aceitáveis, quando ampliarmos o ponto de vista.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Real ou irreal?


Cuidado com o que você pensa ser verdade. A qualidade daquilo que se percebe é condicionada pelo que acontece no processo de formação e crescimento de cada um. Depende, fundamentalmente, do ambiente em que se vive e das experiências. Isto determina a maneira como a gente se comporta e, por conseguinte, os resultados obtidos na vida, tanto pessoal como profissional.

A partir dos primeiros anos de existência as pessoas começam a ser influenciadas pela família, escola, televisão, religião, colegas e ambiente social em que vivem. A forma como você é criado pelos pais e situações vividas durante o crescimento constituem o pensamento e têm um impacto, positivo ou negativo, na maneira como cada pessoa passa a perceber.

Portanto, só é correto radicalizar em relação aos princípios. Estes sim, são verdades inquestionáveis. O restante é fruto de crenças absorvidas, que podem não ser reais.

No mundo atual e de tantas mudanças, é preciso questionar o tempo todo, se aquilo que cada um pensa ser real, é mesmo verdadeiro. Apesar de não ser fácil conseguir isso das pessoas, não há outro caminho. Para mudar a realidade atual, é preciso começar mudando a si, o que passa pela substituição de pontos de vista.

Seja em relação a vida pessoal, na política, economia, educação, mercado de trabalho, pesquisa científica, tudo pode ser substituído por um novo modelo, ou mapa mental, que melhor explique determinado problema.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mente impulsiva


Todos nós temos uma mente, que funciona com grande rapidez. Aquela que a qualquer instante nos tira do sério, impulsiona a agir e pode nos levar a cometer muitos erros. Que tende a nos fazer agir envolvidos por fortes emoções.

Para que isto não aconteça, precisamos ter cautela, dar uma de detetive, entender melhor o que realmente acontece, aguardar um pouco, contar até dez, cem ou mil, ouvir mais pessoas. Esperar que a mente racional e mais competente passe a funcionar. O problema é que a mente que nos faz acertar mais em nossas decisões funciona com efeito retardador.

Portanto, quem pretende administrar com precisão não pode deixar de conhecer os perigos da mente emocional. O estresse do dia-a-dia, histórias – algumas mal contadas ou cheias de interesses por pessoas que nos rodeiam, nos levam a conclusões, que podem ser precipitadas, se não processarmos de modo adequado.

Antes de administrar qualquer coisa, é preciso aprender a gerenciar a si mesmo e a vida. Podemos pagar um preço alto por agirmos sob impulso, e até perder a vida, por não conhecer como funciona a mente impulsiva.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração, Palestrante e Consultor
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DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS


Não há países desenvolvidos – “ricos” e subdesenvolvidos – “pobres”. Na realidade, o que existem são países cujos governantes administram com profissionalismo e integridade os recursos econômicos, naturais e humanos, e países, que não escolhem o caminho da meritocracia e do pensamento sistêmico para administrar processos e pessoas. Ou seja, a diferença está na qualidade da gestão e, antes disto, na forma como as diversas lideranças exercem o seu papel.

Essa questão tem sido debatida, quando se reúnem consultores, pessoas de negócios, pensadores, líderes e gestores nos encontros ocorridos anualmente em São Paulo durante as realizações da Expomanagement – evento internacional, que conta com a participação de especialistas de todo o mundo.

Acrescente-se a necessidade de promover um desenvolvimento, que seja realmente sustentável. Isto é possível e indispensável para garantir o futuro da vida no planeta. Caso contrário, as consequências poderão ser as mais desastrosas. Entre outras coisas, a atual geração será condenada pelas civilizações que sucederem.

Existe um processo de gestão – altamente eficaz, que se fosse incorporado a metodologia de governo de qualquer País, estado ou município faria uma enorme diferença. Passa pela formação do maior número possível de líderes verdadeiros.

O ideal seria incluir em toda e qualquer profissão, como exigência curricular, a habilidade mais requisitada nos dias atuais e a menos encontrada: liderança. Em alguns anos teríamos uma sociedade muito melhor.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Liderança no século XXI


Há vários tipos e estilos de líderes. Mas, que características mais interessam na atualidade? Em síntese, dois pontos são essenciais: 1º) caráter – integridade e coragem; 2º) competência – visão clara, pensamento sistêmico, maturidade, comunicação e autocontrole.

Quando num trabalho qualquer de gestão o líder não fixa, ou não diz, com absoluta clareza aquilo que realmente deseja, os seus liderados ficam em dúvida e deixam de fazer as ações na velocidade necessária. É fundamental estabelecer aonde se quer chegar, a fim de que quem estiver hierarquicamente abaixo possa executar, isto é, administrar e estabelecer prioridades, que irão transformar em realidade aquilo que a liderança maior deseja.

É assim que deveria funcionar, seja no serviço público ou na iniciativa privada. O líder verdadeiro define qual a direção a ser adotada e quais os objetivos que serão perseguidos. Ou, pode delegar a outras lideranças essa tarefa. Mas, para que isto ocorra é preciso que haja confiança do líder em seus liderados e que a declaração de valores seja devidamente respeitada por todos.

