quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Exercício visionário


É no presente que podemos tomar decisões, planejar estrategicamente o Brasil do futuro, priorizar o que é mais importante e executar os passos necessários para que as políticas públicas saiam do papel.
O que deixamos de fazer no passado, passou. Perdemos as oportunidades. Ninguém consegue fazer o tempo voltar atrás. Agora hoje, podemos planejar o que fazer, acertar nas escolhas, traçar aquilo que queremos no futuro e agir. Como estará o País daqui a 10, 15, 20 ou 50 anos? E em 2100?
Do ponto de vista econômico a situação hoje é de estabilidade e positiva. As perspectivas, segundo os analistas, também são favoráveis. Mas, quando verificamos os fundamentos sociais, dados ligados ao IDH, constatamos que prioridades crucialmente importantes não fizeram, nem fazem parte das ações do governo. Passamos a imaginar cenários futuros pouco otimistas.
Num recente programa de entrevistas exibido na televisão, cujo tema foi “O Brasil de 2100”, participaram intelectuais, líderes, políticos, pensadores, que opinaram e fizeram um exercício de perspectivas futuras para o País. Quase por unanimidade a visão foi de preocupação e de muitas dúvidas.
Vamos deixar de lado o ceticismo, pessimismo ou otimismo e darmos uma opinião sincera e realista. O Brasil de 2100, somente será diferente do atual, se a educação passar a ser verdadeiramente, na prática e não apenas nas falas, a prioridade número um do governo.
O desenvolvimento das crianças e adolescentes deve começar o mais cedo possível, já a partir dos 2 ou 3 anos e trabalhar as quatro necessidades: mental, física, emocional/social e espiritual.
Com as ferramentas tecnológicas hoje disponíveis é possível ampliar o projeto pedagógico, implementar uma educação completa voltada a realidade atual e com mais motivação.
Além do desenvolvimento cognitivo, físico, emocional/social e espiritual das crianças e adolescentes, um ponto essencial é a formação do cidadão ético com valores humanos corretos. Os maus exemplos, que começam dentro das famílias, ocorrem nos três poderes – executivo, legislativo e judiciário, e que são divulgados pela mídia, tornam mais difícil a conscientização dos jovens, para que façam escolhas baseadas em princípios.
As gerações Y e Z que comandarão no futuro os destinos do País devem ser a prioridade absoluta, para que errem menos em suas escolhas.
Isso não vem sendo feito. Então, como imaginar um Brasil sustentável?
A sustentabilidade somente ocorrerá, quando estiver à frente do governo federal alguém que seja um líder verdadeiro e eficaz. Uma pessoa visionária e que tenha real compromisso com o futuro do País e não apenas com o poder. Alguém que tenha clareza quanto à importância de formar líderes e gestores profissionais e eficazes para comandar os diversos órgãos da administração direta e indireta.
Um líder de verdade e não um pseudo-líder é aquele que identifica o que é mais importante, tem foco, inspira os seus liderados, participa da elaboração e execução do plano estratégico de governo e dá exemplos éticos.
O fato de alguém estar no poder não significa que seja um líder autêntico. É um chefe político, mas líder, do ponto de vista da ciência, é outra coisa.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da Ufal, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante


Um comentário:

Anônimo disse...

"Do ponto de vista econômico a situação hoje é de estabilidade e positiva."

SÓ SE FOR NA SUA MINÚSCULA CABEÇA!

LEIA O MANIFESTO POSITIO FRATERNITATIS ROSAE CRUCIS E ATUALIZE-SE COMO PROFISSIONAL.