sexta-feira, 11 de junho de 2010

Crescimento do PIB


9% foi quanto cresceu a mais o PIB – Produto Interno Bruto brasileiro, de janeiro a março de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esta é uma notícia importante, que confirma o Brasil como a “bola da vez”, juntamente com China e a Índia. Coloca o país em 6º lugar do mundo entre os que mais cresceram no trimestre.
Por uma questão de justiça, é preciso reconhecer que as raízes econômicas para esse crescimento começaram a ser plantadas ainda no governo de FHC. Lula teve o mérito de dar continuidade ao programa econômico, e hoje, o país colhe os frutos.
Se por um lado comemoramos, por outro nos perguntamos: por que a nossa produtividade não cresce nas mesmas proporções? O que impede?
Temos uma visão clara sobre a questão. Estamos no caminho certo do ponto de vista econômico, mas temos desafios gigantescos pela frente. Precisamos fazer o mesmo dever de casa que foi feito com a economia.
A qualidade dos investimentos é decisiva. Precisamos investir, prioritariamente, em educação e infraestrutura, recuperar as estradas existentes, reduzir o "custo-brasil" a partir da intermodalidade dos transportes, criar um sistema de gerenciamento eficaz para as rodovias, que permita aumentar a durabilidade e evitar investimentos onerosos na recuperação de vias já implantadas.
Mas, antes e acima de tudo, precisamos desenvolver lideranças e gestores eficazes para o serviço público, profissionais realmente competentes. Este é um grande mal. Cargos estratégicos e de grande importância para o futuro do país são entregues à pessoas que não estão preparadas para o exercício da função. Pessoas que não sabem como planejar e transformar, através de ações, objetivos em resultados concretos, com um mínimo de recursos e de tempo. Não basta apenas ter a formação superior para exercer uma função relevante. Precisa ter pensamento sistêmico e conhecer práticas eficazes no trato com os três ativos de qualquer administração: físico, orçamentário-financeiro e humano. O excesso de burocracia é consequência da falta de comprometimento, planejamento e gerenciamento.
Enquanto a visão política não alcançar isso, vamos continuar crescendo economicamente, mas lamentando a falta da sustentabilidade social.

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques
http://www.administradores.com.br/ (membro)

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