sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

As disciplinas da execução


Uma das coisas mais importantes para as pessoas, empresas privadas ou órgãos públicos é concretizar aquilo que consideram como objetivo. Entretanto, em geral, constata-se que há uma dura realidade a ser enfrentada, tanto pelas pessoas, como pelas empresas e órgãos públicos: planejam suas metas e, dificilmente, conseguem executar aquilo que foi estrategicamente pensado.
Surge, então, a pergunta: será que está faltando habilidade de execução? Por que as pessoas pensam em fazer algo e muitas vezes não conseguem levar adiante? Quais as quatro disciplinas que determinam a execução, isto é, a transformação do planejamento em realidade?
As pesquisas demonstram que 70% dos fracassos estratégicos se devem à má execução por parte dos líderes. Raramente, decorrem de falta de inteligência ou visão. Qualquer pessoa precisa, primeiro, aprender a liderar a si, para depois conseguir liderar outras pessoas.
São seis as principais causas dos fracassos ocorridos na execução dos objetivos traçados dentro de uma organização: 1ª) a falta de clareza; 2ª) falta de comprometimento; 3ª) não há uma tradução em ação, isto é, torna-se necessário detalhar e transformar metas em ações específicas; 4°) não há capacitação; 5°) falta sinergia; 6°) falta, ainda, maior responsabilidade e acompanhamento.
Atualmente, a grande diferença está na habilidade de execução. Para se conseguir transformar estratégia em execução, é preciso entender todo o processo chamado execução. Neste caso, incidem algumas variáveis: detalhamento da estratégia corporativa, credibilidade da administração, qualidade da estratégia e a criatividade.
São quatro as disciplinas que fazem uma execução realmente eficaz. Primeiro, o foco naquilo que for crucialmente importante. Os seres humanos são concebidos a fazer somente uma coisa de cada vez com excelência. É o caso, por exemplo, da aterrissagem de uma aeronave. Quanto mais estreitamos o nosso foco mais chances temos de chegar ao máximo resultado. Logo, é fundamental saber distinguir uma meta importante de outra crucialmente importante.
Segundo, a criação de um plano envolvente. As pessoas atuam de forma distinta quando se cria um placar, isto é, uma espécie de quadro, que determine os resultados parciais alcançados e faça o reconhecimento de pequenas conquistas.
Terceiro, a tradução das metas em ações específicas. Para se atingir metas nunca antes alcançadas, as pessoas precisam começar a fazer coisas que antes não faziam. Isto se consegue, transformando metas grandiosas em ações semanais, diárias. É preciso começar a pensar de forma diferente e melhor, planejar semanalmente as coisas a serem realizadas, ficar sempre ligado no sistema de planejamento para corrigir qualquer falha de percurso.
Quarto e última, a manutenção, o tempo todo, de toda a equipe comprometida com os resultados. Quando as pessoas passam a se sentir emocionalmente comprometidas, a velocidade de obtenção de resultados aumenta.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestre em Administração de Empresas, Palestrante e Consultor

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