sábado, 4 de dezembro de 2010

Pavimento escorregadio


Após a frezagem e recapeamento da avenida Fernandes Lima/Durval de Góes Monteiro, os motoristas que utilizam essas vias pavimentadas deverão ter mais atenção com a distância para o veículo que for na frente. O novo pavimento apresenta algumas exsudações - presença de excesso de ligante na superfície, o que irá dificultar a frenagem, principalmente em períodos de chuva. As colisões traseiras podem ser mais frequentes, a partir de agora.
As áreas mais visíveis podem ser vistas defronte ao 59º BIMTz - Batalhão de Infantaria Motorizada do exército, sentido Taboleiro/Praça do Centenário.
A exsudação é um defeito construtivo, que tem um lado positivo: o processo de envelhecimento, ou oxidação do concreto asfáltico, se torna mais lento. Por outro lado, diminui o atrito pneu-pavimento e, portanto, reduz a segurança viária.
Outro fator técnico também identificado no recapeamento foi o não tratamento de áreas aonde a deformação plástica - ou deformação permanente, é mais intensa. Isto vai provocar a reflexão de trincas do tipo couro de crocodilo - trincas interligadas formando quadriláteros, que permitem a entrada da água e diminuem o tempo de vida útil do pavimento.
Esse mesmo fenômeno - propagação de trincas já pode ser notado no recapeamento da Av. Álvaro Otacílio (orla de Maceió). Nas trilhas de rodas são visíveis a presença de trincas, apesar do pavimento ainda não ter completado um ano de vida. Isto faz com que uma obra de pavimentação, que deveria durar de 10 a 20 anos, passe a ter uma vida útil inferior, exigindo do poder público novos investimentos.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Professor e Consultor

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