quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Brasil competitivo


Está marcado para o dia 30 de setembro de 2011, na Fecomércio em São Paulo, a realização do Fórum “A Construção de um Brasil Competitivo”, com uma convidada especial, a presidente Dilma Rousseff. O objetivo será debater como tornar o Brasil um país mais competitivo perante o mundo, contornar os riscos da crise mundial e aproveitar as novas janelas da oportunidade. Alguns eixos do debate serão: o Estado e a Iniciativa Privada; a Educação e a Mão de Obra; a Gestão Pública e a Macroeconomia; e, a Infraestrutura.

A fim de garantir maior competitividade e desenvolvimento sustentável, o Brasil precisaria definir um plano estratégico, que estabeleça a melhor direção a ser seguida e que esteja acima das siglas partidárias, ou seja, possa ter continuidade, independentemente de quem esteja no poder, com a certeza de que as principais prioridades serão executadas.

Todo e qualquer planejamento, como o próprio nome diz, para se transformar em realidade, exige velocidade nas ações e foco na execução. Portanto, é imprescindível comprometer e desenvolver os gestores, pessoas ocupantes de cargos no governo federal, no sentido de que consigam inspirar servidores a se engajarem na execução das ações necessárias. Isto vai exigir foco, maior produtividade, liderança pessoal e intrapessoal.

Um passo importante seria começar a quebrar alguns paradigmas impregnados no serviço público e que dificultam a realização de metas. Uma mudança de cultura poderia ser promovida, a partir de um processo de trabalho eficaz daqueles que chefiam ministérios, setores e projetos. Se estiverem realmente preparados, com percepções, motivações, “ferramentas” e habilidades corretas, conseguirão a participação progressiva dos servidores e da sociedade.

O ideal seria que os gestores de alto, médio e baixo nível hierárquico do governo federal pudessem participar de um programa de T & D, para conhecerem práticas e procedimentos eficazes de gestão de processos e de pessoas. Isto facilitaria no sentido de promover o comprometimento dos demais servidores, fator essencial para a consecução dos objetivos.

Para atingir a competitividade desejada na prática, o Brasil precisa promover uma revolução na educação voltada ao século XXI. Mudar o modelo vencido e errado hoje aplicado – os profissionais terminam seus cursos, assumem cargos estratégicos e não estão aptos, sequer, para administrar eles próprios. Mais do que um técnico, graduado ou pós-graduado, é preciso que as pessoas desenvolvam atributos de liderança e de gestão eficazes, além do conhecimento específico na área.

Nos primeiros anos de escola, ainda no ensino básico/fundamental, deveríamos começar a preparar crianças e adolescentes, para que adquiram o “vírus” do empreendedorismo. Além disso, terem conceito de si, projeto de vida – metas e objetivos, propósito mental, bússola interior, educação para valores elevados, educação emocional, disciplina e liderança intrapessoal.

Do ponto de vista da Infraestrutura do País é necessário reduzir o “Custo Brasil” com uma melhor integração das diversas modalidades de transportes – rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo, fluvial e lacustre, e implantação de sistemas de manutenção preventiva/corretiva das obras já existentes, além da definição de novas obras seguindo uma escala de prioridades.

Em síntese, o Brasil será um país mais competitivo, quando for bem administrado.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

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