segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Feridas" que se alastram


Como se não bastassem os constantes engarrafamentos e alagamentos formados sempre que chove, as vias urbanas de Maceió estão cheias de buracos. Isto obriga que os motoristas guiem com olhos fixados no asfalto para não caírem numa cratera.

São defeitos de vários tipos, que indicam o quanto os pavimentos urbanos estão sendo mal tratados com soluções tecnicamente e economicamente incorretas. Seria bem mais barato criar um sistema de gerenciamento eficaz, que prevenisse o aparecimento dos defeitos. Os buracos que as equipes de manutenção conseguem tapar, logo reaparecem e voltam a danificar veículos.

Obras enterradas com tubulações antigas e vazamentos constantes também contribuem para interromper e desviar o tráfego, pois exigem o fechamento da via para uma restauração completa e sempre mais onerosa. Quando o serviço é refeito percebe-se que o pavimento não foi executado com a qualidade e o controle desejados.

Tudo é uma questão de prioridade. Se fosse visto como politicamente importante, certamente encontrar-se-ia uma solução para restaurar as vias urbanas de Maceió. Porém, antes disso, seria necessário avaliar as condições de micro e macrodrenagem da área a que pertence o pavimento.

Enquanto a mentalidade não permite que as decisões sejam adotadas, a população usuária vai precisar desviar das “feridas”, que poderão danificar os sistemas de suspensão dos veículos. Prejuízo para motoristas que deveriam ser ressarcidos pelos danos ocorridos, principalmente aqueles, que mantém o IPTU em dia.

Edinaldo Marques
Engº Civil e Professor da Ufal
Consultor e Palestrante
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