quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O caos no trânsito de Maceió - parte II


As notícias e comentários da população sobre o caos no trânsito de Maceió não saem da pauta. O problema dos engarrafamentos na cidade é complexo, exige visão sistêmica, planejamento de curto, médio e longo prazos. Além disso, é preciso decisão política, coragem para vencer os diversos obstáculos e sem “achismos”.

Maceió foi uma cidade que cresceu sem planejamento. Com algumas raras exceções as avenidas e ruas da cidade são estreitas, o que dificulta a criação de vias exclusivas para a circulação de ônibus. A desordem na ocupação do solo urbano de nossa capital desafia engenheiros, urbanistas e administradores.

É preciso elaborar um planejamento global a partir de agora – hierarquizar investimentos – e que seja executado por sucessivos governos municipais. Não adianta os governos fazerem obras isoladas a cada administração. Pode até, momentaneamente, parecer que resolveu o caos. Mas logo, os engarrafamentos voltam ou são transferidos para outros pontos da cidade.

Os investimentos a serem feitos atualmente são altos e, necessariamente, terá que haver desapropriações. Algumas obras do tipo edifícios-garagem precisam ser projetadas e construídas em locais estratégicos.

Uma coisa é certa: não dá para priorizar o uso do transporte individual em detrimento do coletivo. Para mudar o hábito da população e incentivar o uso do transporte coletivo é preciso aumentar a frota de ônibus, colocar veículos novos, garantir mais conforto, segurança e pavimentos conservados.

Para pequenas distâncias o uso da bicicleta é ótima alternativa. Estas soluções não saem da teoria para a prática da noite para o dia. O importante é começar a pensar a questão de forma estratégica, com responsabilidade e agilidade.

Uma coisa precisa ficar clara: se houver decisão política, os profissionais da área de transportes poderão elaborar o planejamento e executar as obras necessárias para reduzir os engarrafamentos.

A vida é interdependente e, em qualquer sociedade, quando as pessoas pensam apenas no próprio bem estar, não encontram o equilíbrio desejado.

EDINALDO MARQUES
Engenheiro Civil, Consultor e Palestrante
www.twitter.com/edinaldomarques
http://www.administradores.com.br/

2 comentários:

Anônimo disse...

Maceió,11/08/11


Quando as pessoas desejarem o bem de sua comunidade de todo o co-
ração,isto acontecerá.Infelizmente
a maioria dos habitantes provem de
outros municípios e portanto,não
têem amor a cidade.Vejam que quando
há um prolongado feriado,elas se
deslocam para as cidades aondes
nasceram.

Cordialmente

Adriel Batista Correia De Melo

Anônimo disse...

Eu acredito que nao é por ai. acredito eh que nos saímos da cidade em epoca de grandes feriados ja para esquecer deste caos. eu fiz, por 22 dias uteis, um filme com o meu trajeto diario, casa-trabalho - trabalho-casa.. é um inferno que nos mesmo causamos. Nao ha respeito com o proximo. uma frase que vi em um caminhao que serve para refletirmos:

"Tá com pressa? Saida mais cedo de casa!"