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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Eleições de 2012 - Parte I
Faltam 13 meses para as eleições municipais do próximo ano. Maceió, como a maioria das cidades brasileiras, apresenta inúmeras dificuldades a serem enfrentadas pela futura administração. Já chegamos a uma população próxima de um milhão e 200 mil habitantes. Se não forem discutidos, elaborados e executados os planejamentos devidos, quando o número de moradores ultrapassar 1,5 milhão viraremos uma metrópole e, a partir daí, a quantidade de problemas urbanos tenderá a ser ainda maior.
O crescimento desordenado da cidade, os altos índices de extrema pobreza e analfabetismo, a falta de urbanização em várias favelas, a ausência de oportunidades de empregos, o aumento do uso de drogas, a violência urbana crescente, dificuldades no atendimento médico e hospitalar, o atraso na educação são apenas algumas das realidades que desafiarão o futuro governante.
Existem pontos fundamentais a ser enfrentados. Primeiro, a gestão municipal precisará priorizar a educação, promover uma verdadeira revolução, se quiser criar as condições sustentáveis para modificar os atuais resultados. Com a realidade financeira do município e os programas do MEC é possível dar um salto de qualidade na educação em 4 anos, desde que a gestão seja profissional, competente e íntegra.
Segundo, elaborar projetos e trabalhar junto com a bancada federal de deputados e senadores, no sentido de conseguir os recursos para investir em obras, que criem condições favoráveis à mobilidade urbana de um modo geral. Os contínuos engarrafamentos na cidade e as dificuldades enfrentadas por motoristas, ciclistas, motociclistas, pedestres e deficientes físicos deverão merecer uma atenção especial por parte do poder público. Hoje, as pessoas perdem muito tempo em seus deslocamentos de casa para o trabalho e vice-versa.
Terceiro, em parceria com o governo do estado, fixar um planejamento e executar sistemas de monitoramento e postos de presença de policiais espalhados em toda a cidade para melhorar a segurança. Seria conveniente conhecer o sistema de segurança existente na cidade de Buenos Aires e aplicar algo parecido.
Quarto, profissionar os cargos estratégicos do governo municipal. Projetos e ações não saem do papel, recursos federais são devolvidos, em virtude da falta de foco na execução, ausência de proatividade e descompromisso com as reais necessidades da população.
Quinto, implantar um T & D permanente, para que sejam diagnosticadas as reais necessidades dos servidores e inseri-los em programas de treinamento, a fim de aumentar a motivação, comprometimento e desempenho na execução das diversas ações de governo.
Estas, são apenas algumas das futuras decisões administrativas do próximo prefeito de Maceió. Caberá a população entender, que tudo começa com decisão política. E o eleitor tem um grande poder, seu maior poder, que é o da escolha. Temos condições de ter uma qualidade de vida muito melhor do que a atual. A natureza nos é favorável. Só falta governo e sociedade fazerem a sua parte.
Edinaldo Marques
Engº Civil, Professor e Consultor
www.twitter.com/edinaldomarques
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2 comentários:
Boas sugestões; mas o que falta é vontade política!
Falta vontade política e, antes desta, visão dos dirigentes. A população paga um alto preço, mas não liga ou não percebe. Dessa maneira a vida nas cidades vai se tornando cada dia mais complicada.
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