quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conhecimento e maturidade


Os profissionais concluem seus cursos de graduação, pós-graduação – especialização, mestrado, doutorado e passam a atuar no mercado de trabalho, criam seus próprios negócios, ou são contratados para desempenhar funções no mundo corporativo. Alguns escolhem permanecer dentro das universidades na prática do ensino e na elaboração de pesquisas.

Títulos de mestre e doutor dão conhecimentos específicos. Mas não preparam o professor - que é um educador, para ser um facilitador dentro da sala de aula e formar percepções corretas. Muitas vezes os paradigmas do professor estão totalmente ultrapassados e os alunos recebem "conhecimento" juntamente com ideias e percepções equivocadas. Falta a muitos educadores maturidade e sabedoria necessárias, para além do conhecimento específico, colaborar na formação do caráter e nas percepções dos alunos.

Os valores humanos, ou sejam, as práticas de muitos professores caminham na contra-mão dos princípios, que são leis naturais inquestionáveis. Integridade, senso de justiça, respeito, responsabilidade, paciência, encorajamento, são fatores pouco praticados e difundidos.

Formam-se cientistas, pesquisadores e bachareis sem a ética e as competências complementares indispensáveis para devolver a sociedade pessoas e profissionais mais proativos, automotivados, com propósitos claros e bem definidos, conscientes de sua missão.

As universidades, em sua ampla maioria, não preparam os profissionais que o século XXI - da complexidade, incertezas, turbulências, conflitos, tanto precisa. Formam bachareis, mestres, doutores e pós-doutores com os paradigmas do século XIX - era industrial. Essas pessoas passam a exercer posições de decisão e não têm a grandeza humana, que lhes permitam construir caminhos eficazes.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor há 30 anos e Consultor
Pós-Graduado com mestrado em Administração

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