quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A força do querer


Qual o único animal capaz de fazer greve de fome? Sem dúvida, é o homem. Apesar de saber que isso causa riscos à saúde e pode levar até a morte, alguns já passaram vários dias sem se alimentar para protestar por algo que não concordavam.

Esse exemplo mostra o quanto é poderosa a força do querer. Dá para concluir, que a vontade humana é decisiva, ou seja, está acima da razão. Jamais será lógico alguém passar fome por iniciativa própria, mas mesmo assim já fizeram isso.

Que energia tão forte pode vencer a capacidade de decidir com a razão? Trata-se da automotivação. É uma energia interior, concentrada na mente humana e que somente pode ser resgatada por cada um. Influências externas produzidas na família, escola ou no trabalho podem ajudar, tanto positiva como negativamente no uso dessa energia. Porém, o acesso é propriedade exclusiva das pessoas.

Este raciocínio leva a deduzir que a verdadeira motivação não é promovida por tapinhas nas costas, incentivos e prêmios. Isto ajuda, mas não é o principal. Cabe àqueles que comandam outras pessoas terem essa visão e procurarem criar as condições, que permitam aos subordinados maior facilidade no uso de sua principal energia – a motivação.

No passado (início do século XX), por exemplo, na época de Henry Ford - empreendedor da Ford Company, pensava-se que para motivar era preciso pagar em dia, dar incentivos. Ou seja, imaginava-se que o homem podia ter seu comportamento condicionado. Hoje, pesquisas mais recentes demonstram, que o homem não é uma coisa, ou um golfinho, que pode ter o comportamento motivado por meio de algum prêmio. A verdadeira motivação nasce de necessidades interiores e não de influências externas. Esta é uma mudança de paradigma, mas que em pleno século XXI, não é percebida por alguns dirigentes.

O Brasil se prepara para disputar a Copa do Mundo em 2014. Apesar de na atualidade não ser considerado o número um no ranking da Fifa, se alinhar talento com vontade, criar nos jogadores uma visualização e propósito mental, que permitam com que cada integrante do time veja o quanto importante será levantar o caneco de campeão, não se tem dúvida de que essa equação – talento mais motivação, será decisiva para o sucesso. Este, depende 99% de transpiração e somente 1% de inspiração. Dois cientistas disseram isso, Einstein e Benjamin Franklin.

Para se sagrar hexacampeão não bastará apenas treinamento com bola e talento. Será preciso, também, um trabalho psicológico e de compreensão de resgate da energia diferencial na vida e nos resultados: automotivação. O processo de utilização dessa energia precisa ser do conhecimento de todo e qualquer profissional. É possível deixar de lado uma energia tão poderosa?

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

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