quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Diagnóstico e solução


Há uma distância entre os diversos diagnósticos realizados pelo serviço público e a efetivação das soluções. Mais e mais estudos, debates, no sentido de elaborar políticas públicas, na prática, não saem do papel ou não têm a eficácia desejada. As ações provenientes dos diagnósticos não acontecem na mesma intensidade. Por que é tão difícil implantar as soluções e resolver as diversas questões que afligem poder público e a população?
Vamos citar, como exemplo, a segurança urbana. Muitas reuniões têm ocorrido para discutir e elaborar as políticas que deverão ser postas em prática. Algumas empresas já foram assaltadas várias vezes e o risco de novos assaltos é diário. Escolas públicas têm sido invadidas e perdem equipamentos em função da ação de marginais.
Tanto o governo estadual como o municipal criaram recentemente novas secretarias com o objetivo de minimizar os problemas na área.
Temos que reconhecer a complexidade e entender os muitos fatores envolvidos. Mas, o ponto principal não é esse. Na realidade o que emperra a implantação da política pública, na prática, é a ausência de um processo de gestão capaz de garantir a eficácia das soluções. As secretarias e toda a cúpula de dirigentes deveria conhecer os métodos atuais de eficácia pessoal, interpessoal, gerencial e organizacional. Sem isto, as soluções poderão acontecer, mas o tempo e os recursos necessários para tal serão muito maiores.
As políticas públicas fazem parte da etapa de planejamento. A execução das ações é o resultado. Exatamente aí, a coisa emperra.
A questão a ser discutida é a seguinte: como garantir políticas públicas eficazes e execução também eficaz?

EDINALDO MARQUES
Professor, Consultor e Conferencista

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