sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eleições e resultados


Ideias e propostas não faltam por parte dos candidatos que disputam o mais alto cargo do país. A sociedade, a comunidade técnica e científica – composta por administradores, engenheiros, arquitetos, economistas, jornalistas, advogados, sociólogos, geólogos, psicólogos, geógrafos..., podem e devem opinar na busca das melhores soluções para cada problema brasileiro.

A partir de janeiro de 2011, caberá ao escolhido no pleito de outubro próximo, juntamente com a equipe de governo, coordenar as ações e estabelecer metas e prazos para serem alcançados. Se existir planejamento estratégico, tático e operacional, além de gestores eficazes na execução das ações, tudo ficará mais fácil e os resultados aparecerão mais rapidamente.

O que muitas vezes atrasa a execução de planos é o excesso de burocracia, associada a falta de foco, incompetência gerencial, procrastinação e aos desvios de conduta. Se os gestores forem treinados e colocarem em prática processos, juntamente com ferramentas eficazes de gestão, aumentará a produtividade, menos recursos serão gastos e os resultados aparecerão mais rapidamente. Há duas etapas distintas: primeiro planejamento, depois execução.

Serão necessários planos e projetos detalhados, além de competência, comprometimento e persistência. O exercício da verdadeira liderança, pelo menos por parte dos gestores maiores – presidente, ministros, secretários..., fará toda a diferença. São essas pessoas que terão a imensa responsabilidade de estabelecer as prioridades político-administrativas da futura gestão e cobrar a consecução dos objetivos.

Muitas vezes as pessoas se encontram na posição de líderes, mas não sabem exercer essa liderança. Comandam ou chefiam, mas não lideram, ou têm um estilo de liderança baseado em paradigmas ultrapassados. Isto afeta diretamente nos resultados. O que mais atrapalha o desenvolvimento das ações de um governo é a improvisação no campo administrativo. As pessoas passam a ocupar cargos por indicações políticas, mas não possuem a capacidade administrativa para exercer a função. Podem até ter capacidade técnica, mas esta, apenas, não é suficiente. Além disso, alguns fazem parte do grupo dos “aloprados”, vão com outras intenções, defendem interesses particulares e não coletivos.

Pelo menos seis pontos são fundamentais para um exercício administrativo: eficácia pessoal e interpessoal, capacidade de esclarecer propósitos, dar significado às coisas, inspirar confiança, alinhar sistemas e ter autocontrole. Dessa maneira o gestor-líder aproxima-se da liderança ideal, aquela que vai impulsionar a equipe de trabalho e a sociedade a se engajarem nos caminhos escolhidos. As características pessoais do líder são essenciais para o êxito de um programa de gestão.

EDINALDO MARQUES
Professor da UFAL e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

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