quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Segundo turno


Se deixarmos de lado interesses pessoais e ideológicos, o segundo turno das eleições presidenciais foi a melhor coisa que poderia acontecer para o Brasil. Será uma oportunidade de confrontar ideias dos dois candidatos mais votados no primeiro turno – Dilma Rousseff e José Serra. Esse é o momento para o eleitor que deseja escolher, quem realmente está mais preparado, possui compromissos claros, tem melhores propostas e consegue dizer como implementá-las.

Já a partir do primeiro debate no segundo turno, marcado para domingo (10 de outubro), às 22 horas na TV Bandeirantes, vamos poder identificar princípios, compromissos assumidos, políticas públicas e como será o processo de gestão, para que as políticas sejam executadas.

Não basta apenas dizer que vai fazer isso ou aquilo. É preciso deixar claro como e quando pretende fazer. Das reformas tão necessárias ao país – política, fiscal, tributária, previdenciária, trabalhista, agrária..., quais cada candidato julga prioritárias e que estratégia política pretende usar para tê-las aprovadas no Congresso Nacional? Sem isso, não conseguiremos evoluir na velocidade que o país e sua população necessitam.

Sem interferência da “maquiagem” e dos efeitos pirotécnicos do guia eleitoral, os debates são esclarecedores e permitem que os candidatos se apresentem mais próximos daquilo, que realmente eles são. As questões poderão ser mais detalhadas, pois haverá mais tempo.

Lógico que o passado e o portfólio de cada um são importantes. Mas, precisamos olhar para frente e discutir, que Brasil queremos a partir de agora? Essa coisa que alguns falam de direita ou esquerda é uma bobagem. Hoje, na política brasileira, há uma mistura de ideologias. O principal mesmo é a capacidade de liderança e de execução de cada um. Isto sim, irá garantir que as políticas mais importantes saiam do papel, do campo das ideias e sejam colocadas em prática. Como consequência, a população terá as respostas que precisa.

Um tema, que também deverá ser alvo de discussão nos debates, é a corrupção. Até o momento, somente nos dois governos do presidente Lula, 9 ministros já caíram por causa da corrupção. Recursos públicos oriundos da alta carga tributária brasileira e que poderiam ir para investimentos na educação, saúde, segurança pública, assistência social, infraestrutura..., tomaram destinos particulares.

Outros temas relevantes são o combate às drogas – políticas e ações de prevenção, política educacional, segurança pública, saúde, preenchimento de cargos estratégicos e de confiança no governo federal.

Uma discussão que não pode ficar fora nesse segundo turno é qual o projeto que cada um propõe para garantir um Brasil Sustentável?

Como o(a) futuro(a) presidente(a) pretende gerenciar a malha pavimentada federal, responsável pelo sustentáculo da economia e pelo elevado Custo-Brasil? Que política de transportes, de mobilidade urbana, será implementada caso seja eleito(a)?

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

Nenhum comentário: