quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Governo e poder


As administrações públicas no Brasil cometem um erro político e estratégico, que prejudica a população e compromete o futuro das cidades, estados e do País. Se verificarmos o que ocorre nas grandes, médias e até em pequenas cidades, vamos concluir que a qualidade de vida está se tornando cada dia mais difícil. São problemas com drogas, falta de assistência médica e hospitalar, segurança precária, educação de baixa qualidade, escassez de novas oportunidades de empregos, infraestrutura deficiente de transportes, calçadas ocupadas indevidamente, ruas sem saneamento básico, coleta de lixo ineficiente e muitas outras dificuldades.

Um dos motivos de tudo isso é o desvio de foco por parte dos governos. Ao invés de focarem nas necessidades da população e se anteciparem aos problemas com soluções eficazes, com visão e estratégias empreendedoras, a atenção dos governantes está voltada para o poder. Governam com o olhar na eleição seguinte e na permanência no poder.

Há uma pesquisa, que mostra justamente o inverso. Quando o governante governa no sentido de dar as respostas que a população precisa, tem como consequência, poder e vitória. Basta criar sistemas de comunicação, que façam com que aquilo que é realizado, chegue ao conhecimento da ampla maioria. Vai depender da estratégia e execução da publicidade, que deve ser posta em prática por todos os integrantes do primeiro escalão do governo e não apenas pela secretaria de comunicação.

Um segundo motivo, que faz com que as realizações sejam lentas e incompletas, é o excesso de “feitores” e a ausência de verdadeiros administradores. Os planejamentos governamentais não conseguem ser transformados em ações concretas. Há muita perda de tempo, de recursos financeiros e nunca ocorre antecipação para evitar os problemas. Os governos vivem sempre “correndo atrás” e, muitas vezes, não sabem para que direção. O excesso de emergências é uma prova da ineficiência.

Um terceiro motivo é a falta de vontade, coragem e de exemplos dos governantes para combater e punir, como deveriam, as falhas de conduta. Desvios comportamentais são varridos para debaixo do tapete.

Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques

5 comentários:

Murilo Prado Badaró disse...

Além de projeto de poder em detrimento de projeto de país, as lousas e o planejamento de BSB aceitam tudo, mas na prática a teoria é outra. Vemos então, corrupção, ineficiência e má gestão, resultado? Desperdícios e não cumprimento de metas e planos.

Unknown disse...

Achei util fazer a traduçao em italiano, aqui: http://ilmosta.blogspot.com/2011/08/governo-e-potere.html


Giancarlo
http://ilmosta.blogspot.com

Arryson André disse...

Muito bem sintetizado, professor. Acrescento que nossos governos são ineficientes até para a autopublicidade. Gastam-se milhões com propagandas, mas suas ações são desacreditadas pela massa - acho que uma solução seria a comunicação direta, corpo-a-corpo. Essa falta de credibilidade é uma "bola de neve" histórica e será assim até o dia em que o milagre da "vontade política" acontecer na nossa sociedade! Abraços.

Paulo Petuba disse...

Importante a divulgação e a atuação vigilante da blogesfera nacional e regional. das mazelas que sofrem o nosso povo. A consolidação da democracia é o primeiro passo, o segundo você tem feito com suas excelentes contribuições literárias. Parabéns.

Carmen Regina Dias disse...

Diante das ações insanas do PiG, esta colocação sua vai por água abaixo:

"Há uma pesquisa, que mostra justamente o inverso. Quando o governante governa no sentido de dar as respostas que a população precisa, tem como consequência, poder e vitória. Basta criar sistemas de comunicação, que façam com que aquilo que é realizado, chegue ao conhecimento da ampla maioria."

O Governo faz e anuncia, o PiG vai lá e desmente, mancha, deteriora,vilipendia as ações pró desenvolvimento.
Enquanto essa mídia tradicional estiver por aí, dando as cartas e fazendo a cabeça da população, podemos esquecer o valor da propaganda.