quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió – Parte IV


Pelo menos três viadutos deveriam ser imediatamente priorizados, projetados e posteriormente implantados, para amenizar os conflitos no trânsito de Maceió, garantir um melhor fluxo de veículos sobre a avenida Fernandes Lima – Durval de Góes Monteiro, principal via de acesso. Mas, é preciso ficar claro, que a solução para o caos hoje existente não será atingida apenas com execução de obras físicas – tipo viadutos. Também, se faz necessário, preparar e conscientizar usuários – motoristas, motoqueiros, ciclistas, pedestres e deficientes físicos, para que mudem hábitos.

Um viaduto seria na Polícia Rodoviária Federal para eliminar os engarrafamentos decorrentes do conflito no local, que se forma em decorrência da circulação de tráfego em várias direções. Um segundo na saída da avenida Rotary para a Fernandes Lima, local que vai exigir desapropriação de algumas áreas. Já o terceiro na Cambona – intersecção da rua General Hermes com a avenida Leste-Oeste.

Enquanto não existe um transporte de massa – tipo metrô de superfície, ligando a parte baixa da cidade à alta (até o aeroporto), os usuários não se sentirão motivados em suas mobilidades diárias a substituir o carro por outro tipo de transporte.

Uma alternativa neste momento seria a parceria das pessoas que se deslocam para os mesmos locais de trabalho (ou próximos), a fim de que houvesse um revezamento de carros. Isto é possível com estratégias adequadas de conscientização. Porém, não se conseguirá resultados rápidos, em virtude do fator cultural.

Num planejamento de médio e longo prazos outros viadutos, além dos três já citados, precisariam ser implantados para criar as condições estruturantes necessárias à melhoria contínua do trânsito em Maceió.

O projeto de urbanização do Eixo do Vale do Reginaldo, obra atualmente paralisada e que estava sendo executada numa parceria do Governo do Estado com a Prefeitura de Maceió, precisa voltar ao projeto original concebido em 1990, que previa a construção de vias pavimentadas e, paralelamente, implantação de um transporte de massa sobre trilhos, uma espécie de metrô de superfície. Isto permitiria que as pessoas se deslocassem da parte baixa para a parte alta da cidade, de forma rápida, segura, confortável e econômica, o que criaria condições para mudança de hábitos – optar pelo transporte coletivo.

Esse metrô de superfície poderia ser implantado até o aeroporto, como o projeto original previa, ou ser complementado com transporte rodoviário, num processo de integração de diferentes modais – trem e ônibus. Haveria uma estação de transbordo no Tabuleiro, para promover a interligação dos dois modais de transporte.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

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