sexta-feira, 1 de julho de 2011

AL 101 SUL

(Foto: Real Deodorense) - Extraído do site www.maceioagora.com.br

Li a reportagem que foi publicada na primeira página da Gazeta de Alagoas desta sexta-feira (01 de julho), intitulada "Atraso na duplicação de rodovia".

O atraso de três anos na entrega da AL 101 Sul é motivado por diversos fatores. Além da falta de repasse de recursos por parte do governo federal, a retirada de famílias que residem às margens da rodovia, desapropriações e algumas ações que foram parar na justiça, também contribuíram para o problema.

Quanto às chuvas, estas deveriam ter sido previstas no cronograma físico e não podem ser consideradas como fator determinante de atraso das obras. Isto só ocorre, quando há excesso de índice pluviométrico, o que não foi o caso.

Do ponto de vista técnico o maior agravante é a falta de um controle tecnológico adequado e que garanta a durabilidade prevista no projeto. Muito provavelmente, essa deficiência fará com que a vida de serviço da obra seja menor do que a vida útil prevista no projeto. A consequência é que antes do tempo normal - 10 anos, haverá necessidade de investir novos recursos e recuperar a rodovia.

A quase totalidade das obras executadas em Alagoas e no país apresentam problemas prematuros, que implicam em novos gastos antes do tempo, em face do sistema de controle tecnológico não ser o ideal. Há um sucateamento dos órgãos fiscalizadores, que dificulta uma melhor qualidade.

Mesmo que uma empresa de consultoria seja contratada para realizar a supervisão da execução de uma determinada obra, isto não significa que os ensaios de qualidade e as interpretações sejam realizados na íntegra.

Problemas semelhantes têm ocorrido em outras obras executadas seja no âmbito do executivo, legislativo ou judiciário.

Recentemente, até o Palácio do Planalto em Brasília passou por uma reforma, que precisou com menos de um ano ser novamente refeita devido aos defeitos apresentados.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

Um comentário:

waldson Peixoto disse...

Atrasos, má gestão do dinheiro publico... e esse no meio do acesso. É para ceifar vidas. Fecha no absurdo e descaso.