quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Novos governos


Já no primeiro dia de janeiro de 2011 tomarão posse os novos governantes estaduais. Alguns são conhecidos, pois conseguiram renovar o mandato. Mas a maioria enfrentará desafios nunca antes experimentados. Com o aumento das necessidades da população e a limitação orçamentária-financeira, cada vez mais será preciso dar eficácia e eficiência as ações. Isto garantirá a sustentabilidade da gestão a curto, médio e longo prazos.

Alguns gestores aprenderão com o erro. Este não é o melhor caminho. É necessário sair do amadorismo e se aproximar do profissionalismo. Existem prazos, normas, leis – como a lei de responsabilidade fiscal, que não podem ser desconsideradas, sob pena de inviabilizar a administração estadual.

Políticas públicas precisarão ser implementadas para garantir o equilíbrio econômico, social e ambiental nos estados.

A primeira coisa a fazer é checar a realidade estadual. Inúmeros dados, projetos e propostas feitas durante a campanha passarão por uma revisão. Porém, ao sentarem na cadeira de governador, haverá uma fase de transição, que deve ser aproveitada para atualizar os dados e verificar a real possibilidade de investimentos, financiamentos, captação de recursos federais e a capacidade de endividamento.

Uma coisa é o que se pretende fazer. Outra coisa é o realmente pode ser feito. Quando o administrador assume a função, passa a ter conhecimento exato das limitações orçamentárias, financeiras e dificuldades que o impedirão de promover todas as mudanças necessárias. Este é um fato real.

Geralmente, o primeiro ano de governo é o mais difícil. Inicia-se aí a fase de adaptação dos governadores e de seus assessores. No início, reuniões coletivas e em grupos menores são mais necessárias, para que haja uma definição do alinhamento a ser seguido.

O orçamento do primeiro ano de um governo é aprovado pelo antecessor. Esta é mais uma dificuldade para colocar em ação um plano de governo, cuja implementação depende de disponibilidade orçamentária e financeira. Além disso, geralmente, os orçamentos anuais são peças fictícias. Por vezes, a arrecadação é menor do que aquilo previsto no orçamento.

Caso o governante não possua o conhecimento das ferramentas de liderança e de gestão, tão necessárias ao sucesso da administração, é fundamental escolher algum assessor, conselheiro ou consultor, que possa ser ouvido para facilitar as decisões a serem tomadas.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor da UFAL e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

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