quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Liderança no século XXI


Há vários tipos e estilos de líderes. Mas, que características mais interessam na atualidade? Em síntese, dois pontos são essenciais: 1º) caráter – integridade e coragem; 2º) competência – visão clara, pensamento sistêmico, maturidade, comunicação e autocontrole.

Quando num trabalho qualquer de gestão o líder não fixa, ou não diz, com absoluta clareza aquilo que realmente deseja, os seus liderados ficam em dúvida e deixam de fazer as ações na velocidade necessária. É fundamental estabelecer aonde se quer chegar, a fim de que quem estiver hierarquicamente abaixo possa executar, isto é, administrar e estabelecer prioridades, que irão transformar em realidade aquilo que a liderança maior deseja.

É assim que deveria funcionar, seja no serviço público ou na iniciativa privada. O líder verdadeiro define qual a direção a ser adotada e quais os objetivos que serão perseguidos. Ou, pode delegar a outras lideranças essa tarefa. Mas, para que isto ocorra é preciso que haja confiança do líder em seus liderados e que a declaração de valores seja devidamente respeitada por todos.

Sobretudo quando podem haver consequências políticas negativas, em face da adoção de algumas medidas aparentemente impopulares, mais ainda, precisa-se ter convicção de que o caminho a ser adotado é realmente aquele estabelecido. A ausência de definição clara passa insegurança para os líderes menores e para os administradores.

Compete à liderança de topo e as lideranças intermediárias despertarem o apoio de seus liderados, que terão a tarefa de transformar as estratégias fixadas em ações concretas, fazendo com que se obtenham os resultados. E esta competência é uma atribuição direta dos servidores ou colaboradores. Além disso, é indispensável que o líder aprenda a reconhecer as conquistas, mesmo que parciais, alcançadas ao longo de um trabalho.

O grande problema é que as pessoas assumem uma função pública ou privada e, às vezes, nunca tiveram uma experiência anterior. Nem tampouco possuem as competências e habilidades indispensáveis ao exercício da função administrativa. Começam a aprender no dia-a-dia e, erram muito, até compreender como as coisas funcionam – e, às vezes, nunca compreendem.

Estudos internacionais demonstram que o estilo da liderança determina entre 60 a 70% do clima da organização. E o grande impacto que isso tem é nos resultados: de 20 a 30%.

Não basta apenas que os servidores ou colaboradores coloquem o potencial da mente no trabalho. É preciso incluir também o coração. Quando o trabalho não é feito com paixão os resultados não ocorrem na dimensão desejada. O maior desafio do trabalho do líder é formar uma equipe de talentos, com fidelidade e comprometida com o planejamento traçado.

O grande e maior problema do Brasil é a ausência de líderes verdadeiros no trabalho político e administrativo do país, estados e municípios. A qualidade da liderança pode ser desenvolvida, mas para que isto ocorra, é preciso haver interesse.

Como diz o consultor internacional Tom Peters: “A liderança é o atributo que tem a maior demanda e a menor oferta no mercado”. O professor espanhol Santiago Álvarez cita: “O líder verdadeiro é aquele respeitado pelas pessoas, não por mero exercício de poder, mas pelo saber”. Já o brasileiro Oscar Motomura: “O verdadeiro líder é aquele que faz com que todos na empresa sejam líderes no que fazem”.

EDINALDO MARQUES
Engº Civil, Professor, Mestre em Administração, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques

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