Sobretudo quando podem haver consequências políticas negativas, em face da adoção de algumas medidas aparentemente impopulares, mais ainda, precisa-se ter convicção de que o caminho a ser adotado é realmente aquele estabelecido. A ausência de definição clara passa insegurança para os líderes menores e para os administradores.

Compete à liderança de topo e as lideranças intermediárias despertarem o apoio de seus liderados, que terão a tarefa de transformar as estratégias fixadas em ações concretas, fazendo com que se obtenham os resultados. E esta competência é uma atribuição direta dos servidores ou colaboradores. Além disso, é indispensável que o líder aprenda a reconhecer as conquistas, mesmo que parciais, alcançadas ao longo de um trabalho.

O grande problema é que as pessoas assumem uma função pública ou privada e, às vezes, nunca tiveram uma experiência anterior. Nem tampouco possuem as competências e habilidades indispensáveis ao exercício da função administrativa. Começam a aprender no dia-a-dia e, erram muito, até compreender como as coisas funcionam – e, às vezes, nunca compreendem.

Estudos internacionais demonstram que o estilo da liderança determina entre 60 a 70% do clima da organização. E o grande impacto que isso tem é nos resultados: de 20 a 30%.

Não basta apenas que os servidores ou colaboradores coloquem o potencial da mente no trabalho. É preciso incluir também o coração. Quando o trabalho não é feito com paixão os resultados não ocorrem na dimensão desejada. O maior desafio do trabalho do líder é formar uma equipe de talentos, com fidelidade e comprometida com o planejamento traçado.

O grande e maior problema do Brasil é a ausência de líderes verdadeiros no trabalho político e administrativo do país, estados e municípios. A qualidade da liderança pode ser desenvolvida, mas para que isto ocorra, é preciso haver interesse.

Como diz o consultor internacional Tom Peters: “A liderança é o atributo que tem a maior demanda e a menor oferta no mercado”. O professor espanhol Santiago Álvarez cita: “O líder verdadeiro é aquele respeitado pelas pessoas, não por mero exercício de poder, mas pelo saber”. Já o brasileiro Oscar Motomura: “O verdadeiro líder é aquele que faz com que todos na empresa sejam líderes no que fazem”.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mitos e crenças


Há na linguagem popular e na cabeça da população alguns mitos e crenças, que prejudicam o futuro das pessoas e do país. Isto funciona como os paradigmas, ou seja, aquilo que cada um acha sobre a política, gestão pública e as coisas em geral. O pior de tudo são as consequências que os mitos causam na vida. Funcionam como um bloqueio sem que percebam. Impedem que cresçam. O pior é que, muitas vezes, nem sabem que existem.

Como a vida poderia ser muito melhor, se tivéssemos a capacidade de refletir um pouco mais e questionar aquilo que achamos ser verdade! Será que ainda acreditamos, que pelo fato de alguém pertencer a esse ou aquele partido político, isto leva a pessoa a ser honesta ou desonesta? Os fatos políticos demonstram que não é verdade.

Se uma família tem um filho que se droga, não necessariamente todos os demais são iguais. Do mesmo modo, pertencer ou não pertencer a um dado partido, não quer dizer que uma pessoa tome decisões iguais àquelas adotadas por outros componentes do mesmo grupo partidário.

A frase “quem com os porcos se mistura, farelo come” não é sempre verdadeira.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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Modernização da gestão


Todo órgão, principalmente do setor público, precisa passar, periodicamente, por um redesenho de seus processos organizacionais críticos. O objetivo é promover a modernização da gestão, reduzir o retrabalho e o tempo necessário de tramitação, diminuir a burocracia, para que os processos sejam executados com maior celeridade.

Com a implantação de um redesenho é possível identificar e corrigir os gargalos, que criam alguma dificuldade para a tramitação dos processos. A partir daí, pode-se fazer a mudança necessária em um dos ativos – físico, orçamentário-financeiro ou humano. Às vezes, há necessidade de interferir em todos os três ativos.

O foco principal de um trabalho desse tipo é a necessidade de rápidas respostas, cada vez mais eficazes e eficientes. A consequência será maior rapidez nos resultados e o reconhecimento da sociedade.

Mas, para que isso seja uma realidade, é necessária a participação de coordenadores, diretores e servidores. O maior número possível de pessoas precisa se engajar no redesenho, para que se possa atingir os resultados desejados.

Um comitê interno estratégico deve ser constituído e organizado, a fim de facilitar, acompanhar a criatividade, mudança de práticas, elevação do comprometimento e o trabalho em equipe nos diversos setores. Caberá ao comitê, após treinado num T & D – Treinamento e Desenvolvimento, pensar e traçar os caminhos que promovam a execução da modernização.

Novos fluxogramas de processos precisarão ser estabelecidos. Mas o sucesso da mudança começa sempre com substituição de paradigmas.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
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